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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Robertos, marionetas e fantochadas

«Conheces os nossos amigos Robertos? Sabes como se manipulavam? Onde contavam as suas histórias? (...)
Vem descobrir o mundo destas marionetas portuguesas e criar o teu próprio ROBERTO.»


Em Junho de 2010, o país futebolístico ficou de boca aberta, quando a slb SAD comunicou à CMVM ter contratado um dos guarda-redes do Atlético Madrid, pela módica quantia de 8,5 milhões de euros!


Se o valor da contratação, por si só, tinha sido surpreendente, não foi preciso esperar muito para se aquilatar da valia do “reforço” de 8,5 milhões e logo na pré-temporada da época 2010-11 começaram os frangos à espanhola.

A época encarnada foi um verdadeiro calvário (lembram-se dos 5-0?), com Roberto a ser uma das “estrelas” do descalabro benfiquista.


Contudo, chegados a Agosto de 2011 e numa espécie de passe de mágica, saiu um coelho da cartola de Vieira e a slb SAD anunciou ter chegado a acordo com o Real Zaragoza SAD para a transferência, a título definitivo, de Roberto por 8,6 milhões de euros (mais 100 mil euros do que, supostamente, tinha custado um ano antes!).

Esta fantochada, perdão, anúncio foi de tal maneira inacreditável, que a própria CMVM pediu à SAD encarnada para esclarecer a venda de Roberto. A slb SAD viu-se obrigada a prestar informações complementares, o que fez no dia 3 de Agosto de 2011, tendo dito que o “pagamento será efectuado de forma fraccionada e encontra-se garantido, nomeadamente por títulos de crédito”.


Como, pelos vistos, as garantias eram fracas, dois anos depois Roberto voltou à ribalta e, em vez de 8,6 milhões de euros, diz-se agora que foi trocado, como se fosse um cromo, por meio Pizzi.


«Roberto, o tal que tinha sido vendido por 8,6 milhões de euros ao Saragoça, sabe-se lá como e porquê, afinal foi devolvido ao Benfica mas rapidamente revendido ao Atlético de Madrid, que o emprestou ao Olympiakos. Conseguiram acompanhar? Parabéns, eu não.»
Eugénio Queirós
in record.pt, 30 julho de 2013 | 13:25

«Nos relatórios e contas dos encarnados desde então há várias referências à BE Plan, na rúbrica Clientes e nas alíneas Corrente e Não Corrente, mas o Maisfutebol ficou com dúvidas sobre qual o valor que já tinha sido de facto liquidado. Fizemos a pergunta ao Benfica, mas fonte oficial do clube informa apenas que “os esclarecimentos e documentos foram todos fornecidos ao regulador”.
O Maisfutebol perguntava também em que momento e de que forma foi decretado o incumprimento e recuperados os direitos de Roberto. E ainda se iria haver algum esclarecimento do Benfica em relação às declarações de Roberto na noite de segunda-feira, quando o guarda-redes disse que esteve sempre vinculado ao clube, mesmo durante o período no Saragoça.»
Maisfutebol, 30-07-2013


Eu não sei o que é que os milhões de benfiquistas pensam desta robertada mas, conhecendo o perfil médio do adepto encarnado, suponho que a maioria deve achar que tudo isto é limpinho, limpinho, limpinho, ou não fosse o slb o clube da transparência e verdade desportiva...

Mas se os adeptos são adeptos (e os benfiquistas são adeptos muito particulares), a CMVM, como entidade reguladora, tem outro tipo de obrigações e, quando as coisas tresandam, não chega solicitar e ficar satisfeita com comunicados dúbios de entidades envolvidas em situações que suscitam suspeitas. É preciso investigar e, neste caso, investigar a fundo o triângulo Atlético Madrid SAD, slb SAD e Real Zaragoza SAD / BE Plan.

É que o fair play financeiro e a tão apregoada verdade desportiva também passam por estes casos...

