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2012-03-06

20º aniversário sobre a morte de Vieira da Silva

Maria Helena Vieira da Silva nasceu em Lisboa a 13 de Junho de 1908, dia de Santo António e faleceu em Paris a 6 de Março de 1992, ou seja há precisamente vinte anos. Cedo orfã de pai a grande artista, a quem o Estado português recusou a nacionalidade, viveu em Paris desde 1928 onde regressou depois de sete anos no Brasil (1940-1947) onde viveu com o marido, o pintor húngaro Arpad Szenes.

Alvo de reconhecimento por parte do Estado francês de que beneficiou da nacionalidade obteve elevadas condecorações: Chevalier de L’Orde des Arts et des Lettres em 1960, o grau de Comendador e ainda em 1991 Officer de la Légion d’Honneur.

Vieira da Silva é provavelmente a pintora portuguesa mais famosa e cotada internacionalmente. Em 1961 foi-lhe atribuido o Grande Prémio de Pintura da VI Bienal de São Paulo.

A sua obra só a partir do 25 de Abril de 1974 passou a ser mais conhecida em Portugal. Aliás, o seu cartaz sobre o 25 de Abril: "A poesia está na rua" (abaixo reproduzido) é deveras conhecido. Em 1977 foi-lhe atribuída a Grã-Cruz da Ordem de Santiago de Espada.

Famosa pela sua pintura abstracta dedicou-se também à tapeçaria e a vitrais. Em 1983 aceitou o convite para realizar a decoração da (então) nova estação do Metro de Lisboa - Cidade Universitária, onde se pode ver azulejos da sua autoria, bem como na Estação do Rato onde a par dum painel de azulejos da sua autoria se pode também apreciar do outro lado um painel de Arpad Szenes, seu marido.

Aliás na cidade de Lisboa foi criada a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva


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"Bibliothéque en Feu", 1974, óleo sobre tela 158 x 178 cm
Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian
Lisboa, Portugal
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A Poesia está na Rua

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2011-01-17

Bilhete - Miguel Torga


Morro da Favela, Tarsila do Amaral
(Capivari, n. 01 set 1886 — m. São Paulo, 17 jan 1973)

Não te sei dizer mais,
Depois de tantos versos,
Que te baste o silêncio
Dum poeta ardente,
Que sempre, naturalmente,
Foi além das palavras
Do amor, amando.
Selava os lábios que o nomeavam.
Que aprendeu, a sofrer,
Que tudo acontecia
No acontecer.
Que, até nas horas de evasão, sabia
Que a verdadeira vida vive-se a viver.

Miguel Torga (Adolfo Correia da Rocha), nasceu em São Martinho de Anta, Sabrosa, Trás-os-Montes, a 12 de Agosto de 1907; morreu em Coimbra a 17 de Janeiro de 1995.

Ler do mesmo autor, neste blog: Preservação; Súplica; Adeus; Depoimento; Procura; Ficam as Sombras; Sei um ninho; Queixa; Hora de amor; Mea culpa; Anátema; Livro de Horas; Encontro; Quase um poema de amor; Perfil; Exorcismo; Bucólica; Arquivo; Rogo; Glória.

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2010-12-18

O Guardador de Rebanhos, Poema II - O Meu Olhar - Alberto Caeiro

Paul Klee (b. 18 Dec.1879; d. 29 June 1940)

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...


Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa (1888-1935)

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2010-10-26

Saudade I - José Bonifácio (O Moço)


Outono - obra do pintor José MalhoaOutono - 1918 - José Malhoa Óleo sobre madeira
46 × 38 cm Portugal Museu do Chiado

José Vital Branco Malhoa (n. Caldas da Rainha, 28 de Abril
de 1855 – m. Figueiró dos Vinhos, 26 de Outubro de 1933)


