Mostrar mensagens com a etiqueta Rui Santos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Rui Santos. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 30 de junho de 2017

“Ando a falar da benfiquização do futebol português há anos”

Rui Santos num dos programas 'Tempo Extra'

«O polémico “caso dos emails” foi o principal tema do último programa “Tempo Extra” da SIC Notícias. Rui Santos defende que a influência do Benfica sobre as várias instituições do futebol é algo que vem de trás


Eu diria que depende dos dias mas, sim, há muitos anos que o Rui Santos fala na influência do SLB sobre as várias instituições do futebol.

Recuemos nove anos. Em 16-05-2008, numa crónica publicada no jornal Record, Rui Santos escreveu o seguinte:

«Acredito que o achamento de Cunha Leal foi o atalho encontrado para condicionar os excessos de Valentim Loureiro. Mas, nesta pretensa “nova era”, não faz sentido um jurista (seja ele qual for) pôr o seu “fundamentalismo clubístico” como instrumento manipulador de massas acríticas.
As cunhas desleais não honram o futebol nem os lugares, quando se percebe que o objectivo é prejudicar o FC Porto»

Valentim Loureiro, Cunha Leal e o poder na Liga de Clubes (entre 2002 e 2006)

E uns dias depois, perante a reação indignada da “virgem ofendida”, Rui Santos voltou à carga e foi ainda mais claro:

«Cunhal Leal está indignado. Tem toda a razão para estar. Ele foi mandado para a Liga pelo presidente do Benfica para contrariar o poder do major. Convenhamos que é um grande azar, sobretudo quando quem o mandou para a Liga confessou, perante a estupefacção geral, que seria porventura mais importante ter alguém naquele organismo do que contratar bons jogadores.
O estigma não fui eu quem lho pus. Aceitou-o, porque sabe muito bem ao que foi e não se pode confessar enganado. Se não soubesse ao que ia e se cumprisse o seu dever de isenção, não teria autorizado a farsa que constituiu a marcação do Estoril-Benfica para o Algarve, na jornada 30 do campeonato de 2004-05, cujo desfecho foi decisivo para a atribuição do título nessa temporada.
A sua credibilidade morreu nesse momento. Quem consente um escândalo dessa natureza (embrulhado noutros escândalos da época), quem se cala perante uma situação potencialmente subversiva, inquinando a verdade desportiva, não tem um pingo de moral para vir falar agora, como especialista de coisa nenhuma, a não ser o de defender interesses de um só clube e de uma só cor, de qualquer tipo de regulamentos, numa clara manobra de visar o FC Porto.
As “criadas de servir” dos clubes são, também, na Liga ou na FPF, grandes responsáveis para o estado lamentável a que o futebol chegou


Para quem não sabe, ou já não se lembra, Cunha Leal é um ex-dirigente do SLB, tendo ocupado, entre 2002 e 2006, um dos lugares-chave da estrutura do futebol português – o de Diretor Executivo da Liga.

Durante esses anos foi, juntamente com João Rodrigues (antigo presidente da FPF, cargo que ocupou entre 1989 e 1992), uma das peças mais importantes no xadrez benfiquista, tendo sido decisivo no caso Ricardo Rocha e na aceitação da transferência do jogo Estoril x SLB para o estádio do Algarve.

Árbitros escolhidos por João Rodrigues

Hoje pode parecer estranho mas, na altura, vivia-se na Liga o período de ouro da aliança entre o Boavista dos Loureiros (pai e filho) e o SLB de Luís Filipe Vieira, uma santa aliança forjada contra Pinto da Costa e contra o FC Porto, em que uma das primeiras vitimas foi José Guilherme Aguiar, o anterior diretor executivo da LPFP.

Fui convidado por Valentim Loureiro, mas provavelmente por indicação do Benfica
Cunha Leal, 2 junho de 2002

Em consequência da operação ‘Apito Dourado’, Cunha Leal substituiu o Major Valentim Loureiro na presidência da LPFP, com o beneplácito do presidente da Assembleia Geral da Liga, o também benfiquista Adriano Afonso.


Os e-mails divulgados abrangem as últimas quatro épocas (2013/14 a 2016/17), mas o “polvo encarnado” não nasceu em 2013. Na realidade, começou a ser criado muito antes, por alturas do início deste século. Daí para cá foi crescendo, com cada vez mais “tentáculos” e expandindo-se para todas as áreas do futebol português - Liga, órgãos de Disciplina e Justiça da FPF, delegados dos jogos, estruturas da arbitragem responsáveis pela nomeação e avaliação dos árbitros, observadores, APAF, etc.

A coisa atingiu tal dimensão e visibilidade, que o próprio Rui Santos, na parte final da época 2014/2015 (a célebre época do colinho), desabafou na SIC: “Não gosto de ver campeões forjados desta maneira”.

Época 2014/2015, Liga Real, Jornada 32 (fonte: SIC/Tempo Extra)

A grande novidade dos e-mails não foi revelar que havia (há) uma vasta rede subterrânea a “trabalhar” em prol do SLB. Mesmo sem termos acesso às provas digitais/documentais que foram divulgadas nas últimas semanas (quer pelo FC Porto, quer pelo jornal Expresso), isso há muito tempo que era óbvio.

O grande mérito dos e-mails é, sim, identificar vários dos rostos da rede, identificar uma parte relevante das “criadas de servir”, revelar as ligações existentes (que envolvem os mais altos responsáveis do SLB) e mostrar o refinamento a que se chegou nos métodos adoptados. Tudo para se conseguir forjar um treta campeão.

Agora, compete à Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária dar continuidade e, a partir de indícios sérios de tráfico de influências, aprofundar a investigação a todos os “tentáculos” deste “polvo”. Haja vontade de o fazer.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Liga Real 2014-15 - Jornada 32

Num campeonato sem "colinho", sem "manto protector", sem andor encarnado, a classificação à 32ª jornada seria (segundo o jornalista/comentador Rui Santos) a seguinte:

Liga Real 2014/2015, Jornada 32 (fonte: Rui Santos / SIC)

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Da Petição ao “campeão forjado”

Em Outubro de 2008, o jornalista Rui Santos lançou um “Movimento Pela Verdade Desportiva” por, segundo o próprio, “não suportar a ideia de que, no final de cada jogo, houvesse ruído sobre a arbitragem”.

