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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Danilo frenético na noite dos "golões"


Num jogo que acaba com quatro golos sem resposta, poucas dúvidas restam sobre a supremacia e justiça do vencedor. Em contraste com a insegurança que se viu na Venezuela, o FC Porto manietou do princípio ao fim o Millionarios, vincando de forma ainda mais robusta a sua marca por terras Colombianas. Danilo partiu a loiça com um hat-trick de nota máxima. Jackson picou o ponto com um golaço, numa equipa totalmente remodelada em relação ao último encontro.

Tal como o previsto, Paulo Fonseca voltou a baralhar e a dar. Uma nova equipa, mas com o mesmo sistema. Apenas Alex Sandro resistiu à titularidade num onze que se apresentava qualitativamente mais forte, tal como o adversário. Verdade no primeiro caso. Não tanto no segundo. O conjunto da Colombia nunca foi capaz perturbar a acção portista e nem a nossa equipa precisou de muito esforço para controlar a partida. Sempre em ritmo pausado a bola circulou até que as ocasiões de golo surgissem naturalmente.

Foi com essa premissa que os azuis e brancos chegaram à vantagem por volta dos 30 minutos. Uma excelente arrancada em diagonal de Danilo que viu caminho aberto até à baliza adversária. Era o início de uma noite de sonho do lateral brasileiro. Até aí o Porto controlava essencialmente em posse de bola. Castro e Josué entendiam-se relativamente bem sem terem grandes dificuldades para gerir o miolo. A retaguarda parecia mais segura, mas nunca foi posta à prova, verdadeiramente. Licá foi esforçado no apoio a Alex Sandro, mas pouco eficaz na construção.

No recomeço da 2ª parte Kelvin esteve perto marcar num bom trabalho individual. O “miúdo” interagiu bem com Danilo e tentou por diversas vezes flectir para o interior à procura de rupturas na defesa contrária. A equipa mantinha a mesma estrutura com que começara o encontro e Danilo também continuava de pé quente. Os dois golos de livre superiormente convertidos pelo nosso lateral garantem-lhe, para já, a liberdade de tomar a iniciativa neste tipo de lances.

A vantagem de 3 golos e a superioridade numérica em campo no número de jogadores cavou um fosso qualitativo ainda maior entre as duas equipas. Aproveitou Paulo Fonseca para descansar Alex Sandro, assim como dar minutos a Herrera, Reyes e Ricardo. Tudo era simples e parecia fácil. Menos os golos. Esses, todos eles eram de coeficiente de execução elevado. E para não destoar com a amostra, Jackson resolveu elevar a fasquia de Danilo com uma chapelada monumental.

A goleada estava consumada bem como a missão de charme e prestígio da marca FC Porto por terras sul-americanas. Os azuis e brancos venceram e animaram o público nos estádios. Os nossos adeptos estão contentes e confiantes. Mas falta agora um verdadeiro “teste” ao conjunto de Paulo Fonseca. Nos cinco encontros até agora realizados a nossa equipa ainda não puxada aos limites e estes oponentes da América do Sul ficam a anos-luz do que são as exigências do futebol Europeu. Na Emirates Cup, provavelmente, far-se-á exame.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Da sofreguidão à natural superioridade


Na sua incursão pela América do Sul o FC Porto manteve o registo 100% vitorioso na sua pré-temporada ao derrotar por 4-2 o Deportivo Anzoátegui, mas onde pela primeira vez a nossa equipa se sentiu verdadeiramente “acossada” pela iniciativa do adversário. Ficaram a nu alguns problemas defensivos do conjunto de Paulo Fonseca, porém houve quem tenha aproveitado para ganhar notoriedade junto do novo técnico portista. Iturbe foi o melhor no terreno de jogo e Defour assumiu o “patronato” do meio-campo.

As equipas europeias já lideram com destaque a Taça Euroamericana com duas vitórias sem resposta. O triunfo portista acabou por ser natural e tranquilo, mas em boa verdade os dragões passaram ao lado do jogo no primeiro tempo. Nesse período a equipa revelou um grande desacerto na sua organização defensiva e uma incapacidade quase total para construir uma jogada com princípio, meio e fim.

No sector mais recuado Fucile foi “oferecendo” continuamente espaço nas costas ao seu opositor e nunca revelou explosividade para carrilar o jogo no ataque. Maicon e Mangala nem sempre conseguiram a melhor coordenação onde o francês se mostrou esta noite mais apático do que o habitual. Fernando revelou exagerada confiança na acuidade no seu passe que nunca foi grande coisa. Um cocktail de falhas que resultou em perigos vários para as redes de Fabiano.

Não foi particularmente surpreendente a vantagem conseguida na raça pelo Deportivo. A equipa azul e branca jogava em pezinhos de lã, não era agressiva sobre o portador da bola e não se organizava agrupada no miolo do terreno. Sobre este último aspecto refira-se a ainda curta percepção do que Paulo Fonseca pretenderá do “seu” meio-campo. Dois médios mais recuados com liberdade alternada entre Defour e Fernando? Um pivô encostado ao avançado? A coabitação dos elementos mais recuados está longe de ser perfeita e Carlos Eduardo não apresenta estofo para pegar no jogo. Isto sem anotar os imensos espaços entre linhas que se registaram várias vezes ao longo do encontro.

Claramente o FC Porto precisava de uma nova alma para agitar o jogo e reverter o resultado a seu favor. As entradas ao intervalo de Jackson, Lucho e Danilo tiveram esse tónico. O efeito prático demorou 8 minutos, momento do empate restabelecido pelo nosso avançado colombiano. Entre o infortúnio e a já referida passividade da defesa portista levou o Deportivo novamente à vantagem através de um ressalto de um livre. Um golo que contrariava o domínio das nossas cores que por hora imperava.

Mas não havia tempo para respirar e o dragão carregou forte aos pés de Iturbe. O jovem argentino impunha velocidade ao lado esquerdo e cruzava a preceito. O empate a dois golos chegava no aproveitamento de um ressalto por Mangala num canto e a reviravolta no minuto seguinte saía da cabeça de Varela com a assistência primorosa do já referido ala oriundo dos país das pampas. Iturbe, sempre ele, animou o encontro até aos limites das suas forças.

A equipa azul e branca fechou o encontro tranquilo e com um resultado mais gordo. Varela matou as esperanças venezuelanas numa boa assistência de Lucho. Um culminar mais assertivo e seguro que contrasta com a apatia generalizada da equipa na primeira parte e alguns desacertos do sector recuado que certamente não deixarão (ou pelo menos não devem deixar) Paulo Fonseca indiferente.