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Notícias do circo (IV)

O benfica é um circo
Artur Jorge, ex-treinador do slb, numa entrevista ao Expresso em 1996



«A Sport Lisboa e Benfica - Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248º do Código dos Valores Mobiliários, vem confirmar que chegou a acordo com o Real Zaragoza SAD para a transferência, a título definitivo, do atleta Roberto Jimenez Gago. A transferência do referido atleta, bem como da totalidade dos direitos económicos, foi concluída pelo valor de 8.600.000 (oito milhões e seiscentos mil) euros»


Há um ano atrás, o país futebolístico ficou espantado por o slb ter, supostamente, pago 8,5 milhões de euros pelo terceiro guarda-redes do Atlético Madrid, o qual, nos seis meses anteriores, tinha inclusivamente sido emprestado ao Saragoça.
A incredulidade foi tal (incluindo entre alguns benfiquistas mais esclarecidos) que se avançaram várias hipóteses para explicar tamanho investimento, a mais falada das quais era um cenário em que os 8,5 milhões incluíam uma verba correspondente ao prémio de Jorge Jesus.

A época de Roberto de frango ao peito... perdão, de águia ao peito foi o que foi (um desastre completo, seja qual for o ponto de vista) e, um ano depois, o desconsolado portero espanhol estava remetido ao “honroso estatuto” de terceiro guarda-redes do slb (atrás dos dois guarda-redes contratados para esta época – Artur e Eduardo), sem que se vislumbrasse uma saída airosa.

Eis senão quando, o “ilusionista de serviço” tira mais um coelho da cartola e, não só arranja um comprador para o frangueiro do ano, como ainda garante um “ganho” de 100 mil euros relativamente aos hipotéticos 8,5 milhões de euros desembolsados há um ano atrás.

Esta história é tão mirabolante, que mesmo entre os mais fanáticos benfiquistas, duvido que haja algum que, no seu intimo, acredite mesmo na venda do Roberto por 8,6 milhões de euros. É que deve ser mais fácil pôr um porco a andar de bicicleta no circo...

Mas, para além do anunciado valor da transferência, a cereja em cima do bolo é o facto de, nesta altura, o Saragoça (o suposto comprador) estar a ser gerido ao abrigo da Lei Concursal por, no início de Junho, a sua direcção ter confirmado uma dívida de 110 milhões de euros e procurado apoio para chegar a acordo com os credores.


Para dar alguma credibilidade a esta historinha, já li algures que a contratação terá sido patrocinada por um grupo de investidores. Pois, e na noite do dia 24 de Dezembro quem traz os presentes é o pai Natal...
E, talvez daqui a um ou dois anos, os tais “investidores” o voltem a vender ao slb por 9 milhões... Os tais milhões da treta!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Roberto e o “Pravda”


«A planificação da próxima época contempla a aquisição de mais um guarda-redes que possa roubar a titularidade a Roberto. As prestações do espanhol ao longo da época não convenceram a SAD e os dirigentes já procuram uma alternativa. (…) apesar de Jorge Jesus ter defendido o guarda-redes, anteontem, aos jornalistas, no final do clássico com o FC Porto, o frango de Roberto a cruzamento de Guarín que permitiu aos dragões abrir o marcador terá reduzido, e muito, a margem de manobra do guardião para o futuro: porque foi o sétimo erro flagrante durante a época, num somatório de falhas que nem as intervenções de excelência, inclusive no próprio clássico, ajudam a apagar da memória.»
in abola.pt


E eu que pensava que o slb tinha perdido o campeonato por causa do Olegário e do Xistra… Afinal, segundo o “Pravda” de hoje, parece que o Roberto deu uma grande ajuda e está “no fio da navalha”. E, para sustentarem a notícia, os jornalistas do “Pravda” até se dão ao luxo de contarem os erros flagrantes do pobre portero espanhol.
Volta Quim, estás perdoado.

P.S.1 Não se arranja uma escuta do Roberto a falar com o Pinto da Costa?

P.S.2 O verdadeiro Pravda (no alfabeto cirílico Пра́вда, Verdade) foi, entre 1918 e 1991, o órgão oficial do Comité Central do Partido Comunista da União Soviética.

sábado, 5 de março de 2011

Os "frangos" de Roberto


O golo do Sporting na passada quarta-feira, foi insuficiente para os leões se apurarem para a final da Taça da Liga, mas serviu para avivar a memória de lances semelhantes protagonizados por Roberto no início da época. Ora, isso é uma chatice, porque a campanha levada a cabo pela máquina de propaganda benfiquista, visando branquear esses factos e reescrever a história desses jogos ia tão bem encaminhada...