A coisa foi ganhando forma, recolhendo apoios e, no dia 5 de Janeiro de 2010, uma vasta comitiva foi à Assembleia da República entregar a petição Pela Verdade Desportiva.

Dessa comitiva de “notáveis”, recebida pelo presidente da Assembleia da República (Jaime Gama), fizeram parte: os presidentes da FPF (Gilberto Madaíl), da Liga (Hermínio Loureiro), do SL Benfica (Luís Filipe Vieira) e do Sporting (José Eduardo Bettencourt), a que se juntaram Eusébio, António Simões, Rosa Mota, Carlos Lopes, Nuno Gomes, Sá Pinto, o árbitro Pedro Henriques, entre outros.

Petição 'Pela Verdade Desportiva' entregue na Assembleia da República

O FC Porto não se fez representar.

Nota: Em Maio de 2010, o SLB festejou a conquista do título de campeão, após uma época “cheia de verdade desportiva” (exemplos: as armadilhas no túnel da Luz; a suspensão de três meses do Hulk; as 17 expulsões favoráveis de que o SLB beneficiou ao longo da época; etc.).

Cinco anos depois, o mesmo Rui Santos, a propósito das sucessivas “ajudas” de que o SL Benfica tem beneficiado no presente campeonato, achou que já era demais e, há uns dias atrás, afirmou na SIC: “Não gosto de ver campeões forjados desta maneira”.

Evidentemente, ao fazer este tipo de afirmações, aquele que era um respeitado defensor da verdade desportiva deixa de o ser. E assim, desta vez, os presidentes da FPF e da Liga não fazem coro com Rui Santos, permanecendo num silêncio ensurdecedor, perante a escandaleira desportiva a que o país assiste semana após semana.

Importa dizer que Rui Santos não se limitou a dizer o óbvio, isto é, que o SL Benfica tem sido muitas vezes (demasiadas vezes!) beneficiado por erros de arbitragem.
Apresentou a contabilidade que ele (Rui Santos) fez dos erros neste campeonato (até à 22ª jornada) e o possível impacto desses erros de arbitragem nos resultados dos jogos.

O quadro seguinte mostra os lances de possíveis penáltis, em que os quatro primeiros classificados terão sido beneficiados e prejudicados.

Liga Real | 22ª Jornada - Penáltis

Por exemplo, de acordo com a análise feita por Rui Santos, o FC Porto foi beneficiado em 4 lances de penáltis (penáltis que foram mal assinalados a favor do FC Porto ou que deveriam ter sido assinalados contra o FC Porto e não foram) e prejudicado em 8 lances de penaltis (penaltis que deveriam ter sido assinalados a favor do FC Porto ou que foram mal assinalados contra o FC Porto).

Considerando os lances de possíveis penaltis e os lances de fora-de-jogo com impacto em golos (não sei se as expulsões foram também consideradas), Rui Santos chegou à seguinte conclusão:

Liga Real | 22ª Jornada - Classificação

Ou seja, se em vez de escandaleira desportiva houvesse verdade desportiva, nesta altura (22ª Jornada) o líder do campeonato seria o FC Porto, com 6 (SEIS!) pontos de avanço do SL Benfica.

Para além do óbvio impacto pontual, já imaginaram a contestação que haveria ao treinador, aos jogadores e, se calhar, também ao presidente da “instituição” se, em vez de levar 4 pontos de avanço, o SL Andor fosse a 6 pontos do 1º classificado?
Após a eliminação na Taça de Portugal e o desastre que foi a participação na fase de grupos da Champions, já imaginaram a pressão e a tremideira com que os jogadores encarnados iriam entrar em cada jogo do campeonato?

Assim, no pasa nada, está tudo bem, o “catedrático” manda bocas nas conferências de imprensa e, dispondo de uma confortável vantagem pontual, até se pode dar ao luxo de ir ao Dragão e a Alvalade jogar para o empate, colocando “um autocarro” à frente da baliza.

sábado, 17 de janeiro de 2015

O DEVE e o HAVER das arbitragens

O caso (fonte: Tempo Extra, 13-01-2015)

Após as primeiras 10 jornadas deste campeonato, publiquei um artigo sobre a Liga Real e a Liga Mentirosa.

Nessa altura, de acordo com um jornalista desportivo insuspeito de ver os jogos com óculos azuis-e-brancos, (Rui Santos, ex-jornalista de A BOLA onde, durante 26 anos, ocupou diversos lugares de chefia), o SL Benfica já tinha 4 pontos a mais e o FC Porto 4 pontos a menos, devido a erros de arbitragem com influência nos resultados dos respectivos jogos.

Dois meses depois, constata-se que a coisa piorou e, sempre que necessário, lá surgiu o andor que, seguramente, levará o SLB ao bi-campeonato.

Assim, após a 16ª jornada do campeonato, de acordo com o analista/comentador principal da SIC para assuntos relacionados com o futebol, o FC Porto continua a ter a “haver” 4 pontos que lhe foram “subtraídos” por erros de arbitragens

Liga Real 2014/15, 16ª Jornada - FC Porto (fonte: SIC Notícias)

… enquanto que o SL Benfica passou a “dever” 6 pontos à “ajuda” dos filiados da APAF que, semanalmente, são nomeados para os seus jogos pelo homem (Vítor Pereira), que Luís Filipe Vieira fez (faz!) questão de ver na presidência ao Conselho de Arbitragem da FPF.

Liga Real 2014/15, 16ª Jornada - SL Benfica (fonte: SIC Notícias)

Em resumo, de acordo com a análise feita jornada a jornada, por Rui Santos, ao impacto dos erros das arbitragens nos resultados dos jogos, a classificação do campeonato, após a 16ª Jornada, deveria ser a seguinte:

1º FC Porto: 41 pontos (em vez dos 37 pontos oficiais)
2º SL Benfica: 37 pontos (em vez dos 43 pontos oficiais)
3º Sporting: 34 pontos (em vez dos 33 pontos oficiais)


Alguém se lembra de outra época, em que as arbitragens tenham influenciado e adulterado, de um modo tão evidente, a classificação de um campeonato?

A tese de alguns (por exemplo, do jornalista/comentador Bruno Prata) de que, no final deste campeonato, haverá um equilíbrio entre os três grandes, no que diz respeito aos erros dos árbitros, não passa de wishful thinking.

