Por boas e más
razões, Hollywood sempre foi um encantamento.
Só quem tenha
andado distraído não verificou que aquilo é um mundo de glamour e horrores, de
gente que se lava todos os dias e de trastes.
De há umas
semanas para cá o que está na moda são os molestadores sexuais.
O assunto
interessa mas há que dar-lhe o devido desconto com que sempre se deve olhar
para Hollywood.
«Como incontáveis milhões de pessoas, cresci com Woody
Allen. Não há nenhum cineasta, vivo ou morto, de quem tenha visto tantos
filmes. E ouvi bandas sonoras, li peças, contos. Woody Allen é, em si, um
cinema, uma cidade, uma escrita, um humor. Não sei se existe mais algum judeu
nova-iorquino como ele, aliás, de certeza que não, mas todos os judeus
nova-iorquinos receberam esse presente genial de passarem a ser ele, tal como o
mundo tem muito mais graça por causa dele».
Recentemente, a
sempre bela Catherine Deneuve solidarizou-se com as mulheres que foram abusadas
sexualmente mas não deixou de declarar que não vale tudo:
«Vamos queimar os livros de Sade? Vamos qualificar
Leonardo da Vinci como artista pedófilo e apagar os seus quadros? Retirar
Gauguin dos museus? Destruir os desenhos de Egon Schiele? Proibir os discos de
Phil Spector? Este clima de censura deixa-me sem voz e inquieta pelo destino das
nossas sociedades.»
Perguntada sobre
se alguma vez foi molestada sexualamente, Sharon Stone, a protagonista de uma
das grandes cenas do cinema, soltou uma sonora gargalhada que diz tudo e… mais
alguma coisa.
Entrando no
campo da anedota, para além de outras à volta de Woody Allen:
Entrando no
campo do humor: