sexta-feira, 29 de maio de 2009
Difícil Onetti
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Tenho resistido o quanto posso a falar de A vida breve, porque acho muuito difícil comentá-lo, já que o livro é, ele mesmo, difícil. Então, para começar, sugiro vivamente um texto excelente da doutoranda da Puc-Rio Ariadne Costa (não a conheço), que encontrei na rede, sob o título "De onde se fala - narrativa e espaço ficcional em J. C. Onetti", no link http://www.abralic.org.br/cong2008/AnaisOnline/simposios/pdf/067/ARIADNE_COSTA.pdf
Estudiosa de Onetti e ótima leitora, Ariadne faz observações absolutamente esclarecedoras sobre a obra e o processo criativo do autor, e foi no ensaio que li o mais preciso resumo do texto complexo e difícil do uruguaio:O romance conta a história da transformação de seu protagonista, Juan Maria Brausen, em um autor. Em um período em que a solidez de seus compromissos entra em crise – seu casamento chega ao fim, seu emprego está em risco, as antigas relações de amizade já não são gratificantes – Brausen, um publicitário uruguaio radicado na Argentina, recebe a encomenda de produzir um roteiro de cinema. É um trabalho freelancer que alguém lhe propõe por camaradagem, para ajudá-lo a juntar algum dinheiro. Mas a tarefa oferece a Brausen um caminho para escapar de seu cotidiano em ruína, e ele passa a se dividir entre a vida concreta, da qual vai gradualmente se despedindo – e se despindo – e o universo imaginário, cuja importância crescente termina por suplantar a do mundo real. Brausen começa por imaginar a história de um homem, o médico Días Grey, e da cidade por ele habitada, Santa María. Pelos olhos de seu personagem, através da janela de seu consultório, Brausen vai desenhando o mapa: o rio, a colônia suíça, o estaleiro ao longe, a praça central com a igreja. Paralelamente à criação dessas imagens e das situações que envolvem o médico, Brausen vai se desprendendo de tudo aquilo que o ata à sua própria realidade: seu casamento, seu emprego, suas relações sociais e, por fim, seu nome próprio.
E inventa para si uma outra identidade, Arce, sob a qual passa a levar uma vida paralela, até tornar-se um fugitivo e abandonar definitivamente sua vida em Buenos Aires. Seu percurso de fuga termina justamente na Santa María de sua criação, onde, anônimo, ele presencia um diálogo entre seus próprios personagens (diálogo este que figurará no final do romance Juntacadáveres, publicado catorze anos depois). Tem início, assim, a saga de Santa Maria, que é lida aqui como um único texto, longo e fragmentado, cujas partes se podem juntar, como um quebra cabeça, para contar a história da vida da cidade e de seus moradores. As obras seguintes de Onetti já têm lugar nessa terra imaginária, seus habitantes são os personagens Brausen.
Em outro momento, ela faz uma observação importante sobre a natureza e a função de Brausen na narrativa:
Começar a contar é já criar um mundo. Cada nova narrativa inaugura um novo espaço e, havendo dois ambientes, haverá sempre, entre eles, uma fronteira. Brausen habita essa fenda. Ao começar a narrar, ele funda um espaço inaugural e adquire um poder que lhe permite romper com o mundo real, onde a vida que ele, até ali, construiu para si, já não o satisfaz. Mas a cisão espacial indica, ainda, uma partição no sujeito que navega entre os dois ambientes. O romance relata a passagem de Brausen para o “outro lado”. É a história de um trânsito. Migrar de Buenos Aires a Santa María é passar de personagem (objeto da fala) a narrador (sujeito da fala), ou ainda, de escritor (pessoa) a autor (função do discurso). Santa María nasce do ato de narrar executado por Brausen, mas esse mesmo ato também transforma seu agente.