Ou seja, como ninguém, minimamente sério, pode negar os factos que todos vêem (felizmente os jogos são transmitidos pela televisão!), vão-se fazendo previsões de que, um dia destes, os encarnados irão perder pontos devido a erros dos árbitros e que também há-de chegar o dia em que os azuis e brancos serão “compensados”, em relação aos “prejuízos acumulados”.

Pois, eu também acredito que isso irá acontecer. Talvez no dia de São Nunca, ao fim da tarde…

domingo, 16 de novembro de 2014

A Liga Real e a Liga Mentirosa

Após as primeiras 10 jornadas, a classificação do campeonato nacional, de acordo com Rui Santos (ex-jornalista de A BOLA e actual comentador da SIC, insuspeito de ter qualquer tipo de simpatia pelo FC Porto), deveria ser a seguinte:

Liga Real (fonte: "Tempo Extra", SIC)

Contudo, devido a isto…


… a classificação oficial, a classificação mentirosa é esta…

Campeonato, classificação à 10ª jornada (fonte: Maisfutebol)

Agora fechem os olhos e imaginem que tudo aquilo que se passou nestas 10 jornadas, esta autêntica escandaleira, tinha sido ao contrário, isto é, imaginem que estávamos a assistir a um campeonato em que, simultaneamente, o FC Porto estivesse a ser levado ao colo e o Sport Lisboa e APAF… perdão, o SL Benfica a ser sucessivamente prejudicado.

Conseguem imaginar?
Bem, eu sei que é difícil imaginar um cenário desses mas, seguramente, iríamos assistir a “semanas de luto”, a dezenas de programas sobre a “verdade desportiva”, a ameaças de queixa à UEFA, FIFA e ONU, a pedidos de audiência ao Ministro da tutela e o nível de cacofonia seria insuportável.

Contudo, como o prejudicado é o “clube lá do Norte” e quem tem sido levado ao colo é o clube do regime (o clube de todos os regimes!), não há qualquer problema. É futebol…



domingo, 7 de outubro de 2012

Presidentes que não percebem nada de futebol


«Preto no branco: o Sporting está a ser vítima da incompetência dos seus dirigentes.
Os treinadores são achados através de processos erráticos, inconsistentes e irresponsáveis e acabam cozinhados em lume (mais ou menos) brando.
Não está em causa a vontade que todos têm tido em dar o seu melhor ao Sporting. Contudo, “o seu melhor” tem sido manifestamente insuficiente. E porquê? A primeira razão mais óbvia é que o Sporting tem tido presidentes que não percebem nada de futebol.
E se um clube de futebol vive essencialmente “do futebol”, o conhecimento sobre os seus meandros e sobre as razões que levam a potenciar o rendimento desportivo tem de ser inequívoco.
Nenhum dos últimos presidentes do Sporting percebia de futebol. Podiam perceber de construção civil, de relações bancárias, de vinho, de acções, de imobiliário, de cerveja, de golfe e de ténis, mas não percebiam o suficiente de futebol
Rui Santos, record.pt, 6 outubro de 2012


Há sócios do FC Porto que ainda se lembram do que era o clube, nomeadamente ao nível do futebol, antes de Jorge Nuno Pinto da Costa ter assumido a chefia do Departamento de Futebol, em meados dos anos 70 do século passado. Contudo, a maior parte dos sócios e adeptos do FC Porto estão "mal habituados" e só conheceram um presidente. O actual, que tomou conta do clube em 1982, com o sucesso a nível nacional e internacional que é conhecido.
Só que Pinto da Costa não é eterno. É mortal, como todos nós, e quando chegar a hora de escolhermos o seu sucessor, convém que os sócios do Futebol Clube do Porto se lembrem do (mau) exemplo do SCP.

Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

A classificação da "Liga Real"

Tanta treta acerca da "verdade desportiva", tanta conversa sobre as arbitragens e afinal, na classificação da "Liga Real"...


... onde é que o FC Porto foi favorecido e o slb prejudicado?

quinta-feira, 10 de maio de 2012

As verdades e coerência de Rui Santos

«o árbitro tem o poder de condenar à morte e, mesmo perante a evidência do erro ou inclusive o reconhecimento do erro (como foi o caso de Duarte Gomes no recente FC Porto-Marítimo, quando não assinalou um penálti cometido sobre Belluschi), o condenado não se livra nem da sentença nem do efeito dessa mesma sentença.
(...)
A arbitragem volta a estar na ordem do dia também em Portugal, depois dos erros cometidos por Rui Costa e Bruno Paixão, respetivamente, nos jogos Feirense-Benfica e Gil Vicente-FC Porto.
Desta vez, os prejudicados foram o Feirense e o FC Porto - e os erros acabam por ser marcantes porque a disputa pelo primeiro lugar está(va) cerrada e a amplificação do efeito desses erros acaba por ser uma consequência de um espetáculo tão mediatizado como é o futebol.
O Benfica, no começo da época passada, foi muito prejudicado. Protestou contra as nomeações. Protestou contra o trabalho dos árbitros. O nomeador Vítor Pereira, que até aí se havia manifestado muito ativo e pronto a dar explicações sobre o desempenho dos seus nomeados -- de 5 em 5 jornadas -- recuou e tornou-se mais ‘defensivo’. Quando começou a corrida para a sucessão de Madail, na FPF, com a Arbitragem e a Disciplina a saírem da Liga, vimos o Benfica (e também o Sporting, embora com posição diferente manifestada pela SAD) a defender a recondução de Vítor Pereira.
As arbitragens do fim de semana terão alguma coisa a ver com o processo eleitoral? O Benfica sentir-se-á agora compensado pela opção estratégica que realizou? Estará o FC Porto a provar o fel que o alimentou noutras épocas, quando o poder estava concentrado nas Associações Distritais e, entre estas, nas que afirmavam o seu domínio?»
Rui Santos
in relvado.sapo.pt, 30 de Janeiro de 2012, às 20:00


«O Benfica jogou muito e jogou pouco e as arbitragens provocaram-lhe dano (na segunda metade da Liga). O Sporting teve altos e baixos e as arbitragens provocaram-lhe dano (principalmente no arranque da Liga). O FC Porto nunca jogou muito bem ao longo da época e as arbitragens não lhe provocaram dano. Estes são os factos.»
Rui Santos
in record.pt, 10 maio de 2012 | 09:01


Eu sei que a memória é curta, principalmente quando dá jeito, mas é com esta coerência e (fraca) memória dos factos, que alguns "artistas", que vivem à sombra das cumplicidades e mordomias do centralismo, promovem a "verdade desportiva" e (re)escrevem a história do futebol português.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Voltou a "crise no futebol português"

Quando o FC Porto está em alta por mais de uma época é normal aparecerem a público uns passeriformes lisboetas clamando por uma suposta "verdade desportiva" e carpindo pelo estado de "crise no futebol português". Ou seja, quando começa o campeonato e o FC Porto vai na frente isso significa que "o futebol está em crise". E quando se diz futebol quer-se dizer, invariavelmente, arbitragem. A arbitragem é, em Portugal, o último pretexto daqueles que não se conseguem impôr dentro do campo.



