No I Encontro da Bluegosfera, no debate que se seguiu às apresentações do Painel 3 - 'As modalidades de alta competição têm futuro no FC Porto?', foi questionado o porquê da divisão das quotas dos associados do FC Porto, entre o clube e a SAD, ser de 25% - 75%.
Tendo em vista uma maior sustentabilidade das modalidades de alta competição (Andebol, Basquetebol e Hóquei em Patins), porque não uma divisão 50% - 50%?
Ou mesmo, porque não 100% para o clube e 0% para a SAD, se os associados do FC Porto são sócios do clube e não da SAD?
Na altura, houve quem discordasse da sugestão do clube passar a reter uma maior percentagem das quotas dos seus associados, dizendo, nomeadamente, que a FC Porto SAD não poderia abdicar dessa receita.
Mas, afinal, parece que pode...
«Relativamente ao total das quotizações dos associados do FC Porto que são transferidas para a sociedade desportiva, como contrapartida no acesso privilegiado e com descontos aos espectáculos desportivos, foi decidido, pela administração da FC Porto – Futebol, SAD e a direcção do FC Porto, alterar essa percentagem de 75% para 25%»
Relatório e Contas Consolidado 1S12, p.11
«A diminuição da rubrica “Receita de bilheteira” está relacionada, para além do facto de um menor nível de assistências nos jogos da equipa de futebol, à diminuição da percentagem de quotas transferidas do FCP Clube para a FCP SAD a partir da época de 2012/13 para 25%, quando na época de 2011/12 esta percentagem era de 75%.»
Relatório e Contas Consolidado 1S12, p.60
Foi uma boa decisão, que eu há muito defendia.
Agora, para que 75% da quotização dos associados seja uma receita significativa, é preciso tomar medidas para:
1º) Estancar a perda de associados com cotas em dia;
2º) Lançar uma campanha atrativa para recuperar sócios antigos (que deixaram de o ser) e angariar novos sócios.