Eu já tive em belos tempos
Alguns sonhos de criança;
Já pendurei nas estrelas
A minha verde esperança;
Já recolhi pelo mundo
Muita suave lembrança.
Sonhava então - e que sonhos
Minha mente acalentaram?!
Que visões tão feiticeiras
Minhas noites embalaram?!
Como eram puros os raios
De meus dias que passaram?!
Tinha um anjo de olhos negros,
Um anjo puro e inocente,
Um anjo que me matava
Só c’um olhar - de repente,
- Olhar que batia na alma,
Raio de luz transparente!
Quando ela ria, e que riso?!
Quando chorava - que pranto?!
Quando rezava, que prece!
E nessa prece que encanto?!
Quando soltava os cabelos,
Como esparzia quebranto!
.............................
Por entre o chorão das campas
Minhas visões se ocultaram;
Meus pobres versos perdidos
Todos, todos acabaram;
De tantas rosas brilhantes
Só folhas secas ficaram!

Extraído daqui

José Bonifácio de Andrada e Silva, o Moço, poeta, professor, orador e político, nasceu em Bordéus, França, em 8 de novembro de 1827 e faleceu em São Paulo, SP, em 26 de outubro de 1886

Não confundir com José Bonifácio de Andrada Machado e Silva, "the Patriarch", de quem foi sobrinho-neto.

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2010-04-20

Partiste, e a serra idílica do vento - Nunes Claro

Young Italian at the WellYoung Italian at the Well, c.1833-34 (oil_on_canvas)
Franz Xaver Winterhalter
(n. 20 Abril 1805 — m. 8 Jul 1873)

Partiste, e a serra idílica do vento,
do mar, das névoas, mais das grandes luas,
manda dizer-te, amor, neste momento,
que ficou triste, com saudades tuas.

E que, no inverno, enquanto o céu cinzento
tremer nos ramos e chorar nas ruas,
vestirá, com teu lindo pensamento,
as pedras pobres e as roseiras nuas.

E diz mais - que em abril, quando aí saias,
penses, ao ver florir perto as olaias,
naqueles que deixaste sem ninguém.

no sol, nas ervas, no luar, na altura.
- Só não te diz, porque é de pedra dura,
que tu penses, um pouco, em mim também!

Joaquim Nunes Claro nasceu em Lisboa a 20 de Abril de 1878 e faleceu em Sintra a 5 de Maio de 1949.

Ler do mesmo autor, neste blog:
Toma essas rosas de Dezembro agora
Vieste Tarde Meu Amor

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2009-08-09

história de cão - Mário Cesariny


Pintura de Manuel Cesariny

eu tinha um velho tormento
eu tinha um sorriso triste
eu tinha um pressentimento

tu tinhas os olhos puros
os teus olhos rasos de água
como dois mundos futuros

entre parada e parada
havia um cão de permeio
no meio ficava a estrada.

depois tudo se abarcou
fomos iguais um momento
esse momento parou

ainda existe a extensa praia
e a grande casa amarela
aonde a rua desmaia.

estão ainda a noite e o ar
da mesma maneira aquela
com que te viam passar.

e os carreiros sem fundo
azul e branca janela
onde pusemos o mundo.

o cão atesta esta história
sentado no meio da estrada.
mas de nós não há memória.

dos lados não ficou nada.

extraído de Antologia da Poesia Portuguesa Contemporânea, um panorama, organização de Alberto da Costa e Silva e Alexei Bueno, Lacerda Editores

Mário Cesariny de Vasconcelos (n. em Lisboa a 9 Agosto de 1923; m. em Lisboa, 26 de Novembro de 2006)

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2009-04-28

Beijos do céu - Alberto de Oliveira

O Ateliê do Artista - Quadro de José MalhoaO Ateliê do Artista (1893-1894) - Óleo sobre tela 93x127
Museu de Arte de São Paulo, São Paulo
José Malhoa (n. em Caldas da Rainha a 28 de Abril de 1854; m. 26 Out.1933)

Sonhei-te assim, ó minha amante, um dia:
- Vi-te no céu; e, enamoradamente,
de beijos, a falange resplendente
dos serafins, teu corpo inteiro ungia...

Santos e anjos beijavam-te... Eu bem via,
beijavam todos o teu lábio ardente;
e, beijando-te, o próprio Onipotente,
o próprio Deus nos braços te cingia!

Nisto, o ciúme - fera que eu não domo -
despertou-me do sonho; repentino
vi-te a dormir tão plácida a meu lado...

