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quarta-feira, agosto 26, 2015

SOURCE CODE (2011)

O CÓDIGO BASE
Um filme de DUNCAN JONES



Com Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga, Jeffrey Wright, Michael Arden, etc.

EUA-CANADA / 93 min / COR / 16X9 (1.85:1)

Estreia nos EUA: 28/3/2011
Estreia em PORTUGAL: 14/4/2011

Colter Stevens: «Christina, what would you do if you knew you had less than one minute to live?»
Christina Warren: «I'd make every second count»

Em 1938, uma jovem tenta provar durante uma viagem de comboio, a existência de uma passageira idosa desaparecida, apesar dos outros passageiros negarem a sua existência. Em 1993, um jornalista da meteorologia vê-se subitamente preso no mesmo dia, sendo obrigado a vivê-lo vezes sem conta. Em 2001, Jake Gyllenhaal descobre um vórtice temporal e recebe mensagens vindas do futuro. Passados dez anos..., imagine agora que abre os olhos e, subitamente, dá por si num comboio rumo a Chicago. Sentada à sua frente encontra-se uma bela rapariga e apesar de não a conhecer de lado algum, ela fala consigo como se fossem velhos amigos. Com a desorientação natural do momento, mal se dá conta da senhora que passa por si e lhe derruba café nos sapatos. A sensação de confusão aumenta quando, nos lavabos do comboio, olha para o espelho e o rosto que vê reflectido não é o seu, apesar de ser o mesmo que se encontra no seu bilhete de identidade. Começa a ficar deveras inquieto, mas antes que consiga perceber o que se passa, o comboio explode.


Volta a abrir os olhos e desta vez encontra-se numa apertada cápsula escura. A sua memória continua difusa. Ouve uma voz vinda de um monitor: «Descobriu a bomba, capitão?» «Qual bomba? Mas onde é que eu estou?», responde de modo trémulo. «A sua localização não interessa, o que importa é localizar a bomba no comboio e descobrir quem é que a colocou. Vamos reenviá-lo... não se esqueça que só tem 8 minutos!» Um clarão e dá por si novamente no mesmo comboio, frente à mesma rapariga, que lhe repete as mesmas palavras. A mesma senhora volta a entornar-lhe café nos sapatos. Tudo se repete, mas tudo parece também ligeiramente diferente. Com mais perguntas do que respostas a correrem-lhe na cabeça, há no entanto uma ideia recorrente que não o larga: «Tens 8 minutos para encontrar a bomba.» Pouco tempo depois, e para complicar ainda um pouco mais as coisas, dizem-lhe que afinal... já morreu há dois meses em combate.



E assim, de explosão em explosão, de constantes "viagens" entre o comboio e a pequena cápsula, o processo repete-se, ad infinitum. É enclausurado entre estes dois intrigantes universos que vive o personagem principal de "Source Code", o capitão Colter Stevens (Jake Gyllenhaal), especialista em missões no Afeganistão. Sentimos uma sensação estranha de déjà vu, como se estivéssemos a assistir a uma frenética versão hitchcockiana de "O Feitiço do Tempo". Neste seu segundo filme (o primeiro, dois anos antes, tinha sido o claustrofóbico "Moon - O outro lado da Lua"), Duncan Jones demarca-se definitivamente do estigma de ter um pai tão célebre como é David Bowie, e assina um empolgante e vertiginoso thriller de ficção científica, que o confirma como um dos mais interessantes jovens realizadores da actualidade (nasceu em Londres, a 30 de Maio de 1971).


