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domingo, 15 de maio de 2016

Prendem as formigas, ignoram o elefante...


São mais de uma dezena os detidos neste sábado pela Polícia Judiciária por suspeita de «manipulação de resultados de jogos da II Liga de Futebol» com recurso ao aliciamento de jogadores, anunciou a Procuradoria-Geral da República (PGR).
«No âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público, que corre termos na 9ª Secção do DIAP de Lisboa, realizam-se diligências de investigação em vários pontos do país, tendo sido efetuadas mais de uma dezena de detenções», refere um comunicado da PGR sobre a operação designada «Jogo Duplo».
Sob investigação estão «factos suscetíveis de integrarem crimes de corrupção passiva e ativa na atividade desportiva» envolvendo como suspeitos «dirigentes e jogadores de futebol» e outras com «ligações ao negócio das apostas desportivas», adianta o comunicado citado pela agência Lusa.
Os detidos são suspeitos de «manipulação de resultados de jogos da II Liga de Futebol, com recurso ao aliciamento de jogadores», esclarece a Procuradoria. A investigação é dirigida pelo Ministério Público, o qual tem a coadjuvação da Polícia Judiciária, sendo que o «inquérito encontra-se em segredo de justiça».
Entre os detidos estão quatro jogadores do Oriental. As detenções foram feitas pela Policia Judiciária depois de o clube ter vencido o Atlético por 3-2 no dérbi lisboeta da II Liga.

O Benfica B partia para a última jornada da II Liga em grandes dificuldades e a precisar de uma vitória para não descer de divisão. O presidente da Comissão de Arbitragem, um canalha que dá pelo nome de Vítor Pereira, logo nomeou Bruno Paixão para apitar a recepção do Benfica B ao Freamunde, uma equipa que está na parte superior da tabela e que, à entrada para a última jornada, ainda acalentava a esperança da subida. Começado o jogo, de uma falta fora da área Paixão inventa um penalty que dá o primeiro golo aos da casa. Antes do intervalo marcou outro penalty a favor dos seus e deu o segundo amarelo a Ivan Perez do Freamunde, na segunda falta que este cometeu...

Já se sabia que Paixão é bem mandado e que nunca tem dúvidas quando é para beneficiar os seus e prejudicar os outros. E assim lá conseguiu o Benfica B ficar na II Liga, à custa deste e de outros jogos onde há muito por explicar.


Ao longo desta época na II Liga, e principalmente na sua fase final, o Benfica B está intimamente ligado a situações muito suspeitas:
  • -No jogo da visita ao Farense, clube a quem emprestou diversos jogadores e ao qual comprou os direitos televisivos, o clube algarvio utilizou um jogador emprestado pelo SLB sabendo que não o podia fazer e que perderia o jogo na secretaria. E assim foi, perdeu 2 pontos que hoje dariam para não descer;

  • -No jogo contra o Oriental em 6 de Abril, um dos jogadores ontem detidos (João Pedro) fez um auto-golo num lance "infeliz";

  • -A arbitragem de Tiago Antunes no jogo Famalicão x Benfica B em 10 de Abril.



Ontem a PJ deteve o presidente e o secretário do Leixões, 4 jogadores do Oriental e vários jogadores da Oliveirense numa operação a que chamou Jogo Duplo.
Curiosamente ninguém do Benfica ou do Farense foi detido ou sequer ouvido. Nem sobre eles devem recair suspeitas da Polícia Judiciária e do Ministério Público. Por que será que há um clube de futebol em Portugal que está sempre acima de qualquer suspeita, quer o assunto seja a Porta 18, o telefonema ao Major, os casos de doping, as máfias russas ou as nomeações nas arbitragens?

Já agora, a PJ e o MP podiam analisar também os jogos da I Liga. É que todos os jogos são difíceis mas alguns são mais difíceis do que outros...
   

