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segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A irregularidade que precedeu o 1º golo

A maré azul invadiu Setúbal e foi avassaladora, no relvado e nas bancadas.

Contudo, apesar da goleada (0-5), apesar de ter sido uma vitória sem espinhas, houve muito boa gente que ficou com uma “espinha” entalada na garganta e queira manchar a vitória do FC Porto, apontando o dedo ao primeiro golo dos “dragões”.

Houve alguma irregularidade no primeiro golo de Aboubakar?
Sem dúvida, há imagens que são muito claras. Basta olhar para a camisola do Aboubakar…

Edinho puxa a camisola de Aboubakar (Tribunal O JOGO)

P.S. O comentador de arbitragem da BTV2... perdão, da SportTv, só vê o que lhe apetece e no lance do 1º golo não viu a camisola do Aboubakar a ser puxada pelo jogador do Vitória Setúbal. Por outro lado, vê coisas que não acontecem. Ao contrário do que diz o senhor Pedro Henriques, é falso que o contacto do Aboubakar, com as mãos, nas costas do Edinho tenha sido feito quando o jogador do Vitória Setúbal está com os pés no ar. É só rever as imagens com os olhos abertos...

P.S.2 Antes do primeiro golo, já o Vitória Setúbal deveria estar a jogar com menos um jogador. Mas isso, claro, não é assunto para os “cartilheiros” ou para os comentadores da BTV2... perdão, da SportTv.

Entrada de sola ao tornozelo de Marega (Tribunal O JOGO)

domingo, 19 de março de 2017

Ainda não foi desta

Nós portistas falamos muitas vezes da "maldição" do Béla Guttmann em relação ao nosso rival mas, pelo menos nestes últimos quase 4 anos, parece que também existe alguém que nos quer mal.


Desta vez é que seria mesmo: o mundo voltaria ao seu normal, ou seja, o FCP iria finalmente regressar, após longa travessia no deserto, ao seu habitat natural, o primeiro lugar.

O nosso maior adversário tinha, finalmente, esgotado toda a sua sorte, e depois de uma série de vitórias sem saber ler nem escrever, ao empatar ontem em Paços de Ferreira, tinha finalmente aberto uma avenida para o FCP disparar, de vez, rumo ao título.

O nosso estádio estava cheio e o clima geral era de (muita) confiança.
E eis que os primeiros minutos mostram um FCP a acusar a responsabilidade de estar diante de uma oportunidade única de virar a página da história recente do futebol português. Um Setúbal que defendia "alto" e ao nosso clube faltava um pensador (que poderia ser Otávio).
O "11" inicial até nem fora mal escolhido, mas André Silva está mesmo a atravessar um período mau e talvez Diogo Jota fosse melhor opção. E também Corona, apesar daquele seu golão, não está ainda com condições mínimas e assim passou ao lado da partida à excepção de um único momento mágico.
Mas havia mais do que isso.
Todo aquele azar que nos perseguiu ao longo de demasiadas jornadas e que pensávamos estar morto e enterrado, reapareceu hoje em força no estádio do Dragão.
E eis-nos regressados, inesperadamente, àquela "troika" maldita de há poucos meses: futebol insuficiente+azar+erros arbitrais.
Sim, voltaram a existir erros graves dos homens do apito contra nós, mas, por outro lado, os descontos foram desta vez justos, face a tanta teatralidade dos setubalenses durante toda a partida. 5 minutos na primeira parte e 7 na segunda, é coisa nunca antes vista a nosso favor. Já não é mau e valha-nos ao menos isto de positivo.

Tivemos também a confirmação que Soares, após os golos escandalosos falhados em Arouca e Turim, está mesmo de regresso à terra. Sim, o homem é bom jogador, mas, como é evidente, não pode ser tudo aquilo que pareceu nos seus primeiros 4 ou 5 jogos com a nossa camisola vestida. Se o fosse, já teria dado nas vistas muito antes de o termos adquirido. Porém, se ele continuar a produzir metade daquilo que fez até ao jogo de Arouca, já nos podemos dar por satisfeitos. Que se trata objectivamente de uma boa compra, disso ninguém duvidará.

E pronto, um empate que nos destroça, por completo, a todos e agora seguir-se-ão duas penosas semanas até ao clássico de todas as decisões. Parecia (ontem) que o empate nos iria ser suficiente mas, agora, pelo sim pelo não, e como não podemos confiar muito neste scp, o melhor mesmo será a vitória, para que não restem dúvidas. Já uma eventual derrota na Luz será praticamente o fim da (nossa) história nesta enervante liga portuguesa 2016/17.
Não havendo ninguém em especial que seja mais responsável do que os outros por este mau resultado de hoje, mesmo assim espera-se que os nossos jogadores nos recompensem, dia 1 Abril, deste grande amargo de boca com que agora ficamos.

sábado, 29 de outubro de 2016

Assim dói...


Tantas e tantas vezes terá o FCP jogado pior do que hoje em Setúbal e vencido...

Foi pena. A equipa estava a crescer e principalmente a ganhar confiança, que é precisamente aquilo que o nosso adversário maior tem para dar e vender, fruto não só do seu próprio trabalho mas, e talvez principalmente, da tranquilidade de saber que nunca será prejudicado por uma arbitragem.

Já o nosso FCP, pelo contrário, voltou a ver o seu caminho dificultado por uma mistura de erros próprios e alheios.
Óliver, autor de uma péssima exibição esta noite, deveria ter tocado para André Silva naquela que foi a maior oportunidade de toda a partida. E também aquele (muito) jovem árbitro que alguém, lá em cima, achou que estaria a altura de um jogo tão importante, errou ao não assinalar grande penalidade, a 5 minutos do fim, num toque sobre o pé esquerdo de Otávio. Não terá sido como muita intensidade mas não existem "meios-penalties": estes ou o são ou não.

Porém, como esta semana Pinto da Costa surpreendeu-nos a todos ao afirmar que devemos calarmo-nos sobre o "caso dos vouchers", pois "são coisas que não ajudam o futebol", o melhor mesmo é esperar para ver a reacção oficial do nosso clube pelos seus meios habituais: facebook e afins.

Há melhorias indesmentíveis em relação ao início da época, quanto mais não seja na vertente defensiva (quarto jogo sem sofrer golos) mas também é verdade que NES errou hoje nos seguintes aspectos:

- Corona, tendo jogado bem na última partida e estando recuperado, devia ter sido titular.
Se a ideia era fazer regressar Otávio, então só poderia ser Herrera a sair;

- Diogo Jota estava a ser o elemento mais perigoso e deveria ter ficado em campo para os últimos minutos do tudo ou nada;

- Rúben Neves nunca deveria ter entrado. Se não é opção para os jogos mais fáceis, não era num jogo a "queimar" que iria fazer a diferença.

E eis-nos numa situação muito semelhante a de há duas épocas: na próxima jornada teremos um jogo já absolutamente decisivo e ainda o campeonato vai no seu início.
Se não ganharmos ao slb no Domingo, ficaremos numa posição delicadíssima.
Se perdermos, então a liga fica mesmo praticamente arrumada.

O nosso adversário directo já nem saberá muito bem como ganha toda e qualquer partida disputada em Portugal, tal a anormal facilidade com que o faz. Um dia isto vai terminar pois, face ao plantel que possui, a situação presente não tem qualquer lógica.

Também Mourinho ganhava tudo e mais alguma, até que um dia deixou de saber vencer mesmo quando o merecia...


