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sábado, 5 de março de 2016

Em direto de Cantanhede

«A partir do dia 11 de Janeiro a estação televisiva, a única com praticamente 100% de produção portuguesa própria, surge renovada. Depois de ter sido adquirido pelo FC Porto e de o clube ter investido em melhoramentos, tanto a nível qualitativo, como tecnológico, o canal sofreu alterações que lhe vão permitir atingir novos níveis de excelência.

As transformações, segundo o canal, traduzem-se com particular impacto na melhoria da qualidade do som e da imagem (HDTV). As novas mudanças prendem-se também com o investimento em mais horas de conteúdos relativos ao FC Porto, mais emissões de directos dos jogos do FC Porto equipa B, FC Porto Sub 15, FC Porto Sub 17 e FC Porto Sub 19 que serão transmitidos, a partir de segunda-feira, em alta definição e o mesmo vai acontecer com os de outras modalidades como o andebol, o basquetebol e o hóquei em patins.

Nesta nova fase o canal vai apostar em novos programas de entretenimento, informação e desporto (…) Os pivots mantêm-se os mesmos, mas no concurso "Azul ou Branco" vai ter uma cara nova, assim como no "Sem Rede", o programa de domingo à noite. O concurso com Carina Caldeira e o "Sem Rede" é apresentado por Joana Pinto da Costa. Em ambos terão a companhia de Tiago Girão. Como novos apresentadores, por exemplo, os irmãos Guedes e o maestro Rui Massena, no novo programa "De Letra". No que refere ao entretenimento de uma colaboração do Porto Canal com a Farol de Ideias nasce o programa em formato de concurso "Azul ou Branco" (apresentado por Carina Caldeira e Tiago Girão e com a participação de Joel Cleto), que vai ter uma dimensão cultural e pedagógica que procura captar um público transversal e de todas as idades.

Já no segmento desportivo, o "Jornal de Desporto" será um novo espaço de informação, criado com o objetivo de apresentar toda a atualidade transversal de todas as modalidades desportivas e não exclusivamente a conteúdos relativos ao FC Porto, programa que procura apelar à audiência de todo o país e não apenas aos adeptos do clube azul e branco.

O canal conta com novas instalações no estádio do Dragão, onde foi construído um novo centro de produção. O estúdio da Senhora da Hora foi requalificado com as mais recentes tecnologias, melhorando a experiência do telespectador, com elevados progressos a nível da qualidade do som e da imagem, que agora será transmitida em alta definição, particularmente nas transmissões dos jogos.»


Ontem, durante a transmissão da primeira parte do jogo de basquetebol Oliveirense x FC Porto, o jornalista do Porto Canal presente em Oliveira de Azeméis anunciou, várias vezes, que no intervalo do jogo iam transmitir, em direto, o discurso de Pinto da Costa na inauguração da Casa do FC Porto de Cantanhede.
E assim foi.

Discurso de Pinto da Costa em Cantanhede (foto: O JOGO)

Obviamente, não está em causa a maior ou menor relevância jornalística desta inauguração e muito menos as declarações do presidente do FC Porto.
Contudo, era mesmo necessário o Porto Canal transmitir, em direto, o discurso de Pinto da Costa, mesmo que isso significasse (como significou) regressar à transmissão do jogo de basquetebol já a meio do 3º Período?

Qual era o problema, se a reportagem acerca da inauguração da Casa do FC Porto de Cantanhede, incluindo o discurso de Pinto da Costa, fosse transmitida logo após o final do jogo de basquetebol?

Não sei quem decidiu que o Porto Canal teria de transmitir o discurso de Pinto da Costa em direto, mas não me parece que o próprio Pinto da Costa aprecie este tipo de culto da personalidade.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Um negócio fabulástico

Capa do Record de 03-12-2015

400 milhões! Benfica fecha contrato histórico com a venda dos direitos de televisão à NOS até 2026
Capa do jornal Record de 03-12-2015

O maior negócio do futebol português: Benfica na NOS por €400 milhões

Encarnados recebem recorde de 400 milhões pelos jogos em casa

400 milhões de TV: Benfica celebra contrato milionário
Capa do jornal A Bola de 03-12-2015

“O maior negócio do futebol português”
“Histórico”
“Recorde”
“Contrato milionário”
“Um negócio sem precedentes em Portugal”
“águias passam a receber mais do que FC Porto e Sporting juntos”
“A marca Benfica é maior do que o país!”

O país ficou de boca aberta e isto foram algumas das coisas ditas e escritas acerca do excelente negócio (há que o reconhecer) feito entre o SL Benfica e a NOS.
Mas houve mais. Por exemplo, o jornalista António Tadeia (também comentador da RTP), escreveu o seguinte:

«O negócio do Benfica com a Nos, para a venda dos direitos televisivos dos jogos do campeão nacional àquela operadora, por valores que podem chegar aos 400 milhões de euros, veio abalar os panoramas audiovisual e futebolístico portugueses. (…) os 400 milhões que o Benfica pode vir a receber pelos dez anos de direitos televisivos dos seus jogos da Liga em casa representam uma grande vitória da estratégia montada pela direção de Luís Filipe Vieira na questão dos direitos de TV. O Benfica viu de facto mais longe que toda a gente, pois conseguiu valorizar os conteúdos relativamente àquilo que a Sport TV pagava. (…) É evidente que os direitos televisivos do Benfica valem muito mais do que os dos outros clubes (…)»
António Tadeia, 02-12-2015


Conforme se viu, leu e ouviu, apesar dos jogos dos encarnados (no Estádio da Luz) voltarem, já a partir da próxima época, a ser transmitidos pela Sport TV do “arqui-inimigo” Joaquim Oliveira, nem isso foi motivo para arrefecer o entusiasmo dos benfiquistas, jornalistas e comentadores acerca deste extraordinário contrato entre o SL Benfica e a NOS.

Miguel Almeida (NOS) e Luís Filipe Vieira a comemorar o acordo entre as duas Partes

E nem o facto de ser um "casamento" de 10 anos (épocas 2016/17 a 2025/26) foi visto como um problema, bem pelo contrário, como se percebe pela posição de Domingos Soares de Oliveira, administrador executivo da SAD do Benfica, o qual, embora assumindo haver risco em fazer um contrato a dez anos, afirmou o seguinte:
Se pensarmos um pouco como é que o mercado vai evoluir em termos da concorrência à volta de conteúdos, que é claramente uma das peças chave para conseguirmos ter alcançado o nosso valor, não tenho certezas, olhando bem o que é o mercado das operadoras de telecomunicações, tenho até algumas dúvidas que esta grande concorrência que existe hoje se possa manter em termos futuros. Portanto, havia que aproveitar o momento e foi isso que fizemos.

Ora, se o contrato entre o SL Benfica e a NOS foi excelente, algo verdadeiramente extraordinário, só possível pela dimensão do clube e potencial da marca Benfica, que dizer do acordo entre o Grupo FC Porto e a PT PORTUGAL SGPS SA, pelo valor global de EUR 457.500.000?

Capa de O JOGO de 27-12-2015

Eu acho que nem há adjetivos. Fabulástico foi aquilo que me ocorreu, quando soube da notícia.