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Da clausula do medo ao amanho de resultados e o Porto em silêncio

O Sporting Clube Farense é um dos históricos do nosso futebol. Presenças europeias, equipas míticas, um estádio com alma própria, representante de uma região onde o futebol sempre teve um papel importante desde os grandes dias do Olhanense na década de vinte passando pelas gestas do Portimonense ou do Louletano. Que um clube assim se venda tão barato é sinal do que vale a moral no futebol português.
Não é novidade que os algarvios há muito decidiram posicionar-se no bando de subserviência do Benfica. Fizeram-no com vários protocolos, da venda dos direitos televisivos, da recepção de jogadores emprestados, etc. No fundo o Farense comporta-se hoje como muitas filiais se comportavam a meados do século passado, um regime de subserviência. É isso que os adeptos do Farense parecem querer para um clube que merecia outra coisa. Azar o deles.

O que não é tanto um problema dos adeptos do Farense, pelo menos em exclusividade, é a vergonha produzida no jogo entre o clube e a equipa B do Benfica. A Academia do Seixal, essa fábrica de produção de talentos mundiais que já é "uma das melhores do mundo", como alguém tentou vender por aí, está a ponto de cair nos campeonatos distritais. Enquanto a primeira equipa funciona bem, a segunda é uma miséria. Futebolisticamente ver um jogo do Benfica B é um autêntico suplicio. Entre que metade dos seus melhores produtos foram vendidos á Doyen para pagar dividas sem quase minutos na equipa principal e a outra metade já foi promovida á equipa A, não sobra nada salvo um ou outro jogador de potencial mediano. O resto é de um nível deplorável e não estranha a ninguém que a equipa esteja na luta pela manutenção. Ao mesmo tempo o Sporting continua consolidado na parte alta da tabela e o Porto B, bem, o Porto B anda a mostrar ao Porto A como se faz, o que não é pouco.

Ora muita gente começou a tremer, a entrar em pânico. Como vender aquela maravilha do século XXI com a equipa a jogar contra o Marialva e amigos semana sim, semana também? Podia o Benfica tapar a vergonha de ter um projecto tão bem vendido na imprensa e sites especializados com a equipa a definhar nos campeonatos semi-profissionais? Obviamente que não.
Era preciso resolver o problema e parte dele ficou solucionado. Como no Padrinho.
Há uma cena no filme original de Copolla em que Brando, magistralmente, relembrar ao cangalheiro a que decidiu ajudar no inicio do filme, que este lhe deve um favor e que está na hora de o cobrar. No filme o favor é deixar apresentável para a família o corpo de Sonny Corleone, baleado sem piedade. Na realidade da Liga de Honra - uma Liga sem Honra - é que o Farense não só se deixe perder como se prejudique ainda mais nas contas pela salvação. Provavelmente com a promessa de um ano no poço com ajuda financeira e uma subida garantida, de alguns trocos a mais debaixo da mesa ou, pura e simplesmente, a troco de nada porque já muito lhe foi dado. O Farense, recorde-se, pode ser um histórico mas até há bem pouco tempo era um histórico cheio de dividas a morrer no deserto.

A politica de empréstimos - que tanto critico e critiquei - criou há uns anos a chamada "clausula do medo", a de tu não jogas e não me prejudicas. Se isso faz com que a equipa rival saía debilitada, problema deles. Surgiu depois de alguns jogadores emprestados não colocarem "toda a carne no assador" nos duelos com as casas mães, o que dava demasiado nas vistas (ao Tozé, felizmente, ninguém lhe explicou isso, como já sabemos). Mas da clausula do medo agora passamos, directamente, ao amanho de resultados. Sim. Amanho de resultados.
As contas são simples. Um jogador emprestado não pode jogar contra o clube que o empresta segundo as regras da competição. O que faz o Benfica? Empresta vários jogadores ao Farense. Não é o único clube. O Farense joga com os outros clubes de quem tem emprestados e não há problemas. Porquê? Porque os emprestados não jogam. E o que faz o Farense contra o Benfica? Coloca em campo no jogo disputado no Seixal a 16 de Março - e que o Benfica ganha por 2-0 - um deles e com isso garante não só a perda de três pontos - a derrota na secretaria - como uma suspensão mais por infringir as leis da competição. Fazem-se de burros os que mandam, contradizendo a politica de comunicação do clube e no final de contas tudo corre bem para o Benfica como explica o TdD muito bem. Com esse resultado o Farense está quase despromovido e o Benfica a três pontos da salvação com quatro jogos - que vão ser muito curiosos de seguir - por disputar.



