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domingo, 15 de dezembro de 2024

MÚSICA PELA MANHÃ

Aretha Franklin gravou, ao vivo, Amazing Grace em Janeiro de 1972 na New Temple Missionary Baptist Church em Los Angeles , com o reverendo James Cleveland e o Southern California Community Choir.

Simplesmente arrepiante.

Como observou um crítico: parece que Deus e os anjos estão a cantar ao lado de Aretha.

Nos 500 maiores álbuns de todos os tempos, Amazing Grace  ocupa a posição nº 154.   




Colaboração de Aida Santos.

domingo, 22 de março de 2020

ANTOLOGIA DO CAIS

Para assinalar os 10 anos do CAIS DO OLHAR, os fins-de-semana estão guardados para lembrar alguns textos que por aqui foram publicados.

NUNCA CAMINHARÃO SOZINHOS

Foram os ingleses que inventaram o futebol, têm um enorme respeito por ele e chamam-lhe «The Beautiful Game.»

Vivem o jogo como ninguém.

Deslocam-se, enchem os estádios.

Avós, pais, filhos, netos, bisnetos: a família.

A festa.

Nem em tempo de Natal o dispensam.

Bem pelo contrário: exigem que haja jogos nesses dias.

Nos dias de transmissão do futebol inglês, quando as câmaras focam as bancadas, vêem-se espectadores das mais variadas idades. Por vezes, parece que toda uma família, do mais novo ao mais velho, foram ao futebol.

Uma das claques mais conhecidas, no Reino Unido, é a do Liverpool.

Tomaram como hino You’ll Necer Walk Aloneuma canção composta por Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II para o musical da Broadway Carousel, de 1945 e que, em 1956, foi adaptado ao cinema por Henry King.

Mas seria com a versão de Gerry &The Pacemaker, conjunto oriundo da própria cidade, que a canção se tornaria o hino do clube.

Hoje, outros clubes, em outros países, o adoptaram como hino, mas nada como em Anfield Road.

Simplesmente  arrepiante.

Uma visita ao You Tube permite ficarmos a saber dos grandes nomes da música norte-americana, bem como outros, que gravaram You'll Never Walk Alone.

Shirley Jones gravou-a para a banda sonora de Carousel, mas há versões de Ella Fitzgerald, Ray Charles, Aretha Franklin, Mahalia Jackson, Nina Simone, Louis Armstrong, Elvis Presley, Barbra Streisand, Andy Williams, Judy Garland, Frank Sinatra, Johnny Cash, Roy Orbinson, The Rigteous Brothers, Tom Jones.

Também é possível encontrar uma versão dos Beatles.

Estas são as minhas escolhas.

A versão da Nina Simone é tocada ao piano.

Numa entrevista ao Expresso (06.02.2016), por ocasião dos 50 anos dos Cinco Minutos de Jazz, perguntaram-lhe por um episódio destes longuíssimos minutos de jazz, o José Duarte respondeu:

Fui a uma rádio em Los Angeles, que passa jazz 24 horas por dia. O edifício era lindo, alto, todo em vidro. Era o início dos anos 70, o João ainda era vivo. Eu tinha levado comigo uma cassete da Nina Simone a tocar piano. O apresentador fez-me perguntas, estranhou onde era Portugal, expliquei-lhe que se nadasse sempre em frente chegaria a Lisboa. E quando lhe contei que tinha um programa de cinco minutos fechou o microfone, pensava que eu me tinha enganado no inglês! No fim, pôs a minha cassete da Nina Simone e ia caindo da cadeira: nunca a tinha ouvido só a tocar o piano. Saí daquela rádio orgulhoso.

Um orgulho tão grande que, certamente, no regresso a Lisboa, obrigaram o José Duarte a pagar excesso de bagagem.

Texto publicado em 24 de Maio de 2016







sábado, 20 de abril de 2019

OH HAPPY DAY!


Sábado de Aleleuia.
«A festa brilhante. A maior de todas as festas».
Chamou à Páscoa S. João Crisóstomo, citado por João Bénard da Costa.
Há 248 dias sem a presença física da Aretha Franklin mas sempre, sempre, com as suas canções magníficas canções.
Poderão existir outras versões, mas quando Aretha as interpretava as canções ficavam peças únicas.
Oh Happy day, é um hino do século XVIII. A versão gospel, interpretada pelos cantores de Edwin Hawkins, em 1969, tornou-se um enorme sucesso internacional.
A Aida lembra-se de comprar o «single» na Grande Feira do Disco na Rua Forno do Tijolo.