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Posso rematar, mister?

foto: maisfutebol/lusa

Mais um jogo de nervos no Dragão. A equipa teima em repetir primeiras partes demasiado suaves, com pouco acerto e muitas dúvidas na hora de rematar à baliza. E lá foi o FC Porto, mais uma vez, com o nulo para o intervalo, o que retira confiança à equipa e aos adeptos. Porque não começar logo o jogo encostando o adversário às cordas, à Porto? Porque não utilizar aquele domínio avassalador da segunda parte logo na primeira parte? Porquê deixar André André no banco e pô-lo a aquecer aos 12 minutos de jogo?!

O que já começa a acontecer com demasiada frequência é os adversários virem ao Dragão com uma defesa muito povoada e perceberem que o FC Porto tem muitas dificuldades para furar muralhas defensivas por não jogar em velocidade. Não temos uma única jogada de contra-ataque ensaiada, e isto já vem da época passada, quando Óliver parava o jogo depois da recuperação de bola e permitia o reposicionamento do adversário. O jogo da paciência faz perder a paciência.

Temos alguns jogadores com baixos índices de confiança e motivação. O caso mais flagrante é o de Aboubakar mas é preciso não esquecer Brahimi. O camaronês nunca desiste, é muito esforçado, está a atravessar uma fase menos boa mas ontem acabou herói quando respondeu de cabeça a um cruzamento de Layun – o melhor em campo – e fez o primeiro golo do FC Porto. Estava desfeita, finalmente, a resistência sadina. Passados alguns minutos o mesmo Layun aproveitou uma bola de ressaca e faz um grande golo (depois de outro belo golo em Tel Aviv no jogo anterior).

O treinador foi infeliz em deixar André no banco mas esteve bem quando fez entrar Imbula. O francês foi um verdadeiro tractor a recuperar bolas e a apostar na verticalidade do jogo, deixando sempre vários adversários para trás.

A ideia que fica deste Porto é a de uma equipa que troca a bola vezes sem fim antes de chegar à baliza do adversário e, quando fica perto da zona de finalização, os jogadores insistem em passar a bola sempre mais uma e outra vez. Há demasiada cerimónia para o remate por parte destes jogadores altamente dotados. Há sempre mais um passe, há sempre mais uma mudança de flanco. Na segunda parte, e após vários minutos de trabalho intenso para encostar o Setúbal atrás, com cantos consecutivos, foram vários os jogadores que “furaram” o esquema de Lopetegui e foram-se posicionando dentro da área contrária para tentar o golo. Parece que é preciso pedir licença ao treinador para rematar à baliza.
   

domingo, 3 de maio de 2015

Até ao fim

Ao contrário da docilidade que vimos ontem aos jogadores do Gil Vicente (contra o SL Andor), hoje os jogadores do Vitória de Setúbal entraram em campo com tamanha vontade de “morder” os jogadores do FC Porto (agarrões, empurrões, entradas por trás, etc.), que alguns pareciam cães raivosos.

Suk em acção…

Por exemplo, o coreano Suk teve duas entradas impetuosas, uma sobre o Herrera, logo ao minuto 3, e outra numa bola disputada com Marcano, que arrumou com o defesa-central do FC Porto (provocou-lhe uma luxação no ombro direito), obrigando Lopetegui a queimar a 1ª substituição ao minuto 23.

Marcano sofreu uma luxação no ombro e teve de ser substituído

Depois disso, Suk Hyun-Jun ainda fez mais duas ou três faltas (assinaladas! não assinaladas foram muitas mais...), mas conseguiu chegar ao final do jogo sem ver qualquer cartão amarelo, que o condicionasse no jogo de "pressão" sobre os defesas do FC Porto. Parabéns! (deve andar a observar os jogos do Maxi Pereira…)

Suk fez cinco faltas (muitas mais não assinaladas)

Mas não foi só o Suk. Herrera sofreu várias faltas de diferentes jogadores sadinos (nem todas assinaladas), duas das quais por trás; Óliver também sofreu uma falta por trás; Brahimi foi atingido na cara; Casemiro “provou” os pitons de um jogador do Setúbal; etc.

Brahimi a ser agarrado por um jogador do Setúbal

Felizmente, para os jogadores sadinos, o FC Porto não beneficia de uma protecção especial, semelhante ao SL Andor, senão, seguramente que o Vitória Setúbal não teria terminado o jogo com 11 jogadores.

Sobre o FC Porto…

Com os três primeiros lugares do campeonato decididos (falta o matematicamente…), não é fácil encontrar motivação. Apesar disso, gostei dos primeiros 45 minutos e o resultado ao intervalo (0-1) era claramente lisonjeiro para o Setúbal.

Na 2ª parte, o FC Porto baixou o ritmo e foi controlando o jogo, mas ainda deu para o Jackson marcar um golo (grande assistência do Herrera!) e voltar a isolar-se na liderança dos melhores marcadores.

Helton e Casemiro foram os melhores e mais regulares durante os 90 minutos.

Brahimi, Quaresma e Óliver foram piorando ao longo do jogo e estiveram longe do seu melhor.

Faltam 3 jogos para o fim do campeonato.

Faltam 3 pontos para o FC Porto garantir, matematicamente, o 2º lugar e o acesso directo à fase de grupos da Liga dos Campeões 2015/2016.

Faltam 270 minutos para, por exemplo, Jackson tentar marcar mais golos e voltar a superar a barreira dos 20 golos no campeonato português.

Faltam 3 jogos, em que os adversários deverão ser encarados com seriedade e os adeptos respeitados.

Se assim for, penso que os adeptos portistas estarão com esta equipa até ao fim.

Eu estarei.


P.S. No lance em que o Brahimi é ostensivamente empurrado pelas costas à entrada da área do Setúbal, a falta (mais uma não assinalada pelo senhor Marco Ferreira) acabou fora ou já dentro da área?
O jogador sadino que, nesse lance, deveria ter visto um cartão amarelo, já tinha sido admoestado anteriormente?

domingo, 19 de janeiro de 2014

Boa vitória, goleada desperdiçada

FC Porto x Vitória Setúbal (foto: REUTERS)

Um bom Porto, um mau Vitória, uma boa vitória e uma goleada desperdiçada.

1-0 aos 10 minutos.
2-0 aos 35 minutos.
Com o golo da tranquilidade (e que golo!) alcançado, por Silvestre Varela, a cerca de uma hora do final do jogo; com um trio de ataque azul-e-branco inspirado e uma defesa cor de laranja atarantada (ficou ainda pior depois da lesão de Javier Cohene), pensei que o resultado só ia parar nos cinco ou seis a zero.

Assim não aconteceu, essencialmente porque os jogadores do FC Porto não quiseram. Abrandaram, reduziram a intensidade, diminuíram o número de metros percorridos (nenhum jogador do FC Porto atingiu os 9 quilómetros percorridos) e passaram a "gerir" tranquilamente o jogo.

Após a entrada de Josué, para substituir um Lucho que me pareceu cansado, a equipa portista, que estava meio adormecida, ganhou uma injecção de ânimo, voltou a criar oportunidades e chegou naturalmente ao terceiro golo (mais um golaço de Carlos Eduardo).

Para além dos golos de Varela e de Carlos Eduardo, que deverão entrar para o top 10 do campeonato e que, por si só, valeram o preço do bilhete, este jogo confirmou que o trio de ataque para a 2ª volta do campeonato está encontrado.
Jackson marcou o seu 13º golo no campeonato e o 19º em jogos oficiais esta época; Varela (um habitual patinho feio) está ao seu melhor nível; falta Quaresma atingir uma boa forma física e começar a entender-se melhor com Danilo e... Jackson.

