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terça-feira, 16 de julho de 2024

'Senti a bala rasgando a pele', diz Trump sobre atentado em comício

 







'Senti a bala rasgando a pele', diz Trump sobre atentado em comício

Tiros foram disparados enquanto o candidato presidencial republicano discursava para seus eleitores. O ex-presidente foi atingido na orelha.

13/07/2024 21h47 Atualizado há um dia

Donald Trump se pronunciou após o atentado que sofreu durante um comício, na cidade de Butler, estado da Pensilvânia, neste sábado.

"Eu levei um tiro que atingiu o pedaço superior da minha orelha direita. Eu soube imediatamente que algo estava errado quando ouvi um zumbido, tiros e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Sangrou muito, e aí me dei conta do que estava acontecendo", escreveu em sua rede social, a "Truth Social".


Trump também agradeceu "ao serviço secreto americano e à polícia por sua rápida reação no tiroteio".

Além disso, mandou "condolências para a família da pessoa que foi morta no comício e também à família da outra pessoa que ficou gravemente ferida."

"É inacreditável que algo assim possa acontecer no nosso país. Até agora nada se sabe sobre o atirador, que está morto."

O GLOBO 

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Fotos / Donald Trump sofre atentado durante comício

 

Donald Trump levanta o punho após ser socorrido por seguranças em comício, na Pensilvânia — Foto: AP Photo/Evan Vucci 


FOTOS
Donald Trump sofre atentado durante comício

Ex-presidente americano levou a mão à orelha assim que os barulhos de tiros começaram e deixou o local escoltado por seguranças e com um ferimento na orelha.

 



Donald Trump sofreu um atentado durante comício na cidade de Butler, estado da Pensilvânia, neste sábado (13). O evento foi interrompido e o ex-presidente dos EUA foi escoltado por seguranças e retirado do palco. 

O ex-presidente americano levou a mão à orelha assim que os tiros começaram e deixou o local com um ferimento na orelha e sangue no rosto (veja as imagens abaixo). Segundo o Serviço Secreto dos EUA, ele está seguro. 

Donald Trump leva mão à orelha assim que começam os sons de tiros em comício — Foto: REUTERS/Brendan McDermid

Donald Trump leva mão à orelha assim que começam os sons de tiros em comício — Foto: REUTERS/Brendan McDermid 

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

75 anos após a bomba de Hiroshima, a ameaça nuclear ressurge em um novo tabuleiro geopolítico


Manifestantes com máscaras de Trump e Putin posam sobre duas bombas falsas durante protesto contra armas atômicas em Berlim, na Alemanha.
Manifestantes com máscaras de Trump e Putin posam sobre duas bombas falsas durante protesto contra armas atômicas em Berlim, na Alemanha.FABIAN SOMMER 

75 anos após a bomba de Hiroshima, a ameaça nuclear ressurge em um novo tabuleiro geopolítico

Enquanto Trump e Putin desmantelam a rede de tratados de controle de armas nucleares, o surgimento de novas potências como a China desenha um cenário mais instável para o planeta


PABLO GUIMÓN
|MARÍA R. SAHUQUILLO

Washington / Moscou - 06 AGO 2020 - 07:54 COT

Há exatamente 75 anos os Estados Unidos se tornaram o primeiro e único país do mundo a atacar um inimigo com uma arma nuclear, com o bombardeio da cidade japonesa de Hiroshima, durante a Segunda Guerra Mundial. Hoje, o tabuleiro geopolítico mudou significativamente, mas permanecem as tensões e incertezas sobre como garantir que nenhum país volte a usar novamente as armas atômicas. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirma que ele e seu colega russo, Vladimir Putin, trabalham juntos para reduzir a ameaça de uma guerra nuclear, mas a verdade é que ambos passaram pelo menos os últimos três anos e meio desenvolvendo armas nucleares e destruindo tratados destinados ao seu controle. Embora a o governo norte-americano reconheça que considerou retomar os testes nucleares interrompidos há quase três décadas, ninguém descarta uma nova corrida armamentista com a Rússia e, agora, com a China.

Passo a passo, o sistema de segurança criado no período final da Guerra Fria por Washington e Moscou está se desintegrando. O fim, no ano passado, do histórico Tratado de Controle de Armas Nucleares de Alcance Intermediário (INF), assinado em 1987 por Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev, foi o início de uma nova era. Hoje, Washington e Moscou não limitam mais o armazenamento, teste ou implantação de mísseis terrestres de alcance intermediário ( entre 500 e 5,5 mil quilômetros).