Legenda: capa da revista da Time de 26 de Junho de 1968

sábado, 2 de fevereiro de 2019

ARETHA


Aretha deixou-nos há 178 dias.
Mas temos as suas canções.
«Eu sou a Minha Música», disse um dia.
Agora anda a cantar por outras fronteiras.
Em 1986 o estado de Michigan declarou a voz de Aretha Franklin, um recurso natural, um património.
Em finais do passado ano, foi posto á venda «The Atlantic Singles Collection» que reúne, em dois CDs, as melhores canções de Aretha Franklin editadas durante os 3 primeiros anos da sua carreira, entre 1967 e 1970, quando assinou pela Atlantic Records.






terça-feira, 21 de agosto de 2018

O ENTARDECER COM ARETHA


A Aretha é uma voz de todas as horas, mas, por aqui, tem caído nos entardeceres.
É doloroso, triste, saber que muita gente só descobriu Aretha, agora na hora da  sua morte.
Mais vale tarde que nunca, dizia a minha avó.
Barak Obama, naturalmente, de lágrimas, doces lágrimas, nos olhos, escreveu:

«Aretha ajudou a definir a experiência americana. Na sua voz, podíamos sentir a nossa história, toda ela, todas as suas nuances — o nosso poder e a nossa dor, a nossa escuridão e a nossa luz, a nossa demanda de redenção e o nosso respeito duramente conquistado. Ela ajudou-nos a sentirmo-nos mais ligados uns aos outros, mais esperançosos, mais humanos. E, por vezes, ajudou-nos apenas a esquecer tudo o resto e dançar.»

       
                                         

domingo, 19 de agosto de 2018

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

NÃO ME INTERESSA O QUE DIZEM SOBRE A ARETHA


Simplesmente Aretha.
Esquecer os adjectivos grandiosos, esquecer outras coissa, saber apenas daquela voz e da luta de uma mulher pela vida fora.
Tal como disse BillyPreston, citado pela New Yorker:

«Não me interessa o que dizem sobre a Aretha. Pode ficar escondida na sua casa em Detroit durante anos, pode passar décadas sem apanhar um avião ou viajar para a Europa. Pode cancelar metade dos seus concertos e enfurecer todos os produtores discográficos e promotores de concerto deste país. Pode cantar todos os tipos de canções foleiras que estão abaixo do seu nível. Pode entrar no seu modo diva e desligar-se do mundo. Mas numa noite, quando aquela senhora se senta ao piano e coloca o seu corpo e alma numa canção que lhe faça justiça, vai assustar-te como a porra. E saberás — jurarás — que ela ainda é a melhor cantora que este país maluco já produziu.»



quinta-feira, 16 de agosto de 2018

ARETHA FRANKLIN (1942-2018)


A todo o momento esperávamos a notícia.
Morreu Aretha Franklin.
João Gobern, num brilhante texto no Diário de Notícias on-line, faz o perfil de uma voz fantástica, de uma vida terrivelmente vivida.



domingo, 13 de agosto de 2017

CANÇÕES DE ENTARDECERES


São diferentes os entardeceres dos domingos?
Digo que sim.
O poeta António Reis, dizia que «é o único dia que não repetimos e que dura menos.»
É este enlanguescer da natureza, este vago sofrer do fim do dia. Cores fabulosas, um fulgor que não conseguimos definir, que andam pelo cor-de-rosa, violeta, cor-de-laranja, cor de fogo. Um deslumbramento.
Um canção incontornável dos Simon and Garfunkel: Bridge Over Troubled Water.
A versão original e mais duas interpretações de arrebatar: Aretha Franklin e Roberta Flack.




sábado, 25 de março de 2017

DA MINHA GALERIA


Aretha Franklin, a fantástica Aretha Franklin, faz hoje 75 anos, número redondo.

Claro que posso dizer: é uma rapariga do meu tempo.

Como nasci em 45, temos três anos de diferença.

João Gobern assina, hoje, no Diário de Notícias, um excelente texto sobre a Diva.

Se a tradição de muitos dos anos mais chegados se mantiver, Aretha Louise Franklin terá alugado para hoje umas quaisquer instalações luxuosas, num hotel ou num clube, na cidade de Detroit. Terá tratado de encomendar um "farnel" farto em gorduras e açúcares, para manter o hábito de se dedicar à soul food. Terá cantores e/ou músicos contratados para abrilhantar mais uma festa de aniversário, daquelas que costuma oferecer a si própria, sem se esquecer de as publicitar para manter aceso o lume de boas (e só boas) notícias a respeito da Rainha do soul. 

E ouçam a pequena, principalmente nas gravações que fez para a «Atlantic».

Tal como a recordo, na tomada de posse de Barak Obama em 2009.






terça-feira, 24 de maio de 2016

NUNCA CAMINHARÃO SOZINHOS


 Foram os ingleses que inventaram o futebol, têm um enorme respeito por ele e chamam-lhe «The Beautiful Game.»

Vivem o jogo como ninguém.