E se houve quem ficasse de boca aberta com os 400 milhões de euros do contrato SLB – NOS, parece que há quem tenha ficado sem fala e a engolir em seco, com os 457,5 milhões do acordo FCP – PT.

Ainda não conhecemos, em detalhe, os pormenores deste acordo entre o Grupo FC Porto e a PT PORTUGAL SGPS SA, mas do que fui lendo (recomendo este artigo no ‘Tribunal do Dragão’) e ouvindo, só vejo aspetos positivos:

Resolução, imediata, da ausência de um patrocinador para a parte frontal das camisolas da Equipa Principal para as próximas sete épocas e meia (receita garantida até ao final da época 2022/2023). E mais, os valores referidos para esta componente do acordo – 5 milhões/época – representam um aumento de 35% em relação ao valor do contrato anterior (3.7 milhões/época).

Resolução da sustentabilidade do Porto Canal, pelo menos durante 12 épocas e meia (até 30 junho de 2028).
Os valores referidos para esta componente do acordo são, também, de 5 milhões/época, mas convém lembrar que os custos de operação do Porto Canal são muito inferiores aos da BTV.

Somando as verbas correspondentes ao…
… Direito de Transmissão do Porto Canal, pelo período de 12 épocas e meia (62,5 milhões de euros)…
… e ao Estatuto de Patrocinador Principal do FC Porto, com o direito de colocar publicidade na parte frontal das camisolas da Equipa Principal de Futebol do FC Porto, pelo período de sete épocas e meia (37,5 milhões de euros)…
… sobram 357,5 milhões de euros para os Direitos de Transmissão Televisiva + Direito de Exploração Comercial de Espaços Publicitários do Estádio do Dragão, por um período de 10 anos, com inicio em 1 de Julho de 2018.

Ou seja, com este acordo, a partir de 1 de Julho de 2018 e durante 10 épocas (2018/19 até 2027/28), as administrações da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, sejam elas quais forem, terão garantidos cerca de 35,7 milhões de euros por época (em média), o que é quase o dobro do contrato atual com a PPTV;
Mais 5 milhões/época correspondentes ao patrocínio da parte frontal das camisolas.

E, já agora, mais o desafogo resultante do project finance do Estádio do Dragão terminar em 2018.

Perante este cenário, não diria cor-de-rosa, mas azul e branco, se os próximos três exercícios (2015/16, 2016/17 e 2017/18) fecharem com contas equilibradas quem, a partir de 1 de Julho de 2018, tiver de gerir (financeiramente) a FC Porto SAD, terá menos dores de cabeça.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Bernardino Barros e os paspalhos


Bernardino Barros, durante o programa '90 minutos à Porto' de ontem (16-02-2015), comentou as afirmações de Bruno de Carvalho, acerca da "santa aliança" que lhe terá sido proposta por Luís Filipe Vieira, e aproveitou para se dirigir, sem papas na língua, a José Manuel Delgado e aos "paspalhos" que escrevem nos "pasquins" da capital (Correio da Manhã, A Bola, Record).

Quem ainda não viu/ouviu, pode ver aqui.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Estratégia de comunicação

A propósito do “caso Quaresma” (mais um caso lamentável envolvendo a Liga, a FPF e o FC Porto), foi muito interessante ver como reagiu o FC Porto ao longo do dia.

Primeiro Paulo Fonseca, à hora de almoço, quando questionado pelos jornalistas, disse o seguinte:
Não queria alongar-me nessa questão até porque vai haver uma comunicação do presidente [Pinto da Costa]. Não merece comentários até porque sabemos quais são os verdadeiros objetivos destas notícias e o grupo percebe isso.

Mais tarde, em declarações ao Porto Canal, Pinto da Costa aproveitou a oportunidade para passar mais algumas mensagens cirúrgicas, tendo como alvo a Liga, a FPF e os respectivos presidentes (Mário Figueiredo e Fernando Gomes).

Conhecendo as pessoas envolvidas é fácil de compreender o que se está a passar. Mas não quero ir por aí...

ontem, sexta-feira, e geralmente é sempre à sexta-feira, às 18:49, recebemos um fax dirigido ao presidente do FC Porto, assinado pelo secretário-geral da FPF, um sr. Paulo Lourenço, que não conheço (…) estranhei ter sido ele a assinar e que o fax viesse dirigido ao presidente do FC Porto porque, geralmente, só há correspondência direta para um presidente de outro presidente

Como conhecemos as pessoas, vamo-nos precaver e pagar duas vezes. O que já pagámos à Liga vamos depositar na segunda-feira na conta da FPF. Vamos fazer um empréstimo à FPF para que não possa dizer à Liga que não recebeu. E para que possam acrescentar mais uns milhares de euros aos milhões que têm a prazo.”

Isto está sem rei nem roque. As pessoas têm os seus projectos pessoais, defendem os seus lugares e estão pura e simplesmente a marimbar-se para a justiça e para a verdade

Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.

domingo, 19 de janeiro de 2014

As mensagens de Pinto da Costa


O FC Porto foi eliminado da Liga dos Campeões. No campeonato, no final da 1ª volta, a equipa está no 3º lugar. Num cenário destes, qual o objetivo de uma entrevista de Pinto da Costa ao Porto Canal, imediatamente após uma derrota em casa do principal rival?

Se Pinto da Costa, um reconhecido expert em futebol, fosse um mero comentador, ou adepto portista (ele teve o cuidado de distinguir adeptos de sócios), talvez fosse de esperar uma análise fria, rigorosa e coerente ao momento atual da equipa portista, quiçá com a identificação de alguns erros cometidos. Mas Pinto da Costa é o máximo responsável do clube e da SAD e, por isso, optou por jogar ao ataque e usar o tempo de antena que teve à sua disposição para disparar em várias direções.

O que eu interpretei de algumas das mensagens que Pinto da Costa quis transmitir:

Paulo Fonseca – 100% de apoio ao treinador atual. Sinceramente, alguém esperava que, a meio do campeonato, Pinto da Costa dissesse outra coisa?

Nomeações / Rui Silva (árbitro do Estoril x FC Porto) – “fez lembrar os tempos do Inocêncio Calabote...”. Seria uma surpresa se, esta época, o árbitro de Vila Real voltasse a ser nomeado para jogos do FC Porto.

Nomeações / Artur Soares Dias (árbitro do slb x FC Porto) – Para além das fortes críticas, que deverão garantir um período de nojo na nomeação deste árbitro internacional para jogos do FC Porto, pareceu-me relevante Pinto da Costa dizer que a arbitragem do jogo da Luz foi para agradar a quem o pode projetar para a elite da arbitragem internacional (“pode ser por ter ficado deslumbrado com promessas da FIFA...”). Seria interessante que a comunicação social explorasse esta deixa.

Arbitragem em geral – Pela primeira vez, ouvi Pinto da Costa dizer que defende um lote de árbitros profissionais, mas a nível europeu e arbitrando em diferentes países, para não serem sujeitos a pressões. Desse lote de árbitros de elite (Pinto da Costa falou em cerca de 50 árbitros), sairiam os árbitros nomeados para diferentes campeonatos de países geograficamente perto (por exemplo, Portugal, Espanha, França, Itália, …).