No programa de ontem "Tempo Extra", o homem que se penteia com azeite da melhor acidez e qualidade chamou a atenção para o facto do FC Porto ser o clube que controla as arbitragens e de ser largamente favorecido por elas, além dos habituais dislates sobre Pinto da Costa. E pôs em prática a sua conhecida desonestidade intelectual afirmando que se o árbitro assinalou penalty pela falta cometida pelo defesa gilista sobre Hulk ao minuto 10 então também deveria ter assinalado penalty contra o FC Porto ao minuto 87 num lance que envolveu Sapunaru e um jogador do Gil Vicente. Como se os dois lances fossem iguais...

Só faltou dizer que o jogo Beira-Mar x Sporting foi apitado por um voluntário por culpa do Pinto da Costa. Esperam-se mais ataques de azia nas próximas semanas.



Hoje de manhã, a TSF entrevistou o caquéctico ex-presidente sportinguista Dias da Cunha que, quando instado a pronunciar-se sobre a actual situação do seu clube, veio afirmar que "o futebol português bateu no fundo", que a arbitragem já afastou o Sporting da luta pela liderança e que o próximo a ser afastado será o slb.

E isto foram apenas 2 testemunhos que tive oportunidade de ouvir porque, por esses pasquins desportivos, a azia deve ser muita.

Numa altura em que:

- a Selecção Nacional de sub-20 acaba de perder a final do Campeonato do Mundo com a poderosa Selecção do Brasil;

- há três meses 3 equipas portuguesas jogaram as meias-finais da Liga Europa e 2 chegaram à final;

- FC Porto e slb fizeram o maior investimento financeiro de sempre em novos jogadores;

é caso para dizer que o futebol em Portugal bateu mesmo no fundo o que, por um lado, até nem é mau, porque significa que o FC Porto tem estado muito bem.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Até o Rui Santos!


No programa 'Tempo Extra' de ontem, na apreciação que fez à arbitragem de João Ferreira, Rui Santos atribuiu-lhe um 7 (na escala de 0 a 20), considerando-a desastrosa em termos disciplinares.

Na opinião do ex-jornalista de A Bola e conhecido comentador da SIC, deveriam ter sido expulsos cinco (!) jogadores do SLB: Cardozo, César Peixoto, Aimar (por duplo amarelo), David Luiz e Carlos Martins.

Quando jornalistas/comentadores como Rui Santos ou João Querido Manha, cuja antipatia pelo FC Porto é por demais conhecida, dizem o que disseram, está praticamente tudo dito acerca do que foi esta escandalosa arbitragem do João "pode ser" Ferreira. Falta apenas pronunciar-se alguém da estrutura azul-e-branca, o que espero aconteça nos próximos dias.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Condecorações do 10 de Junho

Hoje, dia 10 de Junho, dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas (ou dia da raça, se o Cavaco insistir na leitura das suas memórias), é altura de reflectirmos sobre aqueles que verdadeiramente se destacaram ao serviço da pátria no último ano, observar os seus honrosos e heróicos feitos e prestar-lhes a merecida homenagem aqui no Reflexão Portista.

Ricardo Costa


Esse bravo dirigente da Liga de Clubes exibe exemplarmente as grandes qualidades do povo luso: a coragem, a determinação, a imparcialidade e o benfiquismo. Este bravo homem resistiu a todas as pressões do maior obstáculo à verdade desportiva, o FC Porto, e procedeu a uma das decisões mais justas de sempre de toda a justiça futebolística: castigou com 4 e 6 meses de inactividade dois jogadores que pontapearam seguranças privados que os tinham cuspido e insultado previamente. A outra decisão de justiça desportiva que saiu desta mente brilhante foi a punição com 3 meses de inactividade de um jogador do Sp. Braga que "tentou pontapear um treinador-adjunto do SLB, tendo este evitado o pontapé com um movimento rotativo inverso, blá, blá, blá...". Mais uma vez, pela coragem patenteada, pela imparcialidade lúcida e pelo serviço à pátria propomos a condecoração com o Grande Colar da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.

Rui Costa


Este bravo dirigente do SLB foi o ideólogo e dinamizador dessa que será uma forma de guerrilha táctica comparável à inovação de Aljubarrota e que é o pânico gerado nos túneis entre os balneários e o relvado. Já desde os idos tempos de 2008 que Rui Costa se destacou como um estratega nato na arte de emboscar os adversários nos túneis, ora com o desvio das câmaras de captação de imagens ora com o cerco a adversários sozinhos por um numeroso contingente de seguranças privados que aplicam golpes de karaté nas costas das vítimas, estando o "maestro" a assistir de mãos nos bolsos. Um verdadeiro herói cujos feitos ao serviço da pátria para sempre serão recordados. Assim propomos a condecoração com a Grã-Cruz da Ordem de Aviz.

Olegário Benquerença, Lucílio Baptista, Bruno Paixão e João Ferreira


Estes são os quatro bravos membros da arbitragem portuguesa, quais quatro cavaleiros do Apocalipse, que mais se notabilizaram pelos seus nobres feitos dentro e fora do relvado ao longo das últimas épocas futebolísticas. Muito haveria por dizer da sua coragem, da sua imparcialidade, da sua lucidez e da sua verticalidade. Para eles propomos a condecoração como Cavaleiros da Ordem do Infante D. Henrique (que visa distiguir os serviços relevantes à pátria, no país ou no estrangeiro, e os serviços de expansão da cultura portuguesa e dos seus valores).

