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domingo, 22 de maio de 2016

Portismo na RTP Memória

Ontem, a RTP Memória transmitiu a final da Taça da Portugal da época 1997/98, a qual foi disputada entre os mesmos dois clubes que, hoje à tarde, irão pisar a relva do estádio do Jamor.



O FC Porto ganhou essa final por 3-1 mas, mais do que recordar alguns jogadores de top que vestiam a camisola azul-e-branca – Aloísio, Doriva, Zahovic, Sérgio Conceição, Mário Jardel, Drulovic – ao rever essa final tive saudade do PORTISMO que se respirava naquela equipa.

PORTISMO que era sentido por vários jogadores que foram titulares (Secretário, Aloísio, Paulinho Santos, Sérgio Conceição), por jogadores que foram suplentes (Jorge Costa, Rui Barros, Capucho), pelo treinador principal (António Oliveira), pelos treinadores-adjuntos (Joaquim Teixeira e André), pelo preparador físico (Hernâni Gonçalves), pelo fisioterapeuta (Rodolfo Moura), pelo dirigente que se sentava no banco (Reinaldo Teles) e pelos dirigentes do FC Porto que estavam no camarote.

Sentia-se um ambiente de PORTISMO generalizado que, por si só, não ganha jogos, mas ajudou a equipa a aguentar a vantagem mínima no marcador, mesmo tendo sido obrigada a disputar 1/3 dessa final com menos um jogador (devido à expulsão do defesa-central João Manuel Pinto, ao minuto 62).



Hoje, horas antes de uma nova final entre o FC Porto e o SC Braga, gostava de poder dizer o mesmo, que se sente e respira um ambiente de PORTISMO no balneário, dentro das 4 linhas, no banco de suplentes e na tribuna de honra.
Gostava, mas acho que estaria a mentir.


P.S. Uma eventual vitória no jogo de hoje, como todos (portistas) esperamos, não salva uma época que foi horrível e em que se bateram vários recordes negativos. Contudo, será um importante passo na “pré-temporada” em curso e um trampolim para uma época 2016/17 que todos queremos volte a ser à Porto.

domingo, 16 de março de 2014

O “crime” compensou


Então, gostaram da arbitragem deste jogo?
A “sensibilização” aos árbitros (e não só), particularmente a que foi feita durante a última semana, valeu a pena?

Aos 44’, viram o Cedric a carregar o Jackson Martinez pelas costas, quando o colombiano estava no ar, impedindo-o de marcar aquele que seria o 0-1?
Aquilo é que foi uma falta feita com classe! Com tanta classe que Pedro Proença não viu, não assinalou o penalty que se impunha, nem expulsou o defesa sportinguista.

Jackson e Cedric (estas duas fotos falam por si)

Pergunta dos 8,6 milhões de euros: Como seria o resto do jogo (faltavam 46 minutos) com o sporting a perder por 0-1 e a jogar com menos um jogador? Pois, isso é daquelas coisas que não interessa nada…

E aos 52’, viram o golaço dos calimeros, na sequência de um “fantástico cruzamento de André Martins” para a cabeça de Slimani?
André Martins estava em fora-de-jogo (mais de um metro)? Que pena... Mas o que é que isso interessa?

E, já agora, interessa comentar o cartão vermelho direto (!) que Proença mostrou a Fernando (mais uma expulsão ridícula de um jogador portista em Alvalade), por este ter reagido a um comportamento incorrecto de Montero com um “gravíssimo” encontrão? Normalmente este tipo de lances não se resolvem com um amarelo para cada lado?

A expulsão de Fernando em Alvalade

O que interessa é que ninguém ponha em causa a “vitória justíssima” dos calimeros.

O que interessa é sublinhar que a “verdade desportiva”, à moda de Alvalade, foi salvaguardada por uma “arbitragem de grande nível” do melhor árbitro do Mundo. Depois do trabalhinho de hoje, Pedro Proença voltou a ser o melhor do Mundo, certo?

