Eu sou dos que acha que o Quintero tem o potencial para ser um grande jogador. O Iturbe também o tem. Aliás, demonstrou-o na pré-temporada (fui um dos melhores) e tem-no demonstrado numa Serie A que não costuma dar muitos espaços e facilidades a jogadores habilidosos como o argentino. Foi lá que vi o Quintero no ano passado, com o Pescara, e como sucedeu com o Alexis Sanchez, por exemplo, chamou-me a atenção a forma como encarava sem medo os defesas. Parecia um jogador com uma mentalidade muito diferente daqueles que chegam directamente da América do Sul. Como James. Ou como Iturbe.
E no entanto a fórmula repete-se.
Durante este ano o colombiano teve algumas oportunidades - algumas, não muitas é certo - e salvo momentos de destelhos de pura classe, esteve uns furos abaixo do que eu pensava que podia fazer. Pagou inevitavelmente o preço de um meio-campo descosido. De um treinador sem ideias, medroso e incapaz de por as peças no seu respectivo lugar. Faltou-lhe, sobretudo, uma voz tranquila a dizer-lhe ao ouvido que estivesse tranquilo. Um lider!
Também lhe faltou em campo um Carlos Eduardo com quem associar-se e, sobretudo, pesou-lhe o facto de muitos olharem para ele como o salvador da pátria demasiado cedo. O James só se tornou realmente importante no onze do FC Porto ao ano e meio de ter chegado. A Quintero pedia-se logo que fosse o jogador que ainda não pode ser. E com a instabilidade na equipa, as ideias trocadas do treinador - esse meio-campo desastroso - o promissor Quintero passou a ser o suplente Quintero. E de suplente passou a pedir para jogar pela equipa B para não perder a forma. Porque vestir a camisola principal, nem a feijões.
Não estranha portanto que a sua situação se comece a parecer, assustadoramente, à de Iturbe.
Hoje (ontem?) o colombiano declarou que o clube precisa de encontrar uma solução em Janeiro porque há Mundial, a Colombia tem muita esperança na sua selecção e ele tem sido convocado regularmente mas não é a única, nem a principal, opção de Pekerman. Quintero quer ir ao Brasil mais do que qualquer coisa e sabe que para isso precisa de jogar e mostrar o que vale. É lógico. Uma ambição natural a qualquer futebolista. Provavelmente alguém lhe prometeu isso mesmo em Julho, quando assinou, depois de um enorme Mundial sub-20 onde foi, com Pogba e Bruma, o melhor jogador do torneio. Os outros dois devem ter o seu lugar no Mundial cativo. Ele está a sofrer com o descontrolo emocional e táctico do seu treinador.
Tal como Iturbe, outro peso-pluma talentoso, a falta de minutos deixa Quintero nervoso. São jogadores que chegam ao FC Porto com a promessa de futebol de Champions, de minutos, de um nível de exigência inferior ao de outras equipas e de tempo e espaço para brilhar, crescer e dar o salto. Nós sabemos isso, os dirigentes sabem isso e os jogadores também. São as regras do jogo.
Mas sem jogar - ou jogando o que eu começo a chamar de "minutos Fonseca", os minutos que não contam para ninguém - e ainda para mais vendo que dele esperam o que ninguém lhes pediu ao chegar, estes jogadores assustam-se. Querem ir para outro lado onde as promessas sejam reais. Onde joguem sem pressão. Mas joguem. Iturbe demonstrou-o quando voltou ao River Plate e tem-no demonstrado agora em Verona. Enquanto isso nós resgatamos um Quaresma que há três anos que acabou para o futebol de topo. E agora podemos correr o mesmo risco com Quintero. Deixa-lo sair para que o colombiano jogue é abrir-lhe a primeira porta de saída. Imediatamente depois de ter chegado.
Não faz qualquer sentido.
Quintero tem de começar a ter o seu espaço na equipa. Tem classe e talento suficiente para jogar onde o faz Licá ou Varela, como sucedeu com James quando chegou ao Dragão. Com um Carlos Eduardo a patrulhar o meio-campo no lugar que Fonseca imaginou (mal) que era o de Quintero, e com um conjunto mais organizado e estruturado, estão postas todas as condições para que o jogador mostre todo o seu valor. E nós precisamos de jogadores como ele. Não só para manter em activo o nosso modelo de negócio mas para ganhar em campo, com classe e gerando ilusão nos adeptos.
Iturbe pode, por motivos extra-desportivos, não ser recuperável para o FC Porto. É uma pena. Kelvin corre o risco de ser tratado como foi Atsu, extremos com potencial mas que não são devidamente valorizados e que acabam por ser ostracizados sem que as pessoas que dirigem o clube (staff técnico) se lembrem que são miúdos que estão a começar as respectivas carreiras e têm (e devem) cometer erros para crescer. Quintero não pode engrossar esta lista. Não pode ser outro caso Iturbe. Espero que em Janeiro esteja no Dragão, de corpo e alma, e com a confiança necessária que necessita para ser o jogador influente que todos esperamos numa segunda metade de época que promete ser equilibrada até ao último segundo!
