Mostrando postagens com marcador Jorge de Sousa Braga. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jorge de Sousa Braga. Mostrar todas as postagens

1.11.20

Jorge de Sousa Braga: "Mississipi"

 


Mississipi


Há muito tempo que não saio de casa (a não ser para ir ao 

                                              supermercado ou à geladaria)

Se soubesses a confusão de rios que vai no meu quarto

Estou morto por te apresentar o Mississipi

Estou morto que venhas estou morto por ouvir

o som irritante da campainha da entrada

Há muito tempo que não saio de casa

Se soubesses a vontade que tenho de passear

no interior da tua orelha






BRAGA, Jorge de Sousa. "Mississipi". In:_____. Boca do Inferno. Porto: Gota de Água, 1987.

26.9.20

Jorge de Sousa Braga: "Poema de amor"

 



Poema de amor


Esta noite sonhei oferecer-te o anel de Saturno

e quase ia morrendo com o receio de que ele não

te coubesse no dedo.




BRAGA, Jorge de Sousa. "Poema de amor". In: PEDROSA, Inês (org.). Poemas de amor. Antologia de poesia portuguesa. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 2005.


5.11.19

Jorge de Sousa Braga: "Dióspiros"




Dióspiros


Há frutos que é preciso
acariciar
com os dedos com
a língua

e só depois
muito depois

se deixam morder




BRAGA, Jorge de Sousa. "Dióspiros". In:_____. "O segredo da púrpura". In:_____. O poeta nu. Porto: Assírio & Alvim, 2007. 

2.10.13

Jorge de Sousa Braga: "Poema de amor"





Poema de amor

Esta noite sonhei oferecer-te o anel de Saturno
e quase ia morrendo com o receio de que ele não
                      te coubesse no dedo.




BRAGA, Jorge de Sousa. "Poema de amor". In: PEDROSA, Inês (org.). Poemas de amor. Antologia de poesia portuguesa. Lisboa: Dom Quixote, 2005.