Acerca deste SCP x FC Porto e enquanto houve um jogo limpo, porque a partir do minuto 44 o jogo ficou inevitavelmente falseado, eu poderia ainda falar na fantástica exibição de Quaresma, que fez do pobre Cedric gato sapato, ou das três oportunidades flagrantes de golo dos dragões contra 0 (ZERO!) dos calimeros.

Também poderia falar que, apesar dos calimeros jogarem em casa e com 14 jogadores (11 mais o trio de arbitragem), no computo global dos 90 minutos o FC Porto foi quem teve mais e as melhores oportunidades de golo.

Num jogo cujo resultado final foi completamente adulterado por graves erros de arbitragem (inacreditável como não houve um único erro minimamente relevante em prejuízo dos calimeros!), uma palavra final para Helton: FORÇA CAPITÃO!


P.S. Se dúvidas tivesse (que não tinha), depois de ver e ouvir as declarações que fez hoje no programa Play-off da SIC Notícias, nunca votarei no sócio António Oliveira para a presidência do Futebol Clube do Porto. E mais, se após a saída de Pinto da Costa ele se candidatar, farei campanha activa contra ele.

P.S.2 Tal como o Miguel Guedes (tem estado muito bem como adepto do FC Porto no programa 'Trio de Ataque'), vou aguardar serenamente pelo próximo comunicado do Sporting Calimeros Portugal ou conferência de imprensa de Bruno Carvalho, cujo tema será, seguramente, relacionado com a arbitragem portuguesa e verdade desportiva...

domingo, 19 de janeiro de 2014

As mensagens de Pinto da Costa


O FC Porto foi eliminado da Liga dos Campeões. No campeonato, no final da 1ª volta, a equipa está no 3º lugar. Num cenário destes, qual o objetivo de uma entrevista de Pinto da Costa ao Porto Canal, imediatamente após uma derrota em casa do principal rival?

Se Pinto da Costa, um reconhecido expert em futebol, fosse um mero comentador, ou adepto portista (ele teve o cuidado de distinguir adeptos de sócios), talvez fosse de esperar uma análise fria, rigorosa e coerente ao momento atual da equipa portista, quiçá com a identificação de alguns erros cometidos. Mas Pinto da Costa é o máximo responsável do clube e da SAD e, por isso, optou por jogar ao ataque e usar o tempo de antena que teve à sua disposição para disparar em várias direções.

O que eu interpretei de algumas das mensagens que Pinto da Costa quis transmitir:

Paulo Fonseca – 100% de apoio ao treinador atual. Sinceramente, alguém esperava que, a meio do campeonato, Pinto da Costa dissesse outra coisa?

Nomeações / Rui Silva (árbitro do Estoril x FC Porto) – “fez lembrar os tempos do Inocêncio Calabote...”. Seria uma surpresa se, esta época, o árbitro de Vila Real voltasse a ser nomeado para jogos do FC Porto.

Nomeações / Artur Soares Dias (árbitro do slb x FC Porto) – Para além das fortes críticas, que deverão garantir um período de nojo na nomeação deste árbitro internacional para jogos do FC Porto, pareceu-me relevante Pinto da Costa dizer que a arbitragem do jogo da Luz foi para agradar a quem o pode projetar para a elite da arbitragem internacional (“pode ser por ter ficado deslumbrado com promessas da FIFA...”). Seria interessante que a comunicação social explorasse esta deixa.

Arbitragem em geral – Pela primeira vez, ouvi Pinto da Costa dizer que defende um lote de árbitros profissionais, mas a nível europeu e arbitrando em diferentes países, para não serem sujeitos a pressões. Desse lote de árbitros de elite (Pinto da Costa falou em cerca de 50 árbitros), sairiam os árbitros nomeados para diferentes campeonatos de países geograficamente perto (por exemplo, Portugal, Espanha, França, Itália, …).

Liga – A Liga de Clubes perdeu poder, perdeu credibilidade, perdeu patrocinadores e deixou de ter os clubes na Direção (“no executivo da associação que os clubes criaram não há presidentes de futebol, só há advogados…”). A Liga, com sede no Porto e “motor” do futebol português, morreu. Ou seja, o poder do futebol português regressou a Lisboa e está novamente centralizado na FPF. Outra deixa interessante para a comunicação social explorar.

