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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Emmanuelle Riva etc

Ninguém aguenta mais ler tantas opiniões sobre os acertos e desacertos das premiações do Oscar, mas não posso deixar de registrar: foi a primeira vez que fiquei até o fim vendo a cerimônia, porque perdi o sono e porque queria ver a Emmanuelle Riva ganhar o prêmio de melhor atriz. Considerei quase uma afronta pessoal ela ter sido preterida por uma menina que fez um trabalho apenas razoável, num filme não mais do que razoável, mas com a cara de Hollywood. Gente, não há termos de comparação entre uma qualidade e outra - daqui a dez anos, o filme da jovem provavelmente nem existirá mais na memória de quem o viu, ao passo que a expressão da Riva em Amor é uma marca indelével "em nossas retinas tão fatigadas".

Outra injustiça é essa celeuma toda em torno de Argo, que tampouco é essa coisa toda - ele é apenas razoável, com um roteiro criativo, e o Ben Affleck está mesmo se achando o máximo. Em minha singela opinião, acho que o George Clooney, como um dos produtores de peso, tem sido um dos maiores responsáveis por essa carreira esfuziante que o filme vem tendo. Vejo a cara dele em toda premiação com aquele sorrisinho maroto e não posso deixar de imaginar que esse homem tem poder na indústria, e certamente vem atuando muito nos bastidores para que o trabalho tenha um reconhecimento muito além da arte. Para mim, puro business.

De resto, Tarantino merecia mais, a façanha de Os miseráveis merecia mais, Adele cantou menos do que ouvi no filme, mas a estatueta era dela, claro. E do Daniel - única irrefutável premiação da noite. Ele é meu rei das telas por essa atuação. Pena que não deu empate com o Joaquin Phoenix, que também merecia, eu teria gostado.