Tal como Christopher Nolan (apenas um ano mais velho, mas já com uma dezena de filmes em carteira), também Duncan Jones percebeu que é possível seguir as regras de Hollywood e manter o traço inegável de autor. O seu toque pessoal é sentido ao longo do filme, não só por retomar os temas da individualidade e solidão de "Moon", mas pela forma como transforma este "Source Code" num caso de eficiência narrativa. De qualquer modo, para além do seu mérito pessoal, Jones tem que agradecer - e muito - a Ben Ripley, pelo excelente argumento que lhe colocou nas mãos. Como o conceituado crítico Roger Ebert tão bem evidenciou, «Here's a movie where you forgive the preposterous because it takes you to the perplexing» Ou seja, por outras palavras, esqueçam o absurdo ou a inveromilhança da história e deixem-se imergir de livre vontade no prazer e na emoção que "Source Code" transmite. De certeza que darão por muito bem empregue a hora e meia que o filme dura.


POSTERS

PORTFOLIO

terça-feira, novembro 12, 2013

ORPHAN (2009)

A ORFÃ
Um filme de JAUME COLLET-SERRA




Com Vera Farmiga, Peter Sarsgaard, Isabelle Fuhrman, etc.

EUA-CANADÁ-ALEMANHA-FRANÇA / 
123 min / COR / 16X9 (1.85:1)

Estreia nos EUA a 21/7/2009
Estreia em Portugal a 5/9/2009


Apesar da presença de muitos clichés do género, este thriller assinado por um espanhol de 36 anos, oriundo de Barcelona, consegue ainda assim ultrapassar a mediania e fazer com que passemos duas horas de puro entretenimento. O suspense é genuíno, bem arquitectado e onde não falta até o tal "segredo" de que nos fala a publicidade - «There's something wrong with Esther». Há de facto algo errado com a criança de 9 anos que um casal vai resgatar a um orfanato, e que só muito perto do fim do filme nos é revelado. Um argumento deveras original que por isso mesmo foi escrito às avessas. Ou seja, pegou-se naquela boa ideia e depois foi-se inventando o percurso para se chegar ao final desejado. Uma fotografia apelativa, com algumas sequências que nos ficam na memória (a introdução inicial no hospital ficará certamente como uma referência futura), e uma excelente direcção de actores compõem o ramalhete. Destaque para o desempenho da protagonista principal, a jovem Isabelle Fuhrman, de 13 anos, e da belissima actriz que é Vera Farmiga, a mãe do rapaz com o pijama às riscas ("The boy in the striped pajamas"), filme de 2008.


sábado, setembro 21, 2013

THE CONJURING (2013)

A EVOCAÇÃO
Um filme de JAMES WAN




Com Vera Farmiga, Patrick Wilson, Lili Taylor, Ron Livingston, etc.


EUA / 112 min / COR / 16X9 (2.35:1)


Estreia nos EUA a 19/7/2013
Estreia em PORTUGAL a 19/9/2013


O meu grande problema (tenho outros) é não conseguir resistir a este tipo de filmes. Papo tudo, desde os grandes clássicos, que revejo periodicamente, até aos sub-produtos, que vão direitinhos para o caixote do lixo da memória. Por isso é frequente apanhar com coisas destas, que em nada abonam o género de terror. "The Conjuring" trilha caminhos por demais convencionais e estafados que estamos fartinhos de ver (nem falta o aviso, para os mais crédulos, de se tratar de uma história "verídica"), mas vai mais além ao plagiar descaradamente duas referências míticas dos anos 70 e 80: "O Exorcista" (1974) e "Poltergeist" (1982). Os clichés espreitam os desprevenidos a cada recanto mais sombrio, mas o pior de  tudo é o tom tremendamente moralista do filme. Então aquele final, com a família abraçada em círculo à frente da casa enfim liberta das forças maléficas, chega a roçar o patético: «The devil exists! God exists! And for us, as people, our very destiny hinges on which we decide to follow.» Lapidar! Salva-se uma ou outra sequência bem conseguida (a queda dos quadros na escada ou a transformação progressiva de Carolyn) e duas boas actrizes: Lili Taylor e a sempre bela Vera Farmiga. O que, convenhamos, é muito pouco para justificar o preço do bilhete de cinema.