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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Adaptações na Luz?

Segundo O JOGO de hoje (jornal que costuma estar bem informado acerca dos assuntos relacionados com o FC Porto), no SLB x FCP de logo à noite Danilo Pereira formará dupla com Indi, no centro da defesa portista.

Contudo, em declarações ao Record, um ex-defesa central dos dragões, o brasileiro Aloísio (que saudades de ver profissionais como o Aloísio no plantel do meu clube), avisa que o recuo de Danilo é uma opção que poderá comprometer o equilíbrio da equipa, porque “ao deslocar Danilo para central, o FC Porto perderia uma referência no meio-campo, onde faz uma boa dupla com Herrera”.

Ou seja, as opiniões dividem-se mas, aparentemente, o treinador tem apenas duas possibilidades:

1ª) Adaptar um médio defensivo – Danilo Pereira – a defesa-central, o que o obriga a mexer em duas posições fundamentais da equipa: no médio-defensivo (Danilo tem sido titular indiscutível) e na dupla de centrais.

2ª) Optar por um dos defesas centrais da equipa B – o ex-médio defensivo Chidozie (*) – o qual, esta época, tem vindo a ser trabalhado e adaptado à nova posição por Luís Castro.

(*) Para quem não sabe, Chidozie Awaziem é um jogador nigeriano de 19 anos (ainda podia jogar nos Sub-19!) e que o ano passado jogava a médio defensivo na equipa de juniores do FC Porto.

Quantos jogos completos é que a dupla Danilo-Indi já fez junta?
Quantos jogos completos é que a dupla Chidozie-Indi já fez junta?
Quantos jogos é que o Chidozie já disputou na I Liga?

Como é que foi possível, o FC Porto chegar ao absolutamente decisivo jogo da Luz e, para formar a dupla de defesas-centrais, o treinador estar nesta situação?

As razões imediatas são conhecidas.

Segundo a versão oficial, Marcano fica de fora devido a “uma distensão na face posterior da coxa direita”.
E Maicon fica de fora porque … (cada um preencha as reticências como quiser).

Contudo, é preciso recordar aos portistas menos atentos que, há duas semanas atrás, no fecho do mercado de Janeiro, a SAD “despachou” dois defesas centrais:

Igor Lichnovsky, um defesa chileno de 21 anos (era o 4º defesa central do plantel), foi emprestado ao Sporting Gijón;

Maurício Antônio, um defesa-central brasileiro de 24 anos, que estava na equipa B foi, no âmbito do negócio José Sá – Marega, emprestado (?) aos nossos “amigos” do Marítimo.

Eu nem sei o que dizer mas, num clube altamente profissional, com uma estrutura pesada e paga a peso de ouro, tudo isto me parece um bocadinho… amador.

Enfim, boa sorte para o treinador e para os jogadores do meu clube que, logo à noite, irão pisar o relvado do estádio da Luz porque, nas circunstâncias atuais do Clube/SAD e com tantas contrariedades (a maior parte delas com origem interna), bem vão precisar.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Uma equipa desfocada

Lopetegui pensativo durante o FC Porto x Marítimo (fonte: LUSA)

Pusemos em campo a equipa que achámos que teríamos que colocar nesta competição [Taça da Liga], onde temos a máxima ambição, mas que é destinada a futebolistas que jogam menos e aos que são alternativas da equipa B

Queríamos ter feito uma boa partida e que aqueles que não jogam tanto queriam ter mostrado que estão preparados, mas não aconteceu

[esta derrota terá impacto no jogo de Alvalade?] “São competições diferentes. A Liga é mais importante e [no sábado] estaremos mais focados

Estas foram algumas das declarações feitas por Julen Lopetegui no final do FC Porto x Marítimo de hoje.


A Taça da Liga é uma competição sem interesse?
É.

A equipa estava pouco focada neste jogo?
Se estava não devia estar. Os adeptos portistas, principalmente os milhares que se deslocaram ao estádio (31219 espectadores), mereciam que aqueles que hoje estiveram a representar o FC Porto – treinador e jogadores – estivessem focados e totalmente empenhados. Porque são profissionais, porque são pagos principescamente e, acima de tudo, porque têm sempre a obrigação de honrar a camisola do FC Porto.

Adeptos portistas descontentes (fonte: LUSA)

A Taça da Liga é uma competição destinada aos “futebolistas que jogam menos e aos que são alternativas da equipa B”?
De acordo.
Contudo, de certeza que não foi por causa dos jogadores da equipa B – Victor Garcia e André Silva – que a defesa foi um passador, que a equipa sofreu três golos (e poderiam ter sido 4 ou 5) e que o FC Porto foi novamente derrotado no Estádio do Dragão.