E beijei-te também, beijei-te.., e, ai! como
achei doce o teu lábio purpurino,
tantas vezes assim no céu beijado!

Antônio Mariano Alberto de Oliveira (n. em Palmital de Saquarema, RJ, em 28 de Abril de 1857, e faleceu em Niteró, RJ, em 19 de Janeiro de 1937).

Ler do mesmo autor, neste blog: Aspiração, Horas Mortas

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2009-01-23

Salvador Dali died 20 years ago

(Premonition of Civil War) (1936) - Salvador Dali

Salvador Felipe Jacinto Dalí Domènech, Marquis of Pubol or Salvador Felip Jacint Dalí Domènech (b. in Figueres, Spain on May 11, 1904 – d. January 23, 1989), known popularly as Salvador Dali, was one of the most important painters of the 20th century and his work is classified in Surrealism. He died 20 years ago (Jan. 23, 1989)


The Persistence of Memory - 1931
oil on canvas 24 × 33 cm, 9.4 × 13.0 inches
Museum of Modern Art

Salvador Dali Quotes:

*Have no fear of perfection - you'll never reach it.
(Não tenha medo da perfeição. Você nunca vai atingi-la).
*Intelligence without ambition is a bird without wings. (Inteligência sem ambição é como um pássaro sem asas)
*I shall be so brief that I have already finished (Eu vou ser tão breve que na verdade já terminei).

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2009-01-19

To A Green God - Eugénio de Andrade

Chateau Noir, Oil on Canvas 1900-04 : 27 1/2" x 32 1/4"
National Gallery of Art, Washington, D.C; Venturi 796
Paul Cézanne (n. 19 de Jan.1839, em Aix-en-Provence; m. Oct. 22, 1906)

Trazia consigo a graça
das fontes quando anoitece.
Era um corpo como um rio
em sereno desafio
com as margens quando desce.

Andava como quem passa
sem ter tempo de parar.
Ervas nasciam dos passos,
cresciam troncos dos braços
quando os erguia no ar.

Sorria como quem dança.
E desfolhava ao dançar
o corpo, que lhe tremia
num ritmo que ele sabia
que os deuses devem usar.

E seguia o seu caminho,
porque era um deus que passava.
Alheio a tudo o que via,
enleado na melodia
duma flauta que tocava.

in 366 poemas que falam de amor, antologia organizada por Vasco da Graça Moura, Quetzal Editores

Eugénio de Andrade (n. em 19 Jan 1923 na Póvoa de Atalaia, Fundão; m. no Porto a 13 Jun 2005).

Do mesmo autor ler neste blog:

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2009-01-04

The Key - Jackson Pollock

The Key 1946; Oil on canvas, 59 x 84 in The Art Institute of Chicago
by Jackson Pollock (1912-1956) image from here


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2007-11-11

Feliz Dia de São Martinho

Festejando o São Martinho - José Malhoa (1855-1933)
óleo sobre tela 150 x 200 cm
Museu de José Malhoa (Caldas da Rainha)

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2007-07-26

Dórdio Gomes nasceu em 26 de Julho de 1890

Paisagem do Douro. Oleo sobre madeira madeira 1936
Dimensões: 51 x 61 cm Local: Centro de Arte Moderna (Lisboa)
Autor: Simão César Dórdio Gomes (1890-1976)

Simão César Dordio Gomes, nasceu em Arraiolos, a 26 de Julho de 1890. Estuda na Escola de Belas-Artes de Lisboa, a partir dos 12 anos, tendo como mestres Luciano Freire e de modo mais marcante Veloso Salgado. Em 1910 venceu o concurso para estudos no estrangeiro (legado Valmor) e parte para Paris onde trabalha na Académie Julien (atelier Jean-Paul Laurens). Regressou a Portugal onde viveu no Alentejo entre 1912 e 1920. Regressou a Paris de novo bolseiro em 1921 onde se estabeleceu até 1926; esta última estadia permitiu-lhe conhecer outros países (Suíça, a Bélgica, a Holanda e a Espanha) e é decisiva na sua obra, imprimindo-lhe um cunho moderno. É desta altura que data uma das suas obras mais célebres, presente na colecção do Museu Soares dos Reis no Porto: Casas de Malakoff.

