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2016-04-21

Camoneanos I [Nunca, Senhora, o vosso olhar me tente] - Oliveira San-Bento

Nunca, Senhora, o vosso olhar me tente,
Pois de tentar, não deixa um só momento:
Vivo de o ver e, vendo-o mais aumento
O desejo de ver-vos, novamente.

Os vãos desejos, que nem louco sente,
De os sentir, trago gasto o pensamento:
De ver-vos nunca canso e cansa o vento
E terra e mar de ver-me descontente!

Olhos meus que no pranto estão mudados,
Longo tempo, no pranto se quedaram
E, de chorar, ficaram transformados.

Vossas prendas, Senhora, não deixaram
Se prendam noutra coisa os meus cuidados
E, de pena, os cuidados me mataram.

in Ao Cair da Noite

José de Oliveira San-Bento nasceu em 21 de abril de 1893 na freguesia de Matriz (Nª Senhora da Estrela), concelho de Ribeira Grande – S. Miguel – Açores, faleceu a 22 de janeiro de 1975 em Ponta Delgada – S. Miguel - Açores

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2013-04-21

O MOINHO DE VENTO - Oliveira San-Bento

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 Moinho de vento em Carrazeda de Ansiães - daqui

Não voltarei ao cimo da colina
Onde o moinho ao vento rodopia,
Donde disseste adeus, na tarde fria,
Cheia de desconforto e de neblina.

E bem sei que em redor, pela campina,
Tudo é verde e vibrante de alegria,
Mas nada vence a funda nostalgia
Da hora em que partiste, vespertina…

Quando na curva extrema do caminho
De longe me acenaste, soluçando,
Paraste um pouco junto do moinho.

Suas velas ficaram recordando:
-Teu lenço diz adeus no remoinho
Das suas velas brancas, adejando…


José Oliveira San-Bento nasceu em 21 de abril de 1893 na freguesia de Matriz (Nª Senhora da Estrela), concelho de  Ribeira Grande – S. Miguel – Açores, faleceu a 22 de janeiro de 1975 em Ponta Delgada – S. Miguel - Açores

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