Onze inicial do FC Porto

Aliás, na linha do que ouvi Bernardino Barros (*) comentar na Rádio 5, eu quase me atreveria a dizer, que se hoje o FC Porto tivesse alinhado com o onze habitual da equipa B, teria jogado muito melhor e, provavelmente, não teria sido derrotado, em casa, por uma equipa “extraordinária”… do meio da tabela do campeonato português.

A Liga é a competição mais importante e, no sábado, treinador e jogadores vão estar mais focados?
Espero bem que sim e que o FC Porto saia de Alvalade com uma vitória, mas…


(*) Nos comentários que proferiu na Rádio 5, Bernardino Barros (a quem eu envio um abraço, pelo desassombro e coragem das suas declarações) fez questão de dizer que os assobios e lenços não eram para a equipa do FC Porto. Eram para Lopetegui.

P.S. O Maicon e o Marcano não são, nem nunca foram, defesas centrais de top, mas também não são tão maus como pareceram neste e em alguns dos últimos jogos.

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

É complicado...



Este tipo de derrotas são as mais difíceis de digerir e não apenas por ter acontecido contra o nosso principal rival.
Desta vez, contra o que frequentemente acontece, esta não teve causas óbvias e, por isso mesmo, as obrigatórias correcções poderão levar mais tempo.

Sim, é certo que, hoje por hoje, um Quaresma tem ainda mais futebol e experiência do que um verde Tello e que, por isso mesmo, deveria ter mais "tempo de antena" em campo. É também verdade que Óliver promete sempre muito mais do que aquilo que na realidade produz. E, se formos bem a ver, temos também um razoável número de titulares que dificilmente poderão ser considerados mais de que apenas "regulares" em termos de qualidade e classe (Fabiano, Marcano, Herrera e até, muito provavelmente, Casemiro).
Sendo tudo isto certo, o facto é que ainda soa a pouco para explicar estes 0-2.

O resultado é um misto de azar e de erros individuais (Danilo, Fabiano, Herrera e, em menor escala, Jackson).
O FCP fez muita coisa bem até sofrer o primeiro golo. Só depois, sim, é que deixou de ter a cabeça no sítio certo. O próprio slb terá perdido muitos jogos no Dragão em que terá feito bem mais do que neste Domingo. A questão é que, nas mais recentes épocas, o slb precisa de metade das nossas oportunidades para marcar o dobro dos golos. Para além disso, o árbitro auxiliar do slb-Rio Ave, explicou-nos, na perfeição, o resto que falta aqui dizer.
E, assim sendo, 6 pontos ressoa mesmo a sentença de morte. Eles que perderam apenas 5, até ao momento...

E isto nem começou aqui.

Colocando de parte os "compreensíveis" empates em Guimarães (sim, este com "mãozinha") e em Alvalade, a nossa primeira "morte" aconteceu mesmo naquela chuvosa noite contra o Boavista no Dragão (ainda hoje estamos para perceber a razão de Jackson ter escolhido jogar, na primeira parte, para a baliza onde o relvado pior se encontrava...).
Depois, o 2-2 no Estoril fez o resto, A partir desse empate estávamos mesmo obrigados a bater o slb em casa. Coisa, já se sabe, nunca garantida.

Demasiada pressão para ainda antes do Natal.

Que, ao menos desta vez, na Champions façamos a nossa obrigação de passar aos "quartos" dada a nossa clara superioridade em relação ao adversário. Que as derrotas passadas com Schalke e Málaga nos tenham servido de lição definitiva.

Quanto à liga, pouco mais nos resta que continuar a fazer a nossa obrigação e sofrer.
O que é uma pena pois, inversamente ao nosso rival, já vencemos outros campeonatos em que a nossa matéria-prima não era tão interessante como esta actual.

P.S.: A factura de não termos comprado o Lima continua por saldar...

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Eu ainda quero acreditar

A tristeza de Jackson no final do FC Porto x SL Benfica (fonte: Maisfutebol)

Custa sempre perder com o SL Benfica, seja em que modalidade for.
E custa ainda mais perder em pleno Estádio do Dragão, principalmente se o jogo for para o Campeonato.

A noite de ontem estava muito fria mas, no final do jogo, os portistas estavam a “ferver”. Ora, como a quente se dizem muitos disparates, ontem abstive-me de dizer o que quer que fosse (já chegam os disparates que eu disse durante o jogo).

O JOGO, 15-12-2014
Numa análise a frio, o jogo de ontem, golos à parte, foi aquilo que eu estava à espera.
Contra um SLB que joga pouquinho (na minha opinião é a equipa encarnada mais fraca da era Jorge Jesus), o FC Porto, sem deslumbrar (longe disso), dominou do primeiro ao último minuto, superiorizando-se em todos os indicadores do jogo – posse de bola, ataques, cruzamentos, remates, oportunidades de golo, cantos e livres.

