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sábado, 4 de agosto de 2018

Vazamento de dados do Facebook causa tempestade política mundial


Mark Zuckerberg, fundador do Facebook 

Vazamento de dados do Facebook causa tempestade política mundial

Autoridades dos EUA e Reino Unido exigem que Zuckerberg dê explicações depois da revelação de que uma consultoria eleitoral manipulou informações de 50 milhões de usuários da rede social


PABLO DE LLANO
ÁLVARO SÁNCHEZ
Miami / Bruxelas 20 MAR 2018 - 11:35 COT

Facebook está no olho de um furacão político global causado pelo vazamento de dados de 50 milhões de usuários norte-americanos, supostamente usados pela consultoria Cambridge Analytica para afinar com perfis psicológicos as estratégias de atração de voto da campanha de Donald Trump em 2016. Políticos dos EUA eReino Unido, onde o Facebook é investigado por seu possível papel na campanha em favor do Brexit, exigiram que Mark Zuckerberg dê explicações.

O escândalo eclodiu no sábado, nas páginas do The New York Times e The Observer. Reagindo às revelações, a senadora democrata Amy Klobuchar solicitou que Zuckerberg, presidente da maior rede social do mundo, deponha à Comissão de Justiça do Senado dos Estados Unidos sobre a exploração de dados de seus usuários para desenvolver ferramentas de “publicidade política” e “manipulação dos eleitores”.
Adam Schiff, principal representante democrata na Comissão de Inteligência do Congresso dos EUA, indagou a quais dados dos cidadãos afetados a consultoria teve acesso e propôs a abertura de uma CPI sobre o caso. No próprio sábado, a procuradora-geral de Massachusetts, Maura Healey, anunciou o início da primeira investigação formal.
O Parlamento Britânico pediu a presença de Zuckerberg para responder às acusações de manipulação eleitoral. "Chegou a hora de ouvir um alto executivo do Facebook com autoridade suficiente para explicar esse fracasso retumbante", disse Damien Collins, que preside o comitê parlamentar que solicitou a presença do fundador da empresa. "O comitê perguntou persistentemente ao Facebook como as empresas adquirem e retêm informações de seus usuários e, em particular, se seus dados foram obtidos sem o consentimento deles", disse Collins, acrescentando que as respostas "consistentemente subestimaram esse risco e foram enganosas". Além disso, o órgão britânico que regula a proteção de dados solicitou uma ordem de registro da Cambridge Analytica e pediu que o Facebook interrompa imediatamente a auditoria em andamento para não prejudicar o trabalho das autoridades.
O Facebook nega veementemente sua responsabilidade. Em 2014, a Cambridge Analytica recolheu as informações de maneira indireta, através de um pesquisador da Universidade de Cambridge, o psicólogo russo-americano Alexandr Kogan, que havia sido autorizado pela rede social a consultar dados de seus usuários para fins acadêmicos, mas não políticos. O Facebook descobriu o desvio de dados há três anos, mas só na sexta-feira passada suspendeu as contas da Cambridge Analytica e de Kogan e se comprometeu a não permitir que a empresa continue mantendo as informações pessoais que acumulou, como identidades, localizações e as curtidas dos usuários.



We’ve invited Mark Zuckerberg to the European Parliament. Facebook needs to clarify before the representatives of 500 million Europeans that personal data is not being used to manipulate democracy.