Mostrar mensagens com a etiqueta Atsu. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Atsu. Mostrar todas as mensagens
sábado, 21 de dezembro de 2013
sábado, 31 de agosto de 2013
Caro Atsu...
...fiquei confuso: o teu sonho era jogar em Inglaterra, ou receber como em Inglaterra?
Vitesse?
Vitesse?
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
MST, o cruzado anti-VP
Após três anos de sucessos (no primeiro ano como treinador-adjunto de André Villas-Boas), a Administração da FC Porto SAD decidiu não renovar o contrato do treinador Vítor Pereira (VP).
Por sua vez, o treinador espinhense (mas portista de coração), decidiu continuar a sua carreira longe de Portugal, na Arábia Saudita.
A época 2013/14 arrancou no início de Julho e no comando técnico da equipa do FC Porto está Paulo Fonseca, ex-treinador do sensacional Paços Ferreira 2012/13.
Durante a pré-temporada, a equipa disputou uma série de jogos em diferentes países (Holanda, Bélgica, Venezuela, Colômbia, Inglaterra e Portugal) e o novo treinador pôde observar um plantel de cerca de 30 jogadores, que a SAD colocou à sua disposição.
O 1º jogo oficial foi a Supertaça Cândido de Oliveira, disputado no dia 10 de Agosto.
O campeonato nacional arrancou no passado fim-de-semana e começam a ser notórias as escolhas de Paulo Fonseca, quer em termos de modelo de jogo, quer em relação aos jogadores com que conta para o pôr em prática.
Perante tudo isto, faz algum sentido que alguns portistas analisem os jogos do FC Porto desta época, continuando a ter como alvo o ex-treinador Vítor Pereira?
Entre estes portistas está o Miguel Sousa Tavares (MST), cujo comportamento em relação a Vítor Pereira é já um caso patológico.
(Miguel Sousa Tavares, A Bola, 15-01-2013) |
De facto, apesar de Vítor Pereira ter deixado de ser treinador do FC Porto há mais de três meses, MST parece que ainda tem contas a ajustar com o homem que contrariou as suas “sábias” profecias, tendo ganho dois campeonatos em duas épocas (o último dos quais invicto!) e, semanalmente, nas suas crónicas em A Bola, continua com uma inexplicável cruzada anti-VP.
«Espero que Paulo Fonseca medite no exemplo de Vítor Pereira, na época passada: também ele encostou o Atsu, descartou o Iturbe e renunciou a apostar no Kelvin. Imaginou poder ganhar o campeonato com o Varela e foi só quando se viu a perder em Braga a dez minutos do fim que lançou o Kelvin – e ele respondeu com dois golos, que viraram o jogo e mantiveram o Porto na luta. É claro que, como represália, na semana seguinte Vítor Pereira sentou o Kelvin no banco e o mesmo fez no jogo do título, contra o Benfica. Mas de novo, vendo-se empatado e a patinar no jogo, lá soltou o Kelvin outra vez a dez minutos do fim... e aconteceu o que se sabe. Foi o Kelvin quem ganhou o campeonato para o Vítor Pereira. Ganhou-o apesar do Vítor Pereira.»
Miguel Sousa Tavares
in A Bola, 20-08-2013
Pouco há a dizer deste texto do MST, tamanha é a idiotice e até uma certa desonestidade intelectual que o mesmo revela. Mas vale a pena comentar algumas afirmações e corrigir evidentes falsidades.
Pelas razões que são conhecidas, Atsu foi encostado esta época; com Vítor Pereira jogou em 32 (trinta e dois!) dos jogos oficiais disputados pelo FC Porto na época passada.
Em relação a Iturbe, antes de atirarem pedras, convinha que os portistas se recordassem da sua atitude em campo quando teve oportunidades, das declarações que o amuado “novo Messi” fez para forçar a saída do FC Porto e das diversas declarações públicas que proferiu enquanto esteve emprestado ao River Plate.
(O JOGO, 21-06-2013) |
Por que razão, esta época, Iturbe ainda não foi sequer convocado para jogos oficiais da equipa principal ou da equipa B? Será por ter sido "descartado" por Vítor Pereira? Ou é por ser um jogador problemático, que tem o rei na barriga?
Quanto à "renuncia" em apostar no Kelvin, felizmente que, ao contrário do MST, tivemos um treinador que percebe (e muito) de futebol e que soube gerir a utilização de um jovem talentoso de apenas 19 anos (nasceu a 1 de Junho de 1993) – 8 jogos na I Liga, 1 Taça Portugal, 3 Taça Liga e 13 na II Liga – contribuindo para o seu crescimento futebolístico.
Mais. Ter no banco um avançado com as características do Kelvin, que em alguns jogos pode funcionar como uma especie de “arma secreta”, é algo que nem sequer é inovador. Será que o MST se lembra do Juary?
