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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A confirmação



«A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que chegou a um acordo com o Atlético de Madrid para a cedência, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva do jogador profissional de futebol Radamel Falcao pelo valor de 40.000.000 € (quarenta milhões de euros). Este acordo prevê o pagamento de uma remuneração variável, pelo que o montante global a receber poderá atingir os 47.000.000 € (quarenta e sete milhões de euros). Mais se informa que a formalização final deste acordo está dependente da celebração do contrato de trabalho do atleta com o Atlético de Madrid, assim como da conclusão dos exames clínicos a que se irá submeter, com o consentimento da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD.»




«A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 248º nº1 do Código dos Valores Mobiliários, vem informar o mercado que chegou a um acordo com o Atlético de Madrid para a cedência, a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva do jogador profissional de futebol Ruben Micael pelo valor de 5.000.000 € (cinco milhões de euros). Mais se informa que a formalização final deste acordo está dependente da celebração do contrato de trabalho do atleta com o Atlético de Madrid, assim como da conclusão dos exames clínicos a que se irá submeter, com o consentimento da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD.»

P.S.1 = A SAD do FC Porto, segundo o seu último Relatório e Contas do 3º Trimestre, detinha em 31/03/2011, 95% do passe do Falcao e 80% do passe do Rúben Micael.



P.S.2 = Uma saudação especial ao pasquim da Travessa da Queimada!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um meio-campo de luxo


Em Março passado, no seu jogo de estreia pela Selecção, Rúben Micael marcou os dois golos com que a equipa das quinas derrotou a Finlândia (2-0).

Na mesma altura, e após uns anos de ausência, Fernando Belluschi, fruto da época que tem vindo a fazer, regressou ao lote de convocados da selecção argentina para os particulares com Estados Unidos e Costa Rica (26 e 29 de Março).

Freddy Guarín, depois do muito de bom que já tinha mostrado no último terço da época passada, é um dos jogadores deste campeonato, tendo sido várias vezes considerado o melhor em campo, eleito o jogador do mês de Março e, claro, tornando-se um dos indiscutíveis da sua selecção.

João Moutinho, saído de um pesadelo chamado Sporting, voltou ao seu melhor nível, assumindo o papel de pêndulo equilibrador do FC Porto e da Selecção.

Falta juntar a esta lista Fernando, médio formatado por Jesualdo e que praticamente só defende, mas cuja importância nas transições e cobertura defensiva faz com que André Villas-Boas não o dispense.

Por tudo isto, não é exagerado dizer que o plantel desta época é constituído pelo melhor lote de médios desde o plantel de 2003/04 onde, recordo, havia um mágico Deco, um enorme Maniche, um cerebral Costinha, um Pedro Mendes todo-o-terreno e um Alenitchev de fino recorte.

E do lote actual estou a deixar de fora Souza e Castro, dois médios pouco utilizados, mas que já deram indicações positivas (desde que foi novamente emprestado, Castro tem sido bastante elogiado no Sporting Gijon).

Se é verdade que para algumas posições as alternativas existentes no plantel estão muito aquém dos titulares (ponta-de-lança e defesa esquerdo são as mais notórias), é indiscutível que no meio-campo a competitividade é muito elevada. Fernando ou Guarín? Belluschi ou Guarín? Moutinho ou Guarín? Belluschi ou Rúben? etc.

Os jogadores não gostam de ficar de fora (Rúben teve uns desabafos subliminares no final do Portugal x Finlândia), mas não há dúvida que a equipa fica a ganhar com esta competitividade. E feliz do treinador que pode contar com um lote de médios desta qualidade, todos eles perfeitamente integrados na cultura do clube e sem andarem a sonhar diariamente com outros campeonatos (não é Raul Meireles?).

É caso para dizer que já não temos o Lucho (que saudades!), mas temos um meio-campo de luxo.

terça-feira, 8 de março de 2011

Catch me if you can



Salvo qualquer hecatombe, este será o ano do "Vim para o Porto para ser campeão", à imagem e semelhança do "Assinei em 5 minutos", de há duas épocas atrás.