Prosegur


A empresa que prestou um excelente serviço à pátria quando enviou para o túnel da Luz colaboradores seus especializados em apaziguar os ânimos, reunir consensos e, principalmente, proteger os jogadores de futebol, para que não hajam distúrbios na sua zona de influência. De destacar a bravura de dois dos seus efectivos que enfrentaram sem temor dois temíveis vândalos altamente agressivos que vestiam de azul e branco. Para esta entidade propõe-se o grau de Membro Honorário da Ordem da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.

Rui Santos


Este ilustre cidadão português discorre semanalmente durante várias horas sobre temas com grande interesse e relevo nacional numa estação televisiva. Os seus momentos de maior lucidez devem ser lembrados, nomeadamente aquele em que de forma corajosa apelidou a Justiça civil de "contaminada" depois da absolvição de Pinto da Costa de todos os crimes de que estava acusado. A sua luta é a sua verdade desportiva. Mas de todas as suas virtudes aquelas que mais lhe devem ser reconhecidas são o extremo bom gosto na escolha de fatos, gravatas e botões de punho e a forma brilhante (literalmente) como conserva semanalmente a sua frondosa cabeleira lavada em azeite colhido ao luar. Para ele reservámos o grau de Cavaleiro da Ordem de Sant'Iago da Espada.

Carlos Daniel


Este director de programas da RTP fez um trabalho muito meritório no acompanhamento semanal das prestações do conhecido septuagenário cineasta do programa Trio d'Ataque. Este tipo de voluntarismo só enobrece quem o pratica. Carlos Daniel chegou mesmo a prestar esse precioso auxílio em directo num dos programas em que o habitual pivot, Hugo Gilberto, não esteve disponível. Foi comovente! Só pode ser má-fé publicarem artigos que insinuem que o Carlos Daniel é benfiquista e faccioso. Não deixaremos de lembrar um homem com esta dedicação à causa pública e assim condecorá-lo com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.

sábado, 24 de abril de 2010

O tototécnico de Rui Santos


No sábado passado, o Alexandre Burmester publicou um artigo intitulado "Quem será o Senhor que se Segue?". O artigo enunciava vários nomes de que se tem falado, quer nos media, quer em conversas de café e suscitou bastantes comentários.

Contudo, chegou-me à mão (caixa de correio) uma iniciativa bastante "criativa" do comentador Rui Santos, o qual, no programa 'Tempo Extra' do dia 11 de Abril, terá avançado com um tototécnico.
Ora, não é que um dos quatro treinadores que ele tinha colocado como hipótese para o Sporting se confirmou?
Pelo sim, pelo não, no caso do FC Porto ele teve mais cuidado e colocou seis hipóteses...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Impugnação da I Liga?

Em meios ligados ao SLB, existe o forte receio de que, no caso das suspensões de Hulk e Sapunaru decretadas pelo filho do benfiquista de Canelas (dr. Ricardo Costa), o Conselho de Justiça da FPF dê razão ao FC Porto. E porquê?
Em primeiro lugar, porque só mentes muito especiais poderão considerar que seguranças privados, contratados pelos clubes, são equiparados a agentes desportivos intervenientes no jogo; em segundo, porque existe o precedente do caso Rui Cerqueira, em que este CJ contrariou a visão do dr. Costa que, também nesse caso, quis equiparar os jornalistas a agentes desportivos.

Ora, a confirmar-se que para o CJ os seguranças privados não são agentes desportivos, há quem pense que isso poderá servir de pretexto ao FC Porto para:
i) exigir a demissão do presidente do CD da Liga, por indecente má figura;
ii) exigir uma indemnização à Liga, pelos elevados danos causados;
iii) avançar com um pedido de impugnação da I Liga portuguesa.

O cenário de impugnar a I Liga é um disparate?
Não sei, mas há quem fale nisso. Foi o caso do Rui Santos, na sua homilia dominical do dia 14 de Fevereiro.



No mesmo dia, 14 de Fevereiro, o PÚBLICO publicou um artigo de José Manuel Meirim, em que este afirma o seguinte:

«os assistentes de recinto desportivo têm algo a ver com o que ocorre na zona de ligação - balneários/campo, inscreve-se nas suas funções, como legalmente estabelecidas, assegurar a segurança numa zona onde não há - por princípio - espectadores? Inclinamo-nos a responder pela negativa. (...)
pelo artigo 20.º do RC, que estipula quem, durante o tempo regulamentar, (só) pode entrar e permanecer na zona entre as linhas exteriores do terreno de jogo e as vedações e na área de ligação entre o campo e os balneários. Ora, no elenco das pessoas aí referidas, que vão desde o delegado da Liga até aos funcionários de apoio às acções de promocionais dos patrocinadores da Liga, passando, entre outros, pelos delegados ao jogo, médicos, massagistas, treinadores, jogadores suplentes e fotógrafos da imprensa, não há referência aos assistentes de recinto desportivo. Todavia, o artigo é bem claro (dir-se-ia em contraposição) em prever a presença dos agentes das forças de segurança. E, espero que aqui ninguém tenha dúvidas, uma coisa são as forças de segurança, outra, bem diferente, são os assistentes de recinto desportivo.»

Na mesma linha de raciocínio, o PUBLICO publicou no dia 20 de Fevereiro um novo artigo de opinião de José Manuel Meirim, onde este especialista em direito desportivo é ainda mais claro:

«temos dúvidas, mas inclinamo-nos para considerar que as sanções aplicadas aos jogadores Hulk e Sapunaru, do FC Porto, não encontram suporte no regulamento disciplinar da Liga. Não podemos concordar com a qualificação jurídica que a Comissão Disciplinar (CD) da Liga conferiu aos assistentes de recinto desportivo. (...)
Por outro lado, afirma a CD que sente desproporcional a pena que aplica. Pergunta-se, contudo: aferiu da constitucionalidade da desproporcionalidade? (...)
Seguir-se-á, por certo, o recurso ao Conselho de Justiça da Federação Portuguesa de Futebol e, neste aspecto, não é de todo inverosímil pensar que este órgão venha a decidir em sentido contrário do que foi revelado pela CD. Se assim for, ver-se-á, afinal, o peso desta decisão no jogo.»

Sim, é provável que o CJ da FPF considere que seguranças privados não são agentes desportivos intervenientes no jogo. Se esse cenário se confirmar, aguardo com expectativa o tipo de acções que serão desencadeadas pela administração da FC Porto SAD.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Nós, a Bola e o Rui

"....o plantel do FC Porto decidiu não voltar a prestar declarações a este diário desportivo ou em eventos nos quais jornalistas da publicação em causa se encontrem presentes. Esta medida tem efeitos imediatos".