Mas houve duas coisas que não estavam no “Programa das Festas”:

i) a defesa menos batida do campeonato (até este jogo) a oferecer dois golos de bandeja, em erros não forçados e sem que o SL Benfica tenha feito seja o que for (nesses lances ou no resto do jogo) para justificar marcar um golo que fosse;

ii) o melhor ponta-de-lança a jogar em Portugal ter um desempenho 100% perdulário (incrível a forma como Jackson falhou um golo feito, após um excelente cruzamento do Quaresma, na 2ª bola que enviou à trave);

O certo é que o FC Porto perdeu em casa e, por isso, é muito fácil “bater” no treinador (e, já agora, “bater” também no Antero, na SAD, no Presidente, etc.) mas, depois de um jogo destes, em que, à meia hora, os jogadores encarnados ainda não tinham sequer importunado Fabiano, custa-me ir por esse caminho.

Prefiro olhar para quatro aspectos da exibição portista que, não sendo inéditos, neste jogo voltaram a ser notórios e que precisam de ser corrigidos/resolvidos:

1) As bolas paradas ofensivas – Falta um jogo para a paragem de Natal e o FC Porto continua pouco mais do que inconsequente nas bolas paradas ofensivas (cantos e livres, porque dos penalties já nem falo…). Admito que as treinem mas, nos jogos, não se veem jogadas estudadas bem trabalhadas e, muito menos, resultados concretos desse “trabalho de laboratório”. Mais. Nuns jogos o jogador encarregue das bolas paradas é Quaresma, noutros Quintero, ontem foi Tello e nenhum deles o tem feito de forma capaz.

2) As bolas paradas defensivas – Ainda não percebi se Lopetegui quer que os jogadores defendam individualmente, à zona ou um misto das duas coisas. O que eu sei é que os jogadores (e os adeptos!) tremem nas bolas paradas defensivas e os últimos dois jogos – Shakhtar e SL Benfica – foram exemplares das fragilidades que a equipa revela nestes lances. Sofrer golos de bola parada é sinal de adversários mal estudados e de insuficiente trabalho nos treinos.

3) A dupla de Centrais – Já falei neste assunto várias vezes. Mais do que o valor individual de cada defesa-central, importa avaliar uma dupla como um todo. Ora, chegados a esta altura da época (após quase 30 jogos, entre particulares e oficiais), o FC Porto ainda não tem uma dupla estabilizada e rotinada. Pior. O elemento comum – Martins Indi – às duas duplas mais utilizadas por Lopetegui, quando faz dupla com Maicon joga do lado esquerdo e quando faz dupla com Marcano joga do lado direito! O centro da defesa é um elemento crucial de qualquer equipa e, com esta sucessiva rotatividade imposta por Lopetegui, não vamos lá.

4) O Guarda-redes – Fabiano é um guarda-redes grande, mas não é, nem nunca será, um grande guarda-redes. Debaixo dos postes é bom, mas o “gigante” brasileiro tem limitações que são conhecidas e que ontem voltaram a ser visíveis: é mau a jogar com os pés, é lento a executar e a reagir e, nas saídas da baliza, deixa muito a desejar. Por aquilo que já mostrou, Andrés Fernandez também não parece ser guarda-redes para uma equipa de top (Lopetegui identificou cedo o problema e, por alguma razão, queria que a SAD tivesse contratado Keylor Navas… antes do Mundial). Se Helton estiver fisicamente recuperado a 100%, não tenho dúvidas que é a melhor solução existente no plantel atual.


Estou convencido que este campeonato ficou ontem entregue (ao SL Benfica), mas ainda faltam muitos jogos e há uma réstea de esperança.

Para alimentar essa pequena chama, eu recordo um FC Porto x Panathinaikos (Quartos-de-final da Taça UEFA 2002/2003, 1ª mão), disputado no Estádio das Antas (que saudades!), em 13 de Março de 2003, que os dragões dominaram completamente, mas perderam por 0-1.

No final do jogo, José Mourinho, ao atravessar o relvado, virou-se para a Superior Sul, onde estavam os Superdragões, e fez este gesto:

José Mourinho no final do FC Porto x Panathinaikos, da época 2002/2003

No jogo seguinte, os Superdragões mostraram uma tarja onde se podia ler: «Se vocês acreditam nós também acreditamos».

Faço daqui um apelo aos Superdragões, para recuperarem essa tarja já no próximo jogo.

Sim, eu sei que, ao contrário de 2003, o FC Porto deixou de depender só de si para conquistar este campeonato; eu sei que esta equipa não se compara ao FC Porto 2002/2003 (na minha opinião, a melhor equipa de sempre do FC Porto); e, claro, Julen Lopetegui está muito longe de ser um treinador de top internacional (como é José Mourinho); mas, vendo a banalidade que é este SL Benfica, eu ainda quero acreditar que é possível e, por isso, jogadores e adeptos não podem baixar os braços.