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sábado, 1 de outubro de 2011
Elvis & Madona
Elvis & Madona tem tudo pra virar um filme cult: é engraçado, tem ótimas atuações dos dois protagonistas, sobretudo, mas o elenco inteiro está ótimo, é super bem feito, com timing na medida, apresentando um casal pra lá de sui generis - aliás, touché para o diretor e para os atores, nenhum deles erra a mão, nada desanda: a Spoladore está perfeita, com aquela pele escandalosamente linda, sem um isso de excesso na composição de sua "moçoila"; o ator Igor Cotrim eu não conhecia, mas dá show de travestismo competente e sem caricaturar. Na verdade, o filme todo é cheio de competentes atores, de Maitê ao bandidão com jeito e cara de bandidão, um achado, Clint Eastwood não encontraria ator melhor para o papel.
Excelente filme, comédia pra rir com vontade, para se emocionar e para desmantelar preconceitos. Só achei um tiquinho politicamente correto e um tiquinho poliana: dá tudo tão certo que não tem como não ser comédia, até o vestidinho-boa-moça que a Spoladore usa no almoço de família, por tão completmente fora de (seu) esquadro, fica cômico.
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sábado, 16 de abril de 2011
Rio
Rio é alegre, bonito, bem feito, coloridíssimo, engraçado, super bom astral (e isso inclui o politicamente correto, claro), traz uma imagem muito convincente do jeito carioca de ser, com samba no pé e muita música, nos deixa feliz o tempo todo, as ararinhas são fofas, a história é edificante e vale muito ver, diversão na certa. Ah, e a polêmica sobre o tamanho do biquini da moça de Minnesota acho bobagem, porque o Carlos Saldanha caprichou nas curvas de que o homem brasileiro gosta.
domingo, 7 de novembro de 2010
Como esquecer
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Como esquecer é um filme lindíssimo, delicado, visceral, terno, bem cuidado, bem dirigido, com ótimos atores fazendo trabalhos excelentes, que fala o tempo todo de amor e de como se pode sofrer por amor, de como é duro superar as perdas amorosas, de como cada um tem uma dor maior do mundo quando se trata de paixão e amor.
(Aqui não posso deixar de observar que o filme se parece muito, para mim, com os textos escritos por Egídio La Pasta Jr em seu blog mínimos óbvios, só que ao invés de o cinema ser o mote para a escrita, como é costume em seu trabalho, é como se a escrita dele pontuasse todo o tempo as intensidades do filme, como se ele tivesse "vivido" esse filme, tudo ali de algum modo já foi escrito por Egydio, a respiração de seus textos percorre a tela, penso).
Fora do mainstream, correndo um pouco por fora do grande circuito, o filme está agora em apenas um cinema, o Estação República, e não entendo muito bem por quê. Pela primeira vez, vi um trabalho muito bom feito pela Ana Paula Arósio, deslumbrante quase sem maquiagem (ou aparentemente sem), fazendo um trabalho de tirar o chapéu: durona, meiga, destroçada, felicíssima, irônica, sedutora, erotizada - em todos esses momentos seu rosto exprimiu as sutilezas das emoções, as mais diversas, e isso já nas cenas iniciais do filme, belissimamente dirigido por Malu Martino, de quem jamais havido ouvido falar: em flashback, a personagem transborda felicidade, enquanto é filmada por alguém que lhe parece íntima; de repente, numa cena muito rápida e muito intensa, ela se vira cheia de ódio e dá um tapa na câmera. Nesse momento, percebemos que alguma coisa mudou naquela relação, e tudo parece anunciado nessa mudança brusca, de modo que a história a seguir será consequência desse gesto intempestivo.
Os outros atores também dão show, e eu nem sabia que o Murilo Rosa era tão bom e tão bonito (problema de quem não vê a Globo). Faz um gay sem qualquer afetação, na medida perfeita da contenção e de uma certa alegria, e se percebe que todos estão sendo bem dirigidos, há alguém imprimindo força e classe àqueles excessos de sentimentos dos personagens, ou ninguém suportaria tanto drama por amor - ou por abandono.
Tanto a Arieta Corrêa, uma atriz lindíssima que eu também não conhecia, como a Bianca Comparato, estão perfeitas em seus papéis; a trilha sonora é mil, e o filme todo emociona e se mantém interessante até o final. Mais um bom feito para a galeria do cinema nacional, que ótimo.
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Como esquecer é um filme lindíssimo, delicado, visceral, terno, bem cuidado, bem dirigido, com ótimos atores fazendo trabalhos excelentes, que fala o tempo todo de amor e de como se pode sofrer por amor, de como é duro superar as perdas amorosas, de como cada um tem uma dor maior do mundo quando se trata de paixão e amor.
(Aqui não posso deixar de observar que o filme se parece muito, para mim, com os textos escritos por Egídio La Pasta Jr em seu blog mínimos óbvios, só que ao invés de o cinema ser o mote para a escrita, como é costume em seu trabalho, é como se a escrita dele pontuasse todo o tempo as intensidades do filme, como se ele tivesse "vivido" esse filme, tudo ali de algum modo já foi escrito por Egydio, a respiração de seus textos percorre a tela, penso).
Fora do mainstream, correndo um pouco por fora do grande circuito, o filme está agora em apenas um cinema, o Estação República, e não entendo muito bem por quê. Pela primeira vez, vi um trabalho muito bom feito pela Ana Paula Arósio, deslumbrante quase sem maquiagem (ou aparentemente sem), fazendo um trabalho de tirar o chapéu: durona, meiga, destroçada, felicíssima, irônica, sedutora, erotizada - em todos esses momentos seu rosto exprimiu as sutilezas das emoções, as mais diversas, e isso já nas cenas iniciais do filme, belissimamente dirigido por Malu Martino, de quem jamais havido ouvido falar: em flashback, a personagem transborda felicidade, enquanto é filmada por alguém que lhe parece íntima; de repente, numa cena muito rápida e muito intensa, ela se vira cheia de ódio e dá um tapa na câmera. Nesse momento, percebemos que alguma coisa mudou naquela relação, e tudo parece anunciado nessa mudança brusca, de modo que a história a seguir será consequência desse gesto intempestivo.
Os outros atores também dão show, e eu nem sabia que o Murilo Rosa era tão bom e tão bonito (problema de quem não vê a Globo). Faz um gay sem qualquer afetação, na medida perfeita da contenção e de uma certa alegria, e se percebe que todos estão sendo bem dirigidos, há alguém imprimindo força e classe àqueles excessos de sentimentos dos personagens, ou ninguém suportaria tanto drama por amor - ou por abandono.
Tanto a Arieta Corrêa, uma atriz lindíssima que eu também não conhecia, como a Bianca Comparato, estão perfeitas em seus papéis; a trilha sonora é mil, e o filme todo emociona e se mantém interessante até o final. Mais um bom feito para a galeria do cinema nacional, que ótimo.
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