E, já agora, eu bem sei que o MST é pouco dado a "pormenores", mas na sua cruzada anti-VP convém que tenha um mínimo de rígor. Foi no Estádio do Dragão e não no Estádio Axa, que o Kelvin, após ter substituído o capitão Lucho (com VP não havia "vacas sagradas") a 15 minutos do fim, marcou dois golos ao SC Braga.
Claro que dentro da lógica do MST, se fosse ele o treinador (Deus nos livre!), Atsu, Iturbe e Kelvin teriam todos feito parte das suas escolhas para o onze titular do FC Porto 2012/13. Atendendo à natural imaturidade e falta de cultura táctica destes três jovens jogadores, teria sido bonito...
E quem sairia para entrarem estes três jogadores, tão "desprezados" por VP?
Varela, um dos ódios de estimação de MST (lamentável a afirmação "... (felizmente, felizmente!) Varela lesionado..." que, a propósito do Vitória Setúbal x FC Porto, faz parte da sua última crónica publicada em A Bola), seria um deles.
E quem mais? James? Lucho? Pois, pormenores...
Etiquetas:
Atsu,
Iturbe,
Kelvin,
MST,
Vítor Pereira
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
Sagrada Família
Parco em intervenientes - jogadores, árbitros (de baliza e "bandeirinhas"), treinadores, dirigentes (que depositam cheques em contas, que têm as contas em cheque, e os outros), adeptos (com distribuidores de calduços e lançadores de pirotecnia incluídos), tratadores de relva, agentes, empresários e tutores - o futebol começa (e ainda bem!) a absorver lentamente a figura do "familiar".
Vanguardista como já nos habituou, o Porto já teve contacto prematuro com este novo elemento, na pessoa do famoso "pai do Diego". Mais recentemente surgiu o "pai do Iturbe", antes ainda da entrada em cena do "pai do Bernard", ao qual se seguiu, claro está, a "mãe do Bernard".
Pelo meio sabe-se também que a "família do Bruma", tem sido ameaçada por elementos (oficiais ou não) do SCP; normalmente, teria alguma dificuldade em acreditar numa "notícia" como esta, mas se veio no Borreio de Manhã, tem de ser verdade. O impagável Bruno de Carvalho está determinado em demarcar-se da anterior direcção do SCP, e ao invés de apostar nos depósitos em conta, opta claramente pelas "cobranças coercivas" - os adeptos, esses, devem estar satisfeitíssimos por terem preferido o filho do pai do Bruno de Carvalho ao sobrinho-neto do Peyroteo.
Para que não se pense que isto é coisa restrita apenas a relações de sangue, a "mulher do Atsu" achou que também tinha direito de manifestar-se (no Borreio de Manhã, claro está), indignadíssima que está por não poder mudar-se já para Lisb... Liverpool; o seu esposo, qual Kunta Kinte dos tempos modernos, vive oprimido pelo Porto, que o obriga, imagine-se!, a treinar arduamente com outros jogadores, sob o estalo do contrato, em troca de uma ridícula e insultuosa fracção de vários milhões de euros - ela chama-lhe máfia, mas isto é claramente um caso de esclavagismo.
Por outro lado, o ex-Tácuara (agora apenas Cárdozo), foi impedido de treinar e de entrar nas instalações do Бehфицa. Nenhum familiar se manifestou até agora, nem qualquer referência à situação pode ser encontrada no Borreio de Manhã, pelo que deve ser mentira ou então há interesse em manter a coisa em família, como uma ... cosa nostra.
Vanguardista como já nos habituou, o Porto já teve contacto prematuro com este novo elemento, na pessoa do famoso "pai do Diego". Mais recentemente surgiu o "pai do Iturbe", antes ainda da entrada em cena do "pai do Bernard", ao qual se seguiu, claro está, a "mãe do Bernard".
Oh mister, se o Martim não joga, vamos para os jornais!
Pelo meio sabe-se também que a "família do Bruma", tem sido ameaçada por elementos (oficiais ou não) do SCP; normalmente, teria alguma dificuldade em acreditar numa "notícia" como esta, mas se veio no Borreio de Manhã, tem de ser verdade. O impagável Bruno de Carvalho está determinado em demarcar-se da anterior direcção do SCP, e ao invés de apostar nos depósitos em conta, opta claramente pelas "cobranças coercivas" - os adeptos, esses, devem estar satisfeitíssimos por terem preferido o filho do pai do Bruno de Carvalho ao sobrinho-neto do Peyroteo.
Para que não se pense que isto é coisa restrita apenas a relações de sangue, a "mulher do Atsu" achou que também tinha direito de manifestar-se (no Borreio de Manhã, claro está), indignadíssima que está por não poder mudar-se já para Lisb... Liverpool; o seu esposo, qual Kunta Kinte dos tempos modernos, vive oprimido pelo Porto, que o obriga, imagine-se!, a treinar arduamente com outros jogadores, sob o estalo do contrato, em troca de uma ridícula e insultuosa fracção de vários milhões de euros - ela chama-lhe máfia, mas isto é claramente um caso de esclavagismo.
