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sábado, 23 de abril de 2022

MÚSICAS E CANÇÔES DE FILMES

Volta e meia  o canal Fox Movies desata a dar cowboyadas.

É o que anda a fazer por estes dias.

Na quarta-feira à tarde deu o Duelo de Fogo.

Pena tenho de, apesar de reformada, não ter a possibilidade de me sentar frente ao televisor e matar todos aqueles filmes.

É verdade que nem todos são grandes westerns, mas pouco me importa.

Ao ouvir a canção do filme, comentei com o parceiro do lado, que seria interessante trazer aqui as grandes músicas e grandes canções de filmes e ainda há dias, sem ainda ter pensado nisto, aqui apresentei o tema da Anastasia.

Isto das canções fez-me lembrar que um dia, com o Miguel, pensámos em fazer uma cassette apenas com grandes finais de filmes e já tinha escolhido um desses finais: «A Imitação da Vida».

Uma série de circunstâncias não permitiram concretizar a ideia.

O Duelo de Fogo é uma enorme cowboyada.

A canção tema do filme é Ok Corral da autoria de Dimitri Tiomkin e é cantada por Frankie Laine.


Colaboração de Aida Santos

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

KIRK DOUGLAS (1916-2020)


Com 103 anos, morreu o actor Kirk Douglas.

Provavelmente a última lenda do meu cinema.

Que tenho para dizer?

Apenas uma grande tristeza.

Hollywood nunca lhe deu um Óscar, mas isso não conta para nada porque os Óscars de 

Hollywood são uma história demasiado estafada e sem qualquer ponta de interesse.

Acabaram por dar, em 1966, a Kirk Douglas a esmola-óscar-de-carreira, mas esqueceram tudo o resto.

Que se danem!

Kirk Douglas terá percorrido todos os géneros de filmes que o cinema nos ofereceu, tendo sido dirigido pelos maiores mestres da sétima arte: entre outros Billy Wilder, Vincente Minnelli, Howard Hawks, Stanley Kubrik, Elia Kazan.

Meia dúzia de filmes de Kirk Douglas de mera escolha pessoal por motivos que não sei bem explicar ou iria demorar algum tempo.

Ulisses

Duelo de Fogo

Céu Aberto

Spartacus

A Vida Apaixonada de Van Gogh

O Grande Carnaval.

Ulisses terá sido o primeiro filme que vi de Kirk Douglas. Nunca esqueci o pisar das uvas para embebedar o tal gigante. Vi-o mais de uma vez, a última na Cinemateca, em Setembro de 2010, com o meu neto Afonso então com 11 anos.

Não esqueço que Kirk Douglas, para além de actor, foi produtor executivo de Spartacus e escolheu para argumentista Dalton Trump que, estando na lista negra do macartismo, se encontrava sem possibilidade de trabalhar.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

OS CLÁSSICOS DO MEU PAI


A Aida frequenta muito esses vãos de escada que, em alguns bairros populares, vendem de tudo: livros, discos, cassettes, toda uma série de objectos que as pessoas consideram inutilidades e deles se desfazem.

Numa dessas incursões, encontrou um EP de Frankie Laine, cantor que já ninguém ouve, e outros nem sabem quem seja, e que era um dos cantores favoritos do meu pai, um dos seus clássicos.

Recordo que lá por casa existiam uns discos da Philips denominados “Popular Favourites”: orquestras e cantores norte-americanos. Um pouco por aqui, o meu pai encaminhou-me para o gosto por “crooners” e “big bands”.

Desses “Popular Favourites” nenhum exemplar chegou aos dias de hoje.
Por um tempo aniversariante, de há dois anos, uma cortesia de amigos  embrulhou-me num concerto do José Cid no “Maxime”. Ainda hoje as minhas noites são desassossegadas. Com amigos destes, os meus eventuais inimigos são um doce de crianças.., bom, adiante.

Acontece que numa das vitrinas do “Maxime”, mesmo ao lado do Bar, encontravam-se, em exposição, diversos objectos de outros bons tempos e um desses objectos, era a capa do nr. 5 dos “Popular Favourites”.

A sala escura, a não possibilidade, por causa dos reflexos, de usar “flash”, não permitiram que a fotografia fosse um tanto mais explícita. Mas ainda se consegue perceber que, neste “Popular Favourites”  passeavam-se, entre outros, Doris Day, Johnny Ray, o trompetista Harry James, Rosemary Clooney, Frankie Laine, a orquestra de Xavier Cugat.

Foi nesta colecção que ouvi, pela primeira vez, canções que ainda hoje me acompanham: “Mack The Knife” pelo Louis Armstrong, “Sixteen Tons” pelo Frankie Laine, outras, muitas, que a parte adormecida do meu cérebro já não consegue vislumbrar.