A empresa, fundada nos EUA por figuras relevantes da campanha de Trump, como Steve Bannon e o mecenas Robert Mercer, mas com matriz britânica, está sendo investigada no Reino Unido por causa da suposta interferência da espionagem russa na campanha em prol da saída do país da UE.
Um porta-voz da primeira-ministra britânica, Theresa May, informou nesta segunda-feira que uma agência governamental abriu uma investigação sobre o escândalo de vazamento de dados com fins políticos, com ramos entrelaçados nos Estados Unidos e Reino Unido, que qualificou como “altamente preocupante”. O presidente da comissão de assuntos digitais da Câmara dos Comuns, Damian Collins, antecipou que convocará Zuckerberg e o diretor da Cambridge Analytica, o britânico Alexander Nix, a depor. “Alguém deve assumir a responsabilidade por isso. É hora de que Zuckerberg deixe de se esconder atrás da sua página do Facebook”, acrescentou.
A comissária (ministra) europeia de Justiça, Vera Jourová, anunciou por sua vez que solicitará esclarecimentos ao Facebook. Jourová chegaria nesta segunda-feira a Washington para discutir questões de proteção de dados com o secretário de Comércio norte-americano, Wilbur Ross. Embora sua agenda oficial em princípio não incluísse nenhuma reunião relacionada ao uso fraudulento da informação dos usuários, a questão sem dúvida deverá pairar sobre a visita.
“É terrível se for confirmado. Os dados pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook poderiam ter sido mal administrados e utilizados com fins políticos de uma maneira tão simples! Não queremos isto na UE”, criticou Jourová em uma mensagem pelo Twitter.
A Comissão Europeia, que ainda nesta semana apresentará um imposto digital que afetará entre outras empresas a rede social de Zuckerberg, insistiu em que as empresas devem assumir a responsabilidade pelo correto tratamento dos dados pessoais.
Os representantes do Facebook também deverão responder às perguntas dos eurodeputados. O Parlamento Europeu, a instituição comunitária com maior caráter político, disse na segunda-feira que investigará o caso. “O uso indevido de dados de usuários do Facebook é uma violação inaceitável do direito à privacidade dos cidadãos”, lamentou o presidente da Eurocâmara, Antonio Tajani, que também convidou o bilionário do Vale dos Silício a dar explicações. "O Facebook deve esclarecer antes 500 milhões de europeus que suas informações pessoais não estão sendo usadas para manipular a democracia", disse Tajani em sua conta no Twitter.

Queda em Wall Street

O Facebook sofreu um duro golpe nas Bolsas nesta segunda-feira por causa da revelação sobre o vazamento de dados, com uma queda superior a 7% no pregão de Wall Street. O movimento negativo se explica pelo medo dos investidores de que o Facebook perca usuários e que os países mais influentes aprovem políticas mais rigorosas para proteger a privacidade do consumidor.
Foi a maior queda da rede social desde 2012, e os analistas estimam em quase 130 bilhões de reais a perda do seu valor de mercado durante a jornada. A desvalorização das ações do Facebook gerou um efeito-dominó nas Bolsas que atingiu outras grandes companhias tecnológicas, como Amazon, Alphabet (a matriz do Google) e Netflix.
Todos os setores da Bolsa de Nova York operavam em baixa, com destaque para o da tecnologia (-2,4%), seguido por energia (-1,84%) e matérias-primas (-1,72%).




sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Facebook confirma que rastreia até os movimentos do seu mouse

Logotipo do Facebook na feira CEBIT, em Hannover, na terça-feira desta semana 

Facebook confirma que rastreia até os movimentos do seu mouse

Empresa de Mark Zuckerberg usa técnicas que permitem acompanhar os movimentos do cursor na tela do seu computador