Por outro lado, o ex-Tácuara (agora apenas Cárdozo), foi impedido de treinar e de entrar nas instalações do Бehфицa. Nenhum familiar se manifestou até agora, nem qualquer referência à situação pode ser encontrada no Borreio de Manhã, pelo que deve ser mentira ou então há interesse em manter a coisa em família, como uma ... cosa nostra.
Etiquetas:
Atsu,
Correio Manhã,
FC Porto,
Iturbe
domingo, 21 de julho de 2013
Atsu, um caso chocante
(O JOGO, 19-07-2013) |
«Vítor Pereira, conservador até à medula, é um notável desperdiçador de jovens talentos. Só para que ninguém beliscasse o estatuto do seu inamovível Varela, ele desperdiçou o talento de James em metade da época passada, até ao momento em que precisou dele para ganhar o campeonato; e desaproveitou, sem lhes dar qualquer hipótese séria, Djalma, Candeias, Iturbe e Kelvin - a quem apenas confiou a missão impossível, e milagrosamente cumprida, de lhe ganhar o campeonato, jogando 15 minutos contra o Braga e outros tantos contra o Benfica. O caso mais chocante, porém, foi o de Atsu, um verdadeiro diamante em estado bruto, para cuja lapidação não teve nem visão, nem talento, nem paciência. (julgo, contudo, que o FC Porto, mesmo a um ano do fim do contrato, não o deve deixar sair por menos que os 10 milhões da cláusula de rescisão. E pode ser que com um novo treinador, que perceba o que tem entre mãos, Atsu reveja a decisão de não renovar).»
O texto anterior foi retirado de uma crónica do Miguel Sousa Tavares, publicada em A Bola após o final do último campeonato e, mais do que discordar do seu conteúdo, o mínimo que me ocorre dizer é que está cheio de disparates (usar o Djalma e o Candeias para atacar o Vítor Pereira é algo do outro Mundo!). Contudo, vou focar-me no “caso mais chocante”, o caso do Atsu.
Conforme é do conhecimento dos adeptos portistas, que seguem com um mínimo de atenção a vida do clube e que não se limitam a títulos de jornais, ou a resumos televisivos de três minutos, entre Agosto e Dezembro de 2012 Atsu foi uma aposta regular de Vítor Pereira, período em que participou em 22 jogos (incluindo os seis jogos que, neste período, a equipa disputou para a Liga dos Campeões).
Chegados a finais de Dezembro, a comunicação social fazia eco de uma pré-ruptura entre o FC Porto e Atsu (ou o seu empresário).
«As negociações entre o FC Porto e Christian Atsu para a renovação do contrato do ganês terminaram sem acordo.»
in O JOGO, 29-12-2012
Após uma ausência de cerca de um mês e meio, devido à participação do Gana na Taça de África das Nações, Atsu regressou às opções de Vítor Pereira na 19ª jornada do campeonato. Daí até ao final do campeonato ainda iria ter uma lesão (entorse, no jogo do Funchal com o Marítimo) e participou em 10 jogos.
Ou seja, apesar da idade, de ser a sua primeira época na equipa principal do FC Porto (no ano anterior tinha estado emprestado ao Rio Ave), de uma ausência prolongada na CAN e de uma lesão de média gravidade, Atsu foi chamado por Vítor Pereira a participar em 32 jogos. E tudo isto num contexto de conflito latente crescente entre o jogador/empresário e o clube.
«A 14 de maio deste ano, o empresário Tony Appiah já tinha referido a Record que o Benfica estava atento à situação do extremo ganês, podendo tirar partido no futuro.»
in Record, 19-07-2013
Atsu é um caso chocante?
Chocante é haver adeptos portistas que, de posse de toda esta informação, ainda assim usam o caso do Atsu para atacar Vítor Pereira e, subliminarmente, responsabilizam o ex-treinador dos dragões pelo ganês não ter aceite renovar o contrato com o FC Porto.
«(…) pode ser que com um novo treinador, que perceba o que tem entre mãos, Atsu reveja a decisão de não renovar…»
Miguel Sousa Tavares, A Bola
“Quero pedir desculpa a toda a estrutura e a todos os adeptos. Percebi que não devia ter dito o que disse e que fui injusto com o clube que me permitiu ser o Atsu que sou hoje.”
Atsu, 18/07/2013
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Atsu, uma maçã podre?
Desde o início da época 2012/2013, que a comunicação social fez eco da intenção do FC Porto em renovar o contrato com Christian Atsu e, simultaneamente, aumentar o valor da cláusula de rescisão.
Entre Agosto e Dezembro de 2012, Atsu foi uma aposta regular de Vítor Pereira, tendo participado em 22 jogos (incluindo os seis jogos que, neste período, a equipa disputou para a Liga dos Campeões).
(Utilização de Atsu entre Agosto e Dezembro de 2012, fonte: zerozero) |
Chegados a finais de Dezembro, os sinais de um possível entendimento entre as duas Partes - jogador e clube - não eram famosos.