Washington também decidiu abandonar o Tratado de Céus Abertos, que permitia voos de inspeção para fomentar a confiança entre os países. E o presidente Trump ainda indicou que não renovará o Novo START, o último grande tratado de controle de armas nucleares entre Washington e Moscou, a menos que a China também aceite se vincular às limitações impostas pelo acordo. Sem ele, não haverá tratado algum que controle os dois maiores arsenais nucleares do mundo. O acordo expira em fevereiro, pouco depois da posse do ganhador das presidenciais americanas marcadas para novembro.

A cidade japonesa de Hiroshima após o ataque nuclear de 6 de agosto de 1945.
A cidade japonesa de Hiroshima após o ataque nuclear de 6 de agosto de 1945. PRISMA BY DUKAS / UNIVERSAL IMAGES GROUP VIA GETTY


Trump fez da assinatura de um acordo nuclear com a Rússia e a China uma prioridade, mas Pequim até agora rejeitou os convites para participar do debate. A responsabilidade dos Estados Unidos de liderar o controle e a eliminação progressiva de armas nucleares, como primeiro e único país a tê-las usado, baseou a política nuclear de Washington desde o início. Durante mais de 60 anos, presidentes de ambos os partidos, de Eisenhower a Obama, tentaram reduzir o arsenal de armas nucleares e as possibilidades de serem utilizadas. Mas o presidente Trump, como em tantas outras áreas, rejeitou os vínculos históricos. Apenas dois meses atrás, Marshall Billingslea, o principal negociador norte-americano para acordos de controle armamentista, confirmou que a Administração estudou a realização do primeiro teste nuclear desde 1992. “A possibilidade de a Administração Trump retomar os testes de armas nucleares é tão temerária quanto perigosa”, disse Joe Biden, adversário democrata de Trump.

A evaporação destes tratados, combinada com o surgimento de novas potências nucleares como a China, desenha um cenário mais instável e com menos limites, no qual as novas armas tecnológicas desempenham um papel destacado. Robôs assassinos, mísseis hipersônicos e armas cibernéticas se juntam à corrida, como evidenciou o preciso ataque norte-americano com um drone que matou o general iraniano Qasem Soleimani em Bagdá nos primeiros dias deste ano.

Putin já anunciou novas armas hipersônicas, que viajam a pelo menos cinco vezes a velocidade do som, muito mais difíceis de rastrear e interceptar. Moscou garante que seu sistema estratégico Avangard, que descreve como uma de suas “armas invencíveis” e que é composto por um foguete balístico intercontinental equipado com ogivas que podem ser manobradas em planos verticais e horizontais e mudar de rumo “já está em serviço”. A Rússia afirma que pode voar em 15 minutos para o território norte-americano. Além disso, garante que já estão quase prontos seus mísseis de cruzeiro hipersônicos antitanque Zirkon, que podem ser implantados em navios de superfície, atualmente na fase final de testes, de acordo com o Ministério da Defesa. Assim como seu drone nuclear submarino Poseidon, projetado para ser transportado por submarinos, embora especialistas ocidentais tenham questionado o quão avançado está o desenvolvimento desse tipo de armas.

Também os EUA, China, Índia, Japão e outros países estão desenvolvendo mísseis hipersônicos. E a corrida armamentista tem um novo campo de batalha: o espaço, onde as duas históricas potências se acusam mutuamente de testar armas.



sábado, 4 de agosto de 2018

Vazamento de dados do Facebook causa tempestade política mundial


Mark Zuckerberg, fundador do Facebook 

Vazamento de dados do Facebook causa tempestade política mundial

Autoridades dos EUA e Reino Unido exigem que Zuckerberg dê explicações depois da revelação de que uma consultoria eleitoral manipulou informações de 50 milhões de usuários da rede social


PABLO DE LLANO
ÁLVARO SÁNCHEZ
Miami / Bruxelas 20 MAR 2018 - 11:35 COT

Facebook está no olho de um furacão político global causado pelo vazamento de dados de 50 milhões de usuários norte-americanos, supostamente usados pela consultoria Cambridge Analytica para afinar com perfis psicológicos as estratégias de atração de voto da campanha de Donald Trump em 2016. Políticos dos EUA eReino Unido, onde o Facebook é investigado por seu possível papel na campanha em favor do Brexit, exigiram que Mark Zuckerberg dê explicações.