Fernando Gomes – Tem muito boa imprensa, mas não é alguém que esteja na FPF com o apoio de Pinto da Costa (isso já sabíamos), bem pelo contrário. Fernando Gomes tem uma estratégia pessoal de poder e, para alcançar os seus objetivos, faz as alianças que forem necessárias (incluindo com Luís Filipe Vieira e Bruno Carvalho). Ex-atleta, ex-vice-presidente do clube e ex-administrador da SAD, cortou o cordão umbilical e não terá o apoio de Pinto da Costa para a sua sucessão.

António Oliveira – O maior acionista individual da FC Porto SAD, ex-jogador e ex-treinador do FC Porto, não está nas boas graças de Pinto da Costa. E, em termos de sucessão na presidência do clube, se António Oliveira avançar, Pinto da Costa deverá fazer-lhe o mesmo que Rui Rio fez a Luís Filipe Menezes, isto é, lançar e apoiar (implicitamente) outro candidato (tudo indica que será Antero) e dar as entrevistas necessárias, para que os sócios do FC Porto fiquem convencidos que o irmão de Joaquim Oliveira não serve para ocupar a cadeira do poder.

P.S. Claro que não é só por causa das arbitragens que o FC Porto passou de uma vantagem de 5 pontos para uma desvantagem de três. Contudo, quer no Estoril x FC Porto, quer no slb x FC Porto, as arbitragens prejudicaram objectivamente o FC Porto e Pinto da Costa teve razão nos cinco lances/erros desses jogos que referiu.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

SMS do Dia

Há um ano perdia em Coimbra, vivia um momento diferente.. «Faz parte da vida, é preciso crescer e isso acontece fundamentalmente nas dificuldades. O contexto é diferente este ano, o trabalho é o mesmo, as cabeças estão limpas, focadas e quando assim é...»                         

Vitor Pereira à SportTv no final do FC Porto 3-0 Dinamo Zagreb
O treinador que bateu a marca dos pontos conquistados por Mourinho na fase de grupos em 2003/04 e está a três do recorde de António Oliveira em 1996!

domingo, 22 de janeiro de 2012

James Rodriguez, o novo António Oliveira


Para mim nada há de mais empolgante no futebol que um extremo (um "ala", como agora se diz) correndo, fintando, cruzando, e até marcando golos.

Nomes como Mané Garrincha ("a Alegria do Povo"), George Best, Jairzinho e Rob Rensenbrink, ou os nossos Seninho, Futre, Drulovic e Quaresma, proporcionaram-me alguns dos mais belos momentos futebolísticos de que me recordo.


O maior jogador nessa posição algum dia produzido pelo F.C. Porto foi, a meu ver, o genial António Oliveira, senhor de um fantástico drible curto e de um domínio de bola soberbo, além de ser um excelente rematador. Oliveira até tinha vindo dos juniores como defesa direito(!) e foi, salvo erro, Fernando Riera que o colocou a extremo-direito.

Mas Oliveira tinha um talento e uma visão de jogo que ultrapassavam os do extremo e, vai daí, José Maria Pedroto colocou-o naquilo a que agora se chama a posição de "número 10". Aí o seu futebol ainda mais prosperou, com benefício enorme da equipa. Oliveira transformara-se no cérebro da equipa.

Já tivemos ocasião de ver o nosso jovem extremo James Rodriguez a evoluir precisamente nessa posição 10, e eu, daquilo que vi, e pelas características do miúdo, sou de opinião que tanto Rodriguez como a equipa lucrariam com a sua definitiva passagem para aquela posição. Tal como Oliveira, Rodriguez possui um talento e uma capacidade superiores à do vulgar extremo.

