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sábado, 5 de janeiro de 2013

O Plano B dos golos

Vítor Pereira não está preocupado com a falta de alternativas a Jackson Martinez. Vítor Pereira não está preocupado com a lesão de Kléber. Vítor Pereira tem um plano. Chama-se equipa B.

Foi mais ou menos isso que a última conferência do mister deixou a entender.
Claro que ele diz aquilo que lhe dizem para dizer. Alguém já lhe explicou que não há condições financeiras para ir ao mercado pescar um avançado de qualidade que andaria sempre na casa dos 5 milhões, como minimo. Talvez um empréstimo, como o de Janko, com opção de compra, mas para isso, porque vender o austríaco em Agosto? Pois, eu também não entendo.

Agora que Kleber está lesionado (como se isso fizesse diferença) e que Jackson demonstrou no Estoril que não é de ferro (como muitos dos que pensavam que devia ter jogado em Braga naquela noite de Taça) e que é preciso cuida-lo com muito mimo porque sem Jackson lá se vão os golos, a Champions, a Liga, etc..., o que o Vitor Pereira nos quer dizer é algo muito simples: não há plano B.

O clube sabia ter um problema nas mãos desde o Verão.
Duvido até que imaginassem que Jackson se adaptaria tão bem. Talvez tenham tentado vender Moutinho para guardar Hulk. Talvez. Mas quando o fizeram, quando venderam a Hulk, tiveram um mês para investir o dinheiro num suplente e não o fizeram. Porque o mercado internacional estava fechado e porque o dinheiro de Hulk veio (e virá) para tapar buracos, como o de Falcao. Que estamos quase em falência, lembrem-se.


A Equipa B realmente devia servir para estas coisas.
É a sua ideia de base, o seu plano de trabalho. Para isso se criou, para isso se devia ter trabalhado. O clube no entanto olhou para os quadros e viu que avançados nos juniores e emprestados não abundavam. Havia o Thibaut Vion, esforçadito francês que acaba por não acrescentar nada de novo. O Gonçalo Paciência lesionou-se e só agora começou a ganhar minutos. Foi preciso ir ao mercado, pescar dois emprestados para a Equipa B com opções de compra de jogadores de Equipa A. Curioso.
Sebá veio do Cruzeiro e custaria 5 milhões se o FC Porto estivesse realmente interessado no seu concurso. O Dellatorre veio da Traffic, essa agência de jogadores internacional, e custará algo menos. Entre os dois estaria o passe de um Jackson Martinez, digamos.

Ora, olhando para o último meio ano, o plano B do mister não parece ser uma solução muito agradável.
Pelo menos no apartado de golos. Vejamos!

Sebá - 1 golo em 18 jogos (quase sempre a jogar como extremo, no posto ocupado habitualmente pelo Varela)
Dellatorre - 5 golos em 17 jogos (números muito, muito abaixo de um goleador "inspirado" que tem sido quase sempre titular nos planos do técnico da equipa B)
Vion - 0 golos em 16 jogos (os números falam por si).

Quem anda a marcar então na equipa B?
Os centrais (4 golos entre Zé António e Ba) e Sergio Oliveira (4 golos), são os homens que fecham o pódio dos golos na equipa de Rui Gomes. Claramente números que indicam que não há nenhum plano B realmente e que se o FC Porto ficar sem Jackson Martinez, sem alternativa no mercado, tem um problema muito mais grave do que possa parecer.

Jackson Martinez é responsável por cerca de 40% dos golos do FC Porto este ano.
É o nosso melhor marcador na Liga e na Champions League. E não tem uma alternativa real.

Em vez de procurar trazer de Alvalade um russo mais conhecido pelos seus problemas físicos de anti-desportivos que pelo seu talento (que tem), ou em recrutar um Ricardo Quaresma que todos sabemos que tem tanto de génio como de louco, seria muito importante que a SAD e os adeptos tenham consciência do nosso real problema para este ano. Vitor Pereira fala de um plano B que sabe não ter. E não o tem porque não lhe deram alternativa. Ele não pode transformar, da noite para o dia, o pão em vinho.
Sebá, Dellatorre ou Vion dificilmente taparão o buraco que Jackson pode deixar. Kleber já sabemos que não o faz. Ou a equipa se transforma numa metralhadora colectiva de golos (como já aconteceu no passado), ou os números dos nossos avançados deixam uma boa dor de cabeça até Junho!

domingo, 15 de março de 2009

Tenho saudades de uma goleada

Daquelas à moda antiga, assim a coisa de 7, e ainda falhar mais uns 5.

Daquelas em que se humilha mesmo o adversário.

Daquelas em que a gente chega ao fim e até tem pena dos homens e ainda os aplaude.

Daquelas para as quais a palavra massacre foi criada.

Tenho mesmo saudades.

Daquelas em que, durante a semana, a discussão passa a ser a falta de competitividade do futebol português.

Daquelas que materializam o killer-instinct de Sir Bobby Robson, mesmo daquelas de 5-0 contra o Tirsense em que o homem ficava fulo da vida por só terem sido 5.

Como aquela com que o Porto de Ivic abriu a época de 1987/88, 7-1 ao Belenenses, jogo do qual guardo na memória uma frase ao 5º golo: "Eh pá! vou lá fora comprar outro bilhete que um jogo destes merece".

Ou os 0-5 ao Werder Bremen.
Ou os 0-5 no galinheiro.

Ou como o "bater em ceguinhos" com Juv. Évora em que o Jardel marcou 7 em 45 minutos.

Se não me quiserem fazer a vontade, já me contento com uma goleada moderna, que aqui que ninguém nos lê, nos dias de hoje - no Dragão - quer dizer: ganhar o jogo.

É que já demos baldas suficientes.