Por terças-feiras de feira da ladra, amarguras, ilusões, trapos, cacos, contradições, tenho procurado exemplares destes “Popular Favourites”, até hoje sem sucesso.

Frankie Laine é um senhor de outras músicas, de outros tempos, é ele que, nesse maravilhoso  Gunfight at the O.K. Corral ,que em português se chamou Duelo de Fogo, com o Kirk Douglas, o Burt Lancaster, a Rhonda Fleming, e o que o meu pai gostava da Rhonda Fleming, canta o tema musical composto por Dimitri Tiomkin.




sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

DA MINHA GALERIA


É gratificante chegar aqui e saudar os 100 anos de Kirk Dougals.
Provavelmente, dos grandes artistas do meu tempo, o único que se encontra entre nós.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O QU'É QUE VAI NO PIOLHO?


O segundo número do, excelente, Cinéfilo, saíra no dia 11 de Outubro de 1973.

Caramba!... já lá vão 43 anos!

Não hei-de estar velho!...

Na secção Sete Dias da Semana, depois de para quinta-feira dia 11 aconselharem o Anjo Exterminado, LP de Maria Bethânia, rematavam, para sexta-feira, com o CéuAberto, filme de Howard Hawks, não esquecendo o pormenor:

…é neste filme que Hawks consegue filmar com Kirk Douglas a cena do dedo cortado que Wayne se recusara a filmar em Rio Vermelho.


Mas fica aqui a reprodução da escolha cinéfila:

Acontece que, por aqueles dias de trevas, ir às sessões da meia-noite era uma festa.

Não só pelos filmes, mas por aquilo que entendíamos como aperitivo para os ditos.

E havia sempre petisco antes do raio das meias-noites.

Pare este céu aberto, o destino foi um tasco que havia frente ao Cinema Londres.

O espaço ainda lá está, mas apenas o espaço.

O resto foi a outras vidas.

Ao tempo, parece que se chamava Sobreiro, passou depois a Nova Capri, talvez tenha tido outros nomes mais, e agora é algo que dá pelo nome de Italian Burger House, que deve ser uma daquelas coisas que para aí existem, destinadas a gente que não gosta de comidinha a saber comida.

Uma equipa constituída por quem assina a prosa, mais a Aida, o Miguel, a Josefina, o Benardino e a Lena,, entrou portas dentro para umas cadelinhas, uns preguinhos com muito alho e algumas garrafas – uma por cabeça…sim, mas a Lena e a Josefina ficaram-se por duas tacinhas, o resto ficou para a outra rapaziada -  de Ponte de Lima branco, estupidamente gelado.

E foi assim, com o olho brilhante pelo Ponte de Lima, que ainda mais ressaltou toda a carga erótica de o Céu Aberto.

Ah! e aquelas cadeiras do Londres, senhores.

Saudades, só do Futuro, reclama o José Gomes Ferreira.

Uma ova, Zé Gomes, uma ova.

domingo, 16 de outubro de 2011

MATINÉ DAS 3



“Duelo de Fogo”

Realização: John Sturges (1967)


Com Burt Lancaster, Kirk Douglas, Rhonda Fleming


Um cruel gang de foras-da-lei... uma dupla de heróis... uma história intemporal do bem contra o mal. Tudo junto, o resultado é uma aventura épica sem limites - Duelo de Fogo! Os aclamados actores Burt Lancaster e Kirk Douglas juntam-se para libertar Tombstone, Arizona do criminoso gang Clanton neste clássico de acção repleto de estrelas. Quando Lauman Wyatt Earp (Lancaster) e o atirador John "Doc" Holliday (Douglas) se dirigem até à cidade deparam-se com um dos maiores adversários de sempre, Ike Clanton (Lyle Bettger) e o seu cruel gang. Não demorará muito até que o confronto expluda numa batalha pela sobrevivência a todo o custo, com Rhonda Fleming, Jo Van Fleet, John Ireland, Dennis Hopper, Deforest Kelley, Martin Milner e Lee Van Cleef entre os que foram arrastados para o drama e excitação de um dos mais lendários acontecimentos do Oeste Selvagem!

domingo, 10 de julho de 2011

MATINÉ DAS 3

Um Estranho na Minha Vida: são 112 minutos de sentimentos, infidelidades, drama, um filme de que gosto muito.
Interpretações de Kirk Douglas, Kim Novak, Ernie Kovacs, Barbara Rush, Walter Matthau, realizado por Richard Quine no ano de 1960.
Acreditem: já não há filmes assim.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O QU'É QUE VAI NO PIOLHO?


De três ou quatro blogues de opinião que, diariamente, frequento, o “Delito de Opinião” encontra-se nesse número.

Este anúncio, da reposição de “O Grande Carnaval” de Billy Wilder, no saudoso "Monumental", e publicado no “Diário Popular" de 27 de Agosto de 1968, aguardava vez de publicação no “É Permitido Afixar Anúncios”.