Aguardemos pelo desenrolar dos acontecimentos.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A revolta dos pequenos

"O presidente da Liga é colocado na Liga pelos interesses do lóbi que controla o futebol em Portugal - a Olivedesportos, obviamente. Alguma vez o Fernando Gomes ia para presidente da Liga? Isto de o Benfica, o Sporting e o FC Porto dizerem que estão zangados é tudo conversa. (...)
Até já sei quem vai vencer na Liga... Não interessa ter mais apoios, interessa ter esse apoio dessa empresa de que sou fundador."
António Oliveira, entrevista na RTP Informação, 07/01/2012


«Últimas indicações relativas à corrida eleitoral para a presidência da Liga de Clubes: Mário Figueiredo recuperou terreno e pode ganhar a António Laranjo. As últimas cartadas jogam-se entre hoje e amanhã.

O advogado portuense, que é genro do presidente do Marítimo e integra o escritório do administrador portista Adelino Caldeira, tem colhido inesperados apoios...

Mas o jogo ainda não está feito e convém não esquecer que Laranjo tem o apoio da troika formada pelos três grandes e continua a ganhar na II Liga...»
Eugénio Queirós, Record, 10/01/2012


Tudo indicava que António Laranjo tinha a eleição garantida e afinal...

Mário Figueiredo foi eleito presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, tendo obtido 27 votos, contra 21 de António Laranjo, o candidato apoiado pelos três grandes e, supostamente, pela Olivedesportos.

Veremos se ontem não foi dado o primeiro passo para, contra a vontade dos três grandes e de Joaquim Oliveira, obrigar a Olivedesportos a negociar os direitos televisivos em pacote.

terça-feira, 12 de abril de 2011

“A Olivedesportos é o FMI do futebol”

Com uma dívida do Estado português superior a 170 mil milhões de euros, o país perto da bancarrota, o rating da República a descer para níveis inimagináveis e os juros dos empréstimos contraídos a subirem em flecha, há muitos meses que o FMI faz parte do dia-a-dia da conversa dos portugueses.
Aproveitando este triste contexto, e no dia seguinte à chegada dos técnicos do FMI a Portugal, recordo um extracto de uma longa entrevista de António Oliveira, publicada no Record de 27/12/2010, onde a Olivedesportos foi comparada ao FMI do futebol português.


R – O mundo do futebol reconhece méritos a Joaquim Oliveira e à Olivedesportos por aquilo que fizeram em prol do futebol. Concorda?

AO – A Olivedesportos foi a primeira empresa em Portugal criada por mim e pelo senhor Joaquim Oliveira que é meu irmão e que impulsionou e desenvolveu a área desportiva através da publicidade estática, direitos de imagem, multimédia e a televisão temática de desporto. Se Joaquim Oliveira tem mérito? Isso é uma infinita evidência. Tem muitíssimos, reconhecidos com justiça por personalidades de diversos quadrantes, nomeadamente pelo ex-Presidente da República, dr. Jorge Sampaio. Quando há anos a empresa era frequentemente atacada, defendi sempre, em diversas entrevistas, que Joaquim Oliveira, mais tarde ou mais cedo, iria ser celebrado com uma estátua pelo futebol português.

R – Há alguma ironia no que diz?

AO – Não, de todo. Quem pode atrever-se a não reconhecer a importância que ele teve e tem no futebol? Há que ser justo. O facto de não falar com ele há muitos anos não me retira o discernimento para avaliar aquilo que ele faz.

R – O que representa a Olivedesportos no futebol?

AO – É o FMI do futebol. É quem tem suportado a modalidade profissional sob o ponto de vista financeiro. Há muitos anos.

R – E há algum lado perverso nessa actuação?

AO – Não me parece. Agora, provavelmente haverá outras formas para sustentar o futebol. E essas terão de ser testadas para se apurar se são melhores ou piores. Não creio, todavia, que se possa dizer que uma empresa que patrocina todos os clubes em Portugal, com contratos de exclusividade com as equipas das duas ligas, estabelecendo o tecto para cada uma delas, sendo que é com o dinheiro desses direitos, televisivos e de publicidade, que os clubes chegam à Liga e apresentam as suas contas em dia, como é que alguém pode dizer que a influência da empresa é maléfica?

