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2016-05-02

Atração e Repulsão - Adelino Fontoura




Eu nada mais sonhava nem queria
Que de ti não viesse, ou não falasse;
E como a ti te amei, que alguém te amasse,
Coisa incrível até me parecia.

Uma estrela mais lúcida eu não via
Que nesta vida os passos me guiasse,
E tinha fé, cuidando que encontrasse,
Após tanta amargura, uma alegria.

Mas tão cedo extinguiste este risonho,
Este encantado e deleitoso engano,
Que o bem que achar supus, já não suponho.

Vejo, enfim, que és um peito desumano;
Se fui té junto a ti de sonho em sonho,
Voltei de desengano em desengano.

Adelino da Fontoura Chaves (n. em Axixá, Maranhão, Brasil, em 30 de março de 1859; m. em Lisboa, Portugal, a 02 de maio de 1884).

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2014-05-02

Beatriz - Adelino Fontoura

Beatriz, Beatriz, sombra querida,
Branca visão que em toda a parte vejo,
És a ventura única que almejo,
Que outra igual me não fora concedida.

Meu amor, minha crença e minha vida,
Todo o bem que com que sonho e qu antevejo,
Tudo o que aspiro e tudo que desejo,
A ti te devo, ó alma comovida!

Do meu amor não saibas, todavia;
Pois se igual amor te não mereço,
Antes quero cuidar que o merecia.

Sucumbirei à dor de que padeço
Se tal fraqueza chamam cobardia,
Eu serei um cobarde por tal preço!


Extraído de O Verso e o Silêncio de Adelino Fontoura,
José Neres, Jheisse Lima Coelho e Viviane Ferreira. São Luís JNEdições, 2011

Adelino da Fontoura Chaves (n. em Axixá, Maranhão, Brasil a 30 Mar. 1859* – m. em Lisboa, Portugal a 02 Maio 1884)
* algumas fontes indicam como data de nascimento a de 30 de março de 1855.

Ler do mesmo autor:
Atração e Repulsa
Celeste
Fruto Proibido
Página Desconhecida
Jornada

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2013-05-02

Atração e Repulsa - Adelino Fontoura

Eu nada mais sonhava nem queria
Que de ti não viesse, ou não falasse;
E como a ti te amei, que alguém te amasse,
Coisa incrível até me parecia.

Uma estrela mais lúcida eu não via
Que nesta vida os passos me guiasse,
E tinha fé, cuidando que encontrasse,
Após tanta amargura, uma alegria.

Mas tão cedo extinguiste este risonho,
Este encantado e deleitoso engano,
Que o bem que achar supus, já não suponho.

Vejo, enfim, que és um peito desumano;
Se fui té junto a ti de sonho em sonho,
Voltei de desengano em desengano.


Adelino Fontoura Chaves (n. em Axixá, Maranhão, Brasil a 30 Mar.1859 – m. em Lisboa, Portugal a 02 Maio 1884)

Ler do mesmo autor:
Celeste
Fruto Proibido
Página Desconhecida
Jornada

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2011-05-02

Atração e Repulsa - Adelino Fontoura

Eu nada mais sonhava nem queria
Que de ti não viesse, ou não falasse;
E como a ti te amei, que alguém te amasse,
Coisa incrível até me parecia.

Uma estrela mais lúcida eu não via
Que nesta vida os passos me guiasse,
E tinha fé, cuidando que encontrasse,
Após tanta amargura, uma alegria.

Mas tão cedo extinguiste este risonho,
Este encantado e deleitoso engano,
Que o bem que achar supus, já não suponho.

Vejo, enfim, que és um peito desumano;
Se fui té junto a ti de sonho em sonho,
Voltei de desengano em desengano.


Adelino Fontoura Chaves (n. em Axixá, Maranhão, Brasil a 30 Mar.1859 – m. em Lisboa, Portugal a 02 Maio 1884)

Ler do mesmo autor:
Celeste
Fruto Proibido
Página Desconhecida
Jornada

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2011-03-30

Celeste - Adelino Fontoura

É tão divina a angélica aparência
e a graça que ilumina o rosto dela,
que eu concebera o tipo de inocência
nessa criança imaculada e bela.

Peregrina do céu, pálida estrela,
exilada na etérea transparência,
sua origem não pode ser aquela
da nossa triste e mísera existência.

Tem a celeste e ingênua formosura
e a luminosa auréola sacrossanta
de uma visão do céu, cândida e pura.

E quando os olhos para o céu levanta,
inundados de mística doçura,
nem parece mulher - parece santa.


Adelino Fontoura Chaves (n. em Axixá, Maranhão, Brasil a 30 Mar.1859 – m. em Lisboa, Portugal a 02 Maio 1884)

Ler do mesmo autor:
Fruto Proibido
Atracção e Repulsa
Página Desconhecida
Jornada

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2010-05-02

FRUTO PROIBIDO - Adelino Fontoura

Escravo dessa angélica meiguice
por uma lei fatal, como um castigo,
não abrigara tanta dor comigo,
se este afecto que sinto não sentisse.

Que te não doa, entanto, isto que digo
nem as magoadas falas que te disse.
Não tas dissera nunca, se não visse
que com dizê-las minha dor mitigo.

Longe de ti, sereno e resoluto,
irei morrer, misérrimo, esquecido,
mas hei de amar-te sempre, anjo impoluto.