PABLO G. BEJERANO
14 JUN 2018 - 09:31 COT


Em um documento enviado ao Senado dos Estados Unidos, o Facebook responde ponto por ponto às perguntas feitas pelos parlamentares. São 228 páginas em que a empresa expõe a maneira como age em relação aos dados dos seus usuários. Um dos aspectos mais polêmicos é o da coleta de informações.
Aqui a empresa de Mark Zuckerberg lista em vários trechos do documento como reúne dados concretos sobre os dispositivos do usuário e que uso faz dessas informações. No computador, um dos parâmetros mais chamativos que o Facebook monitora são os movimentos do mouse. Tradicionalmente, esse tipo de rastreamento, conhecido como mouse tracking, serve para indicar como os usuários se comportam dentro de uma plataforma de software, reunindo dados que permitam melhorar a interface.
No computador, o Facebook controla os movimentos do cursor do mouse e também se uma janela está aberta em primeiro ou segundo plano. A companhia acrescenta entre parênteses que esse tipo de informação “pode ajudar a distinguir humanos de robôs”. Também observa que toda a informação colhida de um usuário através dos múltiplos dispositivos que ele usa, como computadores, smartphones e TVs conectadas, é cruzada para “ajudar a proporcionar a mesma experiência personalizada onde quer que as pessoas usem o Facebook”.
O documento não esclarece se a rede social se vale dos movimentos do mouse para algo além de distinguir entre humanos e robôs, embora tampouco afirme que o utilize exclusivamente para essa finalidade. No passado, o Facebook foi acusado de testar métodos que usavam o mouse tracking para determinar não só em quais anúncios o usuário clica como também em quais pontos da tela ele se detém, e durante quanto tempo.

A empresa acrescenta que esse tipo de informação “pode ajudar a distinguir os humanos dos robôs”

Informações desse tipo são relevantes porque o lugar onde o cursor se detém muitas vezes coincide com o ponto no qual focamos nossa atenção, segundo os especialistas em mouse tracking.

Dados sobre bateria, armazenamento e operadora

No memorando enviado ao Senado dos EUA – e que a revista Business Insider foi o primeiro veículo de comunicação a examinar –, o Facebook também enumera a informação que reúne sobre os atributos do aparelho que usuário utiliza. Isso inclui o sistema operacional, as versões de hardware e software, o nível de bateria e a capacidade de armazenamento disponível. Do mesmo modo, sabe qual navegador e os tipos e nomes dos aplicativos instalados e de arquivos guardados.
A companhia também tem a capacidade de acessar o sinal Bluetooth e de rastrear informação sobre os pontos de acesso wi-fi próximos, as torres de telecomunicações ou outros dispositivos emissores de sinal, como os beacons.
O nome da operadora de telefonia celular de um usuário e o seu provedor de Internet são outros dados que a rede social conhece. Neste item relativo à conexão, o Facebook também detecta “o número de telefone, o endereço IP, a velocidade de conexão e, em alguns casos, informações a respeito dos dispositivos que estão próximos ou em sua mesma rede, com o que podemos fazer coisas como ajudar a enviar um vídeo do celular para a televisão”.
Informações sobre a localização por GPS, assim como acesso à câmera e à galeria de fotos, são outros dos aspectos, já amplamente conhecidos, que a companhia enumera no documento. Mas ela deixa claro, diante de várias perguntas ao longo do texto, que “não usa o microfone do celular dos usuários ou qualquer outro método para extrair áudio” a fim de influenciar os anúncios que são apresentados ou para determinar o que aparece no feed de notícias do usuário.


quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Uma visita ‘fake’ ao império do Facebook


Funcionários do Facebook na sede central em Menlo Park, Califórnia. 

Uma visita ‘fake’ ao império do Facebook

A empresa tecnológica convida jornalistas de vários países a visitar sua sede central para apresentar uma imagem de transparência em plena crise de reputação




ANA TORRES MENÁRGUEZ
Menlo Park 2 AGO 2018 - 13:51 COT

A chegada ao Facebook decepciona. Espera-se encontrar um grande edifício com arquitetura eficiente, grandes janelas e luz natural. Mas a área escolhida para receber 30 jornalistas do mundo todo na primeira visita da imprensa internacional organizada pela empresa em sua sede em Menlo Park (Califórnia) é a antiga sede: uma série de galpões industriais de dois andares pintados de cores que mais lembram um shopping center do que o local onde um dos algoritmos mais valorizados do planeta é armazenado.