Liga – A Liga de Clubes perdeu poder, perdeu credibilidade, perdeu patrocinadores e deixou de ter os clubes na Direção (“no executivo da associação que os clubes criaram não há presidentes de futebol, só há advogados…”). A Liga, com sede no Porto e “motor” do futebol português, morreu. Ou seja, o poder do futebol português regressou a Lisboa e está novamente centralizado na FPF. Outra deixa interessante para a comunicação social explorar.

Fernando Gomes – Tem muito boa imprensa, mas não é alguém que esteja na FPF com o apoio de Pinto da Costa (isso já sabíamos), bem pelo contrário. Fernando Gomes tem uma estratégia pessoal de poder e, para alcançar os seus objetivos, faz as alianças que forem necessárias (incluindo com Luís Filipe Vieira e Bruno Carvalho). Ex-atleta, ex-vice-presidente do clube e ex-administrador da SAD, cortou o cordão umbilical e não terá o apoio de Pinto da Costa para a sua sucessão.

António Oliveira – O maior acionista individual da FC Porto SAD, ex-jogador e ex-treinador do FC Porto, não está nas boas graças de Pinto da Costa. E, em termos de sucessão na presidência do clube, se António Oliveira avançar, Pinto da Costa deverá fazer-lhe o mesmo que Rui Rio fez a Luís Filipe Menezes, isto é, lançar e apoiar (implicitamente) outro candidato (tudo indica que será Antero) e dar as entrevistas necessárias, para que os sócios do FC Porto fiquem convencidos que o irmão de Joaquim Oliveira não serve para ocupar a cadeira do poder.

P.S. Claro que não é só por causa das arbitragens que o FC Porto passou de uma vantagem de 5 pontos para uma desvantagem de três. Contudo, quer no Estoril x FC Porto, quer no slb x FC Porto, as arbitragens prejudicaram objectivamente o FC Porto e Pinto da Costa teve razão nos cinco lances/erros desses jogos que referiu.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Sinergias na comunicação do FC Porto


«O médio Juan Fernando Quintero é o mais recente reforço do FC Porto, tendo assinado contrato por quatro anos, até ao final da época 2016/17. (...)
O também internacional A colombiano já falou pela primeira vez como atleta azul e branco, em declarações ao Porto Canal e www.fcporto.pt (...)
As declarações completas de Quintero, em exclusivo televisão, podem ser vistas no Porto Canal, às 20h20 deste sábado.»
in www.fcporto.pt, 13-07-2013


Na minha opinião, a comunicação do FC Porto está no caminho certo e, em termos de conteúdos, a melhorar substancialmente.

Neste caso, da contratação do Quintero, destaco dois aspectos que me parecem importantes:

i) a exclusividade em declarações ou entrevistas de jogadores, treinadores e dirigentes, remetendo os portistas para o canal televisivo do clube e obrigando os restantes meios de comunicação a fazer referência ao mesmo;

ii) as sinergias entre diferentes plataformas e meios de comunicação azuis e brancos - site oficial, facebook oficial, Porto Canal, revista Dragões.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Ideias fortes acerca do “Tal Canal”

No passado sábado, durante o II Encontro da Bluegosfera, houve uma animada discussão em torno de três temas relacionados com o FC Porto.

(II Encontro da Bluegosfera - Painel 1)

No âmbito do Painel 1, cujo tema era o Porto Canal (“O Tal Canal”), três bloggers portistas expuseram as suas opiniões, a partir de perspectivas distintas, mas todas elas muito interessantes.
Para que aquilo que foi dito não fique confinado às quatro paredes do Auditório da Biblioteca Municipal de Espinho, fiz um apanhado de algumas das ideias fortes que foram transmitidas por estes bloggers.

Fernando Costa (Kosta de Alhabaite)

“Portugal ainda não se libertou da asserção queiroziana de que o país é Lisboa e o resto é paisagem”

“Subsiste uma visão centralista afunilada nos media portugueses”

“Um canal de clube não oferece nenhum conteúdo de interesse geral e de nada serve para aumentar o prestígio desse mesmo clube”

“A inclusão de espaços dedicados ao Clube num canal com programação generalista e independente é a opção correta e mais agregadora”

“A regionalização faz-se com boas instituições, não só a nível económico-financeiro, mas a nível da televisão, do jornalismo, dos jornais e das rádios locais”

“O FC Porto tem de ser capaz de se defender publicamente e de afirmar a nossa versão de uma forma mais abrangente e eficaz do que com comunicados no site oficial ou alfinetadas do Labaredas”

“A grelha do Porto Canal poderia conter um programa reunindo bloggers da bluegosfera”

“Não quero um Porto Canal trauliteiro, populista e demagogo, mas também não quero este Porto Canal mansinho, na onda da atual comunicação do Clube”

“O futuro terá de ser feito com agregação de interesses, iniciativas, realizações e objetivos de outras instituições locais e regionais aos mais diversos níveis”


Miguel Souto (Tribuna Portista)

“O Porto Canal é um bastião da região, sendo um canal de intervenção social, politica e económica”

“O Porto Canal é o nosso canal, contendo programação desportiva e relatando o dia-a-dia do clube”

“O Porto Canal deve assumir a defesa do clube, quer do ponto de vista institucional, quer do desportivo (em relação aos “capelas” do nosso futebol)”

“O Porto Canal deve envolver os adeptos e as casas do FC Porto, numa programação de promoção do clube”


Nelson Carvalho (Reflexão Portista)

“A comunicação do FC Porto está fora do centro de decisão nacional”

“As plataformas de comunicação do clube estão obsoletas”

“O Porto Canal deve ser um elemento de distinção do clube e aglutinador do universo portista”

“Não é possível dissociar a comunicação do clube da comunicação do canal”

“A comunicação do FC Porto deveria agregar uma plataforma conjunta online do FC Porto e Porto Canal”

“O Porto Canal deveria ser uma plataforma de contrapoder em relação ao centralismo desportivo e institucional do País”

“Porque não um espaço para os blogs do FC Porto para dar voz e força ao adepto?”

“Ao nível do merchandising, deveria ser aproveitada a agregação da estrutura de comunicação para apresentação/promoção de produtos da Loja Azul”

“Criar passatempos atrativos que promovam a procura dos canais de comunicação do FC Porto”

“O Porto Canal deve reforçar os conteúdos exclusivos e de qualidade relacionados com o FC Porto”

“O Porto Canal deve pautar-se por uma linha editorial credível”


P.S. No caso de ter deturpado (de forma involuntária) a opinião que foi transmitida, pedia ao Fernando Costa, ao Miguel Souto e ao Nelson Carvalho o favor de me corrigirem.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O adeus que o Vitor merecia

Imagino Antero, Vitor Pereira e Pinto da Costa num cenário do PortoCanal. Não há grandes sorrisos mas também não se vêm caras largas. Falam tranquilamente, entram em directo. Depois das perguntas da praxe do jornalista de serviço, Pinto da Costa comunica aos adeptos do clube que, de mútuo acordo, clube e treinador entenderam que o ciclo de três anos tinha chegado ao fim. Que era altura para um novo desafio para ambas as partes. Agradece a VP a dedicação, o ter abdicado de ser treinador principal para ser auxiliar de AVB e, sobretudo, de se ter negado a ir com ele para Londres e ficar a dirigir a nau, com sucesso desportivo inquestionável. Vitor Pereira agradece a confiança da estrutura, o apoio da directiva em todos os momentos. Há um olhar cúmplice, de sensação de dever cumprido para ambas as partes. Antero finalizando deixando a porta aberta no futuro para um treinador que tem tantos títulos como António Oliveira, Bobby Robson, Carlos Alberto Silva, José Mourinho e José Maria Pedroto. Títulos da estrutura, títulos do treinador, títulos de uma parceria que chegou ao fim.