O fulgor não é o mesmo do primeiro terço da temporada, mas a vontade ainda lá está, como se viu em Olhão e mesmo em alguns momentos contra o Guimarães.
A vitória neste campeonato será inteiramente merecida. Mais: será mesmo o título mais brilhante dos últimos largos anos. Ao contrário dos anos do "tetra", desta vez a concorrência directa estava realmente forte e nunca deu tréguas.

Há contudo matéria para reflectir.
Por exemplo: chegará o nosso actual momento para irmos muito longe na Liga Europa, prova em que somos dos principais favoritos dos apostadores? As três derrotas caseiras, não na Liga mas ainda assim na presente temporada, deram sinais claros de que é preciso mais e melhor. Principalmente nos grandes jogos.

A questão que constantemente devemos colocar é: como podemos melhorar ainda mais? Mesmo que as coisas, na sua globalidade, até nem pareçam mal.

Ora, parece ser no "miolo" o local onde poderemos ainda crescer, recorrendo apenas a recursos já existentes.

Após alguns sinais prometedores, no início da era-Villas Boas, parece que Fernando já se resignou e, tal como nos tempos do professor, praticamente só defende.
Já Belluschi continua o mesmo de sempre: alheado do jogo por minutos a fio, de tempos em tempos, lá saca ele de algo de especial. E a esperança do adepto continua a mesma: que o argentino diminua esses momentos em que parece a "leste" da acção e aumente bastante os tais momentos mágicos.

E chegamos, então, ao elemento menos debatido do trio: João Moutinho.
Sendo certo que, qualquer jogador que venha de um rival lisboeta, goza de uma tal lua-de-mel com os adeptos que qualquer avaliação, com algum distanciamento, se torna rapidamente num exercício complicado.

Cristían Rodriguez foi também um caso semelhante de amor à primeira vista com os sócios, ele que finalmente facturou, no passado Sábado, após um longuíssimo jejum.
Muitos elogios e pouquíssimas críticas, foram assim os seus primeiros tempos pelo Dragão.
Ele que, agora, passou longas temporadas como um elemento secundário do plantel. O mesmo "Cebola" que chegou a ser uma das nossas principais estrelas.
Sim, muitas-lesões-muitas. Mas não só. Também alguma indisciplina e peso a mais.




Com nada isto, seguramente, se irá deparar Moutinho. Será uma história diferente, todos o esperamos.
Convém, porém, fazer um esforço para sermos justos na sua avaliação, deixando o coração de lado.

O ex-capitão do scp garante, de facto, uma circulação de bola muito superior a de um Raul Meireles, por exemplo. Com ele, felizmente, terminaram as célebres "transições rápidas" que, por terem funcionado bem numa ou outra ocasião, é um modelo de jogo que não se coaduna com a grandeza do nosso clube.

Moutinho consegue que a bola não ande no meio-campo apenas de (breve) passagem e, de pé-para-pé, o centro do terreno é novamente um lugar para se pensar o jogo e para lhe dar a melhor sequência.

O senão do único português do nosso meio-campo, continua contudo a ser o mesmo dos tempos de Alvalade: jogando numa equipa de forte pendor ofensivo e com tantos bons executantes a seu lado, onde param os golos e as assistências?
Bom jogo de pés é útil e muito importante no nosso actual jogo colectivo, mas para darmos uma maior dimensão ao nosso futebol (uma dimensão que evite, por exemplo, tão amargos minutos de sofrimento frente a um Sevilha) é preciso algo mais.

Obviamente que não se lhe pedem golos e assistências numa dimensão semelhante à dos médios do Barcelona. Todavia, algo próximo do rendimento (quando frequentemente utilizado, note-se) de um...Rúben Micael, já não seria mau.
Mas, esperem lá, não temos nós precisamente o madeirense à disposição?
Talvez tenha chegado o tempo de lhe devolver a titularidade.