«As negociações entre o FC Porto e Christian Atsu para a renovação do contrato do ganês terminaram sem acordo.»
in O JOGO, 29-12-2012
(fonte: O JOGO, 29-12-2012) |
Após uma ausência de cerca de um mês e meio, devido à participação do Gana na Taça de África das Nações, Atsu regressou às opções de Vítor Pereira na 19ª jornada do campeonato. Daí até ao final do campeonato ainda iria ter uma lesão (entorse, no jogo do Funchal com o Marítimo) e participou em 10 jogos, terminando, tudo indica, a sua carreira ao serviço dos dragões com uma exibição fraquinha, tendo sido substituído a 5 minutos do intervalo no FC Porto x Vitória Setúbal.
(Utilização de Atsu entre Fevereiro e Maio de 2013, fonte: zerozero) |
Para um jogador formado no clube, que no ano anterior tinha estado emprestado ao Rio Ave e que, durante a época, teve uma ausência prolongada na CAN e uma lesão de média gravidade ter, ainda assim, participado em 32 jogos é muito bom.
Se a isto juntarmos a novela da não-renovação, penso que Atsu não terá qualquer razão de queixa do FC Porto e, particularmente, do treinador Vítor Pereira.
Mas tudo indica que a separação entre as duas Partes é inevitável.
(fonte: O JOGO, 17-06-2013) |
Falta saber se a FC Porto SAD ainda irá receber uns trocados, ou se Atsu irá sair a custo zero, passando os próximos meses a treinar com a equipa B.
P.S. Como parto do principio que as pessoas não estão de má fé, só por falta de memória, ou desconhecimento, é que alguns mediáticos comentadores portistas, como Miguel Sousa Tavares, podem usar o caso do Atsu para atacar o ex-treinador Vítor Pereira.
terça-feira, 19 de março de 2013
Os penalties de que ninguém fala
Na sequência das sucessivas más exibições de Silvestre Varela nos últimos jogos, Vítor Pereira, desta vez, decidiu apostar em Christian Atsu no onze inicial. Contudo, logo aos 5 minutos, o jovem extremo ganês sofreu uma entrada dura de um defesa do Marítimo (Roberge), a qual lhe provocou uma entorse no tornozelo direito, obrigando à sua saída e substituição aos 10 minutos por... Varela.
A foto do lado é clara (ver onde acerta Roberge): Penalty por assinalar e cartão amarelo por mostrar ao jogador do Marítimo.
E as consequências também: Atsu lesionado com alguma gravidade (no final do jogo foi visto de canadianas), Vítor Pereira obrigado a queimar uma substituição logo no início do jogo e manutenção de um resultado (0-0) que convinha ao Marítimo e não só...
P.S. Aos 48 minutos do Marítimo x FC Porto, Igor Rossi agarrou/puxou Jackson pelo pescoço dentro da área maritimista mas, ao contrário de Nuno Almeida no minuto 90’+3 do slb x Académica, desta vez o árbitro do encontro (João Capela, de Lisboa) nada assinalou, porque entendeu que ambos os jogadores se agarraram. Pois… E é também assim, com lances destes, que se decidem campeonatos.
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Que alternativa para Atsu?
Christian Twasam Atsu está pré-convocado e tudo indica que irá fazer parte das escolhas do selecionador do Gana (Kwesi Appiah) para o CAN 2013, prova que irá decorrer na África do Sul, entre 19 de Janeiro e 10 de Fevereiro. Ora, como o estágio da Seleção do Gana começa no dia 2 de Janeiro, isso significará uma ausência que pode chegar às seis semanas (dependendo da fase da prova que o Gana atingir).
Até agora, Atsu foi utilizado em 21 jogos (8 vezes a titular e 13 a suplente), perfazendo 778 minutos de utilização, o que faz dele uma das escolhas mais frequente de Vítor Pereira para o trio de ataque (Varela tem mais minutos - 1123 - mas menos dois jogos).
A confirmar-se esta ausência, parece óbvio que a SAD terá de encontrar uma alternativa para as alas, porque uma equipa com as responsabilidades do FC Porto, e que joga num modelo em 4-3-3, não pode passar a contar unicamente com Varela e James (que já é uma adaptação) para as alas.
Possíveis soluções?
Kelvin. Tem muita habilidade, mas pouquíssima cultura tática. Precisa de ser muito trabalhado e de jogar com regularidade, algo que, obviamente, nesta altura é impossível na equipa principal do FC Porto. Mais do que ser uma solução para colmatar a ausência de Atsu, penso que lhe faria bem seguir as pisadas de Iturbe e ser emprestado a um clube, onde existisse um treinador formador e onde pudesse jogar todas as semanas.
Sebá. Promover este extremo brasileiro teria três vantagens: i) é uma solução caseira e, por isso, sem custos imediatos; ii) a correr bem, seria um enorme trunfo para quem aposta no projeto da equipa B; iii) seria um teste fundamental para a SAD decidir se exerce o direito de opção no final da época (Sebá está emprestado pelo Cruzeiro e tem o seu passe fixado em cinco milhões de euros).