Naturalmente, que isto é só fruto da minha imaginação.
A realidade é sempre mais crua que a fantasia. No mundo real não há espaço para a honestidade intelectual, para o cavalheirismo e para o reconhecimento do mérito. Salvo casos muito excepcionais, tudo é feito com frieza e distanciamento. E é pena que assim seja.
Porque o FC Porto é um clube grande no plano desportivo mas sempre o foi no plano humano. E a este adeus de Vitor Pereira faltou isso mesmo. Humanidade. Não se trata de que o técnico mereça ficar ou não - esse debate acabou, agora é remar em frente com o Paulo Fonseca - mas sim da forma como o clube decidiu dar por terminada uma relação profissional que se pode considerar, a muitos títulos, bem sucedida.
Vitor Pereira é portista. Sentido, do coração, de pequenino. Não precisou do discurso retórico da cadeira de sonho, não precisou de pôr-se de joelhos na Luz para reclamar um "roubo de igreja" ou de inventar que era um ser especial. Vitor Pereira foi ele mesmo, com os seus defeitos e virtudes (que tem muitas, como todos, em ambos campos). No final, mereceu apenas um comentário despectivo do homem que o foi buscar ao Santa Clara, que o manteve no posto quando a coisa esteve tremida em Dezembro de 2011, e que celebrou com ele dois títulos com os quais talvez a estrutura não tivesse a contar. Disse Pinto da Costa que o FCP tem um novo treinador porque o anterior quis ir para as Arábias, deixando entender que se tinha vendido. Não é assim.



Desde Março, quando o agente do VP e  o próprio souberam que o clube não tinha intenções de renovar, que o seu destino estava traçado. Sondaram-se treinadores internacionais e escolheu-se um técnico de perfil baixo, português e ambicioso. Pelo caminho, a vitória surpreendente no minuto Kelvin chegou a fazer alguns elementos do clube ponderar um voltar atrás. Montou-se um circo pouco habitual num clube tão profissional como este, exemplar na gestão da sucessão dos seus treinadores como nenhum outro. Alguém pensou em persuadir o treinador a ficar, para agradar a parte da galeria. Acabou por pesar a vontade de mudar para algo mais atractivo e o próprio despeito de um profissional que se sentiu desprezado quando as coisas não iam tão bem. Tudo isso é legitimo e futebol. O FCP tem todo o direito a não renovar com quem quer que seja e o VP tem todo o direito em não querer renovar e ir fazer o contrato da sua vida nas Arábias. Mas isso implica que não tenha direito a uma despedida à altura?
Quando AVB saiu, muitos - eu não, nunca eu - começaram a transformar o amor que lhe tinham por ódio e passou a ser o Libras-Boas. Mas nunca se viu do clube essa frieza e distanciamento com um treinador que, meses depois, veio recolher o Dragão de Ouro. Está claro que aqui há filhos e enteados. VP ficou, sofreu na pele o desgaste de um balneário destroçado pelas ambições de jogadores e empresários, e corrigiu o rumo. AVB foi-se embora. E no entanto, parece que ao primeiro há que dizer adeus e até logo e ao segundo, vê lá se voltas depressa. Curioso.

Esse pequeno gesto tinha dignificado, sobretudo, o clube.
Não é a primeira vez que PdC não renova com um campeão, homem da casa. Passou com Oliveira e não se perdeu o título seguinte. Um bom exemplo para deixar claro que os homens passam e a estrutura fica, o nosso sinal de sucesso. Não havia essa pergunta a contornar, pura e simplesmente porque isto é futebol. Mas da mesma forma que se utilizou, e bem, o Porto Canal para apresentar o novo mister, teria tido um orgulho imenso nos meus dirigentes se tivessem feito exactamente o mesmo, dias antes, para despedir o homem do bicampeonato que todos pensavam que seria de outra cor. Noutros clubes, noutras ligas, noutras sociedades, homenagens destas existem. É só preciso trazer um pouco mais de humanidade a um desporto-paixão cada vez mais tratado por quem o dirige com a frieza e cinismo de quem gere uma multinacional. O Vitor merecia ter tido outro adeus, os adeptos do FC Porto (principalmente os que lhe estão gratos, que são muitos, independentemente de que queiram que siga ou não) também. Só faltou que as pedras do Dragão tivessem tido um pouco mais de sentimento.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O fanatismo cego e doentio da benfica TV

«Estive a ver no YouTube o que se disse na Benfica TV sobre, por exemplo, o lance do Benfica-Estoril em que há um claro penálti de Artur sobre Luís Leal. Para quem não sabe, o que faz a Benfica TV durante os jogos do seu clube é filmar dois comentadores/relatadores, vendo-se ao lado um pequeno monitor de televisão que está a passar o jogo. Neste caso, a primeira exclamação é: “O árbitro tem que mostrar cartão amarelo a Luís Leal”; a segunda é: “O árbitro Paulo Baptista aproxima-se e fica-se pela reprimenda”; a terceira é, vendo-se o lance através do monitor e o pé do guarda-redes em cima do pé do avançado: “Não há absolutamente nada, nem sequer há protestos”.
O mesmo foi defendido por Rui Gomes da Silva, no programa da SIC ‘O dia seguinte’. Mas, neste caso eu desculpo, porque Rui Gomes da Silva não é jornalista, nem tem que responder perante um código deontológico que pede verdade. Está lá como comentador do Benfica, para defender o Benfica. Que o faça de forma a que se torne ridículo, porque desonesto, só diz respeito a ele e, eventualmente, a quem o lá pôs.
Mas na Benfica TV é diferente. É um órgão de comunicação social e quem está a relatar, creio, tem carteira de jornalista. E, nesse caso, não pode fazer isto de forma sistemática. O Sindicato, a comissão da carteira, não têm nada a dizer sobre esta deontologia?
Não acho que se possa proibir uma televisão de ter os direitos de jogos, mas acho que aquilo que é agressão ao espectador, aquilo que é lavagem ao cérebro, aquilo que é desonestidade pura deve ser denunciado e a Entidade Reguladora da Comunicação deve ser chamada a pronunciar-se.
A democracia também se faz da sanidade mental do nosso sistema audiovisual. A Benfica TV não contribui para isso. Pelo contrário. Já lá ouvi dizer: “Este árbitro devia ter um acidente quando sair daqui”.
Há coisas inadmissiveis!
Felizmente o Porto Canal tem outra génese. E outra prática! Espero que continue assim.»
Manuel Queiroz
semanário 'Grande Porto', 10-05-2013


A benfica TV é um canal de televisão dominado por um fanatismo cego, associado a um tal ódio ao Porto, que chegam ao ponto de convidar para comentadores dos seus programas indivíduos com o “perfil” de António Pragal Colaço e Sérgio Luís Bordalo.