Com Maicon de novo titular (ainda não percebi por que razão Paulo Fonseca preferiu Otamendi no jogo da Luz), deste jogo sobra a dúvida do meio-campo.
Lucho vai continuar a ser titular indiscutível?
Herrera, Defour, Josué e Quintero, não serão médios a mais no plantel para, em condições normais, jogarem um total de 20-25 minutos por jogo?

domingo, 18 de agosto de 2013

Bom fim, MAS...

Analisando os lances decisivos do Vitória Setúbal x FC Porto, constata-se pelas imagens televisivas que:
- o penalty sobre o Jackson é bem assinalado;
- a expulsão do guarda-redes do Vitória Setúbal é indiscutível;
- as duas bolas cortadas in extremis, quando iam a entrar na baliza, não transpuseram completamente a linha de golo (pelo menos foi o que me pareceu).

Falando agora sobre o jogo...

Atendendo ao historial entre as duas equipas (o FC Porto não perde em Setúbal para o campeonato há 30 anos e não cede um empate desde 1997) e à fraca qualidade do adversário (recordo que na época passada o Vitória Setúbal lutou até à última jornada para não descer de divisão), não estava à espera de tantas dificuldades. Mas elas foram evidentes, mesmo quando o FC Porto já estava a jogar contra 10.

O meio-campo funcionou mal e isso esteve na origem da forma confusa como a equipa atacou. Não vislumbro grande futuro num meio-campo formado por Fernando, Defour, Josué e Lucho e menos ainda num meio-campo em que Fernando tenha muitas vezes um jogador ao seu lado (no caso foi Defour).

Mas o que me deixou mais preocupado foram os buracos defensivos evidenciados pelo FC Porto. Houve alturas em que a equipa que equipou de azul (belíssimo este equipamento alternativo) parecia um passador.
Quantas oportunidades teve esta frágil equipa do Vitória Setúbal?
Para além do golo, lembro-me de mais 3 ou 4, algumas das quais quando os sadinos já estavam a jogar com menos um jogador. Inadmissível!
O Paulo Fonseca tem de resolver rapidamente este aspecto senão, quando jogarmos contra equipas melhores, iremos sofrer muitos dissabores.

Uma outra componente do jogo em que o FC Porto esteve muito mal foi nas bolas paradas. Livres frontais, livres laterais e cantos foi uma desgraça. Fizemos umas "cociguinhas" ao Vitória de Setúbal, mas nem deu para os assustar.
Tendo no plantel/equipa especialistas do nível do Danilo, Josué e Quintero e "torres" como Mangala e Jackson, o aproveitamento deste tipo de lances tem de ser muito superior.

Por falar em Jackson, é verdade que voltou a marcar (já tinha marcado na Supertaça, contra o outro Vitória) mas, apesar de esforçado e lutador, não esteve num dos seus melhores dias. Enquanto a sua situação não estiver resolvida ("renovo ou saio"), suspeito que dificilmente veremos o Jackson da época passada.


Deixando para o fim o melhor: o golaço de Juan Quintero.
Depois do que já vimos, penso que nenhum portista discutirá esta contratação. Paulo Fonseca tem à sua disposição uma pérola. Esperemos que saiba lapidá-la dos defeitos que ainda tem e trabalhá-la como deve ser, de forma a que rapidamente Quintero possa ser um dos onze dragões que inicia os jogos com a camisola azul-e-branca.

P.S. Não quero falar muito do treinador do Vitória Setúbal porque, sinceramente, o seu tipo de comportamento durante os jogos e as declarações que faz no final dos mesmos (quando perde) metem-me nojo. Aproveito apenas esta ocasião para recordar dois artigos sobre o senhor Mota, que publiquei na época passada...

Fotos: Maisfutebol/LUSA

domingo, 28 de abril de 2013

Um vitória limpinha, limpinha


Depois da "capelada" da semana passada, muitos estavam à espera de um qualquer errozito da arbitragem, para aproveitarem e virem a correr gritar aos sete ventos que o FC Porto também era favorecido neste campeonato da "verdade desportiva". Pois tiveram azar.


"Há sempre alguma dualidade de critérios na avaliação dos lances. Irei analisar para perceber se o Vitória foi ou não prejudicado neste jogo. Não me parece que o Jorge Luiz tivesse intenção de jogar com o braço no lance da grande penalidade. Com 1-0, também me parece ter havido uma situação de grande penalidade mas não foi assinalada"
José Mota (treinador do Vitória Setúbal)

Quanto ao senhor José Mota, faz-me lembrar a história do Pedro e do lobo. No dia em que a sua equipa for mesmo prejudicada e ele tiver razão em se queixar da arbitragem (o que, mais uma vez, não foi o caso), ninguém o vai levar a sério.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

José Triciclo

Na véspera de receber os dragões no Bonfim, o treinador do Vitória Setúbal, José Mota, encheu o peito e, de forma desassombrada, afirmou:
Tenho 48 anos, não sou um treinador velho, mas já ganhei várias vezes ao FC Porto. E já ganhei ao FC Porto campeão europeu.

No final do jogo, após a sua equipa ter sido derrotada por 0-3, o mesmo José Mota já tinha um discurso muito diferente, o habitual discurso dos coitadinhos:
"As duas expulsões não podem surgir, pois são faltas normais"
"O Gallo já lá tem um pé quando o Lucho tropeça. O Jorginho não percebo porque é que foi expulso."
"As expulsões de hoje foram injustas e deveriam ser alterados os regulamentos quando estas situações acontecem"


Eu compreendo, e entendo que é legitimo, que um treinador se queixe e critique a arbitragem quando tem razões fortes para isso mas, no caso do Vitória Setúbal x FC Porto de ontem, só um individuo desonesto, com sérios problemas de visão, ou que sofra de alucinações, o poderia fazer nos termos em que José Mota o fez após o final do jogo.

Façamos uma análise séria e objetiva aos lances que foram objeto de contestação por parte de elementos do Vitória Setúbal:

i) O penalty cometido sobre Varela (abalroado e entalado entre dois jogadores da equipa sadina) aos 7 minutos e que o árbitro assinalou é absolutamente indiscutível. As imagens captadas de frente, pela câmara que está atrás da baliza do Vitória, não deixam qualquer margem de dúvida.

ii) O 2º cartão amarelo mostrado a Bruno Gallo, aos 78 minutos, é também indiscutível, conforme o atesta a opinião unânime dos três ex-árbitros do 'Tribunal de O JOGO', dos dois comentadores da SportTv (Miguel Prates e Pedro Henriques, ambos benfiquistas) e dos dois comentadores da Antena 1 (José Nunes e o conhecido benfiquista Hélder Conduto) que eu pude ouvir. Onde Pedro Proença errou, na opinião de várias destas pessoas e na minha também, foi no 1º cartão que mostrou ao Bruno Rottweiler... perdão, Bruno Gallo, o qual deveria ter sido um cartão vermelho direto.

iii) O 3º cartão amarelo mostrado a Jorginho (por simulação), aos 84 minutos, é o lance mais discutível mas, na opinião da maioria dos especialistas de arbitragem que se pronunciaram sobre o mesmo, também neste caso o árbitro agiu corretamente. Mais. Vale a pena recordar que o 1º cartão amarelo mostrado a este jogador, poderia (deveria?) ter sido um cartão de outra cor, visto ter sido na sequência de uma entrada duríssima por trás em que, sem qualquer hipótese de jogar a bola, pontapeou as pernas de Alex Sandro.

iv) A estas situações de jogo, acresce um outro lance de possível penalty a favor do FC Porto, ocorrido aos 69 minutos, quando Varela foi puxado e pontapeado na sua perna direita dentro da área sadina. A SportTv só repetiu este lance uma vez e, talvez por isso, tenha sido ignorado por toda a comunicação social. Toda não, o Porto Canal repetiu-o várias vezes e ficaram-me poucas dúvidas de que se justificava a marcação de uma grande penalidade.

