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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Dragão, palco de espectáculos e emoção

Não faz parte das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, mas é hoje à noite que, num concerto único em Portugal, os Muse vão actuar no Estádio do Dragão.

Sinceramente, não conheço os Muse (eu sou mais Rolling Stones, Pink Floyd, U2, ...) mas, dizem os especialistas, são a maior banda do rock britânico da actualidade. Com seis discos editados, os Muse já venderam mais de 15 milhões de unidades (!) e entre os prémios que arrecadaram destacam-se cinco MTV Europe Music, oito NME Awards, quatro Kerrang! Awards e dois Brit Awards. É obra!
Um banda coleccionadora de prémios, vem actuar ao estádio de um dos clubes europeus que coleccionou mais títulos nos últimos 30 anos.

Há, entre os adeptos portistas, quem conteste a realização deste tipo de eventos no Estádio do Dragão, usando como argumentação o mau estado em que fica o relvado.

De facto, na sequência do concerto dos Coldplay, realizado no ano passado (em 18 de Maio de 2012), o relvado do Estádio do Dragão, que tinha sido colocado três anos antes, após outro grande evento - a Corrida dos Campeões (Race of Champions) -, teve de ser substituído e a coisa correu mal.

Contudo, não me parece que esta má experiência seja motivo para acabar com os concertos ou outro tipo de “eventos pesados” no Estádio do Dragão. A colocação de um novo relvado é, hoje em dia, um processo perfeitamente dominado por várias empresas especializadas e, estou certo, aquelas que trabalham com o FC Porto aprenderam com os erros cometidos. Por exemplo, relva semeada em Benfica do Ribatejo não pega no Estádio do Dragão…

Eu sempre fui favorável a que este tipo de eventos (concertos, corridas de veículos motorizados, Festival Panda, etc.) se realizassem no Estádio do Dragão e mais convencido fiquei após ler uma entrevista de Gil Santos à ‘Dinheiro Vivo’ (publicada em 18/05/2013), em que o diretor da Porto Comercial, responsável por esta área de negócio, forneceu diversos dados relevantes sobre esta atividade:

O estádio do Dragão – no seu miolo e também na parte exterior, quer na parte envolvente quer no relvado – foi pensado para que tivesse uma utilização quotidiana e fosse considerado um centro de congressos. Um espaço multifuncional, onde pudessem ocorrer reuniões empresariais, colóquios, eventos médicos”.

Não existe estatística concertada, mas somos [Estádio do Dragão] um dos espaços onde se realizam mais eventos em Portugal” (só em 2012 foram realizados 210 eventos extra futebol, mais 9% face ao ano anterior).

Os números são muito interessantes, porque passam um milhão de euros, [mais 30%, face a 2011]. Completam e ajudam nos custos da gestão da infraestrutura e dá-nos a notoriedade que queremos”.


Os próprios promotores de espetáculos não poupam nos elogios às características do Estádio do Dragão:
É [estádio do Dragão] o mais bem preparado do país para receber concertos, porque foi construído também para essa finalidade, tal como o de Coimbra ou Alvalade, ao contrário de outros que nem foram pensados para espectáculos deste género, como o da Luz. O Dragão, pela facilidade e adaptabilidade das infraestruturas e pelas acessibilidades, satisfaz a 100% as nossas necessidades
Álvaro Covões, diretor da ‘Everything is New’, em declarações ao semanário Grande Porto de 07-06-2013



Estádio do Dragão, um espaço multifuncional, o melhor palco de espectáculos de Portugal.

Fontes: Dinheiro Vivo, Everything is New

terça-feira, 31 de julho de 2012

O Project Finance do Dragão


Surge este artigo na sequência de uma discussão havida no I Encontro da Bluegosfera sobre que entidades pagam e que entidades recebem, e o quê, no universo FC Porto, relativamente à construção e exploração do Estádio do Dragão.

O artigo visa a divulgação de informação que ajude ao esclarecimento das relações e dos fluxos estabelecidos entre as empresas do Grupo FC Porto. A informação a seguir reproduzida é pública e provém (em grande parte) de um Seminário da APE (Associação Portuguesa de Estádios) subordinado ao tema “Gestão de Estádios” que terá tido lugar no Estádio do Dragão em Outubro de 2010 e que contou com a participação do Dr. Fernando Gomes,então Presidente da Liga de Clubes, que certamente terá um conhecimento profundo do projecto do Dragão.


Do slide acima, constante da apresentação do Dr. Fernando Gomes, podemos concluir que o FC Porto fez um acordo com o Estado, um acordo com uma empresa imobiliária, recebeu um empréstimo intercalar dos Bancos, cedeu terrenos à Euroantas e contratou a construção do Estádio com empresas do sector. Presume-se que numa segunda fase a Euroantas terá contratado com os Bancos um empréstimo de médio e longo prazo que, juntamente com o valor dos terrenos e dos subsídios do Estado terão somado os 125 milhões de euros que custou a infra-estrutura.


