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sábado, 11 de setembro de 2010

O grande vidro II

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E como havia prometido a mim mesma, voltei lá para ver e ler a exposição de poesia Últmas notas sobre o grande vidro, de Roberto Corrêa, no Oi Futuro de Ipanema (o metrô deixa ao lado). Tirei fotos, claro, mas quando fui ver na tela eu estava em quase todas, porque o vidro refletiu a fotógrafa.

Enfim, achei bacana a proposta, e me emocionei com algumas frases, ou melhor, versos de poemas em pedaços, contidos na caixa mas que estilhaçam no espaço que os contém, e reverberam na cabeça do leitor, ao som áspero de vidros estilhaçados, que nos açoitam quase (vidros e versos), como falas de uma beleza que exacerba os sentidos, sugerem (os versos, ainda) a violência que nos habita e expoem os cacos que nos concernem a todos. 

Em alguns momentos me peguei emocionada com frases que ecoaram em mim algum texto lido, alguma conversa antiga, um pensamento próximo, como se o grito sussurrasse, ou gritasse com suavidade o que eu reconhecia meu.

Trata-se de um trabalho personalíssimo, cheio de força e contundência, uma exposição de palavras-motrizes, onde cada leitor/espectador construirá seu próprio poema com os versos, as imagens, os retratos de sua história que, não cabendo na caixa, espalham-se pelo chão e fazem-se tapete voador
para os pés e as mentes atentas - e ativas.


























Conforme se lê na apresentação feita pelo curador Alberto Saraiva, o trabalho dialoga com essa coisa inimaginável que constitui a obra de Marcel Duchamp, "A noiva despida pelos seus celibatários, mesmo ou O grande vidro", ela mesma sujeita a tantas e tão diversas leituras.

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sábado, 7 de agosto de 2010

exposição de poesia

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Espero poder ir abraçá-lo, embora eu nunca tenha visto uma exposição de poesia visual, e sabendo que ele não é herdeiro das façanhas concretistas, estou curiosa.

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Fui lá meio rapidamente, mas vou voltar para rever e ler com calma os versos, as palavras, os poemas, a exposição, enfim (percebi que a estação Ipanema do metrô deixa perto do Oi Futuro).

Trata-se de uma larga caixa de vidro onde se lêem versos de vários tamanhos, cores, e de onde se ouve todo o tempo ruídos de vidro quebrando. Do que pude ver (e ler), achei muito interessante, mas não deu para ter uma noção do conjunto porque havia muita gente, todos querendo ler, ver, se aproximar, entender.

Enfim, dei um grande abraço nele, muito afeto e ternura por essa pessoa e artista maravilhoso, e qualquer hora estarei lá de novo.


















segunda-feira, 14 de julho de 2008

aquarelas



Eu pedi, ele permitiu e aqui está um dos lindos desenhos em aquarela do Antonio, há outros no site do picasa que está aí ao lado. Eu acho bem interessantes.

Nota:
Eu chamei os desenhos de gravura no outro post, mas vi que gravura é outra coisa, ela usa materiais diversos como chapa para fazer o desenho e imprimir.

Mas o Antonio gentilmente me corrigiu hoje observando que seu trabalho é mesmo aquarela, porque o trabalho com guache é mais espesso, menos diluído do que a aquarela. Sim, Antonio? :)