Rúben Micael, porventura, garantirá uma menor circulação de bola, mas alguém duvidará que ficaremos a ganhar em coisas tão concretas como golos e assistências?
Até para se evitar cansaços desnecessários àquele que, um dia, veio de Lisboa para ser campeão.

sábado, 16 de outubro de 2010

Falemos de futebol

Apesar do prometedor início de época, convém reflectirmos um pouco sobre os pontos menos bons de molde a minorarmos possíveis amarguras futuras. Qualquer equipa, seja ela qual for, tem sempre margem para melhorar, mesmo quando muita coisa parece já bem feita.

Começando pela baliza, mesmo mal batido aqui e ali (e o mais evidente terá sido o primeiro golo do Braga no Dragão), Hélton continua a ser digno da confiança da esmagadora maioria dos adeptos. Não será por aqui que não reconquistaremos o título. Porém, é mesmo verdade que ter um guarda-redes como capitão de equipa pode trazer os seus riscos, nomeadamente quando este necessita de se afastar vários metros da sua baliza para dialogar com os árbitros. Cuidado com este aspecto.

A defesa é o sector em que mais interrogações se levantam. Ainda com um genuíno sentimento de orfandade em relação a Bruno Alves, convém não nos deixarmos enganar pelo (ainda) escasso número de golos consentidos. As falhas foram já bem visíveis em diversas partidas, esperando apenas por confrontos com adversários mais complicados para eventualmente se traduzirem em pontos desperdiçados.
Maicon está ainda uns furos abaixo de Rolando, sendo que mesmo este último continua longe de dar garantias plenas para poder ser considerado um indispensável naquela defesa.

Muitas esperanças estão depositadas em Otamendi mas ainda é demasiado cedo para uma verdadeira avaliação deste. Deverá, ainda assim, ser atribuída a titularidade ao argentino? Desta vez, e por excepção, seria mesmo necessário observar os treinos para poder dar uma resposta minimamente honesta, tal o pouco tempo de jogo do atleta com as nossas cores. Confiemos pois em Villas-Boas, que já acumulou crédito suficiente para que acreditemos que fará mesmo alinhar a melhor dupla disponível, sem olhar a nomes.

E agora, o tema da moda: Fucile ou Sapunaru?
Apetecia responder que, neste momento, nem um nem outro... mas o mercado só reabre em Janeiro.
Fucile é um jogador de garra e esforço, o que é louvável e raro. Obviamente que nunca foi, nem será, um fora-de-série e tem ainda o handicap da altura mas era alguém que dava gosto ver pela forma com se entregava ao jogo, mesmo com alguns erros aqui e acolá. Temo é que o sucesso do Mundial e a perspectiva de uma eventual transferência milionária lhe tenha feito mal. A rever.
Já Sapunaru continua o que sempre foi: um atleta cujas mais-valias não são suficientes para ser titular numa equipa tão ambiciosa como a nossa.

Chegados ao meio-campo, é evidente que a troca de Meireles por Moutinho nos foi benéfica. Finalmente a bola rola mais no nosso pé do que no do adversário. Porém, daí até consagrarmos o antigo capitão de Alvalade como um grandíssimo jogador, ainda vai uma certa distância. É um jogador útil e regular, porém deve melhorar no aspecto do remate, arriscando mais, e também no do último-passe que tem sido, ainda, coisa rara. Titular sim, mas não por uma qualquer obrigatoriedade apenas por ter vindo de um rival lisboeta.

Chegamos assim, à maior questão de momento: Belluschi ou Micael?


Todos nós desejamos muito que o argentino engrene definitivamente de uma vez por todas, e o seu início de época parecia promissor nesse campo. Contudo, com o avolumar das partidas, voltamos a ter o "velho" Belluschi: boa visão de jogo mas demasiado tempo alheado da partida. Será apenas feitio ou pura incapacidade daquele físico de render mais? Como está, infelizmente não chega. Convém também que deixe de acertar tantas vezes na trave. Há que exercitar o remate mais e mais. A qualidade está lá, requer é mais trabalho.