O problema é que, tal como Kelvin, também Sebá precisa de tempo, minutos de jogo e, já agora, de um treinador como Jesualdo Ferreira (algo que Rui Gomes não parece ser).
O problema é que, tal como Kelvin, também Sebá precisa de tempo, minutos de jogo e, já agora, de um treinador como Jesualdo Ferreira (algo que Rui Gomes não parece ser).
Quaresma. Desvinculado do Besiktas desde o dia 20 de Dezembro, teoricamente seria a melhor solução (no imediato e a médio prazo). Para Quaresma, que regressaria a uma casa onde foi acarinhado, ganhou títulos, atingiu o apogeu da sua carreira e que lhe abriria as portas para voltar a jogar na Liga dos Campeões e para regressar à Seleção.
E para o FC Porto, que receberia um jogador de top, conhecedor das regras e cultura do clube e que não precisaria de tempo para se adaptar à cidade e ao país.
MAS... falta saber se é possível as duas Partes chegarem a acordo, quer em termos de salário (que deveria ser por objetivos), quer da duração do contrato (seis meses mais dois anos de opção?).
E para o FC Porto, que receberia um jogador de top, conhecedor das regras e cultura do clube e que não precisaria de tempo para se adaptar à cidade e ao país.
MAS... falta saber se é possível as duas Partes chegarem a acordo, quer em termos de salário (que deveria ser por objetivos), quer da duração do contrato (seis meses mais dois anos de opção?).
sábado, 17 de novembro de 2012
Deram boa conta do recado
A FIFA inventa datas para as federações poderem fazer "negociatas", perdão, jogos particulares.
As selecções sacam os jogadores aos clubes, "espremem-nos" nestes jogos particulares e, não raras vezes, devolvem-nos aos clubes num estado lastimável (e é uma sorte quando não voltam lesionados).
E depois, quando não é possível os jogadores recuperarem a tempo, têm de ser os treinadores dos clubes a gerir o plantel, isto é, a abdicar dos seus melhores jogadores.
Foi neste contexto, que Vítor Pereira se viu compelido a deixar ficar no banco de suplentes Moutinho, Varela, James e Jackson Martinez.
Descontando estes quatro, a que se juntam lesões noutros três (Maicon, Alex Sandro e Fernando) e alguma alternância numas posições (por exemplo, na baliza), o onze inicial do FC Porto tinha apenas dois jogadores - Otamendi e Lucho - que fazem parte daquele que tem sido o onze base do FC Porto neste início de época.
Apesar deste handicap, os dragões que foram chamados à liça deram boa conta do recado, com especial destaque para Fabiano (Helton que se cuide), Otamendi (o patrão de uma defesa pouco órfã de Maicon), Mangala (um defesa-esquerdo adaptado que até marca golos), Lucho (além de marcar um golaço voltou a aguentar os 90 minutos) e, principalmente, Atsu (duas assistências e um perfume futebolístico que deixa água na boca).
Fechado (por agora) o capítulo das taças, vêm aí dois jogos importantes e para competições a sério. Nesse sentido, espero que a lesão do Mangala não seja grave e o polivalente defesa francês recupere a tempo do jogo da Liga dos Campeões da próxima quarta-feira, até porque o Danilo a jogar na posição de defesa-esquerdo é como um peixe fora de água (não percebi por que razão o Danilo não entrou para lateral-direito, passando o Miguel Lopes para o outro lado).
E também espero que o golo marcado ao cair do pano anime o Kléber porque, se quer continuar no plantel do FC Porto, quando voltar a ter oportunidades de jogar tem de render muito mais.
E também espero que o golo marcado ao cair do pano anime o Kléber porque, se quer continuar no plantel do FC Porto, quando voltar a ter oportunidades de jogar tem de render muito mais.
Etiquetas:
Atsu,
Nacional da Madeira,
Taça de Portugal
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
O destino óbvio para Djalma
«O internacional angolano Djalma deverá deslocar-se agora à
Turquia para formalizar o empréstimo à equipa da I Liga turca.
Sem lugar no plantel do FC Porto, Djalma aceitou representar
o Kasimpasa, da I Liga turca. A saída do jogador angolano, conforme edição de
hoje do O JOGO, estava iminente, faltando apenas saber qual seria o seu
destino.
Djalma, acabado de regressar do compromisso da seleção de Angola frente ao
Moçambique, deverá viajar em breve para a Turquia onde assinará o acordo de
cedência ao clube recém-promovido ao escalão principal deste país.»
in O Jogo, 17/08/2012
A saída de Djalma estava já marcada ainda antes da sua
chegada. Contratado mais para espicaçar a presidência do seu anterior clube do
que pela sua valia desportiva, rapidamente se percebeu que esta brincadeira de
egos de dirigentes não iria dar muitas páginas para contar.
