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2008-07-29

Soberba - Porfirio Barba-Jacob

Noite estrelada - Arles, (1888) óleo sobre tela, Musée d'Orsay.
Van Gogh m. 29 Jul 1890 em Auvers-sur-Oise; (n. Zundert, 30 Março 1853)

Pedi-lhe um alto canto a suavizar
meu viver rude, monótono, sombrio
Ela deu-me a cotovia de uma rima encantada...
Eu queria mil!


Pedi-lhe um exemplar do ritmo seguro
com que eu pudesse dirigir meu afã.
Deu-me um regato, um murmúrio nocturno...
Eu queria um mar.


Pedi-lhe uma fogueira de ardor jamais extinto,
para que a meus sonhos concedesse calor.
E deu-me um pirilampo de minúsculo brilho...
Eu queria um sol!


Que vã é a vida, que inútil meu impulso,
e o azul abril e o verdor do éden...
Oh tão sórdido guia da viagem nocturna:
Eu quero morrer!

Trad. José Bento, in Rosa do Mundo 2001 Poemas para o Futuro, Assírio & Alvim

Porfirio Barba-Jacob, pseudónimo de Miguel Ángel Osorio Benítez, (n. 29 de Jul de 1883 em Santa Rosa de Osos; m. Ciudad de México, em 14 Jan 1942).

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SOBERBIA - Porfirio Barba-Jacob

Le pedí un sublime canto que endulzara
mi rudo, monótono y áspero vivir.

El me dio una alondra de rima encantada...
¡Yo quería mil!

Le pedí un ejemplo del ritmo seguro
con que yo pudiera gobernar mi afán.

Me dio un arroyuelo, murmullo nocturno...
¡Yo quería un mar!

Le pedí una hoguera de ardor nunca extinto,
para que a mis sueños prestase calor.

Me dio una luciérnaga de menguado brillo...
¡Yo quería un sol!

Qué vana es la vida, qué inútil mi impulso,
y el verdor edénico, y el azul Abril...

¡Oh sórdido guía del viaje nocturno!
¡Yo quiero morir!

Porfirio Barba-Jacob, pseudónimo de Miguel Ángel Osorio Benítez, (n. 29 de Jul de 1883, Santa Rosa de Osos; m. Ciudad de México, 14 Jan 1942)

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