Micael: mesmo que a qualidade do passe não esteja ainda calibrada, após uma ausência demasiado longa, trata-se de um jogador em que vale a pena continuar a apostar. Nomeadamente porque, em termos de golos e assistências, ainda acaba por ser o nosso médio de maior rendimento.

Por último, o ataque: Varela parece oscilar demasiado entre o muito bom e noites em que pouca coisa resulta. Necessita de um rendimento mais homogéneo para que se confirme definitivamente com um bom jogador.


Já o sub-rendimento de Cristian Rodriguez, seu mais óbvio substituto, parece ser algo mais complexo do que apenas uma debilidade física que origina lesões em série. O seu elevado vencimento e as grandes expectativas que sempre origina, exigem que este seja o ano em que faça definitivamente a diferença.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Degrau a degrau, até sermos grandes


Sem dar qualquer sinal de quebra, o FC Porto continua a sua caminhada triunfal nos processos de consolidação de sistema e filosofia de jogo instituída por André Villas Boas. Na verdade, se há algo que já é indelevelmente marcante na nossa equipa, é a doutrina do seu treinador. Em pouco mais de um mês de competição, com 8 jogos oficiais onde se contam outras tantas vitórias, e um sentido de baliza contrária único, o Dragão vai arreando tudo o que lhe aparece pela frente. A mais recente vítima foi o Rapid de Viena.

Mesmo com 3 alterações relativamente ao 11 utilizado diante do Braga, o conjunto azul e branco foi igual a si próprio. Procurou a sua sorte, assumindo as rédeas do encontro sem rodeios. Com Moutinho a assumir a batuta da orquestra, fazendo o trabalho de sapa fundamental no miolo do terreno, a equipa portista foi encostando, cada vez mais, os austríacos lá atrás. Rolando deu expressão ao marcador, na sequência de um canto trabalhado - e que diferença faz quando uma equipa sabe explorar todos os recursos de lances de bola parada – dando cor ao domínio do FC Porto.


Ao Rapid pouco mais sobrou do que 2 ou 3 situações prometedoras, mercê da habilidade de um par dos seus elementos, assim como a tracção motora dianteira da nossa equipa que, aqui e ali se deixa em contra-pé, mais pela disposição de como se posiciona na transição defensiva, do que pela defesa em si, já que, essa, esteve em bom plano. Mas, em boa verdade, estes rapazes de Viena nunca mostram capacidade para discutir o jogo cara a cara.

A clareza da vitória azul e branca mereceria confirmação nos segundos 45 minutos. Mesmo com o árbitro fazendo vista grossa a um penalty do tamanho da Torre dos Clérigos sobre Hulk, houve tempo e espaço para construir uma vitória robusta e saborosa. Falcao voltou a molhar a sopa, novamente na sequência de um canto. Contudo, estava reservado para o último golo da noite os aplausos mais efusivos. Numa combinação notável entre Rúben Micael e Rodriguez, o Madeirense disparou à entrada da área para um golaço fantástico. Uma dose extra de entusiasmo, num jogo já de si bem conseguido pelo nosso médio.



Não é tudo um mar de rosas, e ainda vemos aqui e ali perdas de bolas ou passes transviados que nos tiram do sério. Nem sempre o jogo é perfeito e extraordinariamente entusiasmante. Há, no entanto, uma sustentabilidade no crescimento deste Porto de Villas Boas que nos deixa confiantes para o futuro próximo, a médio e longo prazo.


Fotos: uefa.com e Record

Moutinho, Rúben e Souza


Não pensava que o FCP pudesse estar, e muito menos nesta fase de arranque, claramente à frente dos seus concorrentes directos. Obviamente que o campeonato ainda agora começou, mas sempre pensei que iríamos ter um início mais atribulado. E, como a tendência será para melhorar, é possível que o FCP esteja a formar uma equipa competitiva e progressivamente mais confiante. E a praticar um melhor futebol, o que já tomamos como um desígnio da equipa e uma exigência do treinador.