"Não podemos fazer isso sozinhos", explicou durante a visita, realizada há duas semanas, Sara Su, uma das porta-vozes da empresa. A rede social, disse ela, precisa da colaboração de organizações externas para deter o monstro. A falta de controle sobre o conteúdo divulgado na plataforma e a pouca atenção dada à privacidade dos usuários levaram a empresa de tecnologia a sofrer a pior crise de credibilidade em seus 14 anos de história. Desde que estourou em março o escândalo da Cambridge Analytica —o vazamento maciço de dados pessoais de 87 milhões de usuários por essa empresa britânica—, Mark Zuckerberg foi forçado a explicar o modo como trabalha o seu rebento, um mastodonte com mais de 2,2 bilhões de usuários mensais.

E nessa estratégia se encaixava o plano de levar jornalistas para passarem um dia no império do Facebook. Em seu esforço para transmitir uma imagem de transparência, a empresa convidou um grupo da mídia internacional para visitar sua sede principal pela primeira vez, incluindo EL PAÍS. É claro que Zuckerberg e sua equipe estão do outro lado da estrada, nas novas instalações inauguradas há alguns meses. Os convidados não tiveram esse privilégio.
O sigilo em torno do algoritmo da empresa tecnológica é estendido a seus escritórios. Os jornalistas são continuamente controlados. A distância de apenas alguns metros dos funcionários, que se deslocam rapidamente de um lugar para outro, parece quilométrica. A atmosfera de campus universitário que a sede emana, com um pátio interno cheio de funcionários de diferentes partes do mundo, e a sua idade média de cerca de 30 anos, colide com a realidade imposta de cima: a liberdade de movimento não é uma opção.










Uma das paredes do Facebook com cartazes desenhados pelos funcionários.
Uma das paredes do Facebook com cartazes desenhados pelos funcionários. A.T.


O momento escolhido para abrir as portas por um dia e destacar porta-vozes de diferentes departamentos para responder a perguntas de jornalistas de países como Japão, Polônia, França e Argentina —87% dos usuários da plataforma são de fora dos Estados Unidos e Canadá— não é um acaso. Uma semana depois, o Facebook registraria uma queda de cerca de 25% em seu valor no mercado acionário, logo depois de apresentar piores resultados econômicos do que o esperado e de antecipar que seu crescimento está em fase de desaceleração. Nunca antes uma empresa havia caído tanto em um dia em Wall Street: de uma capitalização em bolsa próxima dos de 620 bilhões de dólares (cerca de 2,4 bilhões de reais) antes de publicar os resultados, passou a 470 bilhões (cerca de 1,77 bilhão de reais).
Embora seus 2,2 bilhões de usuários tenham propiciado um faturamento de 12 bilhões de dólares (49,6 bilhões de reais) no segundo trimestre de 2018, o que representa uma melhora de 42% em relação ao mesmo período do ano anterior, tiveram mais força as dúvidas sobre as novas políticas da empresa e os possíveis efeitos sobre sua lucratividade. Nos últimos meses, Zuckerberg esteve sob o escrutínio dos legisladores dos Estados Unidos e da União Europeia, e está sendo avaliado se violou as regras que protegem a privacidade dos usuários. Os novos investimentos em segurança podem afetar sua margem de lucro. A essa crise se soma a da reputação: sob o nome #DeleteFacebook, um novo movimento social pede aos usuários que deixem o Facebook.
Não é fácil avaliar o possível desconforto ou insegurança dos funcionários da empresa. A partir do momento em que nós, jornalistas, entramos no recinto, construído ao lado de uma rodovia na baía de São Francisco, a cerca de 47 quilômetros da cidade, os responsáveis pela visita nos acompanham o tempo todo, até para fumar um cigarro no lado de fora. O controle de cada movimento dos jornalistas é excessivo. Durante a refeição deve-se permanecer em uma área delimitada, controlada pelo pessoal de segurança. Nos dois complexos que compõem a sede do Facebook, há um total de 14.000 funcionários. Em todo o mundo são 30.000.



O Facebook oferece aos funcionários todo tipo de alimento e petiscos de forma gratuita.
O Facebook oferece aos funcionários todo tipo de alimento e petiscos de forma gratuita. A.T.