R – E acha que pode ser feito algo de diferente?

AO – Tudo no futebol português, pode ser melhor. Mas quando digo tudo é mesmo tudo! Nada há que com análise séria e competente não possa ser melhorado. Mas para isso é preciso que as pessoas queiram…

R – E não querem?

AO – Às vezes dá-me a sensação que as pessoas e os lóbis a que elas pertencem não estão interessadas em mudar coisa nenhuma.

R – E que lóbis são esses?

AO – Os dos poderes instituídos. Se falarmos do mundo das finanças, onde é que eles estão? Na banca.

R – E no futebol, um deles é a Olivedesportos?

AO – É sim senhor.

R – Que pode pôr e dispor no futebol português?

AO – Corrijo: que põe e dispõe.

sábado, 4 de dezembro de 2010

O Homem do Leme ideal não existe (II)

Por Miguel Lourenço Pereira

(1ª parte)

Nas Antas ainda se lembra com saudade o espirito gentleman e determinado do fleumático Bobby Robson, que também saiu a mal com o clube mas que deixou uma imagem imborrável de um técnico de ataque, comprometido e que deixou escola (Mourinho e Villas-Boas que o digam).

No lado oposto dessa devoção estão certamente Fernando Santos e Jesualdo Ferreira, a quem o sucesso não foi nunca suficiente para entrar na galeria dos grandes. Também porque, o passado ligado ao Benfica acabou por ser um lastro nunca perdoado pelos adeptos em ambos casos.
O actual técnico do Panatinaikhos cometeu o feito histórico de ser tricampeão, algo a que o seu talento não estará alheio, mas nem isso lhe permitiu o mais leve elogio dos adeptos, incapazes de entender a sua postura esfingica no banco e fora dele.
Pior sorte sofreu o engenheiro do Penta, que chegou a sofrer na pele o desagravo dos adeptos depois de uma derrota frente ao Torreense. Dois anos sem vitórias e todo o seu passado foi questionado e o nome borrado da memória de quem vibrou com uma das equipas mais eficazes do futebol português dos anos 90.

Nem os titulados e imensamente talentosos Tomislav Ivic e Carlos Alberto Pereira, técnicos campeões, simpáticos e populares à época sobreviveram ao passar do tempo e hoje são poucos os que se lembram deles à hora de compilar a galeria dos grandes monstros dos bancos azuis e brancos. Perfis apagados que costrastam com a imagem guerreira que os dragões gostam de relembrar nas suas gestas.

No lado oposto estão incluidos os ódios de estimação de muitos em que se tornaram Octávio Machado (um caso de regressão progressiva, de jogador a técnico principal) e o holandês Co Adriaanse (ódio à primeira vista, com agressão fisica incluida pelo sector ultra dos adeptos furiosos após uma derrota em Vila do Conde) e até Victor Fernandez, espanhol e velho amor de Pinto da Costa que se tornou talvez no técnico campeão do Mundo menos respeitado pelos próprios adeptos.

Caso à parte para os portistas merece António Oliveira, imensa e polémica glória dentro e fora dos relvados. Há quem fique com o seu estilo guerreiro e insubmisso ao estilo da velha guarda e os que não esquecem quando se ajoelhou na Luz ou as suas túrbias relações com a empresa do irmão e o mundo da noite do Porto.

Os adeptos azuis e brancos não são diferentes dos demais, por muito especial que o clube nos pareça. Todos querem um treinador competente, talentoso, ganhador e com atitude, capaz de criar empatia com os jogadores, com a massa adepta e de impor respeito aos rivais. Talvez por isso a chegada do jovem André Villas-Boas, filho da casa, discipulo avantajado de dois grandes professores e um homem forjado no mundo da alta competição tenha encontrado uma empatia nas bancadas do Dragão que há muito não se via. Mas muitos dos que agora elogiam AVB podem acabar por sofrer o mesmo efeito provocado por Mourinho há seis anos, que rapidamente passou de bestial a besta. Porque o adepto segue um ideário colectivo e reage mal à afirmação individual. Passou isso no passado com aquele que é, provavelmente, a maior figura da história do clube.

