O FC Porto até começou bem o jogo em St. Jakob-Park, com domínio de bola e jogando em toda a largura do terreno nos primeiros minutos. Porém, aos 11 minutos, no único remate que fez à baliza de Fabiano, o Basileia marcou por Dérlis. Frei desmarca o extremo que aguentou a carga de Alex Sandro e bateu o guarda-redes portista que em minha opinião poderia ter-se feito melhor ao lance (quando voltará Helton a ter uma oportunidade?).
A partir daí só deu Porto. No entanto, até ao fim da primeira parte a equipa voltou a demonstrar enormes dificuldades para chegar à baliza adversária. Há muita posse mas em terrenos recuados e sem progressão. Todo o ataque que parece prometedor é interrompido voluntariamente pelos nossos jogadores que optam por diagonais para trás e volta tudo à estaca zero. Passe para a esquerda, devolução para o meio e passe para a direita para nova devolução aos centrais. A equipa não possui jogo interior nem futebol vertical, é demasiado lenta nas transições, ninguém arrisca e ficamos reféns de jogadas de inspiração de Óliver ou Brahimi (sendo que este último esteve muitos furos abaixo do que é capaz de fazer).
Até ao intervalo nota para uma grande penalidade por assinalar contra o Basileia por falta de Samuel sobre Jackson. O colombiano é agarrado e impedido de rematar à baliza de tal forma que até fica sem a braçadeira de capitão. Um lance escandaloso que trouxe à memória a arbitragem do jogo da final da Taça das Taças em 1984 contra a Juventus, neste mesmo estádio.
Na segunda parte a equipa entrou determinada a mudar o rumo dos acontecimentos e logo aos 47’ Casemiro marca numa recarga a um cabeceamento de Maicon. Era o golo merecido. O árbitro validou, deixou a equipa festejar e passados 2 minutos (!) anulou o golo por fora-de-jogo. Marcano e Jackson estão em fora-de-jogo posicional mas não tocam na bola nem interferem no lance. O guarda-redes viu a bola partir e aninhar-se nas redes. Voltava o fantasma de 1984 a pairar no relvado daquele estádio.
A equipa não baixou os braços e continuou a lutar pelo golo. Tello e Jackson não conseguiram finalizar 2 excelentes passes de Óliver e, mais tarde, Quaresma atirou à figura. Mas aos 78’ Danilo fugiu pela direita, foi à linha, e centrou tendo Samuel cortado o lance com a mão. Desta vez o árbitro não vacilou e apontou para a marca de penalty que Danilo finalizou com mestria para o 1-1. Impunha-se um cartão amarelo para o sarrafeiro do Basileia, que seria o segundo e daria expulsão, mas o árbitro voltou a ser benevolente para com a equipa suíça. Clattenburg fez uma má arbitragem e esteve péssimo no critério disciplinar, favorecendo os suíços.
O FC Porto devia ter vencido este jogo porque tem muito melhor equipa mas isso não aconteceu por vários motivos: a equipa foi perdulária nos momentos decisivos, demorou sempre demasiado tempo a chegar à baliza contrária e sofreu um golo porque a defesa foi lenta a reagir. Houve jogadores que não estiveram bem, lembro-me por exemplo de Herrera, de Brahimi e de Tello. Os dois primeiros porque estiveram desinspirados e o último, como já vem sendo habitual, porque não dá o máximo em cada lance que disputa.
Espera-se que no Dragão o FC Porto confirme a sua superioridade e passe à próxima eliminatória.
Uma nota final para destacar os milhares de portugueses, além dos Super Dragões, que estiveram no St. Jakob-Park a apoiar o FC Porto. Foi bem audível na transmissão televisiva o apoio prestado à equipa, principalmente nos minutos finais.
Uma nota final para destacar os milhares de portugueses, além dos Super Dragões, que estiveram no St. Jakob-Park a apoiar o FC Porto. Foi bem audível na transmissão televisiva o apoio prestado à equipa, principalmente nos minutos finais.
fotos: maisfutebol