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Como não pretendo analisar a obra, longe disso, minhas anotações acabam sendo muito pessoais e complicadas, porque o que ecoa profundamente em mim n' A vida breve é seu trabalho de luto, no sentido mais visceral do termo: esse é um livro sobre perdas, um réquiem triste e belíssimo para todas as coisas que "a vida nos promete, nos dá e depois deixa de dá-las".
E toda vez que mergulhava na leitura do livro, sentia a pertinência desse momento de A hora da estrela:
Devo acrescentar um algo que importa muito para a apreensão da narrativa: é que esta é acompanhada do princípio ao fim por uma levíssima e constante dor de dentes, coisa de dentina exposta.
(Senti todo o tempo essa mesma dor, a dentina exposta).
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Posso, por exemplo, não ouvi-la, não entender o que diz; mas não posso suportar a desolação e as lágrimas que movem sua voz quando fala comigo. Morta seria pior, mas seria definitivo; morta não ficaria mais de vinte e quatro horas a meu lado para dar-me a entender, em silêncio, que morreu, para não me deixar esquecer. Viria repetir-me isso em lembranças, mas não todos os dias; pelo menos, todos os dias só no começo; e nunca mais ela mesma, nunca mais afirmando de forma monótona e permanente sua desgraça e a minha. [p. 53]
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'Gertrudis e o trabalho imundo e o medo de perdê-lo’ – ia pensando, de braço com Stein -; ‘as contas atrasadas e a certeza inesquecível de que não há em lugar algum uma mulher, um amigo, uma casa, um livro, nem mesmo um vício, que possa me fazer feliz. [p.59]
> Há no trecho o peso de um enorme desalento – lembra o “jamais alguém se sentiu tão só” de virginia woolf, outra irmã da solidão absoluta.
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Etc, etc, etc...
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> Quando a morte do outro funda o desejo de libertação da coisa que oprime, e a impiedade torna-se a única alternativa para o fluir da vida; somos também aqui assassinos frios, queremos com ele que Gertrudis e seu peso desapareçam, queremos também nuvens leves; mas somos também Gertrudis e sua desolação, o enorme buraco em seu peito, literal e metaforicamente, somos sua dor aguda e irremovível, vivemos com ela isso.
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Não quero suportar a imagem de Gertrudis deitada de costas, vigiando alternadamente os pratos de uma balança, calculando a intensidade das dores que podem, a qualquer momento, transmitir-lhe um novo aviso de doença a partir do pulmão e estudando, no outro prato, as probabilidades que tem de voltar a viver, de participar, de interessar-se e conquistar, de causar pena. E ela e eu descobrimos, desanimados, com um horror já atenuado pela repetição, que todos os temas podem levar-nos ao lado esquerdo de seu peito. Temos medo de falar; o mundo inteiro é uma alusão a sua desgraça.
[p.55]
> Reconheço essa expectativa, sei do que ele está falando, sinto a mesma opressão que ela, o mesmo medo, e me espanta que um escritor e narrador homem tenha conseguido mergulhar nas trevas dessa espreita (que não cessa).
domingo, 24 de maio de 2009
de molho
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Vontade de ir ver o Pilobolus no Vivo Rio, aqui pertinho e num ótimo horário, mas estou gripada, meio febril, e não acho justo impor meus vírus a outras pessoas, basicamente porque tampouco gosto de estar em contato com gente gripada, logo...
Mesmo motivo para não ir ao cinema, mas talvez possa usar minha máscara e ver aqui no Museu da República o Beijo não boca, não, será que vale? Tenho um pouco de vergonha de usar a máscara, devem achar que estou pior do que estou e podem querer me expulsar do cinema...:) quantos dilemas uma gripe hoje nos traz (claro que a suína está todo o tempo falando em surdina nesses comentários).
terça-feira, 19 de maio de 2009
ou enchente ou seca
Estou replicando um artigo sobre as enchentes no Nordeste, especificamente no Ceará, por todas as razões.