Em 1922 participa no Salon d'Áutomne de Paris e ganha uma medalha de ouro na Exposição Internacional do Rio de Janeiro. Em 1923 participa na Exposição dos 5 "Independentes" com Henrique Franco, Alfredo Miguéis, Francisco Franco e Diogo de Macedo. A exposição abana o meio artístico, sendo considerada «a primeira manifestação modernista dos anos 20».

É professor da Escola de Belas-Artes do Porto, entre 1933 e 1960: determinante para a renovação do ensino, formando uma geração de artistas modernos que se destacam nas décadas seguintes. A vinda para o Porto, marca uma nova fase na sua obra: abandona a luminosidade agressiva e contrastante, com que pintava a paisagem alentejana (viveu seis anos no Alentejo, quando regressou de Paris), e utiliza uma outra, mais suave, difusa, com que expressa o Rio Douro (o seu tema predilecto).

Participa na Exposição Internacional de Paris, em 1937, onde recebeu a medalha de ouro, e na Exposição Internacional de Nova Iorque em 1938.

Entre muitas outras exposições em que participou no país e no estrangeiro, destacam-se as Bienais de Veneza, em 1950, e de S. Paulo, em 1951, 53 e 55. Recebe os prémios Columbano, António Carneiro e o da I Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian e Nacional de Arte (1ºprémio).

Em 1958 participa na Exposição Internacional de Bruxelas e em 1960 abandona a ESBAP por ter atingido o limite de idade.

Faleceu a 22 de Julho de 1976 na cidade do Porto.

Casas de Malakoff - Óleo sobre Tela, Dimensão 534 x 652 mm
Museu Nacional Soares dos Reis

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2007-04-08

Pablo Picasso died 34 years ago

Pablo Ruiz Picasso (b. in Málaga, Oct 25, 1881 — d. Mougins, Apr. 8, 1973). He was one of the most recognized figures in 20th century art, he is best known as the co-founder, along with Georges Braque, of cubism.


Les demoiselles d'Avignon
(oil on canvas, 243.9 x 233.7 cm)
Museum of Modern Art, New-York.

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2007-02-07

Francisco Metrass

Só Deus (1856) , Francisco Metrass
óleo sobre tela, 120 x 154 cm
Museu do Chiado, Lisboa, Portugal

Francisco Auguisto Metrass foi um famoso pintor português do século XIX. Hoje dá-se a efeméride do seu aniversário há 182 anos, já que nasceu em 7 de Fevereiro de 1925.

Entrou para a Academia de Belas Artes de Lisboa em 1836 e em 1844 foi para Roma onde estudou sob a orientação de Overbeck e Cornelius. Como acontece muitas vezes, os seus primeiros quadros não foram objecto de muitos encómios.

No entanto depois de passagem por Paris e regressado a Portugal o seu quadro Camões e o Jau foi comprado pelo Rei D. Fernando, passando em 1854 a professor de oppintura histórica, à qual se dedicou, na Academis de Belas Artes.


Já com o seu trabalho reconhecido na Exposição Universal de Paris (1855) viria a falecer bastante jovem com apenas 36 anos vítima de tuberculose, na Ilha da Madeira, em 14 de Fev. 1861.

O quadro que reproduzimos Só Deus data de 1856 e é considerado uma obra prima do romantismo português.

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2006-07-28

Nude Descending a Staircase - Marcel Duchamp


Artist: Marcel Duchamp
Artist's Lifespan: 1887-1968
Title: Nude Descending a Staircase No. 2
Date: 1912

Location of Origin: France
Medium: Oil on canvas
Original Size: 4 ft 10 ins x 2 ft 11 ins
Style: Cubism
Location: Philadelphia Museum of Art

Henri-Robert-Marcel Duchamp (b. in Blainville-Crevon Seine-Maritime, in the Haute-Normandie, France, 28 Jul 1887; d. in Neuilly-sur-Seine, 2 Oct 1968)

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