Na véspera da “entrevista” de Luís Filipe Vieira ao canal do clube, o vice-presidente José Eduardo Moniz também quis falar e, entre outras coisas, afirmou o seguinte:
“Aquilo que o FC Porto faz, representa um caminho. Não vou considerar se é bom ou se é mau. É simplesmente um caminho diferente que leva a aumentar significativamente a massa salarial que o clube tem de suportar”
Outro vice-presidente do Benfica, no tempo de antena que tem às segundas-feiras na SIC, tem insistido na mesma tecla (até fico comovido com a preocupação dos benfiquistas em relação à massa salarial e saúde financeira do FC Porto…).
Para mostrar que estão a seguir um caminho diferente do FC Porto, os encarnados de Lisboa decidiram ir ao mercado e contratar o “baratinho” Júlio César, para suceder a outro guarda-redes brasileiro – Artur – na baliza das águias.
Naturalmente, antes de assinar um contrato de dois anos com o Benfica, Júlio César teve de rescindir o contrato que tinha com o Queens Park Rangers até Junho de 2016 e onde ganhava £100,000 por semana.
«Julio Cesar is set to clinch a season-long loan move to Benfica this week after being deemed surplus to requirements at Queens Park Rangers.
The Brazilian is earning a staggering £100,000-a-week at Loftus Road and the club are keen to get the goalkeeper off the wage bill.
Cesar’s salary is a problem for the Portuguese side but they are likely to reach a compromise for the 34-year-old.»
in Daily Mail, 17-08-2014
Deixa ver se eu percebi. Júlio César ganhava cerca de £5 M (cerca de 6,2 milhões de euros) por ano no QPR mas, segundo a propaganda ao serviço do clube do regime, aceitou vir para Lisboa ganhar 1 milhão de euros por ano.
Capa do Correio da Manhã de 20-08-2014 |
Ou seja, provavelmente pelo prazer de jogar no Benfica (mais um que deve ser benfiquista desde pequenino…), Júlio César aceitou rescindir um contrato que lhe assegurava cerca de 12 milhões de euros até Junho de 2016 para, no mesmo período, receber 2 milhões de euros.
«Todo o burro come palha, a questão é saber dar-lha»
Provérbio português