Enchente CE. Multiplique a rede de solidariedade http://liberdade.blogueisso.com/2009/05/17/enchente-ce/
Emílio Moreno 17 / maio / 2009
A situação das vítimas atingidas pelas chuvas no Ceará se agrava a cada dia. Segundo o último balanço da Defesa Civil, 15 pessoas haviam morrido no Ceará, mais de 60 mil pessoas estão desabrigadas e desalojadas. Cerca de 100 mil pessoas em todo o Estado foram atingidas pelas chuvas.
A quantidade de municípios cearenses atingidos chega a 78, sendo que as regiões onde a situação é mais crítica são a Jaguaruana e Norte. Autoridades médicas estão preocupadas com a propagação das doenças causadas pelas chuvas e alertam para os riscos de viroses e doenças de pele.
O cearense tem se mostrado um povo solidário. Mas ainda não é o suficiente diante do drama vivido por essas. É nítida a indiferença da mídia nacional diante de um quadro tão sério no Ceará e em outros estados Nordestinos.
a rede que cresce
Uma rede de solidariedade se formou em todo o Estado e agora a Coelce também integra essa mobilização. Para beneficiar o maior número de famílias, a companhia vai dobrar a quantidade de alimentos arrecadados.
Em todo o estado as 200 lojas de atendimento da concessionária de energia elétrica receberão donativos de 18 de maio até 1º de junho. Doe arroz, feijão, macarrão, leite em pó, farinha e demais alimentos não-perecíveis.
Espalhe essa mensagem e multiplique esse gesto solidariedade com o povo cearense.
Veja os outros pontos de doação
O POVO
Avenida Aguanambi, 282 - José Bonifácio
Fone: (85) 3255 6101
TV Jangadeiro
Endereço: Av Antônio Sales, 2811, Dionísio Torres
Secretarias Executivas Regionais (SERs) de Fortaleza www.fortaleza.ce.gov.br
Corpo de Bombeiros do Ceará
Fones: (85) 3101 2227, 3101 1078, 3101 2018, 3101 2018, 3101 5662
Sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL)
Endereço: Rua 25 de Março, 882, Centro
Sede da Federação das Indústrias (FIEC)
Endereço: Av. Barão de Studart, 1980, Aldeota
Rede Bancária
Agências do Banco do Nordeste (BNB), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal
Outros estabelecimento
Casas lotéricas, Agências dos Correios, Supermercados Extra e Supermercados Pão de Açúcar
Núcleos do Serviço Social da Indústria (SESI) www.fiec.org.br/sesi
Cruz Vermelha
Endereço: rua Dr. José Lourenço, 3280, Joaquim Távora
Aberto das 9 às 17 horasTelefone: (85) 3472 3535
Doações em dinheiro na conta da Cruz Vermelha
Caixa Econômica Federal Ag.: 3281; Operação: 003; C/C: 300-1
Banco do Brasil Ag.: 3515-7; C/C: 11024-8
Banco do NordesteAg.: 016; C/C: 29393-8
notinha sobre leite
Comecei a ler as primeiras dez páginas de Leite derramado, do Chico, fui um pouco além e achei insuportavelmente ruim, sem a menor possibilidade de terminar, pelo menos no futuro próximo. Não acho que seja porque estou ainda sob o impacto da frase, do pensamento, da força, da brutalidade - ou seja, da grandeza - de A vida breve. É porque o Chico fez uma coisinha, uma literaturazinha, uma historinha, uma porcariazinha de frase que não desce de jeito nenhum. Como essa do parágrafo inicial:
Quando eu sair daqui, vamos nos casar na fazenda da minha feliz infância, lá na raiz da serra. Você vai usar o vestido e o véu da minha mãe, e não falo assim por estar sentimental, não é por causa da morfina. Você vai dispor dos rendados, dos cristais, da baixela, das joias e do nome da minha família.
Tirando 'não é por causa da morfina', que rende um pensamento um pouco mais além do leitor quanto ao papel dessa morfina na vida do narrador, nada se aproveita do que se lê, tudo é chão, bobinho, sem densidade, sem força.