"O director do jornal A Bola considerou hoje "sem sentido" o corte de relações do plantel do FC Porto"... e que "um pouco de confusão por, em pleno século XXI, se continuar com a tendência de querer matar o mensageiro"..."Estamos 100 por cento certos daquilo que escrevemos e dissemos. A notícia corresponde a uma realidade que nós afirmamos e de que estamos absolutamente seguros",..."....A Bola há muito tempo, por razões várias que se prolongaram no tempo e que lamentamos, como essas guerras Norte/Sul".

Não entendo esta decisão do plantel do FCP: não serve para nada. Ou seja serviu para A Bola se vitimizar e repetir a ladainha de paladino da moral e ética desportivas, como se não soubéssemos que o jornal está enfeudado ao SLB, que é um direito que lhe assiste. E se o sabemos, como estranhar.

A Bola não é um jornal independente, de facto, e escreve em função do seu posicionamento, A sua linha editorial há muito está definida, por isso entendo mal a indignação do FCP. A reacção do plantel põe a descoberto algum desespero e impotência.

Os comportamentos do FCP e do seu plantel têm que estar à altura da grandeza do clube, o que significa que o comportamento mais certo relativamente ao jornal A Bola é ignorá-los. O plantel não quer falar com a Bola não fala. Nem o desprezo serve porque é o reconhecimento que nos sentimos feridos com o que escrevem.

Faço parte de uma imensa maioria de portistas que não compra , não lê e está-se a marimbar para o que o "INIMIGO" escreve nessa condição e fica confuso quando pretendem não ser antipáticos . Verdadeiramente estou preocupado com as causas e os efeitos dos acontecimentos no túnel da Luz e quanto isso pode prejudicar o FCP e os jogadores envolvidos. O FCP pode sair fortemente penalizado e naturalmente que quanto maior for o prejuízo maior é o benefício da concorrência. Aos inimigos (e são tantos) compete criar e gerir os casos, por isso, nada temos que nos queixar a não ser da nossa imperícia.

O Rui Santos esse ícone da verdade desportiva foi ao Parlamento entregar o abaixo assinado porque tanto se empenhou. Foi recebido por Jaime Gama e acompanhado de ilustres personalidades. Meios electrónicos, olho de falcão, detector de mentiras e comissões de sábios para julgar as imagens: é a revolução no futebol. Acredita-se que a grandeza de meios materiais e humanos e uma gorda claque paga para animar a festa, vai fazer que os estádios se apresentem compostos e se discuta menos à segunda-feira as incidências dos jogos que, como se sabe, têm um efeito altamente perverso na produtividade do país. Estamos certos que a UEFA e a FIFA só poderão acatar tais propostas. Os meios financeiros: isso é outra coisa. Que tristeza.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Pela "Verdade Desportiva", dizem eles


«A petição “pela verdade desportiva”, promovida pelo jornalista Rui Santos em defesa do uso de novas tecnologias para auxiliar os árbitros de futebol, foi entregue nesta terça-feira na Assembleia da República.

Na entrega do documento a Jaime Gama, presidente da AR, Rui Santos foi acompanhado por algumas figuras do futebol português, incluindo os presidentes da federação (Gilberto Madaíl), da Liga (Hermínio Loureiro), do Benfica (Luís Filipe Vieira) e do Sporting (José Eduardo Bettencourt).»


Público online, 5/1/2010



Independentemente de outras bizarrias nesta notícia e na própria iniciativa, não deixa de ser curioso ver os "patrões" do futebol luso pedirem a um poder público que interfira no modo como se organizam. E eu, se fosse ao Sr. Presidente da Assembleia da República, tinha-lhes dito que estavam em Lisboa e não em Zurique e que o nome dele era Gama, G-a-m-a, e não Blatter, B-l-a-t-t-e-r.

Se o exemplo pega, um dia destes ainda vamos ver uma delegação dos produtores de Vinho Verde ou do Queijo da Serra a entregarem ao Dr. Gama uma petição solicitando à Assembleia da República que os obrigue a produzirem com qualidade. 

Foto: Expresso online

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Desonesto com tempo extra


O excesso de oferta de programas desportivos que existe actualmente e onde se perde (literalmente) a totalidade do tempo a discutir assuntos laterais ao futebol, fez-me perder a paciência para continuar a assistir, ainda que em zapping com os canais de qualidade do cabo, a tanta asneira e a tanta mediocridade. Um dos “especialistas” em futebol, e que tem tempo de antena mais do que razoável acabando por entrar quase sempre num discurso redundante, é Rui Santos, esse narciso jornalista com um excelente gosto para o guarda-roupa.


No programa “tempo extra” da SIC Notícias de 5 de Abril, na ressaca da decisão do Tribunal de Gaia de absolver Pinto da Costa de todos os crimes de que era acusado no “Caso do Envelope”, o referido jornalista foi além de tudo o que se pode considerar razoável para um anti-portista. A decisão do Tribunal foi por ele apelidada de parcial, usou de termos como “contaminação da Justiça” para justificar tal decisão e afirmou que a Juíza julgou de camisola vestida chegando mesmo a exibir um cartoon da Juíza com uma camisola do FC Porto e Pinto da Costa a pesar mais do que a Sra. Salgado nos pratos da balança (curiosamente esse cartoon desapareceu do site do seu criador…). Ou seja, elogia-se a Justiça no lado do Ministério Público e nas pessoas da procuradora Morgado e do PGR Pinto Monteiro durante longas semanas até à exaustão mas não se aceitam as decisões da mesma Justiça no lado dos tribunais, especialmente se ela for favorável a Pinto da Costa. E depois parte para um programa de deboche total. Já se sabe o ódio que Rui Santos sempre destilou contra o FC Porto e o seu presidente mas não se adivinhava o descontrolo que a decisão (esperada) do Tribunal de Gaia lhe causaria ao ponto de nos desvendar tamanha desonestidade.

Já para não falar da forma desavergonhada e desonesta como tentou resumir os 27 anos de Pinto da Costa na presidência do FC Porto a uma eterna tentativa de “dividir o País numa guerra Norte/Sul” através de práticas “separatistas” e “incendiárias”.