Embora a vitória valha sempre 3 pontos, foi nos jogos mais difíceis que estivemos a um nível superior. Ainda não esmagámos, mas fomos claramente superiores aos adversários nos jogos com o SLB e SCB. Contra a Naval e o Rio Ave, fomos superiores, mas não fomos suficientemente consistentes.

A defesa está a melhorar. Fucille e Otamendi são opções credíveis, sendo que o primeiro funciona tão bem na direita como na esquerda. Na frente o trio actual deverá manter-se, mas falta-nos um avançado. Temos o Falcão, o Walter e o Hulk como recurso. É muito pouco relativamente à concorrência e à rotação que o treinador será obrigado a recorrer para a equipa se apresentar de forma condizente em todas as provas em que participa.

No meio campo é que (ainda) a coisa não funciona tão bem como é desejável. Se Fernando e Beluschi estão em crescendo e a preencher funções que antes não desempenhavam, pois o primeiro já sobe e constrói, enquanto o segundo, sem perder o perfil de play maker, pressiona mais e defende melhor, considero, ao invés, que Moutinho e Rúben ainda estão longe da produção que prometiam. Lutam, mais o primeiro que o segundo, mas têm sido pouco decisivos ma última fase de construção. Entram pouco nas faixas para permitir as diagonais aos alas, e quase não arriscam em movimentos de ruptura.

Creio que não é apenas um problema de adaptação. O Moutinho e o Rúben eram as referências das equipas a que pertenciam, que se estruturavam em função do perfil de cada um, o primeiro um permanente motor em alta rotação, o segundo mais criativo e explosivo na última fase de construção.

Obviamente que nem um nem outro confirmaram (ainda) as qualidades demonstradas e ainda são personagens à procura do ritmo certo. Oxalá continuem a porfiar e não desistam. É que naquela zona do terreno têm de contar com o Souza que vai ser uma certeza, pois nos minutos que jogou provou um enorme potencial, e Guarin que tem predicados que o tornam muito útil, em jogos que exijam mais músculo.

Ukra, Castro, Rafa e James não conto muito com eles, enquanto espero que o Rodriguez não se acomode, pois se recuperar a sua melhor condição física é uma opção válida para jogar na ala esquerda.

"Bigorna" é o nome de guerra de Walter, um avançado brasileiro possante, capaz de esburacar defesas sólidas e possuidor de um pontapé forte e bem colocado – por isso o apelido. Walter é um jogador polivalente, capaz de actuar como segundo avançado ou como ponta-de-lança fixo, embora tenha características de jogador mais móvel e capaz de explorar os espaços vazios. Este é o cartaz. Falta comprovar.

Helton dá-me toda a confiança e tem sido uma surpresa como capitão. Muito bem!
Este FCP não é vintage, mas tem futuro. Desejo ao AVB toda a sorte do mundo. Acho que o seu trabalho será decisivo no progresso da equipa.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Porque não golear para desanuviar?


Longe com o sofrimento, com o nervosismo e toda tensão que nos vem acumulando no corpo nos últimos tempos. Hoje foi dia de respirar fundo e recarregar os índices de confiança. Finalmente, o FC Porto consegue uma vitória robusta e tranquila no campeonato, ao bater o Nacional com quatro golos sem resposta. Um triunfo importante num terreno difícil, e imprescindível para que o primeiro lugar não se torne uma miragem.

Inevitavelmente, pese o resultado expressivo, o minuto 28 deste encontro será escalpelizado ao pormenor pelos abutres esvoaçantes da Mouraria. Num lance dividido com o central Alvinegro Alex Bruno, Álvaro Pereira força a queda na área da equipa madeirense, sacando de uma assentada penalty e expulsão do adversário. Reconheça-se, é muito forçado este castigo máximo assinalado por Carlos Xistra. Mas, perante aquilo que já nos “rapinaram” esta época, ainda temos algumas fichas para gastar. Por isso mesmo, aos moralistas da Capital do Império, lhes remeto os cumprimentos que Maradona brindou os jornalistas argentinos após o apuramento da sua Selecção para o Mundial da África do Sul, “sigue mamando…”.