E assim continua ('Acolhi condolências formais, efusões de desconhecidos, mãos pegajosas e hálitos azedos, já sem grandes esperanças de Matilde.', p. 31) pelas páginas adiante, um texto aquém do que o Chico pode fazer e já fez.
Acho meio imperdoável que um artista com a bagagem dele faça ainda esse trabalho fraquinho e a mídia toda caia a seus pés, em razão, exatamente, de seu peso na cultura do país. Mais uma razão para fazer muito melhor do que fez aqui - porque acho que ele pode.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
doc e filme para homens
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Terra é um documentário que merece ser visto, não se trata apenas de um National Geographic em tela grande, tem grandes cenas, quase épicas, dos animas em busca de uma saída para a vida.
E tem um pássaro lindo, jamais visto por esses olhos, ou outros.
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Já Eu te amo, cara é meio patético, e o fato de estar sendo vendido como um filme para o público masculino me faz pensar que se trata apenas de mais um jogo de mídia, porque não posso acreditar que os homens brasileiros se prestem a esse nível de idiotia. Acho que as piadas fazem mais sentido na cultura estadunidense, cujo tipo de humor eu, particularmente, acho sem graça.
Mas posso estar enganada, claro, e o filme seja mesmo para os 'macho men', portanto eu não teria condições psíquicas, sendo mulher, de avaliá-lo. Pode ser. De todo modo, aquele cara grandão com jeito de Marlon Brando - Jason Segel -, inclusive numa certa doçura, salva o tempo (não o filme), porque faz bem vê-lo.
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Terra é um documentário que merece ser visto, não se trata apenas de um National Geographic em tela grande, tem grandes cenas, quase épicas, dos animas em busca de uma saída para a vida.
E tem um pássaro lindo, jamais visto por esses olhos, ou outros.
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Já Eu te amo, cara é meio patético, e o fato de estar sendo vendido como um filme para o público masculino me faz pensar que se trata apenas de mais um jogo de mídia, porque não posso acreditar que os homens brasileiros se prestem a esse nível de idiotia. Acho que as piadas fazem mais sentido na cultura estadunidense, cujo tipo de humor eu, particularmente, acho sem graça.
Mas posso estar enganada, claro, e o filme seja mesmo para os 'macho men', portanto eu não teria condições psíquicas, sendo mulher, de avaliá-lo. Pode ser. De todo modo, aquele cara grandão com jeito de Marlon Brando - Jason Segel -, inclusive numa certa doçura, salva o tempo (não o filme), porque faz bem vê-lo.
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sexta-feira, 1 de maio de 2009
mauro santayana e a ganância
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Não conheço bem o Mauro Santayana, mas ele disse tudo o que todos precisam saber sobre a gripe suína, na descrição e síntese perfeitas do artigo abaixo. Como sempre, a força das mega indústrias transnacionais que atuam sem controle parece estar na origem de toda miséria, sobretudo contra os países pobres.
O que mais me chocou foi essa informação : "pelo tratado, a empresa norte-americana não está sujeita ao controle das autoridades do país".
Isso também acontece pelo interior do nosso país, não tenho dúvidas.
A gripe dos porcos e a mentira dos homens
JB - 1º de maio 2009 - Por Mauro Santayana - maurosantayana@jb.com.br
O governo do México e a agroindústria procuram desmentir o óbvio: a gripe que assusta o mundo se iniciou em La Glória, distrito de Perote, a 10 quilômetros da criação de porcos das Granjas Carroll, subsidiária de poderosa multinacional do ramo, a Smithfield Foods. La Glória é uma das mais pobres povoações do país. O primeiro a contrair a enfermidade (o paciente zero, de acordo com a linguagem médica) foi o menino Edgar Hernández, de 4 anos, que conseguiu sobreviver depois de medicado. Provavelmente seu organismo tenha servido de plataforma para a combinação genética que tornaria o vírus mais poderoso. Uma gripe estranha já havia sido constatada em La Glória, em dezembro do ano passado e, em março, passou a disseminar-se rapidamente.