Já no mês anterior, em Março, o encaracolado jornalista tinha tido uma intervenção lamentável pedindo a investigação do Ministério Público a factos ocorridos durante o jogo Leixões x FC Porto (“isto é um escândalo no futebol português!”, “isto tem de ser investigado!”, clamava...), concretamente aos golos sofridos pelo Beto, o guarda-redes leixonense, ao lance em que um dos defesas toca a bola com a mão dentro da área dando origem a um penalty a favor do FC Porto e ao lance em que o Laranjeiro atrasa mal e permite a intercepção do Hulk que acaba por marcar golo. Segundo Rui Santos, todas estas incidências foram propositadas por parte dos referidos jogadores por estarem já apalavrados com o FC Porto para a próxima época. No entanto “esqueceu-se” de pedir investigação e lançar idênticas suspeitas a um auto-golo do defesa leixonense Elvis, que deu a vitória ao SLB na Luz na semana anterior. Para este paladino da “verdade desportiva” – da sua, bem entendido – só nos jogos em que intervém o FC Porto acontecem casos estranhos e motivos para averiguação policial.


E é esta mesma pessoa que anda a tentar convencer meio mundo a assinar uma petição em que defende que o uso de novos meios tecnológicos permitiria defender a tão propalada “verdade desportiva”. Se os olhos que decidissem lances através de imagens fossem dos rui santos deste mundo estávamos bem entregues, porque esses não vêem todas as cores, apenas vêem algumas. E por falar nessa petição, parece-me fazer todo o sentido mudar o seu nome para: “Pela Verdade Desportiva do Rui Santos”…

sexta-feira, 13 de março de 2009

As suspeições e insinuações de Rui Santos...

... tiveram ontem a resposta do treinador do Leixões.

«José Mota saiu em defesa do plantel para afastar o "alarido pouco abonatório" sobre a derrota frente ao FC Porto. O treinador do Leixões manifestou a "revolta" pelas afirmações de Rui Santos, comentador da SIC Notícias, questionando a seriedade de alguns jogadores ante a goleada sofrida.
"Não há equipa nenhuma no mundo que não tenha tido um momento menos bom. Se perder em Paços de Ferreira vão dizer que eu me vendi? Haja respeito!", reagiu indignado José Mota, argumentando que o Leixões perdeu "com uma grande equipa, que está no lote das oito melhores da Europa. Querem-nos obrigar a ser os melhores da Europa? Não sejam mais papistas que o Papa", contrapôs.

José Mota continua a acreditar no "carácter e na qualidade dos jogadores, que estão a fazer um campeonato excelente" e pergunta:
"Ganhámos em Braga com um auto golo de Frechaut; na Luz perdemos com um auto golo de Elvis, alguém pôs isso em questão? E o Sporting vendeu-se ao Bayern? Brinquem com os outros, mas não brinquem com as equipas de José Mota", retorquiu.»

in O JOGO, 13/03/2009


A maior das suspeições é o FC Porto estar entre as oito melhores equipas da Liga dos Campeões, numa época em que quer o SLB, quer o Sporting saíram das competições europeias humilhados e pela porta pequena.
Será que os ruis santos deste Mundo têm explicação para este facto?

quarta-feira, 25 de junho de 2008

A "criada de servir" do Benfica

No dia 13/05/2008, mal se esgotou o prazo da FCP SAD recorrer decisão da Comissão Disciplinar da Liga, que puniu o clube por suposta tentativa de corrupção, o jornal A BOLA fez a seguinte primeira página:


Rapidamente se percebeu que quem estava por trás desta notícia e da estratégia subjacente era o SLB e, particularmente, um seu ex-dirigente e ex-director executivo da Liga de Clubes – o Dr. Cunha Leal.

«O FC Porto, condenado na perda de seis pontos na presente época, por decisão da Comissão Disciplinar da Liga, por tentativa de corrupção no âmbito do processo Apito Final, decidiu não recorrer da sanção aplicada, tendo o prazo de recurso terminado ontem. Assim, perante o trânsito em julgado da sentença da Liga, os dragões, diz Cunha Leal, «podem caber na alínea D do ponto 1.04 do Regulamento da Liga dos Campeões».
in A Bola, 14/05/2008


Comentando esta estratégia benfiquista, Rui Santos escreveu o seguinte, no Record, em 16/05/2008:

«Acredito que o achamento de Cunha Leal foi o atalho encontrado para condicionar os excessos de Valentim Loureiro. Mas, nesta pretensa “nova era”, não faz sentido um jurista (seja ele qual for) pôr o seu “fundamentalismo clubístico” como instrumento manipulador de massas acríticas.

As cunhas desleais não honram o futebol nem os lugares, quando se percebe que o objectivo é prejudicar o FC Porto, para além daquilo que a instituição merece (?) ser prejudicada, a título de uma responsabilidade individual que se transforma em desonra para a colectividade.»


Reagindo a este comentário, Francisco Cunha Leal Carmo solicitou ao Record a publicação de um direito de resposta onde, entre outras coisas, disse o seguinte:

foto: Record

«Porque me chamaram a atenção para o facto de o escriba invocar o meu nome, submeti-me, a contra gosto, ao sacrifício de ler os dislates de tal senhor. (...)
Sou, efectivamente, culpado de ter ousado expressar a minha opinião técnico-jurídica sobre as possíveis graves implicações para o FCP consequentes da aplicação, pela UEFA, do Regulamento da Liga dos Campeões, isto após a condenação do FCP SAD, em acórdão já transitado da Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, por ilícito de corrupção na forma tentada. Uma opinião que, sublinhe-se, é acompanhada por vários ilustres juristas, todos certamente a soldo de forças demoníacas.»


Neste ping-pong, a resposta de Rui Santos foi ainda mais demolidora, tendo aproveitado para recordar factos que são de todos conhecidos, mas dos quais, normalmente, a comunicação social lisboeta evita falar.

foto: Record

«Cunhal Leal está indignado. Tem toda a razão para estar. Ele foi mandado para a Liga pelo presidente do Benfica para contrariar o poder do major. Convenhamos que é um grande azar, sobretudo quando quem o mandou para a Liga confessou, perante a estupefacção geral, que seria porventura mais importante ter alguém naquele organismo do que contratar bons jogadores.

O estigma não fui eu quem lho pus. Aceitou-o, porque sabe muito bem ao que foi e não se pode confessar enganado. Se não soubesse ao que ia e se cumprisse o seu dever de isenção, não teria autorizado a farsa que constituiu a marcação do Estoril-Benfica para o Algarve, na jornada 30 do campeonato de 2004-05, cujo desfecho foi decisivo para a atribuição do título nessa temporada.