Aliás, a propósito de umas tristemente célebres declarações de Sérgio Luís Bordalo feitas na benfica TV, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), emitiu uma Deliberação em que chamou à atenção que “a natureza do serviço de programas não o isenta, ao contrário do que a Benfica TV parece indicar na defesa, do cumprimento das normas aplicáveis à actividade de comunicação social” e que “a Benfica TV não está desonerada de zelar pela conformidade dos conteúdos transmitidos”.

Só que, tal como na história do escorpião e do sapo, a natureza da benfica TV é o que é e as recomendações e deliberações da ERC caíram sempre em saco roto.

É neste contexto e sabendo-se que, a partir da época 2013/14, a benfica TV vai passar a transmitir os jogos que o slb vai disputar em casa, não é difícil prever o que vai acontecer.

A propósito, em 29 de Outubro de 2012, num artigo de opinião publicado no site Maisfutebol, Luís Sobral escrevia o seguinte:

«A hipótese de passar jogos na Benfica TV, a concretizar-se, obrigará também a rever a utilização que é feita das imagens televisivas em diferentes instâncias do futebol, da disciplina à arbitragem. Digo eu.
O Maisfutebol levantou o tema na última sexta-feira. Do meu ponto de vista, a Liga e a Federação estão obrigadas a olhar com lupa para os regulamentos de competições e disciplinar. Deixará de ser legítimo utilizar as imagens de jogos para tomar decisões, pelo simples facto de que o olhar deixará de ser neutro, distante, frio, igual para todos.
Eu sei que a minha opinião não será partilhada por muitos leitores. Mas também sei que já fiz mais transmissões de futebol do que a esmagadora maioria de quem me lê. E sei como se faz e conheço quem faz. Também sei que nada na prática atual dos clubes portugueses me leva a acreditar que algum dia poderão ser fontes justas e isentas. É contra a sua natureza, viciados em colocar o emblema antes do futebol. Valia a pena começar a pensar sobre isto. É impensável que uma televisão de clube transmita jogos de uma liga profissional e os regulamentos e práticas não se alterem


Aparentemente, a Liga de Clubes não está minimamente preocupada, mas gostava de saber o que tem a dizer o seu presidente (Mário Figueiredo), ele que, ainda por cima, faz da centralização dos direitos televisivos uma espécie de cruzada (contra Joaquim Oliveira).

E também gostava de ouvir a opinião do responsável do sector de arbitragem (Vítor Pereira) porque, segundo julgo saber, uma das componentes da avaliação dos árbitros e dos observadores é baseada nas imagens televisivas.

Já quanto à ERC, não tenho qualquer tipo de expectativa. Todas as recomendações e deliberações dirigidas à "Ódio TV" continuarão a ser ignoradas e a irem direitinhas para o caixote do lixo.

Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.


P.S. Conforme referiu o jornalista Manuel Queiroz, o Porto Canal tem outra génese e outra prática. Ora, o Porto Canal vai ser o tema do Painel 1 do II Encontro da Bluegosfera e, após três interessantes apresentações, questões como “qual a utilidade para o FC Porto e para os seus adeptos do clube ser dono do Porto Canal?” ou “por que razão é que a programação desportiva do Porto Canal não é mais agressiva?”, poderão ser debatidas durante 45 minutos à Porto, na presença do Diretor-Geral do Porto Canal, Júlio Magalhães.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O Porto Canal também esteve presente...

... no I Encontro da Bluegosfera mas, tal como o Diretor de Comunicação do FC Porto, também tiveram de sair relativamente cedo para se deslocarem para Viseu.



P.S. Em resposta a algumas críticas e sugestões que recebemos, num eventual II Encontro iremos tentar arranjar meios para efectuarmos uma gravação alargada do mesmo.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Porto Canal, 1 - FPB (+ A Bola), 0

A Federação Portuguesa de Basquetebol enviou, esta manhã, cartas para o FC Porto e para a Porto Canal a não autorizar a transmissão do quinto e decisivo encontro da final da Liga de basquetebol - a disputar entre portistas e Benfica, esta noite, no Dragão Caixa - por aquele operador parceiro do clube, segundo revelou A BOLA Mário Saldanha, presidente da FPB.
Segundo o mesmo dirigente, a única estação televisiva autorizada a transmitir o direto do desafio seria a SportTv, ao abrigo de «um protocolo também assinado pelo FC Porto a 1 de Outubro de 2011, que ainda continua em vigor», e que confere ao canal de Joaquim Oliveira um direito de preferência.

As missivas enviadas pela Federação servem de resposta a uma comunicação do FC Porto, na qual a FPB era informada «da proibição da transmissão pela SportTv» do decisivo encontro, adiantou o mesmo responsável. Mais. A Federação sublinhou na missiva enviada para a Administração da SAD portista que «a violação do referido protocolo não deixará de causar prejuízos graves a terceiros, nomeadamente a SportTv» e que o FC Porto «será responsabilizado por todo e qualquer prejuízo» resultante da proibição levantada ao operador de conteúdos desportivos.

Face a esta polémica, dada em primeira mão pela edição em papel de A BOLA de hoje, «a Federação Portuguesa de Basquetebol não se fará representar por nenhum dos seus membros» esta noite, no Dragão Caixa, garantiu, ainda, Mário Saldanha, que se mostra «surpreendido e triste com esta decisão da SAD do FC Porto, quando a FPB sempre mostrou disponibilidade para o diálogo».
in abola.pt


A Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB) não enviará esta quarta-feira qualquer responsável ao Dragão Caixa, onde FC Porto e Benfica discutem o título nacional no quinto e último jogo da final do playoff.
A decisão, confirmada à agência Lusa pelo presidente da FPB, Mário Saldanha, foi tomada depois do FC Porto ter informado terça-feira o organismo que não permitia a transmissão televisiva do jogo pela SportTV, como estava estipulado no protocolo assinado entre clube e federação.

Fonte do FC Porto confirmou à Lusa que o jogo decisivo do campeonato, marcado para as 20 e 30, será transmitido pelo Porto Canal, recusando fazer qualquer outro comentário sobre o assunto.

"O Porto Canal não está autorizado pela federação a transmitir o jogo. Esta situação pode ter, e vai ter, consequências", assegurou Mário Saldanha.

Do lado do Benfica, fonte do clube da Luz disse à Lusa ser "inaceitável a entidade que superintende o basquetebol em Portugal não marcar presença no jogo, em vez de punir o FC Porto por esta atitude".

Mário Saldanha reconheceu que eventuais consequências desportivas "só o Conselho de Disciplina apurará", mas que esta decisão do FC Porto "configura no incumprimento do que estava estabelecido e as instalações podem não estar em condições, no seu todo, para acolher o jogo".
"Para não se prejudicar a modalidade, autorizámos que o jogo se faça e que seja homologado. Hoje há campeão!", garantiu Mário Saldanha, acrescentando que o troféu será entregue pelo diretor da prova, Pinto Alberto.
O presidente da FPB insistiu que no protocolo assinado pela SAD do FC Porto, Porto Canal e federação, o direito de transmissão televisiva do jogo de hoje era atribuído à SportTV, o que não irá suceder e poderá implicar pedidos de indemnizações.
"Temos um outro protocolo com a SportTV. Ficamos em incumprimento e a SportTV poderá mover-nos um processo por termos cumprido e lesado os seus anunciantes. Nós também prejudicamos os nossos patrocinadores", admitiu Mário Saldanha.
in record.pt


Que eu saiba, os jogos dos encarnados em casa foram transmitidos pela benfica TV, sem que tivesse havido qualquer objeção por parte da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB).