Ainda antes do tal momento marcante desta partida, já o FC Porto vinha tomando ascendente nas operações, remetendo gradualmente o seu adversário para zonas mais recuadas. Jesualdo viu-se forçado a retirar Rodriguez por lesão, mas, para compensar sua saída abrupta, veio ao de cima a valia do seu compatriota Álvaro Pereira, que se exibiu em bom plano. A acompanhar a prestação colorida do lateral esquerdo estiveram Falcão, Varela e… Rúben Micael.



Pois é, ao 2º jogo com a camisola do FC Porto, o jovem médio madeirense que o Dragão foi contratar ao seu adversário desta tarde, já deixou a sua marca na equipa azul e branca e fez estragos na defesa contrária. E, assim mesmo, sem dó nem piedade, Rúben Micael deita por terra aqueles fastidiosos discursos que apelam à paciência dos adeptos sempre que um jogador tarda a engrenar numa equipa. Quando se tem qualidade nos pés, tudo escorre com grande naturalidade.

Fácil corria a vida para Micael, mas também para o FC Porto. Acima de tudo porque fizeram por merecer aquilo que obtiveram, não se contentando, como habitualmente, com a vantagem tangencial. A equipa portista dispunha da dinâmica Rúben, da profundidade de Pereira, carregando sobre a baliza de Bracali onde as oportunidades de golo sucediam-se. Falcão trocava as voltas aos defesas insulares, e aproveitou para dilatar o seu “score” pessoal, conferindo tranquilidade ao marcador que o Dragão fez por merecer.



Varela, já bem perto do fim, fechou a contagem no marcador. Contornou Bracali e encostou para a baliza deserta. A abertura – primorosa – saiu de quem? Ora adivinhem lá? Parece incrível como um só jogador faz toda a diferença.


Fotos: uefa.com, Lusa, Reuters

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Rúben, a primeira contratação de 2010

O FC Porto confirmou ontem a contratação do Rúben ao Nacional da Madeira, tendo adquirido 60% do passe por 3M€ (como especificado em comunicado à CMVM).

Sobre este jogador, há alguns pontos que acho importantes referir:

1 – Posicionamento no esquema do treinador
O Rúben é um médio ofensivo mais ao gosto do Mestre JF do que as actuais opções Belluschi e Valeri. É um jogador dotado tecnicamente, abnegado nas tarefas defensivas, com raça e velocidade. Pode facilmente ser adaptado à posição menos fixa do meio campo, jogando na posição 8, fazendo o papel de médio atacante sem descurar a vertente defensiva. Deverá ser a terceira tentativa para substituir Lucho (quarta, se contarmos com Guarin).

2 – Experiência
Apesar de relativamente novo (tem 23 anos), o Rúben é um jogador com bastante experiência de futebol sénior. Tendo começado no União da Madeira com apenas 17 anos, já acumulou na sua precoce carreira mais de 150 jogos oficiais, distribuídos por diversas competições (incluindo jogos em competições internacionais) como se pode ver no quadro abaixo.

Fonte: wikipedia.org no dia 18/01/2010

3 – É o salvador?
O mais importante aspecto que o adepto precisa de perceber sobre o Rúben, é que ele não é o salvador. Ele não vai conseguir marcar 3 golos por jogo; não vai conseguir fazer os cruzamentos e cabecear para golo no mesmo lance; e não vai poder estar atrás do Helton em todos os lances em que a bola vá entrar na baliza para acrobaticamente retirar a bola com o chamado pontapé “de bicicleta”.
Os adeptos precisam de se lembrar que é um jogador novo na equipa, que não está adaptado ao estilo de jogo do FC Porto e que pode precisar de algum tempo (esperemos que não muito… ) para se adaptar a uma nova realidade.
Resumindo, é apenas mais um jogador da equipa, que também vai falhar alguns lances, mas que esperemos que possa ajudar!