Sai agora por causa de um brilhante texto que o jornalista Pedro Correia publicou no “Delito de Opinião”.


A cobertura jornalística, principalmente a televisiva, que é feita a casos como o da Casa Pia, coloca-me, amiúde, no limiar do vómito. Não informa e, essencialmente, não dignifica quem a faz e também quem a lê, ou a ela assiste.


“Os programadores televisivos portugueses – e já não falo dos nossos exibidores cinematográficos, pois essa é uma guerra há muito perdida – só podem andar muito distraídos. Se não andassem, já teríamos certamente visto num dos canais de TV em sinal aberto a reposição dessa obra-prima do cinema que é O Grande Carnaval (The Big Carnival), de Billy Wilder. Vem mesmo a propósito dessa história fascinante, que o mundo por estes dias acompanha com atenção, dos 33 mineiros chilenos soterrados a 700 metros de profundidade, no deserto do Atacama.Algo nesta história me faz lembrar irresistivelmente o enredo do filme de Wilder, que tem Kirk Douglas como protagonista. Também no filme um homem fica soterrado no subsolo, vivendo dias de profunda ansiedade na expectativa de ser socorrido. E também esse acontecimento, algures num lugarejo perdido do Novo México, ganha repercussão nacional.O filme funciona como uma poderosa crítica à imprensa sensacionalista no seu afã de encontrar “histórias com interesse humano” que possam vender papel. Douglas é um jornalista sem escrúpulos, chamado Chuck Tatum, que converte o drama do indivíduo encurralado debaixo da terra num grande espectáculo para consumo de massas. Mobiliza todos os meios que imagina para puxar à lágrima fácil e fazer acelerar a pulsação dos leitores. Chegando ao extremo de subornar algumas autoridades para retardar o resgate, de modo a que o filão não se esgote demasiado depressa.A história acaba mal, como cedo pressentimos, neste filme que devia ser visto e debatido em todos os cursos de jornalismo. Porque aqui se traça uma fronteira nítida entre jornalismo como serviço público, que jamais pode existir sem parâmetros éticos, e a contrafacção noticiosa, que manipula factos ao sabor de estratégias de baixo comércio, vigarizando o público.É um filme que interpela a consciência dos jornalistas – e de todos os consumidores de informação. Infelizmente, tornou-se um filme “invisível”: quem nunca o viu numa das antigas “noites de cinema” da RTP ou numa ocasional exibição na Cinemateca passa ao lado desta corrosiva sátira de Wilder, um cineasta que tinha uma visão desencantada do jornalismo. É pena. Porque o Chuck Tatum d’ O Grande Carnaval não passou de moda: ele continua aí, a criar mau “espectáculo” que faz passar por notícias. Se dependessem dele, os mineiros do Atacama tardariam o mais possível a ser socorridos. Para fazer render a história. E apelar mais ao drama. E chafurdar ainda mais na lama.

Imagem: Kirk Douglas em O Grande Carnaval (1951)”

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O QU'É QUE VAI NO PIOLHO?

São, com efeito, seres horríveis, as sereias. Move-as o puro gosto de matar, de remeter a carne humana à sua origem, ao lodo, aos vermes e à fermentação. Vêm de tempos velhos, do horror de uma terra convulsa, ainda encharcada em sangue e lava, revoltada por nascer. Cantam, tal como canta a mulher feia, com a face escondida e desejando que quem a escuta se estilhace como vidro.
Aquela intensa expectativa erótica que, ao longo de séculos, levou os desejos dos homens para as sereias desfaz-se brutalmente em quem as vê. Pois estas são as gregas, as de Ulisses. Desde que os homens do Ocidente conceberam a imagem literária, a mulher-peixe, as sereias que existem realmente já não destroem por afogamento. Basta-lhes assistir à decepção.


Hélia Correia em “Bastardia”, “Relógio d’Água”, 2005

Legenda: Kirk Douglas no filme “Ulisses”

Aviso à Navegação:

“Ulisses” vai ser exibido na Cinemateca no próximo dia 6 de Setembro pelas 15,30 horas, na Sala Dr. Felix Ribeiro.

Citado do programa:

“Filme de Mario Camerini e Mario Bava (não creditado)
com Kirk Douglas, Silvana Mangano, Anthony Quinn, Rossana Podestà, Sylvie, Daniel Ivernel
Itália, 1953 - 91 min / legendado em português
Filme que parte da famosa obra de Homero e que retrata as aventuras de Ulisses, na viagem de regresso a casa após dez anos de guerra. O ffilme é uma super-produção italiana que conta com vários grandes actores nos principais papéis e com a participação de Mario Bava na realização sem, contudo, ser creditado. Primeira exibição na Cinemateca.”


“Ulisses"
é um dos filmes da minha adolescência. Visto nas fabulosas matinées de domingo do “Cine-Oriente”.