O escândalo eclodiu no sábado, nas páginas do The New York Times e The Observer. Reagindo às revelações, a senadora democrata Amy Klobuchar solicitou que Zuckerberg, presidente da maior rede social do mundo, deponha à Comissão de Justiça do Senado dos Estados Unidos sobre a exploração de dados de seus usuários para desenvolver ferramentas de “publicidade política” e “manipulação dos eleitores”.
Adam Schiff, principal representante democrata na Comissão de Inteligência do Congresso dos EUA, indagou a quais dados dos cidadãos afetados a consultoria teve acesso e propôs a abertura de uma CPI sobre o caso. No próprio sábado, a procuradora-geral de Massachusetts, Maura Healey, anunciou o início da primeira investigação formal.
O Parlamento Britânico pediu a presença de Zuckerberg para responder às acusações de manipulação eleitoral. "Chegou a hora de ouvir um alto executivo do Facebook com autoridade suficiente para explicar esse fracasso retumbante", disse Damien Collins, que preside o comitê parlamentar que solicitou a presença do fundador da empresa. "O comitê perguntou persistentemente ao Facebook como as empresas adquirem e retêm informações de seus usuários e, em particular, se seus dados foram obtidos sem o consentimento deles", disse Collins, acrescentando que as respostas "consistentemente subestimaram esse risco e foram enganosas". Além disso, o órgão britânico que regula a proteção de dados solicitou uma ordem de registro da Cambridge Analytica e pediu que o Facebook interrompa imediatamente a auditoria em andamento para não prejudicar o trabalho das autoridades.
O Facebook nega veementemente sua responsabilidade. Em 2014, a Cambridge Analytica recolheu as informações de maneira indireta, através de um pesquisador da Universidade de Cambridge, o psicólogo russo-americano Alexandr Kogan, que havia sido autorizado pela rede social a consultar dados de seus usuários para fins acadêmicos, mas não políticos. O Facebook descobriu o desvio de dados há três anos, mas só na sexta-feira passada suspendeu as contas da Cambridge Analytica e de Kogan e se comprometeu a não permitir que a empresa continue mantendo as informações pessoais que acumulou, como identidades, localizações e as curtidas dos usuários.



We’ve invited Mark Zuckerberg to the European Parliament. Facebook needs to clarify before the representatives of 500 million Europeans that personal data is not being used to manipulate democracy.

A empresa, fundada nos EUA por figuras relevantes da campanha de Trump, como Steve Bannon e o mecenas Robert Mercer, mas com matriz britânica, está sendo investigada no Reino Unido por causa da suposta interferência da espionagem russa na campanha em prol da saída do país da UE.
Um porta-voz da primeira-ministra britânica, Theresa May, informou nesta segunda-feira que uma agência governamental abriu uma investigação sobre o escândalo de vazamento de dados com fins políticos, com ramos entrelaçados nos Estados Unidos e Reino Unido, que qualificou como “altamente preocupante”. O presidente da comissão de assuntos digitais da Câmara dos Comuns, Damian Collins, antecipou que convocará Zuckerberg e o diretor da Cambridge Analytica, o britânico Alexander Nix, a depor. “Alguém deve assumir a responsabilidade por isso. É hora de que Zuckerberg deixe de se esconder atrás da sua página do Facebook”, acrescentou.
A comissária (ministra) europeia de Justiça, Vera Jourová, anunciou por sua vez que solicitará esclarecimentos ao Facebook. Jourová chegaria nesta segunda-feira a Washington para discutir questões de proteção de dados com o secretário de Comércio norte-americano, Wilbur Ross. Embora sua agenda oficial em princípio não incluísse nenhuma reunião relacionada ao uso fraudulento da informação dos usuários, a questão sem dúvida deverá pairar sobre a visita.
“É terrível se for confirmado. Os dados pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook poderiam ter sido mal administrados e utilizados com fins políticos de uma maneira tão simples! Não queremos isto na UE”, criticou Jourová em uma mensagem pelo Twitter.
A Comissão Europeia, que ainda nesta semana apresentará um imposto digital que afetará entre outras empresas a rede social de Zuckerberg, insistiu em que as empresas devem assumir a responsabilidade pelo correto tratamento dos dados pessoais.
Os representantes do Facebook também deverão responder às perguntas dos eurodeputados. O Parlamento Europeu, a instituição comunitária com maior caráter político, disse na segunda-feira que investigará o caso. “O uso indevido de dados de usuários do Facebook é uma violação inaceitável do direito à privacidade dos cidadãos”, lamentou o presidente da Eurocâmara, Antonio Tajani, que também convidou o bilionário do Vale dos Silício a dar explicações. "O Facebook deve esclarecer antes 500 milhões de europeus que suas informações pessoais não estão sendo usadas para manipular a democracia", disse Tajani em sua conta no Twitter.