Perante tudo isto, de que se queixa José Triciclo... perdão, José Mota?

"A minha equipa foi derrotada com as expulsões"


Mesmo que Pedro Proença se tivesse equivocado e errado a favor do FC Porto, algo que já se viu não ser verdade, o que fez a equipa de José Mota durante os 78 minutos em que esteve com 11 jogadores em campo? Construiu meia oportunidade de golo, no seu único remate enquadrado com a baliza, da autoria de Meyong, e que foi à figura de Helton.
E não me venham com a conversa dos orçamentos e que, com os jogadores que tem à sua disposição, José Mota não podia fazer melhor. O futebol praticado pelo Paços Ferreira, Rio Ave e Estoril durante a 1ª volta deste campeonato, mesmo nos jogos contra os designados "grandes", prova o contrário.

O problema dos josés triciclos do futebol português é terem de se contentar em guiar umas "motorizadas", porque lhes falta a competência necessária para conduzirem, sem se despistarem, "carros de elevada cilindrada". E, perante as limitações que evidenciam, quando o anti-jogo das suas equipas não resulta, a cacetada dos seus jogadores é devidamente punida pelos árbitros e não surge um qualquer bambúrrio de sorte, a única hipótese é adoptar uma postura calimérica e tentar convencer os adeptos da forma mais fácil.

"O [Árbitro] prejudicou nitidamente o V. Setúbal. Ficámos sempre pelo tentar devido a outras forças"
José Mota, 23-01-2013


P.S. Após as declarações falsas e disparatadas que fez ontem, acusando o árbitro de ter favorecido o FC Porto, o que terá sentido José Mota, ao ler em A BOLA que Pedro Proença esteve bem em TODOS os lances que ele contestou? Quando até em A BOLA é dito que o árbitro ajuizou bem estes lances, pouco mais há a dizer.

E chegámos à frente!


O FCP chegou-se à frente, depois da justa vitória conseguida, ontem. Entrámos bem, marcámos através de uma gp, que sendo indiscutível os do costume tanto discutiram, mas abrandámos e demos (demasiado) azo a algumas transições do VS que levaram perigo para as nossas redes. Particularmente, o flanco esquerdo não funcionou bem no processo defensivo: Alex, para cobrir “dentro”, destapava o flanco e foi por aí que, no final do primeiro período, ocorreram alguns avanços do adversário que poderiam ter-nos causado mais dissabores. Faltou Fernando: a cobertura daquela zona não estava a ser eficaz, ora porque Defour se desposicionava, ora porque Lucho ou Moutinho não cobriam o espaço que lhes competia, ora porque o ala não acompanhava o movimento do lateral do VS.

Suspirei de alívio com o fim do primeiro tempo. No reatamento, a entrada de Maicon trouxe a consistência que faltava. Kelvin não confirmou ter sido uma boa opção: não era jogo adequado ao seu perfil e foi severamente castigado em todas os lances em que disputou a bola com o lateral esquerdo do VS, que se fartou de distribuir lenha durante todo o jogo. Tem razão o José Mota: como dar dois amarelos ao Galo se o Proença deixou o Turco bater em tudo que mexia da forma mais rude que podia, sem ser amarelado?

Voltando ao jogo, na segunda parte controlámos bem, atacámos mal e aproveitámos bem a inferioridade numérica para aumentar a vantagem e sair com um bom pecúlio, num jogo difícil, com demasiado vento, muita luta e pouco futebol.

Em termos individuais destaco Mangala com mais uma soberba exibição. Maicon pareceu bem melhor. O resto ficou-se a um nível médio. Nota artística baixa, nota alta para o espírito de luta e pundonor da equipa.

Arbitragem corajosa, apesar de tudo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Penalty ao minuto 90

No minuto 90 do FC Porto x Vitória Setúbal, Elmano Santos assinalou um penalty contra os azuis-e-brancos. Foi, claramente, um penalty forçado (para não dizer inexistente), porque a falta ocorreu fora da área, no momento em que Fucile agarrou o avançado do Setúbal. Dentro da área, aquilo que se viu, não justifica a punição. Aliás, a prova de que o árbitro viu e ajuizou mal este lance, é o facto de ter mostrado um cartão amarelo, não a Fucile, mas a Otamendi, que nada fez para o merecer.

À posteriori, posso dizer que fiquei satisfeito por Elmano Santos ter assinalado um penalty contra o FC Porto ao minuto 90, porque esta decisão prova três coisas:
1º) os erros que teve ao longo do jogo (e foram vários) devem-se à manifesta incompetência do árbitro madeirense;
2º) apesar da roubalheira da semana passada em Alvalade e da escandalosa nota atribuída a Jorge Sousa nesse jogo, o penalty assinalado na 1ª parte a favor do FC Porto, não se enquadra numa qualquer intenção pré-concebida do "sistema" em compensar os dragões;
3º) ao contrário do apregoado, os árbitros não têm medo de assinalar penalties contra o FC Porto, mesmo que seja no Estádio do Dragão e em lances duvidosos.

Relacionado com a arbitragem, a grande questão da semana é a seguinte: Alguém se lembra de um desafio disputado na Luz ou em Alvalade, com o resultado em aberto, em que um árbitro português tenha assinalado um penalty contra a equipa da casa nos instantes finais do jogo?

P.S.1 “o penálti é um dos recomeços em que é obrigatório o árbitro apitar”, Paulo Paraty

P.S.2 Na jornada em que o Moretto abriu o caminho à vitória do slb com um auto-golo caricato (só em Portugal é que aquele golo poderia ser atribuído a Cardozo) e em que foi anulado o golo do empate ao Olhanense, por um eventual fora-de-jogo milimétrico, é sintomático que o país futebolístico centre as suspeições do costume no FC Porto x Vitória Setúbal.

domingo, 25 de abril de 2010

O coração de falcão traído pelo olho da águia

O FCP, ontem, mostrou mais umas vez que é uma equipa com duas caras: entre o bom e o medíocre, uma mistura de jogadas vistosas e muitos passes transviados, bons movimentos e golos, bom aproveitamento de bolas paradas e uma defesa algo passiva, com a equipa a encurtar linhas de forma pouco entrosada e cedendo demasiada bola (e a iniciativa) aos adversários, em alguns momentos do jogo. Mais do que seria expectável, numa equipa com a nossa capacidade e experiência.

Alguma confusão nas missões individuais, quer ofensiva quer defensivamente, retiram à equipa o equilíbrio e permite ao adversário jogar demasiado tempo próximo da nossa área, que atacam com relativa facilidade. Aliás, o número de golos sofridos esta época explica uma certa ineficácia no controlo do jogo e dos processos que o sustenta.