Os que hoje talvez vetariam a Mourinho, os que num futuro possam fazer o mesmo com AVB caso siga o mesmo caminho, talvez fossem os mesmos que vetaram um tal de José Maria Pedroto, quando o seu “eu” individual, directo e frontal entrou em choque com a mentalidade da direcção e massa adepta de 1967. O mesmo que teve de ver a suspensão revogada antes de dar inicio ao FC Porto, abrindo a escola dos reis Artur, Jorge e (se possível) André que se seguiram. É impossível agradar a todos, os adeptos são assim.

Haverá algum dia um técnico azul e branco que consiga ser lembrado apenas pelo seu talento e não tanto pela sua postura de vida, atitude fora do campo ou passado clubistico? Uma tarefa bem mais dificil do que podemos imaginar, afinal somos todos humanos.


Nota final: O 'Reflexão Portista' agradece ao Miguel Lourenço Pereira a elaboração deste artigo.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

“Cruzadas” mediático-justiceiras anti-Porto (IV)


«Todos estamos lembrados da campanha lançada por alguns jornais lisboetas e pela estação de Carnaxide contra o FC Porto, durante a época transacta. Não foi uma campanha normal de quem torce ou distorce pelos clubes de Lisboa que, com aquela paranóia vinda dos tempos da União Nacional e da propaganda colonial, considera nacionais, para considerar os outros locais ou regionais. (...)
Enquanto o FC Porto prosseguia a nível internacional e nacional, com quase todos os jogos ganhos no apuramento das "europeias" e com mais de uma dúzia de pontos de avanço a nível caseiro, foi a vez do "off the record", uma vergonha de alguns pseudo-jornalistas que, em lugar de viverem de notícias, vivem de lixo.
Desesperados, com a cidade, a região e o próprio país, enjoados e enojados da perfídia sistemática dos referidos media lisboetas, SIC e Cia lançam a última. Uma prostituta arranjada para atacar os jogadores e ex-jogadores do FC Porto na selecção nacional.
Foi um chorrilho de moralismo hipócrita numa campanha de mentiras sem memória, repetidas a toda a hora e em todas as edições, à boa moda de Goebbels. (...)
Quase todos os "casos" levaram a investigações das entidades judiciárias e judiciais e das instâncias desportivas internacionais, que não encontraram indícios para qualquer dos casos seguir para julgamento, assim como nenhum dos acusadores foi capaz de apresentar qualquer prova para as difamações.»
Pedro Baptista, JN, 12/11/1997


Por onde andará a "Paula"?...

sábado, 28 de junho de 2008

O bom futebol


O que é o bom futebol?

É o futebol do Jesualdo Ferreira que dá 21 de avanço, é o futebol do CAS ou é a loucura ofensiva do Co? Com o Octávio e nos 2 últimos anos do Fernando Santos em que não obtivemos títulos jogámos mal?

Claro que ninguém gosta de ver bom jogos e perder, mas às vezes há vitórias que sabem a pouco - parece que lhes falta o sal. O ideal é sempre aliar a beleza do jogo (o espectáculo) às vitórias, pelo que nem sempre as grandes vitórias correspondem a grandes espectáculos. Olhando para a minha memória, as épocas que na relação espectáculos/vitórias me deram mais gozo foram:
  • 2002/2003 - Mourinho - Conquista da Taça UEFA

  • 1984/1985 - Artur Jorge - Conquista do Campeonato (Curiosamente, ou talvez não, esta foi a época do Wrexham)

  • 2003/2004 - Mourinho - Conquista da LC

  • 1996/1997 - António Oliveira - Conquista do Tri

  • 1998/99 - Fernando Santos - Conquista do Penta (nomeadamente o último terço referente à altura do trio de meio-campo Peixe, Deco e Zahovic)
Fiz este exercício há 3 anos, e passadas estas três épocas estava na hora da actualização (ou nem por isso, já que nenhuma das últimas épocas entrou no top)