Queda em Wall Street

O Facebook sofreu um duro golpe nas Bolsas nesta segunda-feira por causa da revelação sobre o vazamento de dados, com uma queda superior a 7% no pregão de Wall Street. O movimento negativo se explica pelo medo dos investidores de que o Facebook perca usuários e que os países mais influentes aprovem políticas mais rigorosas para proteger a privacidade do consumidor.
Foi a maior queda da rede social desde 2012, e os analistas estimam em quase 130 bilhões de reais a perda do seu valor de mercado durante a jornada. A desvalorização das ações do Facebook gerou um efeito-dominó nas Bolsas que atingiu outras grandes companhias tecnológicas, como Amazon, Alphabet (a matriz do Google) e Netflix.
Todos os setores da Bolsa de Nova York operavam em baixa, com destaque para o da tecnologia (-2,4%), seguido por energia (-1,84%) e matérias-primas (-1,72%).




domingo, 28 de janeiro de 2018

Fire and fury / A Casa Branca caiu



A Casa Branca caiu

A conclusão a que se chega com o livro de Wolff é que a função executiva do Governo americano, tal como a conhecíamos, deixou de existir


JOSÉ I. TORREBLANCA
10 JAN 2018 - 18:00 COT


Fire and Fury: Inside the Trump White House (Fogo e Fúria: Por Dentro da Casa Branca de Trump) é uma leitura apaixonante. Embora seja preciso lê-lo com o máximo cuidado, dadas as licenças que o autor toma na hora de atribuir entre aspas citações literais pronunciadas em situações nas quais nem ele nem, às vezes, sua fonte estavam lá.
O gênero que Michael Wolff aspira a praticar é o do jornalista forense: uma boa investigação factual e uma enorme quantidade de entrevistas pessoais permite conhecer o ocorrido com muita exatidão e pôr-se a salvo das versões interessadas e autoexculpatórias dos protagonistas.
Uma obra-prima nesse gênero é Os Comandantes, de Bob Woodward, uma magnífica reconstrução da decisão de Bush pai de invadir o Iraque. Como também Hubris: The Inside Story of Spin, Scandal, and the Selling of the Iraq War, de Michael Isikoff, um trabalho artesanal sobre como Bush filho decidiu ir atrás de Saddam. Sem esquecer a joia que é Charlie Wilson's War, de George Crile, sobre o papel da CIA no Afeganistão ocupado pelos soviéticos. Tão minuciosos são que neles se aprende mais sobre história, política e relações internacionais que em muitos manuais acadêmicos.
O livro de Wolff não chega a esse padrão de qualidade: embora interessante, impõe-se mais pela história e a caracterização psicológica do personagem do que pelo desejo de estabelecer os fatos. O resultado é que o jornalista sai derrotado em favor do retratista, obstinado e irônico, da Corte de Trump.
Isso não prejudica o interesse no imenso afresco que Wolff compõe sobre o caos que descendeu sobre a Casa Branca em 20 de janeiro de 2017, tão mórbido para se observar como O Jardim das Delícias, de Bosch. Assistimos atônitos à combustão provocada por um gigantesco Narciso que tomou de assalto o órgão central do sistema político norte-americano. Um homem que fala, mas não escuta, nem sequer a si mesmo, e cujos únicos instrumentos de trabalho são a adulação sem limites daqueles que quer conquistar e a difamação sem misericórdia dos que quer destruir.
A conclusão que se tira do livro de Wolff, mesmo que só metade seja verdade, é que a função executiva do Governo americano, tal como a conhecíamos, deixou de existir. Em linguagem bélica: confirma-se que a Casa Branca caiu