Defendemos demasiado atrás e pressionamos pouco e mal. Por isso, é recorrente ter que fazer faltas e quase sempre muito perto da área. No jogo de ontem tivemos mais do mesmo, com o beneplácito do árbitro aos habituais mergulhos, para chegar à baliza adversária pelo método mais simples.

Foi uma vitória inteiramente merecida, num jogo que se previa até mais difícil. Mas, esta época o aproveitamento das bolas paradas tem feito a diferença e melhoramos imenso essa área do jogo, tão determinante no futebol actual. Ontem foi melhor, porque a ausência de Bruno Alves obrigou a uma execução dos livres menos previsível.

Na defesa, Beto que esteve bem pareceu-me algo passivo no primeiro golo e Maicon um pouco trapalhão, indeciso entre o atacar a bola e a reocupação do seu espaço, no segundo golo. Mas os quatro homens da defesa funcionam de forma dessincronizada e até uma equipa fraca não raramente despedaça a nossa organização defensiva, como os de Setúbal comprovaram ontem.

O papel do nosso meio campo, como tandem do equilíbrio e do ritmo do jogo, tem sido demasiado intermitente e algo permissivo no processo defensivo. Meireles esteve bem na 1ª parte e Fernando jogou bem mais à frente do que é costume. Saiu bem e errou menos passes. Guarin eclipsou-se no primeiro tempo e só se notou na 2ª parte, com excelentes momentos. Beluschi, depois de tantos meses, ainda não sei quanto vale, só sei que parece um actor à procura da sua personagem no teatro do jogo, que só esporadicamente encontra. O resto do tempo fica fora de cena e não se nota o brilho que promete.

Falcão é um lutador e uma mais valia, sempre. Hulk é o espelho da equipa: bons momentos, velocidade, força e criatividade, com outros em que desaparece e perde muitos lances. Acho que tem potencial para muito mais, mas não sei se vai chegar lá.

Como registo final deste jogo, a habitual mingua na posse de bola que se ficou pelos 52%. Definitivamente, não sabemos descansar com bola.

Quanto à arbitragem a ideia que tenho deste árbitro é que permite jogar à inglesa a todos os adversários do FCP, a que estamos proibidos de aceder pelo seu regulamento pessoal: as mais sete faltas e os dois amarelos e uma expulsão, contra zero do adversário, comprovam mais uma vez que o homem é alérgico ao azul. O amarelo a Falcao é um excesso de zelo que o garrafão do juiz de linha tudo fez para que acontecesse. Quem seguiu o seu desempenho durante a 2ª parte, só poderia esperar o que veio a ocorrer. Dito isto, é preciso que Hulk se preocupe mais com o jogo e que deixe os protestos para quem de direito.

JF foi expulso. É provável que tenha exagerado nos protestos, mas um homem não é de ferro. É o seu grito de revolta: tem todo o direito à indignação, em nome da sua verdade desportiva. Há que acabar com a heresia que esse é um exclusivo do clube do regime e seus associados.

É de certeza coincidência, mas não há jornada que não traga grandes penalidades, expulsões ou amarelos cujo favorecimento vai inteirinho para os nossos concorrentes directos. A CS, essa segue a sua agenda, “prostituindo-se” aos ditames do clube do regime. O que temos a menos em informação, sobra em propaganda. Nada que nos espante. Sinto-me enjoado.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Começo difícil, final feliz


O FC Porto apresentou um onze com algumas alterações. Para além dos ausentes Lucho, Hulk e Sapunaru, Jesualdo deixou Fucile no banco. Tomás Costa descaiu para lateral, Mariano manteve-se na função do Comandante e Lisandro variou o jogo ao lado de Farías. Um FCP com mais poder atacante, apesar das ausências, para ultrapassar um Vitória de Setúbal que variou entre o defensivo e ultra defensivo com 10 jogadores atrás da bola e um meio campo recheado de defesas.

O FC Porto entrou um pouco à imagem do jogo em Coimbra: algo lento, com os jogadores da frente muitas vezes parados, o que ajudou os sadinos. Rodriguez e Meireles estão a acusar algum cansaço, o que leva a equipa a entrar com pouco fulgor nestes jogos da recta final do campeonato. Mesmo assim, chegaram a estar 21 jogadores no meio campo do Vitória, mas o guarda-redes Kieszek não chegou a apanhar nenhum verdadeiro calafrio na 1ª parte. Rodriguez apagado, Meireles oculto, Lisandro activo mas insuficiente, Fernando em grande forma a tentar subir e bem. Chegou o intervalo e a nítida sensação de que o Porto teria de regressar com tantos jogadores na frente, mas mais pressionante e mais rápido nas movimentações atacantes.


Raul Meires melhorou na 2ª parte, mais activo, a procurar entrar mais pelo centro e a ajudar as alas e o FC Porto começou a criar verdadeiras jogadas de perigo, o que fechou ainda mais os sadinos. Aos 57 minutos saíram Leandro Lima e Bruno Gama e por momentos julguei que Carlos Cardoso fosse apostar em Bruno Vale para segundo guarda-redes. Mas correram mal as substituições, já que Fernando fez um passe magistral a rasgar a defesa, Farías assistiu Lisandro e o argentino, com um toque sublime, tira o defesa do caminho e "pica" a bola para o fundo da baliza. Um belíssimo golo. Seis minutos volvidos e Lisandro bisava após bom cruzamento de Mariano. O FCP passava a controlar as operações sem grandes pressas. Não se repetiu o resultado da semana passada por manifesto azar: grande (e talvez única) arrancada de Rodriguez a furar pelo meio da defesa sadina, remate e a bola a embater em cheio no poste. Aos 85 minutos - algo tarde pareceu-me, até para o Professor - Jesualdo mexeu no onze inicial, entrando Tarik, Guarín e Rabiola.

Vitória justíssima num jogo muito difícil, onde por vezes a equipa de arbitragem tinha mais membros no meio campo portista que os sadinos. Muito descanso e venha o próximo. Algum cansaço nos jogadores vai exigir um espírito de sacrifício no exigente terreno do Marítimo.

Melhor em campo: Lisandro, com menções especiais para Fernando e Raul Meireles.

domingo, 26 de abril de 2009

“Contribuir para a estabilidade do grupo”


«Os jogadores do Vitória de Setúbal foram ontem presenteados com metade de um mês do ordenado. O dinheiro, entregue em mãos, por um elemento ligado à SAD, vai ajudar os atletas a ultrapassar algumas das dificuldades financeiras com que se vêm debatendo há quase cinco meses, altura em que receberam a última verba. (…)
Para além desta verba, também o Sindicato dos Jogadores, pela voz do presidente Joaquim Evangelista, anunciou a entrega de 1500 euros à maioria dos jogadores sadinos - àqueles que accionaram o Fundo de Garantia Salarial.
O central Robson confessou, no final do treino de ontem, a satisfação pelo gesto dos responsáveis sadinos e, sem especificar o montante recebido, revelou que "a verba disponibilizada vai dar maior tranquilidade para superar os dias que faltam para o final da época". O brasileiro disse ainda que na situação em que os jogadores do Setúbal se encontram "qualquer quantia é benéfica e vai contribuir para a estabilidade do grupo". (…)
Noutro âmbito, os jogadores sadinos continuam a preparar a partida do próximo domingo com o FC Porto. O jogo com os dragões está a ser encarado com optimismo, apesar da pesada derrota averbada na última ronda, frente ao Benfica (0-4). André Marques continua em dúvida. Zoro, Ricardo Chaves e Bruno Ribeiro parecem recuperados e aptos a defrontar os azuis e brancos.»
in O JOGO, 23/04/2009


Três dias DEPOIS de serem goleados em casa pelo SLB e quatro dias ANTES de se deslocarem ao Estádio do Dragão, os jogadores do Vitória de Setúbal receberam duas “prendas”:
- metade de um ordenado (algo que não recebiam há cinco meses!);
- uma verba do Fundo de Garantia Salarial, entregue por Joaquim Evangelista.

