Ontem finalmente encontrei a peça que conecta a TV à base, num saco esquecido onde havia elástico, um par de meias de dormir da AA, pastas de dente, enfim, onde eu jamais pensaria encontrar tal objeto, uma espécie de ferradura preta (não é esse da foto, mas tem a mesma função), com os respectivos parafusos num saquinho plástico. Olhei praquilo atentamente, e demorei pra entender do que se tratava, já que essa televisão nunca fora usada antes sem ser na parede. Foi tão boa a descoberta, ao acaso da sorte, que eu mesma fiz a montagem, com o maior cuidado pra não quebrar nada, nem carregar muito peso - essa TV é bem pesada. Ficou ótimo, deu tudo certo, já inaugurei revendo ontem
Django livre no HBO, e mesmo sentada numa poltrona nem tão confortável vi até o fim e achei bom demais esse filme, tudo ali é feito para durar muitos anos de prazer, pensar e riso.
Uma das coisas boas de mudança, entre tantos bagaços cansativos, é a descoberta de objetos que a gente não sabia que tinha, ou não usava no cotidiano - eu redescobri, e nem sabia que era tão, mas tão bom, um conjunto de CDs do Oscar Peterson que estou ouvindo desde ontem e tem-me feito um bem enorme.
Outra coisa boa de mudar é que a nova casa impõe outros objetos, diferentes arranjos, e a criatividade desenferruja um pouco, a gente tem que usar impensadas antes disposições das coisas, que se adequem aos novos espaços, nesse caso, bem maiores. Duas compras inadiáveis (na verdade três, mas a terceira, um sofazão, ainda não chegou) gostei demais de ter feito, e por isso levei os objetos do mostruário, já que não havia outros em estoque, os preços estavam bons, e não me arrependo: uma cômoda com sete gavetões, em madeira ótima, e um rack para a televisão e o pequeno som, onde também guardei todos os DVD's e CD's, e ainda sobrou espaço.
A rua onde moro é calmíssima, mas no domingo passado, à tardinha, passou por ela um bloco bem animado, o que me deixou surpresa, mas não cheguei a ficar chateada com essa pretensa invasão carnavalesca em meus redutos de calmaria, até porque a coisa toda veio e foi bem rápido. Ah, e tocaram
Olha a cabeleira do zezé, entre outros clássicos do carnaval.
Acho que tem um ninho de passarinho dentro do espaço onde fica o ar condicionado do meu quarto, pelo lado de fora, vou ver isso na próxima semana. Acordo de manhã com canto de passarinho, sim, mas também com uma algaravia de gritinhos variados bem dentro do meu ouvido, parece que os bebezinhos estão pedindo comida aos berros. Vou ficar num dilema se houver mesmo o tal ninho. Esse aí está sempre na varandinha do quarto, deve ser um parente próximo da prole.