Os moradores de La Glória – alguns deles trabalhadores da Carroll – não têm dúvida: a fonte da enfermidade é o criatório de porcos, que produz quase 1 milhão de animais por ano. Segundo as informações, as fezes e a urina dos animais são depositadas em tanques de oxidação, a céu aberto, sobre cuja superfície densas nuvens de moscas se reproduzem. A indústria tornou infernal a vida dos moradores de La Glória, que, situados em nível inferior na encosta da serra, recebem as águas poluídas nos riachos e lençóis freáticos. A contaminação do subsolo pelos tanques já foi denunciada às autoridades, por uma agente municipal de saúde, Bertha Crisóstomo, ainda em fevereiro, quando começaram a surgir casos de gripe e diarreia na comunidade, mas de nada adiantou. Segundo o deputado Atanásio Duran, as Granjas Carroll haviam sido expulsas da Virgínia e da Carolina do Norte por danos ambientais. Dentro das normas do Nafta, puderam transferir-se, em 1994, para Perote, com o apoio do governo mexicano. Pelo tratado, a empresa norte-americana não está sujeita ao controle das autoridades do país. É o drama dos países dominados pelo neoliberalismo: sempre aceitam a podridão que mata.
O episódio conduz a algumas reflexões sobre o sistema agroindustrial moderno. Como a finalidade das empresas é o lucro, todas as suas operações, incluídas as de natureza política, se subordinam a essa razão. A concentração da indústria de alimentos, com a criação e o abate de animais em grande escala, mesmo quando acompanhada de todos os cuidados, é ameaça permanente aos trabalhadores e aos vizinhos. A criação em pequena escala – no nível da exploração familiar – tem, entre outras vantagens, a de limitar os possíveis casos de enfermidade, com a eliminação imediata do foco.
Os animais são alimentados com rações que levam 17% de farinha de peixe, conforme a Organic Consumers Association, dos Estados Unidos, embora os porcos não comam peixe na natureza. De acordo com outras fontes, os animais são vacinados, tratados preventivamente com antibióticos e antivirais, submetidos a hormônios e mutações genéticas, o que também explica sua resistência a alguns agentes infecciosos. Assim sendo, tornam-se hospedeiros que podem transmitir os vírus aos seres humanos, como ocorreu no México, segundo supõem as autoridades sanitárias.
As Granjas Carroll – como ocorre em outras latitudes e com empresas de todos os tipos – mantêm uma fundação social na região, em que aplicam parcela ínfima de seus lucros. É o imposto da hipocrisia. Assim, esses capitalistas engambelam a opinião pública e neutralizam a oposição da comunidade. A ação social deve ser do Estado, custeada com os recursos tributários justos. O que tem ocorrido é o contrário disso: os estados subsidiam grandes empresas, e estas atribuem migalhas à mal chamada “ação social”. Quando acusadas de violar as leis, as empresas se justificam – como ocorre, no Brasil, com a Daslu – argumentando que custeiam os estudos de uma dezena de crianças, distribuem uma centena de cestas básicas e mantêm uma quadra de vôlei nas vizinhanças.
O governo mexicano pressionou, e a Organização Mundial de Saúde concordou em mudar o nome da gripe suína para Gripe-A. Ao retirar o adjetivo que identificava sua etiologia, ocultou a informação a que os povos têm direito. A doença foi diagnosticada em um menino de La Glória, ao lado das águas infectadas pelas Granjas Carroll, empresa norte-americana criadora de porcos, e no exame se encontrou a cepa da gripe suína. O resto, pelo que se sabe até agora, é o conluio entre o governo conservador do México e as Granjas Carroll – com a cumplicidade da OMS.
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