A sua credibilidade morreu nesse momento. Quem consente um escândalo dessa natureza (embrulhado noutros escândalos da época), quem se cala perante uma situação potencialmente subversiva, inquinando a verdade desportiva, não tem um pingo de moral para vir falar agora, como especialista de coisa nenhuma, a não ser o de defender interesses de um só clube e de uma só cor, de qualquer tipo de regulamentos, numa clara manobra de visar o FC Porto.

As “criadas de servir” dos clubes são, também, na Liga ou na FPF, grandes responsáveis para o estado lamentável a que o futebol chegou. Em causa está apenas a “clubitização da justiça” – e percebo o incómodo que a temática causa para quem aplica os regulamentos apenas em certas condições de pressão e temperatura.

Outro grande azar foi Luís Filipe Vieira ter afirmado – já depois de Leal ter cumprido a missão para a qual tinha sido incumbido – que o Benfica porventura não deveria ter conquistado aquele título de campeão nacional. Realmente, é demasiado azar para quem tanto se esforçou para justificar o “investimento” num director e não em jogadores.


Azar e... falta de nível! É o mais vulgar quando não se tem poder de argumentação.

PS – O extraordinário desempenho como figurante no filme ‘Corrupção’ diz tudo sobre a pobre figura
Rui Santos, Record, 21/05/2008


De facto, é chato ouvir ou ler estas coisas e mais chato ainda quando elas são publicadas num jornal como o Record e escritas por um jornalista que é insuspeito de ter qualquer tipo de simpatia pelo FC Porto ou por Pinto da Costa (bem pelo contrário).

sábado, 1 de março de 2008

Quem quer calar Rui Santos?

Rui Santos nasceu em Lisboa, a 6 de Junho de 1960, e cumpriu uma parte significativa da sua carreira ao serviço do jornal ‘A Bola’ onde, durante 26 anos, ocupou diversos lugares de chefia (inclusive o de chefe de redacção).

Em Maio de 2002, por ter visto artigos seus censurados pela Direcção de 'A Bola', saiu e moveu um processo contra o jornal.
Sobre este assunto, o EXPRESSO publicou, em 18 de Maio de 2002, a seguinte notícia: «O jornalista Rui Santos, do quadro de ‘A Bola’ desde 1981, acusa a direcção do jornal de censura, em carta enviada ao Sindicato dos Jornalistas, soube o EXPRESSO de fonte sindical. “Até há cerca de dois anos escrevi em liberdade. Hoje a censura está instalada”, escreve o jornalista, que diz que a maior parte dos artigos censurados continham observações ao futebol ou à gestão do Benfica e, em particular, ao dirigente Luís Filipe Vieira.»

Em solidariedade com Rui Santos, o ex-presidente do Conselho Fiscal do Benfica, João Carvalho, referiu que esta denúncia "é uma mancha e um desprestígio para o jornal A BOLA", mas, para além disso, sugere claramente que "dentro do Benfica existem poderes ocultos de censura, cujos longos braços se estenderiam às redacções dos jornais desportivos".

Entretanto, em 24 de Maio de 2002, o jornal ‘O Independente’ publicou uma entrevista de Rui Santos, onde este aflorou algumas das razões que estiveram por trás de ter havido artigos seus sobre o Benfica que foram censurados pela Direcção de 'A Bola'. Nessa entrevista, as criticas à gestão de Luís Filipe Vieira foram contundentes. Alguns extractos dessa entrevista são elucidativos:

«Numa determinada altura, era preciso dar a Luís Filipe Vieira o benefício da dúvida, quanto à "equipa maravilha". Qualquer pessoa que entenda de futebol sabe que uma equipa não se faz, instantaneamente, como um pudim flan: cria-se um grupo de jogadores de nacionalidades e hábitos diferentes e depois mistura-se tudo».

«O passado é um passado de mudanças constantes: treinadores atrás de treinadores, jogadores que entram e saem. Enquanto se mantiver esta política, não há hipótese nenhuma.»

«O Mantorras valia qualquer coisa 20 milhões de contos. Neste momento, quanto é que vale?»

«A certa altura, a equipa maravilha deu lugar à espinha dorsal do futuro campeão europeu. Mas como, sem ir à Europa?»

«Estes discursos megalómanos e desfasados no tempo são poeira para os olhos das pessoas... Estes discursos do senhor Luís Filipe Vieira não levam a lado nenhum.»

Será que foi para evitar que coisas como esta fossem ditas, que a Direcção de 'A Bola' decidiu censurar 10 artigos de Rui Santos, entre Agosto de 2000 e Maio de 2002?

É verdade que Luís Filipe Vieira já entrou, furibundo, pelos estúdios dentro de um programa da SIC Notícias - 'O Dia Seguinte' -, perante a estupefacção do trio de comentadores habituais. Contudo, o facto do programa ‘Tempo extra’, também da SIC Notícias, ser em directo, contribui seguramente para que Rui Santos esteja menos condicionado e possa opinar mais livremente. Deste modo, sempre que na sua opinião tal de justifica, tem sido muito critico relativamente à gestão de Benfica e Sporting, o que, notoriamente, tem provocado desagrado para os lados da 2ª circular, particularmente naqueles que tudo pretendem justificar com o 'Apito Dourado'.

Por tudo isto, não é uma grande surpresa que na madrugada da última segunda-feira, após o programa, Rui Santos tenha sido alvo de uma tentativa de agressão no parque de estacionamento da SIC, por três indivíduos encapuçados. A intervenção de um segurança da SIC levou a que os agressores se pusessem em fuga, tendo então Rui Santos chamado a PSP, que tomou conta da ocorrência.

Para que não restassem dúvidas, quer aos agressores, quer aos eventuais mandantes, a Direcção da SIC, em comunicado, afirmou o seguinte: «Este caso vem mostrar, uma vez mais, a profunda intolerância que algumas pessoas ligadas ao futebol continuam a ter face à crítica livre, a que, pelos vistos, continuam a não estar habituados. Este tipo de pressões inaceitáveis não fazem a SIC alterar o rumo da nossa informação ou a liberdade dos comentadores. Rui Santos foi, é e será comentador da SIC.»

Resta perguntar: depois do que se passou no jornal 'A Bola', quem quer calar Rui Santos?