Evidentemente, deve ter sido coincidência estas verbas não estarem disponíveis ANTES do jogo com o SLB...

Aliás, esta época futebolística tem andado cheia de coincidências.
Por exemplo, os jogadores do Estrela da Amadora, após terem estado 10 dias sem treinar (tendo para tal o apoio público do presidente do Sindicato), decidiram regressar aos treinos sem que nenhuma das suas exigências tivesse sido cumprida.
Quando?
Precisamente três dias DEPOIS de terem jogado com o SLB e quatro dias ANTES de se deslocarem ao Estádio do Dragão. Olha que coincidência!...

Outra curiosidade é o facto de um dos actores envolvido nos bastidores destas e de outras coincidências ser Joaquim Evangelista, o que, de certeza, também é coincidência...

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Valeu pelos miúdos

Pelo teor da convocatória para este jogo com o Setúbal logo se viu que o FC Porto não considera o triunfo nesta competição como um objectivo a atingir na presente época, nem pode dada a fase crucial em que entrámos nas principais provas em que estamos envolvidos – o Campeonato e a Liga dos Campeões. Assim também não é de estranhar a menor afluência de público ao Dragão numa noite gelada e em que os convocados não mudaram muito do grupo que costuma jogar a Liga Intercalar. O Setúbal tem feito fracas exibições e não se previa um jogo difícil. Faquirá estará por um fio.

O FC Porto entrou bem no jogo, pressionando o adversário e partindo para o ataque com lances rápidos pelas alas tendo criado algumas boas ocasiões. No entanto e com o passar dos minutos a equipa esmoreceu e o menor entrosamento da equipa começou a revelar-se com alguns passes falhados e alguma desorganização. Notou-se alguma falta de ligação entre o meio campo e a linha atacante.

O melhor no meio campo foi Guarín, com Tomás Costa mais apagado e Pelé um pouco faltoso e pouco assertivo. Dessa forma houve dificuldade em fazer chegar a bola ao ataque com Candeias e Mariano a terem poucas oportunidades de ataque, com mérito da disposição táctica montada pelo Setúbal a fechar as alas sempre com dois elementos.

O melhor lance da primeira parte foi mesmo o acreditar de Farías (à ponta de lança) após o falhanço incrível de Bruno Vale que larga a bola na pequena área depois de um centro largo do FC Porto. Chegámos ao intervalo a vencer sem ter criado condições suficientes para isso.

Na segunda parte o Setúbal entrou melhor e criou mais lances de ataque perto da baliza de Ventura. Depois de um lance estúpido de Sapunaru que leva o braço à cara do adversário e do teatro de Leandro Lima o artista da noite, Artur Soares Dias, marca penalty contra o FC Porto. Lima converte e empata o jogo.

Sem nada a perder Jesualdo chama os miúdos e em poucos minutos faz entrar Rabiola e Diogo Viana, que acabaram por construir o golo da noite, o golo da vitória do FC Porto. Diogo Viana cruza do lado direito para o segundo poste onde surge sozinho Rabiola, tendo Farías arrastado os centrais, a cabecear para o poste mais distante.


Bem mereceu este golo Rabiola depois dos problemas com lesões que o levaram a ficar muito tempo sem jogar.

Passados uns minutos o fiscal de linha viu mão de Guarín dentro da área e o árbitro prontamente marcou o segundo penalty caído do céu ao Setúbal. Lima falhou da segunda vez.
Antes do final ainda um remate muito perigoso de Mariano que só não deu golo devido a grande defesa de Bruno Vale.

Um FC Porto de segunda linha acabou por vencer o jogo de forma justa. Soares Dias, depois desta “exibição”, passou no exigente crivo lisboeta e terá à sua frente uma prometedora carreira.

Dos habituais suplentes Guarín confirma subida de forma e Pelé mostrou porque não tirou a titularidade a Fernando. Rabiola e Diogo Viana deram continuidade às boas indicações que têm dado na Intercalar. O jogo valeu essencialmente por isso.

fotos: fcporto.pt, Record

domingo, 7 de dezembro de 2008

Mais perto do topo

Com mais esta vitória o FC Porto soma já a sexta consecutiva, nas várias competições, e parece finalmente capaz de reassumir o lugar a que está habituado no topo da classificação. Apesar dos números o jogo não foi fácil e durante a primeira parte o V. Setúbal esteve muito perto de marcar por diversas ocasiões tendo valido as seguras intervenções de Helton.
Do lado do Vitória foram Mateus e Leandro Lima, a partir das alas, que criaram maiores desequilíbrios no seio da defesa do FC Porto. Lima já tinha feito uma boa exibição no jogo contra o SLB e ontem voltou a estar em destaque até porque certamente se quer mostrar aos responsáveis do FC Porto.


O FC Porto não esteve bem na primeira parte, a equipa não se encontrava, falhava passes, não acertava marcações na defesa e viu lances de muito perigo perto da sua baliza. Laionel desperdiçou mesmo uma oportunidade soberana ao cabecear de cima para baixo e permitindo a defesa de Helton. No ataque as coisas não corriam melhor. Hulk e Lisandro muito esforçados tentaram várias vezes o remate à baliza mas sem a força e a direcção pretendidas. O brasileiro tentava em vão furar sozinho a muralha defensiva adversária enquanto o argentino teve o golo nos pés aos 23m correspondendo ao segundo poste a um centro da esquerda de Rodriguez, mas quando tocou na bola esta veio para trás e não para a baliza deserta.
Aproximava-se o intervalo e o realizador dava-nos um plano do semblante preocupado de Jesualdo Ferreira. As alterações ao onze têm sido uma constante e o intervalo daria para corrigir algumas falhas.


Na segunda parte a equipa do FC Porto entrou muito determinada em vencer o jogo, pressionando o adversário no seu meio campo, obrigando-o a cometer mais erros e dando-lhe menos espaços para se organizar. As saídas para o ataque eram mais objectivas e começaram a aparecer mais oportunidades de golo. A primeira foi desperdiçada por Rodríguez que se tinha adiantado bem ao último defesa e na cara do guarda-redes deslumbrou-se e depois de muita cerimónia perdeu a bola aos seus pés. Este tipo de perdidas tem sido habitual em Rodriguez desde que está no FC Porto. Precisa de se libertar, de jogar com mais alegria e de ser mais objectivo no momento do remate à baliza. Mesmo assim as suas prestações têm melhorado de jogo para jogo.

Aos 65’ depois de um canto batido por Lucho surge finalmente Bruno Alves no centro da área a cabecear mais alto que os centrais para o fundo das redes da baliza do Setúbal. Estava feito o primeiro golo e a equipa poderia agora jogar mais desinibida sem a mesma pressão. De tal forma que Hulk aproveitou bem uma falha no meio campo para roubar a bola e fazer uma cavalgada das suas para frente ao guarda-redes oferecer o golo a Guarín que só marcaria à segunda depois do primeiro remate ser sustido por Janício.

