Recentemente tanto o FC Porto (através da Dragon Force) e o SLB inauguraram escolas de futebol no Canadá. Isso justifica-se porque o futebol tem sido extremamente popular no Canadá. Todos os grandes campeonatos Europeus são transmitidos pelos canais Canadianos, assim como as competições da UEFA e o Campeonato do Mundo.
O FC Porto tomou o primeiro passo, quando no fim de 2015 inauguraram a sua escola na cidade de Bradford (que nem sequer é cidade satélite da maior metrópole do país). Bradquê? Eu pensei o mesmo e já vivo cá há 27 anos.
Vejam no mapa acima o centro da escola do FC Porto. Daqui a uns meses os jogadores terão milho à mão de semear. Com sorte podem fintar uma vaca ou duas.
Gozo com isto porque a decisão de levar a escola do FC Porto para uma cidade minúscula (24 mil habitantes) sem relevância cultural nenhuma raia o absurdo. Há uma comunidade portuguesa lá, tudo bem. Duvido que sejam mais de 3000, dos quais talvez 1000, com sorte, serão Portistas. E desses improváveis 1000 Portistas talvez uns 200 terão idade para fazerem parte da Escola. E nem sabemos se gostam de jogar futebol. A escola, se quiser captar talento terá de o fazer a mais de 70km de distância. Tivessem escolhido a cidade de Toronto teriam mais juízo. A cidade de Toronto tem 300 mil portugueses, tem infrastruturas condignas, não fica a uma hora de viagem (com sorte!) e tem amplamente muito maior capacidade de atrair talento.
O Benfica, na semana passada, inaugurou a sua escola em conjunto com a Casa do Benfica de Toronto. Escolheram o norte da cidade (Downsview Park) para treinarem os jovens que, de certeza, captarão consoante o seu talento. Downsview Park tem um complexo polidesportivo de qualidade, fica equidistante das maiores comunidades Portuguesas do país e não sofrerá (de forma alguma) do isolacionismo deprimente da Dragon Force numa cidade cujo centro metropolitano fica bem demonstrado aqui:
Bem, não tenho mais palavras. O amadorismo do FC Porto atravessa fronteiras!