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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

DE UMA HUMILDADE ARREPIANTE


Li não sei onde – antes tudo o que lia, a memória registava, agora é o que se vê! -  que o começo dos Dead Combo aconteceu no dia em que responderam ao desafio para comporem uma música para um  tributo a Carlos Paredes.

Num daqueles muitos dias em que Vergílio Ferreira era invadido pela desolação, houve um em que colocou no gira-discos um disco de Carlos Paredes para que pudesse sentir a áspera melancolia que o dilacerava não sabia onde.

Se ainda andasse junto a nós, Carlos Paredes teria feito, ontem, 95 anos.

Esse prodigioso príncipe que tocou a genialidade, mas era de uma humildade arrepiante.

sábado, 15 de fevereiro de 2020

MUITA COISA PARA SER CELEBRADA


Andam na estrada há para aí umas duas décadas e em Dezembro do passado ano iniciaram uma longa tournée de despedida.

Todas as coisas grandes terminam um dia?

Há quem diga que sim.

Sair a tempo, deixar saudades e não cansaço, já o dizia Charles Aznavour, «savoir retirer» numa velha canção.

«Decidimos acabar mas não é um final triste porque há muita coisa para ser celebrada»

Os filhos arranjaram-nos bilhetes paro o Converto de hoje, no Auditório Augusto Cabrita, no Barreiro.

Simplesmente, inesquecível.

«A mágoa, da minha parte, é ter construído uma nau que podia ter-nos levado a andar aí pelo mundo e não andamos. Conseguimos construir uma coisa que poderia ter viajado mais. Mas é o que é. Como a nossa música era sempre aceite nos variados sítios em que tocávamos, tínhamos sempre a esperança que houvesse alguém que pegasse nisto.»

TóTrips