Ora não basta levar jogos para o estádio do Algarve em vez de serem disputados no Estoril. Não basta corromper meia dúzia de clubes comprando os direitos televisivos para transmitir na BTV. Não basta encher os clubes de emprestados ou comprar jogadores a esses clubes para depois voltar a emprestá-los sem que alguns cheguem a vestir a camisola do clube. Não basta ter um Vitor Pereira onde importa, um Mário Figueiredo onde importava nem sequer basta com controlar os media ou comprar uma bancada inteira de um clube rival para jogar em casa como passará em Vila do Conde. Não, isso não basta. E porque não basta? Porque quando se desce baixo uma vez, desce-se sempre e o Farense pagou o preço de se ter aliado com gente sem escrúpulos que é capaz de amanhar um resultado - nem que seja por omissão uma vez que os delegados de jogo do Benfica sabiam no momento em que Harramiz aparecia na ficha que o jogo estava ganho - para não transformar a sua preciosa Academia numa anedota mundial.

O triste nisto tudo é que nos últimos dias, após a sua eleição, Jorge Nuno Pinto da Costa preferiu apontar baterias a um portista e antigo dirigente do clube como Angelino Ferreira, preferiu voltar a atirar o morto para cima de Julen Lopetegui e Jorge Mendes, preferiu voltar a centrar-se em temas perfeitamente redundantes para a realidade do FC Porto em vez de ter aproveitado todo o tempo de antena para defender o clube de rivais deste nível, denunciando como fez no passado - melhor do que ninguém - este clima de impunidade. O homem que deixou Lopetegui levar com o peso da luta contra o #Colinho, que desde o Apito Dourado tem tido um tom muito mais condescendente com o que antes não tinha medo de catalogar como "Roubos de Igreja", podia começar o seu novo mandato de quatro anos a denunciar esta podre realidade como a do Farense vs Benfica em vez de se preocupar com Angelino, os impostos e Lopetegui. O caminho do FC Porto faz-se para a frente e contra rivais melhor preparados do que nunca. Desviar as atenções e os tiros para os seus em vez de expor os podres dos inimigos reais não é o melhor sinal de que algo vá mudar.

Caro Pinto da Costa, uma reflexão portista. Deixe de um lado os portistas que pensem de maneira diferente e que não deixam, por isso mesmo, de ser portistas e aponte baterias e todas as armas ao seu dispor a quem realmente quer prejudicar a instituição Futebol Clube do Porto. Que tal uma nova entrevista no Porto Canal dedicada exclusivamente a isso e não a disparar a alvos internos ou abrir caminho a sucessões pensadas?

domingo, 20 de setembro de 2015

Entrada criminosa na Tapadinha

Entrada inqualificável de Duarte Machado sobre André Silva

Aos 74' do Atlético x FCP B de hoje (vitória dos dragões por 2-3), disputado no estádio da Tapadinha, André Silva foi vitima de uma entrada inqualificável, que a imagem anterior ilustra de forma arrepiante.

O autor desta entrada brutal à perna/tornozelo do jovem avançado do FC Porto e da selecção nacional de sub-21, uma entrada indigna de um profissional de futebol, chama-se Duarte Machado e é jogador do Atlético CP.

André Silva a ser retirado de maca (foto: record.pt)

Segundo o site Maisfutebol, "o avançado do FC Porto foi transportado para o hospital ainda com o jogo a decorrer".

Ainda não se sabe o grau de gravidade da lesão de André Silva mas, num caso destes, espero que a administração da FC Porto SAD vá até às últimas consequências.
Sim, porque depois desta entrada arrepiante, deste autêntico crime de lesa futebol, o "profissional" Duarte Machado não pode sair disto a rir-se e apenas com um cartão amarelo.

Se quem morde os adversários fica meses sem jogar, o que deve acontecer a um individuo que tem uma entrada destas, a qual, inclusivamente, pode colocar em risco a carreira auspiciosa de um jovem profissional?


P.S. «Um primeiro diagnóstico, feito ainda em Lisboa, sob reserva, aponta para suspeitas de uma lesão grave, segundo apurou o Maisfutebol»