És para mim o fruto proibido:
não pousarei meus lábios nesse fruto,
mas morrerei sem nunca ter vivido!


Extraído de Páginas de Ouro da Poesia Brasileira, Alberto de Oliveira, H. Garnier, Livreiro-Editor, 1911

Nota: A grafia das palavras foi adaptado ao português corrente

Adelino Fontoura Chaves (n. em Axixá, Maranhão, Brasil a 30 Mar.1859 – m. em Lisboa, Portugal a 02 Maio 1884)

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Atracção e Repulsa
Página Desconhecida
Celeste
Jornada

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2009-05-02

Página Desconhecida - Adelino Fontoura

À brisa, ao sol, à serra, à flor silvestre
Ao ribeiro que corre cristalino,
Ao canto alegre e doce, matutino,
Das aventuras no arvoredo agreste;

À campina que do orvalho a manhã veste,
Eu, sem de Homero for o alto destino,
Um conto fui pedir áureo, divino,
Radiante dessa luz alva e celeste!

Com ele ornar quisera, alegremente,
O teu álbum mimoso — onde o talento
Do teu gênio se curva ao foto ingente;

Mas, não tenho de Dante o pensamento,
Não acho inspiração na luz fulgente
Pra um canto te ofertar com sentimento.


Adelino da Fontoura Chaves (n. em Axixá /Maranhão, em 30 Mar 1859; m. em Lisboa, Portugal, a 02 Maio 1884).

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Atracção e Repulsa
Jornada
Celeste

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2009-03-30

Atração e Repulsão - Adelino Fontoura (nos 150 anos do seu nascimento)

Wheat Fields by Vincent Willem van Gogh (b. 30 March 1853 Zundert,
The Netherlands; d. 29 July 1890, Auvers-sur-Oise, France)


Eu nada mais sonhava nem queria
Que de ti não viesse, ou não falasse;
E como a ti te amei, que alguém te amasse,
Coisa incrível até me parecia.

Uma estrela mais lúcida eu não via
Que nesta vida os passos me guiasse,
E tinha fé, cuidando que encontrasse,
Após tanta amargura, uma alegria.

Mas tão cedo extinguiste este risonho,
Este encantado e deleitoso engano,
Que o bem que achar supus, já não suponho.

Vejo, enfim, que és um peito desumano;
Se fui té junto a ti de sonho em sonho,
Voltei de desengano em desengano.


Adelino Fontoura Chaves (n. em Axixá, Maranhão, Brasil a 30 Mar.1859 – m. em Lisboa, Portugal a 02 Maio 1884)

Ler do mesmo autor: Jornada

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2008-05-02

Atração e Repulsa - Adelino Fontoura

Eu nada mais sonhava nem queria
Que de ti não viesse, ou não falasse;
E como a ti te amei, que alguém te amasse,
Coisa incrível até me parecia.

Uma estrela mais lúcida eu não via
Que nesta vida os passos me guiasse,
E tinha fé, cuidando que encontrasse,
Após tanta amargura, uma alegria.

Mas tão cedo extinguiste este risonho,
Este encantado e deleitoso engano,
Que o bem que achar supus, já não suponho.

Vejo, enfim, que és um peito desumano;
Se fui té junto a ti de sonho em sonho,
Voltei de desengano em desengano.

Adelino da Fontoura Chaves (n. em Axixá /MA, em 30 Mar 1859; m. em Lisboa, Portugal, a 02 Maio 1884).

Ler do mesmo autor:
Jornada
Celeste

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2008-03-30

Jornada - Adelino Fontoura

Fui átomo, vibrando entre as forças do Espaço,
Devorando amplidões, em longa e ansiosa espera...
Partícula, pousei... Encarcerado, eu era
Infusório do mar em montões de sargaço.

Por séculos fui planta em movimento escasso,
Sofri no inverno rude e amei na primavera;
Depois, fui animal, e no instinto da fera
Achei a inteligência e avancei passo a passo...

Guardei por muito tempo a expressão dos gorilas,
Pondo mais fé nas mãos e mais luz nas pupilas,
A lutar e chorar para, então, compreendê-las!...

Agora, homem que sou, pelo Foro Divino,
Vivo de corpo em corpo a forjar o destino
Que me leve a transpor o clarão das estrelas!...


Adelino da Fontoura Chaves (n. em Axixá, Maranhão, Brasil a 30 Mar.1859 – m. em Lisboa, Portugal a 02 Maio 1884)

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2007-05-02

Celeste - Adelino Fontoura

É tão divina a angélica aparência
E a graça que ilumina o rosto dela,
Que eu concebera o tipo da inocência
Nessa criança imaculada e bela.


Peregrina do céu, pálida estrela,
Exilada da etérea transparência,
Sua origem não pode ser aquela
Da nossa triste e mísera existência.


Tem a celeste e ingênua formosura
E a luminosa auréola sacrossanta
De uma visão do céu, cândida e pura.


E quando os olhos para o céu levanta,
Inundados de mística doçura,
Nem parece mulher — parece santa.


Adelino Fontoura (Adelino da Fontoura Chaves) (n. em Axixá, Maranhão, Brasil a 30 Mar.1859 – m. em Lisboa, Portugal a 02 Maio 1884)

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