Por isso, o insignificante Mário Saldanha escusa de fazer ameaças e não precisa de se preocupar com a SportTv, porque estou certo que eventuais problemas serão adequadamente resolvidos pelos senhores Pinto da Costa e Joaquim Oliveira.

De resto, é interessante que tenha sido o jornal semi-oficial do slb - A Bola - a dar a notícia em primeira mão (parece ser também o órgão de comunicação social oficioso da FPB...).

Quanto à transmissão televisiva, vai ser mesmo no Porto Canal e, já que o presidente da FPB amuou e não vem ao Dragão Caixa, pode sintonizar a sua TV no canal 13 da ZON...

Porto Canal em expansão

O Porto Canal estabeleceu um acordo com a operadora angolana ZAP (operadora com a qual a ZON tem uma parceria) e, a partir deste Verão, vai passar a ser visto em Angola e Moçambique.

Em declarações ao semanário Grande Porto, Júlio Magalhães, diretor-geral do Porto Canal, afirmou:

Os PALOP são países estratégicos para o Porto Canal e para o FC Porto. É uma oportunidade para expandir a marca e para levarmos os nossos conteúdos a países onde há cada vez mais adeptos do clube.

(Semanário Grande Porto, 11/05/2012)

Aos poucos, parece que o Porto Canal começa a crescer em audiências e a expandir-se para outros mercados. São sinais animadores.

P.S. Quem não conseguiu arranjar bilhete para o jogo de logo à noite entre dragões e encarnados, que irá decidir o campeão nacional de basquetebol, poderá acompanhar o 5º e último jogo dos play-offs precisamente no Porto Canal, a partir das 20h30.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Dar voz ao Norte


Em entrevista publicada no JN de domingo passado, Júlio Magalhães transmitiu a quase certeza de que irá aceitar o convite da SAD do FC Porto, deixando a TVI para passar a liderar o Porto Canal.

De entre as várias respostas às perguntas colocadas, destaco as seguintes afirmações:

“o sonho de fazer a minha carreira a partir do Porto, porque uma das lutas que tive sempre foi a de fazer reconhecer em Lisboa que no Porto também há massa crítica. Acredito que posso vir a fazê-lo no Porto Canal, dar voz ao Norte.”

“se o projecto que me apresentassem fosse o de um canal só do FC Porto não teria aceitado”

[Que projecto lhe apresentaram para o Porto Canal?] “Um canal para dar voz ao Norte, à região e não um canal exclusivamente do clube. Um canal que ultrapassa a clubite, a dimensão da paixão pelo azul e branco. É um projecto estruturante para o clube, que quer ter uma marca que mostre às pessoas que o clube não é só futebol.”

“Quando deixei a Direcção de Informação da TVI e vim para o Porto, foi-me feita uma proposta que me agradava imenso, mas que depois, com a crise, não se concretizou, que era de desenvolver as regiões.”


Já o disse e repito: estou completamente de acordo com a estratégia gizada pelos responsáveis do FC Porto para o Porto Canal, mas falta saber como é que a mesma irá ser posta em prática.
Para já, a contratação de elementos como Domingos Andrade (ex-Lusa), para Director de Informação e de Programas, e de Júlio Magalhães, para Director do Canal, mostra que a aposta é forte e veio aumentar a minha expectativa.

Porque, mais do nunca, é preciso, o país precisa, que seja dada voz ao Norte.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Notícias com um olhar do “Norte”





A que propósito é que uma notícia sobre as ex-SCUTs surge num blogue como o ‘Reflexão Portista’?


A capa do JN de ontem e a notícia em si, remetem para dois aspectos que têm muito a ver com o país que temos, com algumas polémicas do futebol português e com o modo como a comunicação social escolhe temas e selecciona destaques.


I. Notícias, títulos e destaques

«Auto-estrada da exportação mais cara que Lisboa-Cascais»
«Preço por km entre Aveiro e Vilar Formoso é o triplo da A5»

O tema “SCUTs” foi e continua a ser objecto de tratamento jornalístico. Contudo, alguém acredita que seria possível uma capa destas, com este título e subtítulo, num dos jornais feito na capital (Correio da Manhã, Diário de Notícias, Público, Expresso ou Sol)?
E algum dia esta notícia seria apresentada desta maneira, destacando uma escandalosa diferença de custos por quilómetro a favor dos mais ricos, se a peça fosse preparada pelas redacções de Lisboa da RTP, SIC ou TVI?

Parece um contra-senso, mas desde que Portugal aderiu à UE (na altura CEE) em 1985, a macrocefalia da capital não tem parado de aumentar e tem sido acompanhada de uma visão e propaganda dos media cada vez mais Lisboa-cêntrica. Por isso, e para denunciar as discriminações e os abusos que se vão cometendo, é fundamental haver um JN, bem como, projectos jornalísticos como o do semanário Grande Porto, ou um canal televisivo como o Porto Canal. O problema é que os órgãos de comunicação social só se aguentam se tiverem compradores/audiência e publicidade, algo que cada vez está mais concentrado, ou é decidido, na capital…

II. O Norte e o Sul

Primeiro Pedroto e depois Pinto da Costa foram acusados pelos media da capital de serem incendiários e de, com a suas intervenções públicas, contribuírem para dividir o país em Norte e Sul.
É falso, é completamente falso. Se alguém, no discurso, divide o país em Norte e Sul são precisamente os protagonistas da capital e alguns exemplos da linguagem e tipo de expressões utilizadas são elucidativos.
Ao contrário e em sentido oposto ao que se ouve em Lisboa, no Porto, ninguém se refere à A1 como “auto-estrada do Sul”.
No Porto, ninguém trata os alentejanos, ou os algarvios, como “as pessoas do Sul”.
No Porto, ninguém diz que vai “rumar ao Sul” quando tem de se deslocar a Lisboa.

As verdadeiras divisões que existem em Portugal, resultantes das assimetrias que sucessivas políticas centralistas foram cavando, é a divisão entre o litoral povoado e o interior desertificado, bem como, a divisão entre um eixo Lisboa-Cascais cada vez mais rico e o resto do país cada vez mais pobre. E é neste contexto que a notícia do JN tem mais relevância porque, corajosamente, volta a pôr o dedo na ferida.

Na A25, um veículo ligeiro pagará 9 cêntimos por quilómetro, “apenas” o triplo do que é suportado por um veículo idêntico na A5, a auto-estrada que liga Lisboa a Cascais. Isto é aceitável?
E para quem não sabe, a A25 não passa no Porto, nem sequer na região Norte (*). É uma auto-estrada que percorre a Beira Litoral e a Beira Alta, entre Aveiro e Vilar Formoso, sendo a principal via rodoviária usada para a exportação de produtos fabricados no Centro e no Norte do país.

