Mostrando postagens com marcador Emily Dickinson. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Emily Dickinson. Mostrar todas as postagens

1.4.22

Emily Dickinson: "Best Witchcraft is Geometry" / "A Geometria é a maior Magia": trad. de Augusto de Campos

 



54


A Geometria é a maior Magia

Para a imaginação do mago —

Cujos prodígios, meros atos,

A humanidade prestigia.




54


Best Witchcraft is Geometry

To the magician’s mind—

His ordinary acts are feats

To thinking of mankind.








DICKINSON, Emily. "Best Witchcraft is Geometry" / "A Geometria é a maior Magia". In:_____.  Não sou ninguém. Poemas. Trad. por Augusto de Campos. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2015.

27.1.20

Emily Dickinson: "7": trad. de Augusto de Campos




7


Êxtase – grão por grão –
Paga-se com sofrer
A Dor em proporção
Ao prazer –

Cada hora de ardor –
Anos de desencanto –
Com moedas sem valor –
Cofres de Pranto!




7


For each ecstatic instant
We must an anguish pay
In keen and quivering ratio
To the ecstasy – 

For each beloved hour
Sharp pittances of years –
Bitter contested farthings –
And Coffers heaped with Tears!




DICKINSON, Emily. "7". In:_____. Não sou ninguém. Traduções de Augusto de Campos. Caompinas: Editora da Unicamp, 2015.

11.6.19

Emily Dickinson: "Fame is a bee" / "A Fama é uma abelha"




79

A Fama é uma abelha.
   Tem um estribilho –
Um ferrão em brasa –
   Ah! também tem asa.





79

Fame is a bee.
   It has a song –
It has a sting –
   Ah, too, it has a wing.







DICKINSON,  Emily. "Fame is a bee" \ "A Fama é uma abelha". In:_____. Não sou ninguém. Trad. de Augusto de Campos. Campinas: Editora da Unicamp, 2008.

5.6.17

Emily Dickinson "The heart asks Pleasure" / "Quer-se o Prazer": trad. por Augusto de Campos



23

The heart asks Pleasure – first –
And then – Excuse from pain –
And then – those little Anodynes
That deaden suffering –
 
And then – to go to sleep–      
And then – if it should be
The will of its Inquisitor
The Luxury to die –


23

Quer-se o Prazer – antes –
Depois – não sentir Dor –
Depois – alguns Calmantes
Para lhe contrapor –

Depois – adormecer –
Depois – se bem prouver
Ao seu Inquisidor
O Luxo de morrer –



DICKINSON, Emily. "The hear asks Pleasure" / "Quer-se o prazer". In:_____. Não sou ninguém. Poemas. Trad. de Augusto de Campos. Campinas: Unicamp, 2015.

11.6.15

Emily Dickinson: "I'm nobody", 11 / "Não sou ninguém", 11: trad. Augusto de Campos




11

Não sou Ninguém! Quem é você?
Ninguém – Também?
Então somos um par?
Não conte! Podem espalhar!

Que triste – ser –  Alguém!
Que pública – a Fama –
Dizer seu nome – como a Rã –
Para as palmas da Lama!


11

I’m Nobody! Who are you?
Are you – Nobody – too?
Then there’s a pair of us!
Don’t tell! they’d advertise – you know!

How dreary – to be – Somebody!
How public – like a Frog –
To tell one’s name – the livelong June –
To an admiring Bog!




DICKINSON, Emily. Não sou ninguém. Poemas. Trad. de Augusto de Campos. Campinas: Unicamp, 2008.

6.6.10

Emily Dickinson: "I died for Beauty" / "Morri pela beleza: tradução de Augusto de Campos

Morri pela beleza – e assim que no Jazigo
Meu Corpo foi fechado,
Um outro Morto foi depositado
Num Túmulo contíguo –

“Por que morreu?” murmurou sua voz.
“Pela Beleza” – retruquei –
“Pois eu – pela Verdade – É o mesmo. Nós
Somos Irmãos. É uma só lei” –

E assim Parentes pela Noite, sábios –
Conversamos a Sós –
Até que o Musgo encobriu nossos lábios –
E – nomes – logo após –




I died for Beauty — but was scarce
Adjusted in the Tomb
When One who died for Truth, was lain
In an adjoining room —

He questioned softly "Why I failed"?
"For Beauty", I replied —
"And I — for Truth — Themself are One —
We Brethren, are", He said —

And so, as Kinsmen, met a Night —
We talked between the Rooms —
Until the Moss had reached our lips —
And covered up — our names —




DICKINSON, Emily. Não sou ninguém. Poemas. traduções de CAMPOS, Augusto de. Unicamp: 2009.