4 – O nome
Sim, parece que ele vai ter que manter o nome. Podemos tratá-lo por uma alcunha “princepiana” como "jogador-com-nome-de-cantor-pimba", mas não podemos obrigar um jogador a abandonar o nome que os pais lhe quiseram dar. Como tal, e como tenho feito ao longo deste artigo, vamos chamar-lhe Rúben... Simplesmente Rúben.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Má altura para o poço de petróleo secar

Nunca, até hoje, a "janela" de reabertura de mercado de Janeiro tinha sido desaproveitada.
Como é que, logo agora, quando necessitamos, mais do que nunca, de reforços, presidente e treinador uniram-se na conclusão que, pela primeira vez, tudo está bem com o nosso plantel?

Miguel Sousa Tavares fala mesmo em, não apenas um, mas na necessidade de dois novos "médios criativos atacantes" (repare-se na utilização na dupla adjectivação, para que não fique a mínima dúvida de que não é de um Tomás Costa ou Prediguer que necessitamos). E tem toda a razão.

Muitos, ao abordar o tema (recorrente) das perdas de bola, defendem que o que está a faltar são as "linhas" jogarem mais próximas (muita gente já não sobreviveria sem estes neologismos; obrigado, Luís Freitas Lobo).
Outros defendem que falta "treino específico" (referir-se-ão eles ao tradicional "meiinho"?).
A poucos terá passado pela mente que o problema será, muito simplesmente, de base.
Por outras palavras, muitos dos nossos jogadores, claramente, não possuem a técnica necessária para, quando acossados, direccionarem o esférico para os pés certos.
Tão simples quanto isto.
Nenhum treino, por mais intensivo que seja, resolverá plenamente isto.



Sabemos bem que Rúben Micael não fala castelhano com sotaque das pampas, nem porventura terá o "agente" certo para estas coisas, mas eu sou do tempo em que Pinto da Costa não deixava fugir promessas destas.
A sua performance na presente Liga Europa (para mais, jogando ele num clube pequeno), aliada ao facto de não precisar de demorada "adaptação" ao futebol luso, fariam dele, numa qualquer outra época, o alvo mais apetecido de qualquer "grande" digno desse nome.

Sim, o scp parece estar melhor posicionado para comprar o madeirense, talvez devido ao facto de ser mesmo o único interessado, mas não era Pinto da Costa quem gostava de desviar reforços dados como certos nos rivais?
Ah, ok, parece que esta premissa só se aplica ao slb...

Por outro lado, a forma como o FCP não controla minimamente sucessivas partidas (nem sequer a de Guimarães ou a de Madrid), leva mesmo a crer que só um novo médio ofensivo, poderá ser (ainda) curto.
Mas, em tempos de crise, talvez seja mesmo melhor nos satisfazermos com apenas um...

Também na linha de frente, falta qualquer coisa.
Agora, que até O JOGO deixou de ver em Falcao um novo Jardel ou Domingos, parece que tinha alguma razão quem, no já longínquo Agosto passado, sentenciava que, ao nosso plantel, faltava alguém mais semelhante a Lisandro (sim, mesmo sendo quase impossível arranjar alguém do género).
É bem verdade que Falcao procura zonas exteriores à grande-área adversária, mas a realidade é que pouco ou nada consegue com isso. Perde mais bolas do que ganha e revela mesmo dificuldades em segurar e controlar o esférico para que outros companheiros dele possam usufruir.

Jesualdo conhecia bem esta pecha. Por que outra razão, o FCP tentou, durante muito tempo, trazer Kléber, o "gladiador" do Cruzeiro?
O dinheiro que, na altura, não quisemos dar, se calhar um dia será mesmo chorado.



Mas, afinal, queremos ou não dar (verdadeira) luta a slb e Arsenal?
Alguém acha mesmo que (novamente) com Guaríns e Marianos teremos algumas hipóteses em Londres?