Durante o tour guiado às instalações, uma das funcionárias revela algumas das histórias relacionadas à arquitetura do local. Trata-se de uma série de galpões ligados por um grande pátio interno com áreas ajardinadas, restaurantes e academias gratuitas para funcionários, salão de cabeleireiro e lojas que vendem bicicletas, estes de particulares. Alguns dos edifícios estão conectados por pontes vermelhas que lembram a Golden Gate, a icônica ponte de São Francisco. "Eles passam muitas horas aqui e queremos que se sintam em casa", diz ela. "Há um grupo de raposas que costuma sair quando o sol se põe", continua. Alguns cartazes recomendam não se aproximar delas nem alimentá-las. O percurso termina na oficina de confecção de cartazes, gratuita para os funcionários, ou na sorveteria. Qual é o perfil da maioria dos funcionários? A idade média? O salário médio? "O Facebook não fornece esse tipo de informação", responde a porta-voz.
O sigilo e o chamado control freak (obsessão pelo controle) são a marca das empresas de tecnologia do Vale do Silício. "No mundo tecnológico, o mais valioso é o que você inventou. Os fundadores acreditam que, se alguém descobrir a maneira como criam, perderão sua vantagem competitiva", diz uma ex-funcionária do setor que mora em São Francisco e prefere não dizer seu nome. "Eles temem que um dos empregados revele um detalhe ou fale demais. O Facebook atualmente é muito paranoico. É verdade que muitos funcionários estão descontentes com as políticas da empresa, a ingerência nas eleições em 2016 faz com que não estejam de acordo com o modo como Zuckerberg gerencia a empresa", acrescenta.
Nessa visita, o segredo do algoritmo do Facebook estava a salvo. A parte técnica da empresa, as equipes de desenvolvimento de computadores, estão no novo prédio, fora do alcance dos profissionais da imprensa convidados.
Em um artigo publicado na Columbia Journalism Review, James Ball, jornalista britânico e autor do livro Post-Truth: How Bullshit Conquered the World (Pós-verdade: como as baboseiras conquistaram o mundo), alerta para a necessidade de um novo modelo de jornalismo tecnológico. Ball denuncia a permissividade dos jornalistas e o fenômeno dos fãs, segundo o qual os informadores são os mais entusiastas dos novos produtos tecnológicos e, por vezes, os menos críticos. "Os fundadores das empresas controlam o acesso da mídia a tal ponto que empresas de outro setor considerariam insólito, até mesmo as visitas a escritórios —consideradas um privilégio— exigem acordos de confidencialidade por parte dos jornalistas", diz Ball.
“Há uma série de razões pelas quais o sigilo se tornou uma parte essencial da cultura do Vale do Silício, e não precisamente a necessidade de proteger a propriedade intelectual dos concorrentes. É a atmosfera que envolve a imprensa especializada em tecnologia que torna isso possível. Graças a uma mídia complacente e até mesmo fã, as empresas de tecnologia podem facilmente controlar suas narrativas e evitar críticas ou vetar jornalistas ", diz Ball.
Sandy Parakilas, diretor de operações no departamento de Privacidade do Facebook entre 2011 e 2012, é agora um de seus detratores. Apesar de ser um crítico do modelo —ele garante que a empresa prioriza o crescimento econômico e destina muito poucos recursos à proteção dos usuários—, sua opinião sobre sigilo e controle sobre os meios de comunicação não é negativa. Ele acredita que esse comportamento é lógico, que os jornalistas podem ser críticos e que o medo de ser vetado não faz sentido.
Essa não é a percepção dos jornalistas enquanto comem um enroladinho de legumes no chamado Zen Garden do Facebook, um espaço em uma plataforma de madeira, com jardins e grandes bancos individuais que os funcionários podem usar como local de trabalho. "Se você os critica abertamente, não voltam a te convidar", diz um dos jornalistas de São Francisco.