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terça-feira, 10 de julho de 2012
Bem amadas e Chiara
Bem amadas é um filme excelente, alto astral, trágico, sem ser pesado, e mesmo as canções, que não conseguem acertar o passo com o movimento do filme, não atrapalham em nada, nem acho que façam rir, como alguns espectadores responderam às cenas cantadas.
Na tradição das grandes mulheres de Fellini, as duas protagonistas são parentes próximas da clássica Cabíria, a cujo romantismo o filme rende homenagem. Ambas as atrizes que fazem a puta, Ludivine Sagnier quando jovem, e Catherine Deneuve, uns vinte anos depois, estão magníficas, não menos de que o rebento adulta dela, vivido pela filha real de Catherine, Chiara Mastroianni, esplendorosa, magnificamente bela e sexy.
Dos quatro homens importantes que andam em torno dessas duas belezas, entre eles o sempre bela-figura-zangadinha Louis Garrel, um raro Milos Forman, como marido cornudo e feliz, sobressai Paul Schneider vivendo um gay fascinado e mesmo irredutivelmente apaixonado pela personagem de Chiara, com quem vive uma das cenas eróticas mais intensas, fortes e sensuais já expostas, ever. Breve, mas intensamente interessante.
O filme tem lá suas tragédias, mas o tom é leve e tudo gira em torno dos amores dessas duas mulheres, sua incondicional liberdade, e seus desasossegos. Chiara, mais do que a icônica mãe, arrebata o espectador - ela canta, dança, atua e anda com a beleza dos animais raros. Ela é rara, e faz o filme iluminar-se a cada aparição.
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