Em apenas três minutos o FC Porto arrumou o jogo e o Setúbal quebrou psiquicamente, facto que nos permitiu gerir o jogo e a posse de bola para aos 79’ marcarmos o terceiro golo na melhor jogada do desafio: Fucile combina na direita e centra para o segundo poste onde surge Mariano, entrado minutos antes, a amortecer para a zona central da área onde aparece Lucho a rematar certeiro de primeira. Estava feito o resultado e cumprida a missão ao Sado.

Hulk voltou a ser dos melhores do FC Porto, uma dor de cabeça para as defesas adversárias, é um jogador desgastante que luta muito, acredita em todos os lances e remata fácil sem cerimónias. Foi o melhor em campo. Lisandro não esteve feliz mas dá o máximo em todos os jogos e a sua atitude é muito importante para a equipa. O Lucho melhorou relativamente ao último jogo no Dragão mas ainda assim esteve bastante apagado e distante dos grandes jogos que fez na época passada. É bem verdade que o sistema utilizado teve alterações significativas mas o capitão é capaz de muito mais. Os números deste jogo – uma assistência e um golo – disfarçam a exibição menos conseguida. Esperemos que volte às grandes exibições brevemente.

O meio campo do FC Porto está diferente. Fernando ainda não é um médio defensivo capaz de “varrer” a sua área de influência, Meireles assume cada vez mais o maior protagonismo, Tomás Costa tem lutado por um lugar no onze entre as presenças no meio campo e as adaptações a que tem sido sujeito e Lucho está a passar a pior fase desde que chegou ao FC Porto. De qualquer forma é um meio campo com mais opções do que no passado e com a evolução dos últimos jogos tudo aponta para a estabilização exibicional e para a consolidação das rotinas do jogo interior, um tipo de jogo a que o FC Porto foi “obrigado” a recorrer mais vezes depois de ver sair Quaresma e Bosingwa e de se ver privado de Sektioui durante largos meses.
Agora há que vencer no terreno do Amadora para ficarmos a apenas dois pontos do topo.

Destaques positivos: Hulk, Rodriguez, Bruno Alves e atitude na segunda parte.
Destaques negativos: a descoordenação da primeira parte que poderia ter sido fatal.

fotos: www.fcporto.pt

sábado, 6 de dezembro de 2008

Setúbal, 13 de Abril de 1986


A propósito do jogo de hoje em Setúbal lembrei-me da nossa talvez mais épica jornada naquele estádio e decidi debitar esta prosa. Foi, de facto, um dia inesquecível.

A época de 1985/86 aproximava-se do fim. Faltavam precisamente duas jornadas e o F.C. Porto estava a dois pontos do Benfica, o primeiro classificado (e na altura as vitórias ainda valiam só dois pontos). Ao FCP restavam uma deslocação a Setúbal e uma recepção ao condenado Covilhã (treinado pelo nosso antigo jogador Vieira Nunes, aliás cunhado do nosso treinador Artur Jorge).
O Benfica recebia o “eterno rival” e deslocava-se ao recinto das “panteras”, então ainda não conhecidos por esse nome, mas já pelo de “remendados”. Ainda vinha longe o tempo do Boavista campeão, e mais longe ainda o dos jantares de solidariedade para com essa espécie de BPN do futebol.

Depois de ter sido campeão com bastante folga na época anterior, o FCP estava à beira de perder o título. De facto, datava da já longínqua época de 1965/66 a última vitória dos “lagartos” na Luz (por 4-2, com os célebres 4 golos do Lourenço). Além disso, as relações do FCP com o SCP eram do pior que imaginar se possa (presidia ao clube o famoso João Rocha, por José Maria Pedroto poucos anos antes alcunhado de “J.R.”) e, sem que se esperasse pouco profissionalismo da parte dos jogadores de Alvalade, ninguém os via a dar a pele em campo por uma causa alheia. Acresce que o nosso jogo em Setúbal não era propriamente favas contadas.


Com este estado de espírito pouco auspicioso se deslocaram ainda assim ao Bonfim uma mão-cheia de milhares de portistas para quem, para usar o chavão, a esperança era a última coisa a morrer. Na semana antes do jogo Artur Jorge lançou uns, nele inabituais, bitatites a propósito da necessidade de os árbitros desse fim-de-semana serem “corajosos”. Decerto preocupava-o a eventual “falta de coragem” de quem arbitrasse o jogo da Luz.

E lá começaram os jogos. Além de ainda estarmos nos bons tempos do futebol na tarde de domingo, estávamos nas três últimas jornadas, pelo que todos os jogos tinham de disputar-se à mesma hora. E de repente, das bocas dos portistas “transistorizados” nas bancadas do Bonfim sai o brado de “Gooolo!”. É verdade! Na Luz o Sporting inaugurara o marcador! Em Setúbal o jogo estava ainda 0-0. Passado pouco tempo novos festejos da falange portista em Setúbal: os surpreendentes lagartos acabavam de fazer o 2-0! Para que conste, e por uma questão de justiça, devo mencionar aqui os marcadores dos golos do Sporting, salvo erro Morato (que mais tarde seria jogador do FCP) e o inefável Manuel Fernandes, fundador da escola de mergulhos de Alvalade, a qual ainda hoje enobrece aquela ecléctica colectividade.

Em cima do intervalo, no Bonfim, Mlynarczyk faz uma reposição de bola em jogo com um passe longo, com a mão, na direcção de Futre, descaído sobre o lado direito do nosso meio-campo. O genial filho do Montijo, cuja presença nas nossas fileiras devíamos, como sabemos, ao atrás referido J.R., arrancou por ali abaixo no seu peculiar e empolgante estilo e inaugurou o marcador! Com o que estava a passar-se na Luz, aquilo era ouro sobre azul!

O Benfica viria a reduzir para 2-1, enquanto que em Setúbal as coisas se mantinham. O nosso jogo terminou antes do da Luz. No relvado, jogadores, técnicos e dirigentes do F.C. Porto, de transistor no ouvido, aguardavam ansiosamente o fim do jogo da Luz, no qual o Benfica desesperadamente procurava salvar-se de um inesperado naufrágio. Nas bancadas, entre os adeptos portistas, o ambiente era o mesmo. O espectro do Calabote chegou a pairar na imaginação de muitos, recordando as cenas de Torres Vedras 27 anos antes. Até que na Luz soava o apito final! Momentos indescritíveis no relvado do Bonfim, com uma festa verdadeiramente inesperada. O próprio Artur Jorge, indivíduo habitualmente calmo e ponderado, correu com os jogadores na direcção da bancada onde se situava o maior número de portistas, e todos festejaram esfusiantemente.

Era dia 13 de Abril. No meio da falange azul-branca um adepto bradava emocionado: 13 de Abril! Nª Srª de Fátima antecipou-se um mês! (nota: o campeonato acabava inusitadamente cedo para que a selecção nacional tivesse mais tempo para preparar devidamente a vergonha de Saltillo, o que efectivamente não deixou de fazer).

Uma semana depois o Benfica perderia de novo, desta vez por 1-0, no Bessa, como atrás referi, e nós, no meio de uns sustos (o Covilhã chegou a estar a ganhar nas Antas) venceríamos por 4-2. Dos dois pontos de atraso a duas jornadas do fim, acabávamos o campeonato em primeiro lugar e com dois pontos de avanço. Não fora este título e, obviamente, não teríamos disputado a Taça dos Campeões Europeus na época seguinte, precisamente a da Final de Viena! Tal é por vezes a estreita fronteira entre a glória e o fracasso.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Missão no Sado - Parte II

Provavelmente desde que se tomou conhecimento das duas partidas das meias-finais da Taça de Portugal, foram-se criando grandes expectativas para ambos os encontros; Um por opor os rivais da 2ª circular, outro por colocar frente a frente o Tricampeão Nacional, com o vencedor da Taça da Liga, conotado igualmente como uma das equipas com maior qualidade de jogo do campeonato.