Embora esforçado, o extremo angolano apresenta muitas
lacunas técnicas difíceis de não notar quando se está num plantel como o FC Porto.
As opções nesta posição são várias e bem melhores, não negligenciando, também, a
pouca empatia da massa associativa para com o jogador.
Faz bem Vítor Pereira em abrir mão de um atleta que pouca margem
de manobra tinha no plantel. Faz igualmente bem o treinador permitir com esta
decisão mais espaço a Atsu e Iturbe, embora no último caso considere que venha
merecendo da parte dos adeptos um maior protecionismo do que aquilo mostrou
até agora (as “lavagens” cerebrais da imprensa ainda fazem milagres). E Hulk,
apesar de tudo, ainda continua por ali… Até ver…
domingo, 5 de agosto de 2012
Adeus aos ensaios, que agora é a sério
Pouco suculenta. Em curtas palavras se pode definir a
exibição do FC Porto em estreia dentro de portas esta época. Se é
verdade que termina invicto a pré-temporada, não menos evidente se constata a
incapacidade do campeão nacional para levar de vencidos os dois adversários mais cotados
que teve pela frente. Vítor Pereira preferiu dar minutos a quase todos os
elementos disponíveis ao invés de centrar a oleagem na base que defrontará a
Académica na próxima semana, mas apenas Cristian Atsu foi capaz de causar
intermitências ao bocejo geral em que a partida se pautou.
E, de facto, o pouco ritmo e velocidade foi a nota dominante
ao longo dos 90 minutos. Sem grande frescura física e sem interesse em agitar o
jogo, as duas equipas nunca foram capazes de demonstrar grande comprometimento.
As poucas oportunidades de golo atestam isso mesmo, onde apenas por uma vez,
Jackson Martinez, teve nos pés a chance de converter, com Loris a
superiorizar-se ao avançado colombiano.
Apesar da a nossa mais cara contratação ter desperdiçado o melhor
momento deste particular e de ainda estar em branco desde que chegou a
Portugal, reconheça-se o bom nível de interligação e combinação que o
ex-jaguares vem patenteando com os seus companheiros, assim como a sua superior
capacidade para sair a jogar e técnica em relação aos seus colegas de
posição. Se isso será suficiente para justificar os quase 9 milhões de
euros investidos, ainda é prematuro poder responder a essa questão.
De resto, provavelmente o maior interesse mediático neste
noite de apresentação aos sócios direcionou-se para a constituição final – ou perto
disso - do plantel. Às já esperadas exclusões de Sapunaru e Belluschi, Bracalli
vê a grande qualidade de Fabiano corta-lhe espaço no dragão. E Abdoulaye, algo surpreendentemente,
garante lugar no grupo, onde apenas alguns elementos potencialmente envolvidos em
transferências deixam espaço a algumas interrogações. Mas não deixa de ser lamentável
a parcimónia da SAD com jogadores na porta de saída, onde particularmente a situação
de Álvaro Pereira já tem contornos caricatos.
Enfim, perdoe-se-me estes apartes sobre estas contas de um outro
rosário que ainda tem muito para ladainhar, mas jogo que não tem história,
sobram sempre algumas linhas em que se possa especular. E recentrando atenções
ao motivo que nos traz esta crónica, entre o já referido marasmo no verde
relvado portista, a desconcertante técnica e velocidade de Cristian Atsu fez
soltar vocábulos de entusiasmo no público azul e branco, tornando-se figura
proeminente no encontro. Se este jovem começou a pré-época a disputar uma vaga
nos 23 eleitos de Vítor pereira, sai dela com objetivo centrado ao 11 titular de
Aveiro. Além de brilhante e talentoso, Atsu já se mostra maduro no modo como
gere as suas ações.
Tal como era expectável, o FC Porto versão 2012/13 não irá
diferenciar-se muito do que foi no ano anterior. O treinador mantem-se fiel ao
seu estilo, assim como os sócios manterão as suas dúvidas às suas competências.
Sem direito a altos voos de mercado, num tempo marcado por vacas muito magras, a
SAD governa-se praticamente com o que tem. Mas dos que ali estão, nem todos
ficam. É certo, sabido que os euros fazem falta e têm forçosamente de
entrar. Dessas saídas dependerá o equilíbrio final deste plantel que ainda não
viu também os seus prováveis laterais titulares em jogo. Tudo o que foi dito e escrito,
nada será como dantes. A partir de agora é a sério, sem lugar a experiências.
sábado, 14 de julho de 2012
Mais um triunfo num cenário de dúvidas
Em final de estágio por terras helvéticas, segue o FC Porto com um registo imaculado de vitórias nos particulares até ao momento realizados. Se à lisura dos triunfos nos dois primeiros encontros pouco se pode apontar, já o mesmo não se poderá dizer da contenda desta tarde perante o Evian. O conjunto de Vítor Pereira esteve longe controlar a partida e, só a espaços, conseguiu fazer circular a bola de forma pensada. Isto apesar das visíveis limitações no plantel que o treinador portista se verá cingido ao longo de toda a pré-temporada.