Deslocam-se, enchem os estádios.

Avós, pais, filhos, netos, bisnetos: a família.

A festa.

Nem em tempo de Natal o dispensam.

Bem pelo contrário: exigem que haja jogos nesses dias.

Nos dias de transmissão do futebol inglês, quando as câmaras focam as bancadas, vêem-se espectadores das mais variadas idades. Por vezes, parece que toda uma família, do mais novo ao mais velho, foi ao futebol.

Uma das claques mais conhecidas, no Reino Unido, é a do Liverpool.

Tomaram como hino You’ll Necer Walk Alone, uma canção composta por Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II para o musical da Broadway Carousel, de 1945 e que, em 1956, foi adaptado ao cinema por Henry King.

Mas seria com a versão de Gerry &The Pacemaker, conjunto oriundo da própria cidade, que a canção se tornaria o hino do clube.

Hoje, outros clubes, em outros países, o adoptaram como hino, mas nada como em Anfield Road.

Simplesmente  arrepiante.

Uma visita ao You Tube permite ficarmos a saber dos grandes nomes da música norte-americana, bem como outros, que gravaram You'll Never Walk Alone.

Shirley Jones gravou-a para a banda sonora de Carousel, mas há versões de Ella Fitzgerald, Ray Charles, Aretha Franklin, Mahalia Jackson, Nina Simone, Louis Armstrong, Elvis Presley, Barbra Streisand, Andy Williams, Judy Garland, Frank Sinatra, Johnny Cash, Roy Orbinson, The Rigteous Brothers, Tom Jones.

Também é possível encontrar uma versão dos Beatles.

Estas são as minhas escolhas.

A versão da Nina Simone é tocada ao piano.

Numa entrevista ao Expresso (06.02.2016), por ocasião dos 50 anos dos Cinco Minutos de Jazz, perguntaram-lhe por um episódio destes longuíssimos minutos de jazz, o José Duarte respondeu:

Fui a uma rádio em Los Angeles, que passa jazz 24 horas por dia. O edifício era lindo, alto, todo em vidro. Era o início dos anos 70, o João ainda era vivo. Eu tinha levado comigo uma cassete da Nina Simone a tocar piano. O apresentador fez-me perguntas, estranhou onde era Portugal, expliquei-lhe que se nadasse sempre em frente chegaria a Lisboa. E quando lhe contei que tinha um programa de cinco minutos fechou o microfone, pensava que eu me tinha enganado no inglês! No fim, pôs a minha cassete da Nina Simone e ia caindo da cadeira: nunca a tinha ouvido só a tocar o piano. Saí daquela rádio orgulhoso.

Um orgulho tão grande que, certamente, no regresso a Lisboa, o obrigaram a pagar excesso de bagagem.

                                         

                                          

                                          


                                          

                                          

sexta-feira, 26 de julho de 2013

É PERMITIDO AFIXAR ANÚNCIOS


Se não sabem, ficam a saber que o Diário de Notícias, na sua colecção Divas, disponibiliza, hoje, um CD de Marilyn Monroe, integrado numa colecção por onde já passaram Maria Callas, Ella Fitgerald, Amália, Edith Piaf, Aretha Franklin, Billie Holiday, Judy Garland e, ainda passarão, Marlene Dietrich e Carmen Miranda,

A selecção musical e notas, são da responsabilidade de Rui Vieira Nery, enquanto Patricia Reis assina um texto ficcional sobre Marilyn, que termina assim:

A saúde de Marilyn está cada vez pior. Sofre de fobias. Chega sistematicamente atrasada às filmagens. Começa a fazer terapia com um psiquiatra e aceita ser internada na mesma instituição onde a mãe esteve. O facto de não ter conseguido ter filhos, apesar de ter engravidado duas vezes não ajudou. Queria muito ser mãe. E isso eu compreendo muito bem. Foi uma bênção ter conseguido adoptar os meus filhos. Marilyn foi operada para corrigir uma obstrução nas trompas de falópio. A seguir teve uma crise de vesícula e voltou a ser operada. Nos anos sessenta estava já um fio e era tão nova. Se pensarmos, morreu com 62 anos. Parece que a última pessoa a falar com ela ao telefone terá sido o presidente Kennedy, mas quem o pode garantir? Elton está convencido de que a mandaram matar. Era inconveniente, como misturava bebida com comprimidos, não tinha filtro. Era uma diva e uma menina perdida ao mesmo tempo. Como tantas outras divas. Parece que DiMaggio colocou rosas na sepultura da ex-mulher até morrer. Eme morreu em 1999. A isso eu chamo amor. Elton diz que posso estar enganado. Mas que sei eu? Casei com Elton John, a minha vida é uma montanha russa. E admito, existem dias em que Elton é Marilyn. Não me perguntem mais.