O mapa acima descreve as origens e as aplicações dos fundos obtidos para a construção do Estádio. Não foi possível obter o detalhe dos montantes das rubricas descritas em aplicações de fundos.


O slide relativo ao modelo de exploração, que também consta da referida apresentação do Dr. Fernando Gomes, exibe a Euroantas como a entidade central neste processo. Foi esta sociedade que assumiu a dívida aos Bancos financiadores e é a esta que cabem no final as receitas de Corporate Hospitality (venda dos camarotes e tribuna do Estádio) mais (ou menos) o défice (ou o excedente) para fazer face ao serviço da dívida. As 3 restantes entidades, Porto SAD, Porto Estádio e Porto Comercial, têm funções muito específicas de forma a isolar a entidade que suporta o serviço da dívida – Euroantas – dos riscos de negócio que ela não controla. A Porto SAD é responsável pelo aporte de fundos deficitários (ou obtenção de fundos excedentários), a Porto Estádio é responsável pela conservação e manutenção da infra-estrutura e a Porto Comercial é responsável pela comercialização dos camarotes e tribuna do Estádio.

Segue-se transcrição de um resumo (que é parte integrante da referida apresentação) do acordo existente entre estas sociedades:

Acordo Empresarial


1. Entidade proprietária (Clube / EuroAntas)

  • Cede a exploração do Estádio (Espaço Multifuncional / Espaço Desportivo)
  • Paga o Serviço da Dívida (empréstimo de MLP)

2. Entidade exploradora (Porto Estádio)

  • Gere todo o Espaço Multifuncional
  • Assegura toda a manutenção corrente do Estádio
  • Centraliza a respectiva exploração dos espaços Desportivos
  • Organiza eventos – desportivos e outros

3. Entidade utilizadora (FC Porto SAD)

  • Utiliza o Espaço Desportivo (em regime de Cedência de Exploração semi-exclusiva
  • Assegura os fundos necessários à entidade exploradora (em caso de insuficiência de fundos)


O Relatório e Contas Consolidado da FC Porto SAD relativo ao 1º Trimestre do exercício 2011/2012 revela, no entanto, que o actual “modelo operativo do Grupo Futebol Clube do Porto, baseado na transferência de proveitos relacionados com as rendas de espaços inseridos no Estádio Dragão para o Clube”, terá de ser alterado de acordo com o “plano de acções para reduzir progressivamente a dívida” de 12,8 M€ do Clube à SAD. Além desta medida foram tomadas outras como “a revisão da política de preços e redistribuição interna das receitas de quotização dos associados entre o Clube e a FC Porto, SAD e a racionalização orçamental a médio prazo das modalidades sob a gestão do Clube”.

Esta questão já foi abordada no Reflexão Portista, em Dezembro de 2011. O FC Porto acaba por assumir que o modelo operativo preconizado para o Grupo se revelou desajustado (retirando demasiada receita ao Clube para dar à SAD) e toma agora medidas correctivas, com a necessária “aprovação das instituições financeiras”. Espera-se que estas medidas permitam ao Clube a obtenção de receita suficiente para liquidar a dívida (e os respectivos juros) à FC Porto SAD e ainda que aquele consiga atingir o desejado equilíbrio orçamental.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Dragão no sapatinho

«A camisola de sonho

E se, neste Natal, oferecesse muito mais do que um presente?
E se, neste Natal, oferecesse um sonho?
Mas não um sonho qualquer. O sonho perfeito, num cenário assombroso, com estádio cheio e o seu filho (ou uma criança muito especial) no relvado, lado a lado com as estrelas.

Porque no Dragão não há impossíveis, transformar o seu filho no astro do FC Porto-Rio Ave, da 15.ª jornada da Liga, é extremamente fácil, embora não dispense uma boa dose de inspiração.

Comece por comprar um equipamento oficial e integral de criança, composto por camisola, calções e meias, em qualquer uma das cinco Lojas Azuis. Dê continuidade ao lance, preenchendo os espaços vazios do cupão que lhe será entregue no momento da compra com os dados pessoais do cliente, da criança presenteada, que deverá ter entre 8 e 12 anos, e uma frase alusiva ao FC Porto.

Mas, atenção, seja tão criativo como um número 10, porque só as 11 melhores frases serão seleccionadas e terão direito a entrar em campo no dia do jogo.

Feita a assistência, a concretização fica a cargo da criança.
Será ela a marcar presença no Dragão, privando com os ídolos e equipada a rigor da cabeça aos pés.

Os pais vão babar de orgulho.

Campanha e comportamento válidos também para avós, tios, padrinhos, irmãos mais velhos e amigos: vai já a uma Loja Azul!»


O texto anterior é de um e-mail enviado ontem pela Porto Comercial (portocomercial@fcporto.pt).