Com efeito, a falta de algumas opções dentro deste grupo que
já se encontra ao trabalho não permite aplicar e vislumbrar todo o manancial tático
trabalhado ao longo destes dias. Os embates com o Servette e Evian têm sido
eloquentes neste problema, onde a total ausência de defesas laterais não
possibilitam a explanação de um futebol mais aberto e fluído, obrigando, inclusive,
a adaptações que roçam o caricato.
Os centrais vêem-se forçados à condição de totalistas e
alternativas no meio campo não são muitas (apesar de este não ser apenas um problema
pontual). Mas não se pense que estes handicaps são o princípio e o fim dos
largos períodos de futebol fastidioso que a nossa equipa se pautou. As muitas
perdas de bola e passes transviados – um mal que já transita da época passada –
marcaram o incaracterístico jogo azul e branco, pondo em xeque nalguns
momentos até, as redes da nossa coutada.
Denota-se a intenção de Vítor Pereira fazer entranhar os
automatismos do 4-3-3 base, pautado aqui e ali com algumas flutuações de James
ao centro, não modificando a sua estrutura mesmo após as várias substituições.
Não seria descabido o ensaio de algo alternativo que não só pudesse encaixar
melhor na mão-de-obra ao dispor, mas, também, incrementasse o “golpe de asa”
sempre importante quando surgirem outros desafios mais árduos.
No cenário sempre confuso que as pré-temporadas e os seus peculiares
jogos propiciam, nem sempre se consegue avaliar da melhor forma qual ou quais as
feições individuais de cada atleta poderão trazer ao interesse geral e coletivo.
Iturbe e Cristian vivem dentro desse limbo, com Castro também expectante.
Provavelmente, mais do que a competência de cada um, as saídas ditarão as
escolhas. Quanto a Fabiano, que hoje se estreou, tem lugar de caras na
estrutura final.
Dúvidas. É disto e neste misto em que se vive nos defesos.
As incertezas nas escolhas, a valia das opções e o jogo de paciência das
transferências. Um bailado caótico de equações que atiram para as calendas
gregas a palavra planeamento. Tudo se faz (e só pode ser feito) ao sabor do
momento ou de um acontecimento, ficando para um espectro secundário as trocas
de Kléber e Janko, o inusitado jeito de Maicon para os livres ou simples
resultado deste particular que daqui a uma semana já ninguém lembrará.
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Ideias, luzes e certezas
Mais do que um processo de oleagem da máquina azul e branca,
o primeiro encontro exibido para o grande público dos homens de Vítor Pereira
serviu de esboço daquilo que aí vem e quer ser o FC Porto em 2012/13. Sem ainda
entrar nesta equação muitos e importantes nomes, como é por demais sabido, o aliciante
nestas preliminares partidas passarão muito pela projeção dos que deambulam na
corda bamba do empréstimo, em busca de uma vaga na composição final do plantel.
Com toda a naturalidade o campeão nacional dá continuidade
ao um figurino tático muito seu, percebendo-se, desde já, a importância e intocabilidade
de elementos como Maicon, Fernando ou Lucho que deverão vir a ter ao longo de
toda a época. Helton esse, mais do que a relevância técnica, fará valer a sua
mobilização enquanto um dos mentores da equipa.
Sem a possibilidade de por hora se poder testar o jogo em
apoio dos laterais, merce das ausências neste estágio das nossas principais
figuras, mas, também, derivado as fracas prestações neste encontro de David e sobretudo
Sereno, revelou-se ao interesse do comportamento coletivo as intensões de pressionar
e recuperar a bola alta, surpreendendo a partir daí o adversário. O Servette
não dificultou a tarefa, mas agradam acima de tudo os princípios instituídos.
Mais ainda se forem para continuar.
Às bases do modelo coletivo, em pleno processo de maturação de
ideias, apesar de não ser nada de novo para quase todos os que por ali estão,
juntam-se uma ou duas luzes que fazem cintilar os olhos do adepto ressequido de
bola com aroma de clube. Não pode, nem é possível deixar ninguém indiferente a espontaneidade,
explosividade e confiança com que Cristian parte para cada jogada ou quando
pega na bola. Com ela nos seus pés algo novo pode sempre acontecer, trazendo
uma imprevisibilidade ao jogo agradável de se ver. E Kléber, naturalmente, eficaz e brilhante nas finalizações que dispôs.
Não se valorará para época as virtudes individuais da equipa
quando os grandes desígnios coletivos falarem mais alto. Nem tampouco somarão
pontos estas vitórias morais dos quase esquecidos jogos particulares. Serão
porventura a junção de todas estas ideias, luzes e certezas, secundado por um
jogo na sua globalidade entretido, que se constroem perspetivas prometedoras no
processo de crescimento da equipa, mesmo que testada perante um adversário de
baixo calibre, como o que defrontou o FC Porto hoje.
Subscrever:
Mensagens (Atom)