Anjelica Huston |
Anjelica Huston
A Story Lately Told
Memórias de uma diva
Falamos com Anjelica Huston sobre o primeiro volume de suas memórias
Ela esmiúça uma época rodeada pelos bosques da Irlanda, e pelos maiores de Hollywood
Uma vida marcada pela morte de sua mãe e pela perda de seus dois grandes amores
ROCÍO AYUSO
26 ABR 2014 - 17:00 COT
“O livro A Story Lately Told conta quem sou. Alguém que existiu muito antes de ser namorada de Jack Nicholson aos 20 anos. Alguém que começou a ser quem sou nos bosques da Irlanda ocidental onde me criei. Chame minha forma de me defender como pessoa, de definir quem sou, o que para mim é e foi importante. E me encantou ser a namorada de Jack, não me interprete mal. Mas sou muito mais que isso”. Assim nos recebe Anjelica Huston para falar do primeiro volume de suas memórias que foi publicado nos Estados Unidos e que, parafraseando uma canção popular de sua infância, tem o título A Story Lately Told. Ninguém poderia duvidar, basta olhar para ela, que esta mulher de 62 anos, rosto assimétrico, intensas feições e grande presença física –além de uma aura de estrela de outrora, das que já não existem ou são difíceis de encontrar- é muito mais que “a garota de”. Inclusive se esse “de” é Jack Nicholson. Huston também é muito mais que a soma de todos seus personagens, alguém que te faz pensar que a Maerose Prizzi de A Honra do Poderoso Prizzi (1985), a Mortícia Addams de A Família Addams (1991) e a Etheline Tenenbaum de Os Excêntricos Tenenbaums (2001) –algumas de suas criações mais lembradas- eram puros cordeirinhos a seu lado.