Sofrendo na pele as consequências das politicas centralistas, não consigo encontrar explicação para que a esmagadora maioria das populações que vivem no interior do país seja adepta do slb ou do SCP, mas deve ser uma espécie de Síndrome de Estocolmo.

(*) Considerando a região Norte como sendo formada pelos distritos do Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real e Bragança.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

O fim de uma dupla de sucesso?


Em declarações ao Meios&Publicidade, Júlio Magalhães desmentiu as notícias dos últimos dias que davam como certa a sua saída da TVI para assumir a direcção-geral do Porto Canal:

Não é verdade que tenha apresentado qualquer carta de demissão à TVI. É um facto que fui convidado e já informei a TVI dessa possibilidade, mas só tomarei uma decisão até ao fim do ano. Até lá estou a ponderar”.

Trata-se de um projecto aliciante [o Porto Canal] e em termos financeiros é magnífico, tenho que o admitir”.

Há 12 anos que viajo entre o Porto e Lisboa e já não tenho idade para fazer tantos quilómetros”.

Para além do seu portismo e da questão financeira, este último argumento (“há 12 anos que viajo entre o Porto e Lisboa”) é algo que pesa e de que maneira, principalmente quando se tem esposa (marido) e filhos. É um dos custos invisíveis do centralismo.

Apesar do Júlio Magalhães dizer que ainda está a ponderar, os sinais existentes são de que está para breve o fim de uma das duplas mais antigas e de maior sucesso da televisão portuguesa.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Rui Rio no Porto Canal?



«Face às conclusões do grupo de estudo da RTP é de temer pelo futuro da RTP – Porto, que suporta mais de 50 por cento dos conteúdos apresentados na RTP Informação, o canal de notícias da televisão pública no cabo, e produz o jornal televisivo de maior audiência (comparada) há muitos anos. Há tempos que se receia que o emagrecimento de custos da televisão do Estado seja feito à custa do empobrecimento da RTP – Porto. A situação de crise do País pode ser uma boa oportunidade. Mas, se tal acontecer (e lamentando que alguns dos algozes sejam homens do Porto ou fortemente relacionados com o Porto, na Administração da RTP), cometer-se-á um crime de lesa-pátria (…)

Uma televisão pública, entre muitos outros conteúdos (alguns dos quais oferecidos na RTP2), não pode deixar de dedicar uma parte substancial dos seus recursos à informação, olhando para o país – o país todo, continental e insular – e para os espaços da lusofonia e da diáspora. O que não se sabe não existe. O que não aparece nas notícias e na informação não acontece.
(…) a ideia pouco inteligente de que tudo o que acontece fora de Lisboa não tem importância, de que a política, a economia e a finança se resumem a Lisboa.»
Alfredo Barbosa, jornalista
Semanário Grande Porto, 11/11/2011


Na quarta-feira da semana passada, ao fazer um zapping, apanhei parte de uma entrevista de Rui Rio no ‘Grande Jornal’ da RTP Informação. A entrevista abrangeu diversos temas e às tantas Rui Rio disse à jornalista qualquer coisa do estilo “… vocês aqui em Lisboa…”.

Já pouca coisa me surpreende no país mais centralista da Europa, mas não deixo de questionar por que razão esta entrevista não pôde ser efectuada a partir dos estúdios da RTP Porto. E também é significativo que o presidente da CM Porto e da Junta Metropolitana do Porto tenha aceite deslocar-se numa quarta-feira à noite a Lisboa, para dar uma entrevista, de alguns minutos, inserida num dos vários espaços noticiosos do canal de notícias da televisão pública.


Se dúvidas tivesse (que não tinha), estes episódios – entrevista de Rui Rio à RTP Informação e conclusões do grupo de estudo da RTP – vieram reforçar a minha convicção de que a estratégia que o FC Porto definiu para o Porto Canal é a mais correcta. De facto, o esvaziamento progressivo da RTP Porto no universo RTP, se por um lado constitui mais uma machadada centralista na pluralidade de notícias e opiniões (“o que não aparece nas notícias e na informação não acontece”), por outro é uma oportunidade que o Porto Canal deverá aproveitar.

Os canais do regime, público e privados, estão cada vez mais centralistas? Pois muito bem, então o Porto Canal deve dar voz a actores (políticos, empresários, académicos, desportistas, …) de fora do eixo Lisboa – Cascais.
Se a RTP é cada vez mais uma RTL (Rádio e Televisão de Lisboa), o Porto Canal, apesar do nome, tem de ser também o canal de Braga, de Guimarães, de Viana, de Vila Real, de Bragança, de Aveiro, de Viseu, etc.
Falta saber se as pessoas destas regiões, principalmente os políticos locais, querem ajudar a crescer um canal que não está sediado na capital e que não olha para o país de acordo com a célebre ideia de uma personagem de Eça, segundo a qual Portugal era (é!) Lisboa e o resto é paisagem.

Nesta linha, será que antes do final deste seu terceiro e último mandato, teremos o presidente da câmara municipal do Porto a dar uma entrevista ao Porto Canal?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Porto Canal, os outros vão-nos imitar


O Porto Canal apresentou hoje o seu website renovado. Não sendo um website deslumbrante está, sem dúvida, melhor.

Mas, acerca do Porto Canal, o que eu gostaria de destacar é o ponto 2 da página do presidente, da Dragões Nº 305 (Agosto 2011):

«A coincidir com o novo ano futebolístico, iniciámos uma nova aventura no Porto Canal. Desde o início deste mês, os adeptos passaram a dispor de um canal em que terão a garantia de uma cobertura exaustiva e verdadeira do nosso FC Porto. E como, com certeza, já puderam constatar, o FC Porto não entrou no Porto Canal para destilar ódio contra os adversários, para assumir uma atitude sectária e ofensiva. Não, o FC Porto entrou no Porto Canal para estreitar a ligação aos seus milhões de adeptos e para contribuir para a afirmação do Porto e do Norte no país. Um dia, os outros também nisso nos irão seguir e imitar.»

O FC Porto, e particularmente o seu presidente, está de parabéns pela forma como encarou a entrada no Porto Canal, que é, na minha opinião, um dos projectos mais importantes do FC Porto na última década.

Espero que esta parceria entre o FC Porto e o Porto Canal seja algo que tenha vindo para ficar muitos e bons anos e que a prática do canal não se desvie da visão que nos é transmitida pelo presidente Pinto da Costa.

sábado, 30 de julho de 2011

Um canal contra a espiritualidade centralista

«A distância da capital e do poder mediático, juntamente com a incapacidade de influir na orientação editorial quotidiana dos órgãos de comunicação social, impõe ao FC Porto: vencer mais vezes do que os rivais e desenvolver um modelo de comunicação externa muito diferente dos clubes mais poderosos de Lisboa. (...)

Portugal ainda não se libertou da asserção queiroziana de que o país é Lisboa e o resto é paisagem. Pelo contrário, salvo alguns - poucos - anos depois do 25 de Abril, o país passou a viver mais em Lisboa e em função de Lisboa (...)
O mesmo sucede em relação ao desporto. Não importa que o FC Porto vença habitualmente, e muitas vezes, em diversas modalidades; não interessa que clubes nortenhos dominem em diferentes actividades desportivas; não importa que fora de Lisboa se evidenciem talentos nas mais distintas áreas; (...) A espiritualidade lisboeta e centralista é redutora, pretende que tudo aconteça perto de si e, o mais possível, à medida dos seus interesses. (...)
Porque essa espiritualidade tende a dominar, Belmiro de Azevedo mudou a sede do Público do Porto para Lisboa e a Invicta ficou reduzida a um jornal de índole nacional, o Jornal de Notícias (...)