Recuando à pré-temporada, após a derrota contra o Sion...

«Depois do primeiro golo do Sion, ouviu-se, tímida e esporadicamente, o nome Moreira, gritado a partir da bancada. O pedido acentuou-se depois do segundo golo. Aí, o povo não se cansou de pedir a entrada do português, que durante o defeso assinou novo contrato, prolongando a ligação aos encarnados até 2013. (...) O nome do camisola 1 continuou a ser ouvido, alto e bom som, no exterior do estádio, enquanto os adeptos aguardavam a saída dos jogadores, que se dirigiam para o autocarro. (...) Os gritos dos adeptos ouviram-se na sala de imprensa, enquanto Jesus fazia a análise do jogo com o Sion.»
in record.pt, 12/07/2010

Ele está a adaptar-se aos novos companheiros e à equipa. No primeiro golo, foi traído pela rega e pela nova bola [Jabulani], que ganha trajetórias muito complicadas para os guarda-redes
Jorge Jesus


Após o Nacional x slb (terceira derrota consecutiva dos encarnados em jogos oficiais)...

«Os adeptos do Benfica parecem ter perdido definitivamente a paciência com Roberto. Assim que terminou a partida, a secção do estádio onde esteve grande parte dos apoiantes encarnados começou de imediato a assobiar o guarda-redes espanhol (...). Se o ambiente no interior do recinto desportivo já não era favorável ao guardião, no exterior, perto do autocarro, ainda foi mais frio. Quando o camisola 12 se encaminhou para o autocarro foi de imediato vaiado por cerca de duas dezenas de adeptos que fizeram questão de mostrar a respetiva insatisfação.»
in record.pt, 22/08/2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A culpa é do Pinto da Costa

«Estando muitos dias aqui por Lisboa, a história do guarda-redes Roberto é vivida de outra maneira, julgo eu. Tenho por aqui muitos amigos benfiquistas, benza-os Deus, que cada vez que a equipa entra em campo arrepelam os cabelos: “Outra vez o gajo na baliza… Este Jesus está mas é feito com o Pinto da Costa. Só pode!”, ouvi a um ainda no sábado.
Claro que para estes meus amigos, Pinto da Costa é responsável pela chuva e pelo bom tempo, como também pelo guarda-redes que Jesus põe ou não a jogar. Não é de hoje nem de ontem.
Uma vez perdi uma hora da minha vida a explicar ao falecido Rui Cartaxana – paz à sua alma – a explicar-lhe que os delegados da Liga não tinham nada a ver com arbitragem, a propósito de uma polémica que Pinto da Costa lançara sobre os delegados de Gondomar e sobre a qual ele escrevera com erros incompreensíveis porque confundia os delegados com os observadores (que pontuam os árbitros). E o argumento dele era o mesmo: “Ó Manel, mas se isto não tivesse a ver com árbitros porque é que o Pinto da Costa se metia nisto?”. Pois…
Mas voltando ao Roberto e à sua saga. O grande problema é que não há nenhum guarda-redes suplente no mundo que possa valer 8,5 milhões de euros. Terá sido para outras coisas, estará tudo legal, mas Roberto não pode ter custado 8,5 milhões. Podem ter saído 8,5 milhões das contas do Benfica com essa finalidade, pode ser isso que foi comunicado à CMVM, mas nem um maluco pagava tanto dinheiro pelo terceiro guarda-redes do Atlético de Madrid. E, em vista do que tem acontecido, nem sei mesmo se o DCIAP e mais a CMVM não deviam abrir uma investigação às transferências do Benfica. Afinal, está mesmo provado que há ali uma fraude… Só falta apurar de quem.»


Esta crónica foi escrita por Manuel Queiroz (Director do jornal i) e publicada no semanário Grande Porto, de 27/08/2010. No que diz respeito à Robertofobia dos adeptos encarnados perdeu um pouco da sua actualidade, depois do penalty redentor do último SLB x Vitória de Setúbal. Mas em tudo o resto, principalmente acerca da paranóia de grande parte do povo encarnado em relação ao Pinto da Costa, continua perfeitamente actual.
Já quanto ao DCIAP e à CMVM, bem podemos esperar sentadinhos...