Quem assistiu aqueles primeiros 15 minutos da partida do Bonfim, estava bem longe de imaginar como esta se resolveria tão facilmente. Um Vitória afoito, em procura do erro do adversário, sempre comandado pela batuta de Pitbull e acarinhado pelo seu publico, fez exponenciar as ilusões que os homens do Sado vinham alimentando. Nada mais falso. Desde o quarto hora em diante, o FC Porto tratou de pôr a ordem das coisas, fazer o enquadramento correcto das luas e seus astros, sem precisar de impôr uma alta rotação, apenas dispôr há flor da relva a sua serena competência, com que tambem conseguiu fazer-se campeão a cinco jornadas do fim.

Não deixa de ser irónica a forma como o FC Porto acaba por conseguir os dois primeiros golos, fruto de outros tantos erros do adversário, (Jorginho no auto-golo, frango de Eduardo) quando os Dragões foram capazes de criar uma mão cheia de situações em flagrante delito, mas sem consumação do acto, mostrando uma diversidade de combições de belo efeito, com o Vitória mostrando-se impotente para contrariar tal dominío e superioridade.

Não foi por isso surpresa que a meia hora do fim do encontro, o FC Porto já vencia por um robusto TRI, precisamente arrematado por quem mais fez por ele, Lucho Gonzalez e, com a elegância que se lhe reconhece. O Argentino atravessa de facto um grande momento, debita futebol como poucos, respira energia a rodos, emana uma ambição contagiante e, está para este Porto, como o Sol para a Terra. É a razão de todas as coisas.

No dia em que o aparelho cardiaco do Presidente Portista foi “posto causa” por alguma imprensa, a equipa que por si é dirigida, tratou de lhe demonstrar em campo que, do que dela depende, pode estar descansado e, acima de tudo esperançado em conseguir mais algumas coisas bonitas esta temporada. Que seja já no proximo Domingo, no estádio do Dragão...

domingo, 13 de abril de 2008

Missão no Sado – Parte I

No duplo duelo entre Sadinos e os Dragões, tendo como palco o estádio do Bonfim, sobram umas curtas 72 horas e, o caracter mais decisivo que encerra a partida da próxima terça-feira, a contar para as meias-finais da Taça de Portugal. Este primeiro embate, jogou-se muito no domínio destes dois desígnios, onde as revoluções operadas nos onzes iniciais de ambos os conjuntos, atestavam isso mesmo.


Ainda assim Jesualdo não abdicou a noite passada de três figuras de proa do recem Tricampeão, Lucho, Lisandro e Quaresma, que foram precisamente os principais responsaveis no desfecho do marcador, (assistência de Quaresma para o golo de Lisandro no 1º golo, assistência de Lucho no 2º golo) bem como pelo futebol fluído, armonioso e entretido, praticado pelo FC Porto ao longo de quase toda a primeira parte. A estes três atletas, junte-se mais um nome, Mariano. Parece ter ficado definitivamente para trás a imagem de falta de confiança e desanimo que Argentino apresentou em largos períodos da temporada. Este Mariano, acredita no seu jogo, procura a bola e não tem medo de a ter nos pés, desiquilibra e imprime velocidade à partida, enquanto as pernas lhe permitem, tudo com uma agressividade positiva.


O tiro de Hugo que só parou no fundo das redes de Nuno, manietou a estratégia de Jesualdo Ferreira para a 2ª parte, onde certamente passaria por uma maior economia de esforço de alguns dos seus “alunos” de confiança. Ao invés, Carvalhal fez evoluír Ricardo Chaves e Bruno Gama, incorporando mais adiante, a estrela da companhia (Pitbull) para o forcing final. Por entre alguns pequenos desencontros na defensiva Portista, que não é alheio o facto desta ter alinhado ao longo dos 90 minutos apenas com um titular habitual, emergiu por fim um frangância suave do futebol deste Vitória, que até aí tinha sido pouco mais que uma mão cheia de nada, precisamente sob a batuta dos dois atletas do FC Porto, emprestados aos Sadinos. A primeira parte da missão ao Sado, foi concluída satisfatóriamente, mas os dados estão lançados para a batalha final da proxima terça, que garantirá um passeio num Domingo de Maio, até ao estádio do Oeiras.

sábado, 22 de março de 2008

Cláudio Pitbull

Em qualquer levantamento efectuado ao longo desta temporada dos jogadores que têm estado em maior destaque neste campeonato, há um que sobressaí por estar presente em quase todas as votações e, por não pertencer qualquer um dos denominados 3 grandes. Cláudio Mejolaro, “Pitbull” para o Mundo do futebol.


Chegado do Grêmio em Janeiro de 2005 para o FC Porto, englobado num pacote de várias aquisições de qualidade duvidosa e, como não fosse bastante, em plena “época horrribilis” dos Azuis e Brancos, ainda sofrer danos da ressaca pela saída de Mourinho e outros atletas que haviam ganho tudo o que havia a ganhar no Clube, “Pitbull” viria a ser mais um, entre muitos, que se viu enrrudilhado no furacão que arrasou as hostes Dragonianas naquela altura, acabando por sair por empréstimo meio ano depois de ter chegado à Invicta, não tendo efectuado mais do que 6 jogos ofícias pela equipa.


Como Cláudio havia assinado com os Dragões um contrato de longa duração (até Julho de 2010) e, com um vencimento generoso (pelo menos assim o constatou a imprensa na altura), foi decidido empresta-lo para se tentar rentabilizar a aposta na sua aquisição. Mas as passagens pela Arábia no Al Itthihad e Brasil no Santos, foram discretas, regressando a Portugal a meio da temporada passada para a Académica, onde ainda foi a tempo de ajudar a salvar a Briosa da despromoção.


Foi já esta temporada, neste inquietante Vitória de Setúbal de Carvalhal, que “Pitbull” finalmente tem evidenciado as suas qualidades. Numa equipa que se pauta pelo rigor e ambição, Cláudio é o seu elemento mais irreverente e solto, completamente descomprometido de posições fixas, com liberdade total para assumir o jogo do Vitória. A sua preponderancia na equipa Sadina extende-se tambem aos lançes de bola parada, pois é quase sempre “Pitbull” o responsavel para as executar, com qualidade, diga-se.


Numa altura em que se fala de possível saída de Quaresma do FC Porto no final da temporada e, quando mesmo ao longo do correr desta, tem havido uma corrente de opinião a indicar a falta no plantel de alguem que possa pegar no jogo da equipa, como Claudio o tem feito no Vitória, talvez possa estar mesmo diante dos nossos olhos, uma boa solução para este problema na equipa Portista. Nesse sentido, as ultimas informações que dão conta da inclusão do avançado Brasileiro na estágio da proxima época, têm toda a razão de ser. Porem, não será descartável na perspectiva da SAD, uma eventual transferência. Em Janeiro ultimo houveram alguns rumores de propostas tentadoras (vide do América do Mexico, que supostamente terá oferecido um valor a rondar os 4 milhões de €) e, acrescentando o seu alto salário, poderá conjunturar-se igualmente uma saida airosa para jogador e Clube. Veremos o que o futuro nos reserva!