Mas vai subsistindo a espiritualidade lisboeta e centralista, razão por que o FC Porto decidiu inovar (mais uma vez) na sua comunicação, optando por tomar uma posição accionista maioritária no Porto Canal, o que nos interroga sobre o futuro do canal com pronúncia do Norte e orientação regionalista. Mas, antecipando argumentos e objectivos, parece-me que o emblema do dragão não desejará ganhar poder e influência comunicacional apenas para si. Esse seria um comportamento redutor, que pouco ou nada adiantaria relativamente a um canal clubista.
Os responsáveis portistas sentirão que, independentemente do cultivo das vitórias, o futuro terá de ser feito com agregação de interesses, iniciativas, realizações e objectivos de outras instituições locais e regionais aos mais diversos níveis. Uma visão minimalista, de interesse individual, não consolidaria a espiritualidade do dragão nem contribuiria para um maior reconhecimento da vitalidade da sua organização e dos seus êxitos.
O desempenho mediático do FC Porto no Porto Canal não se afastará, por isso, de um pensamento integrador, inclusivo e expressivo do que de mais importante acontecer na região, promovendo e desenvolvendo as diferentes culturas que nela existem e se evidenciam. Pelo menos na informação generalista.

No desporto, a marca FC Porto será dominante. Porque ela é a raiz da força, do poder e da influência. Como contraponto à espiritualidade lisboeta e centralista.»
Alfredo Barbosa, semanário Grande Porto, 15/07/2011

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É já a partir da próxima segunda-feira, dia 1 de Agosto, que o FC Porto vai tomar conta dos destinos do Porto Canal.

O director de Programas Desportivos será Rui Cerqueira, que irá acumular essa função com a de director de Comunicação do FC Porto.

Quanto ao director de Informação e Programas Não Desportivos a escolha recaiu em Domingos Andrade, até agora director-adjunto de Informação da Lusa, onde estava desde 2009.

Domingos Andrade tem 41 anos, é doutorando em Ciências da Comunicação pela Universidade do Minho, com uma Pós-Graduação em Sociologia das Organizações e licenciado em Comunicação Social. Entre 2003 e 2008 foi chefe de redacção do Jornal de Notícias. Desde 2005 que é docente da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica.

Tal como já tinha referido aqui, a primeira grelha de programação da responsabilidade da nova direcção do Porto Canal só estará disponível no início do próximo ano mas, segundo foi anunciado, já em Agosto serão alterados os conteúdos de cariz desportivo, de forma a projectar a marca e as actividades do FC Porto.


Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um canal à Porto

Tinha sido anunciado que a partir de hoje, o FC Porto, através da FC Porto Media, iria passar a gerir o Porto Canal, mas afinal houve um adiamento de um mês. Assim sendo, só a partir de 1 de Agosto é que começará a ser visível a influência azul-e-branca, nomeadamente através de espaços informativos acerca das actividades desportivas.
E só em Janeiro de 2012 é que haverá uma verdadeira renovação do canal, altura a partir da qual se perspectiva um programa com a presença/contributo regular de Jorge Nuno Pinto da Costa.

aqui falei sobre esta operação de compra do Porto Canal e confesso que tenho expectativas elevadas. Espero, por isso, que para além de uma revisão completa da grelha de programação, que contribua para melhorar significativamente o nível qualitativo dos programas (alguns programas da grelha actual são muito pobrezinhos), o Porto Canal se prepare para assumir um papel cada vez mais relevante na sociedade portuguesa, nomeadamente dando voz aos protagonistas da "província", mas que são excluídos e silenciados pelos canais da capital. Como todos sabemos, a comunicação social fora de Lisboa é quase inexistente e a situação poderá complicar-se ainda mais, num provável cenário de cortes na RTP e de cada vez maior esvaziamento (ou mesmo fecho) da RTP-N.

terça-feira, 31 de maio de 2011

FC Porto Media (I)


«O actual director de comunicação do F. C. Porto, Rui Cerqueira, vai assumir as funções de director-geral do Porto Canal, estação que a partir de 1 de Julho passará para as mãos do clube. (...)
Em Julho, a F. C. Porto Media, criada pelo clube para o efeito, passa a gerir a estação adquirida à Media Luso, detida pelo grupo espanhol Mediapro, e desde logo será possível assistir a alterações gráficas, inspiradas no clube, e à introdução de novos programas. "Está previsto que se façam emissões desde um novo estúdio instalado no Estádio do Dragão", avança fonte ligada ao projecto, da parte do F. C. Porto. Outra das apostas será um "talk show" nocturno diário. (...)
Sem perder tempo, os novos gestores preparam ainda a contratação de um novo director de informação. A componente noticiosa, nomeadamente a desportiva, começará a reforçar a oferta da emissão de imediato, embora estejam previstas alterações faseadas. Reserva-se para Janeiro o lançamento de uma estação assumidamente focada no desporto.
A par da entrada em cena dos novos gestores, começaram os contactos com distribuidoras internacionais. E as conversações com uma operadora angolana tem corrido da melhor forma, revela a mesma fonte, o que significa que Angola deverá ser o primeiro dos destinos fora de portas. Em Portugal, o facto de o Porto Canal fazer parte da oferta de todos os operadores, do Meo, à Zon, à Vodafone Casa, torna a sua recepção mais universal do que a actualmente existente pelo Benfica TV, ainda excluído da maior plataforma, a Zon, por causa de um desentendimento antigo. (...)
A última grande aposta da estação tem sido as delegações no Norte, apresentadas como um veículo de proximidade com os cidadãos de uma região mais alargada.»
in JN, 28/05/2011


Para além de queimar várias etapas, a estratégia do FC Porto em comprar o Porto Canal e manter o seu figurino - um canal generalista, de cariz regional e com inspiração portista - parece-me bastante mais adequada do que criar de raiz um canal próprio. O público-alvo será, seguramente, mais alargado e, em termos de conteúdos, espero que nunca haja a tentação de imitar alguns programas da grelha da Benfica TV, concebidos e dirigidos para fundamentalistas dementes.

Embora sem descurar os acontecimentos a nível nacional e internacional, espero que o Porto Canal continue a privilegiar um olhar mais atento sobre a realidade regional (canais centralistas já temos muitos) e, nesse sentido, é muito importante manter as delegações existentes. É que apesar do nome, o Porto Canal há muito que ultrapassou as fronteiras do rio Douro e da circunvalação.

Contudo, num cenário de contracção do mercado publicitário e com as grandes empresas sediadas em Lisboa, preocupa-me os três milhões de euros de passivo que o canal possui e os cerca de cinco milhões de euros necessários para a exploração anual, mas estou certo que estes números foram bem estudados pelos dirigentes do FC Porto.

P.S. O artigo completo, publicado no JN de sábado, pode ser lido aqui.