Um Filme de MARTIN SCORSESE
Com Robert De Niro, Jodie Foster, Albert Brooks, Cybill Shepherd, Peter Boyle, Leonard Harris, Harvey Keitel, Diahnne Abbott
EUA / 113 min / COR / 16X9 (1.85:1)
Estreia nos EUA a 8/2/1976
Estreia em FRANÇA a 13/5/1976
(Festival de Cannes)
Estreia em Portugal em Abril de 1977
(Lisboa, cinemas Quarteto e Mundial)
Travis Bickle: «You talkin' to me? You talkin' to me? You talkin' to me? Then who the hell else are you talking... you talking to me? Well I'm the only one here. Who the fuck do you think you're talking to? Oh yeah? OK!»
Martin Scorsese foi um dos cineastas cuja obra cinematográfica acompanhei desde o início. Ainda me lembro da estreia tardia do seu primeiro filme em Lisboa, no cinema Pathé. E se não fora Roger Corman o nome do produtor de “Boxcar Bertha”, provavelmente o filme ter-me-ia passado despercebido. O público daquele cinema, localizado ali para os lados da praça do Chile, não primava pela cinefilia, pelo que a carreira do filme não seria brilhante nessa sua primeira apresentação. Foi então que tempos depois o cinema Quarteto (junto à Av. dos Estados Unidos da América) resolveu repôr “Boxcar Bertha”, que tinha passado completamente à margem dos críticos desses tempos. E foi só nessa altura, nos princípios de 1977, que o público cinéfilo português se começou a familiarizar com o nome Scorsese, que ainda por cima tinha sido galardoado no anterior Festival de Cannes, precisamente com este filme, “Taxi Driver”. Cabe aqui referir que o segundo filme do realizador, “Mean Streets”, só muito mais tarde chegou a Portugal; e que o terceiro, “Alice Doesn’t Live Here Anymore”, teve uma passagem meteórica pelo cinema Berna, não chegando a acordar as pessoas para o seu real interesse.
Neste hoje já lendário “Taxi Driver” acompanhamos os dias (sobretudo as noites) de um homem fascinado pelas ruas de Nova Iorque, pela floresta inóspita de cimento onde o indivíduo apenas encontra como refúgio a sua própria solidão. Mas uma solidão perfeitamente assumida, à margem do mundo que o rodeia, no qual Travis não consegue ver satisfeitas as suas aspirações e, por outro lado, desinteressa-se das poucas coisas que lhe vão sendo oferecidas. Acabado de regressar de Itália, e do brilhante “1900” de Bertolucci, Robert De Niro iria compor aqui um personagem único e inesquecível da história do cinema, ao dar-nos uma simbiose quase perfeita entre o homem e o carro que conduz, atravessando a cidade como um espelho ambulante, um voyeur angustiado pelo que observa, vivendo um clima de tensão e angústia que atingem o paroxismo, para finalmente irromper em neurose individual.
Travis é um homem introvertido, desiludido e inadaptado, à semelhança de tantos outros que, como ele, acabaram de regressar da guerra do Vietname, causticados por experiências traumatizantes. Incapaz de dormir, passeia-se de noite pela cidade até resolver tirar partido desse seu estado de vivência e oferecer-se como condutor de um táxi. Obviamente para serviço nocturno e sem qualquer tipo de exigência – irá sempre a qualquer local e a qualquer hora («anytime, anywhere»). Todo o tipo de pessoas entram no seu carro, sem descriminações. Na hora da entrega do táxi, Travis limita-se a limpar o banco traseiro do esperma ou do sangue nele vertidos. Alheio aos passageiros que transporta, são no entanto os ocupantes das ruas que o fascinam e perturbam. Prostitutas, proxenetas, drogados, bêbados, toda uma fauna urbana que sai à noite para vender ou consumir as suas obsessões, os seus sonhos destruídos.
Incapaz de perspectivar social e politicamente o mundo que o rodeia, Travis vai pouco a pouco assumindo-se como um vigilante por conta própria, desenvolvendo dentro de si uma neurose incontrolável de efeitos imprevisíveis. Ainda tenta a salvação na figura de Betsy (Cybill Shepperd), mas a ilusão rapidamente se esfuma. Acabado o tempo da esperança, só resta a Travis imolar-se por uma causa própria, de impor alguma ordem e justiça num sistema que engendra a violência marginal sobre os desprotegidos e inadaptados com quem se identifica e, no caso de Iris (Jodie Foster), de quem se sente protector. Passado o clímax redentor e apocalíptico em que Travis, qual anjo exterminador, ajusta as suas contas pessoais, o sistema recupera-o como herói fugaz e o táxi amarelo irá continuar a percorrer as ruas poluídas de fumo dos esgotos e apinhadas de gentes várias. Travis teve o seu momento de glória, mesmo que no seu íntimo sinta a impossibilidade do sistema ser alterado pela acção isolada de um único homem. Agora só lhe resta voltar ao mundo de todos os dias, um mundo que conosco vive, paralelamente, diariamente, mas que só sentimos quando descrito na tela, nos jornais, na televisão, pois no dia a dia parece-nos distante e um tanto irreal.
Alguma crítica daquela altura recebeu mal “Taxi Driver”, chegando a apelidá-lo de fascizante, esquecendo-se que o filme de Scorsese não permite ao espectador uma visão simples e directa do tudo quanto o olho da câmara vai captando, antes apela para o nosso imaginário ao jogar admiravelmente com a cor da noite, com os néons e com os fumos, que constroem todo um clima de irrealismo. Cineasta da rua e da noite das avenidas escondidas e dos prédios sórdidos, Scorsese repõe aqui o clima negro que fizera os anos de ouro do cinema americano. Claramente influenciado pelo cinema europeu dos anos 60 (sobretudo pelos filmes de cineastas franceses como Godard e Truffaut), e tendo sabido rodear-se dos melhores colaboradores - o argumentista Paul Schrader, Michael Chapman (que assina a vibrante cinematografia), Bernard Herrmann (o veterano compositor da música dos grandes clássicos de Welles e Hitchcock) e de todo um conjunto de excelentes intérpretes (com De Niro obviamente em posição de destaque), Scorsese descola definitivamente com este seu quarto filme para uma carreira ímpar, que ao longo dos anos se tornaria numa das obras mais coerentes e valiosas do espólio do cinema mundial.
SCORSESE POR SCORSESE:
«Grande parte de “Taxi Driver” surgiu da minha convicção de que os filmes são realmente uma espécie de estado-de-sonho, ou como tomar droga. E o choque de sair do cinema para a plena luz do dia pode ser aterrador. Vejo filmes a toda a hora e é-me sempre muito difícil acordar. Cada filme é isso para mim – esse sentido de estar quase acordado. Há uma cena em “Taxi Driver” em que Travis está a falar ao telefone com Betsy e a câmara se afasta dele ao longo de todo esse hall de entrada onde não há ninguém. Foi esta a primeira cena que eu imaginei para o filme e foi precisamente a última que filmei. Gosto dela porque sinto que foi um complemento para a solidão ali retratada, mas parece-me que se consegue sentir que está alguém atrás da câmara nessa cena.»
«O filme é todo ele muito baseado nas sensações que tenho como resultado de ter crescido em Nova Iorque e viver na cidade. Há um plano em que a câmara está montada no tejadilho de um táxi e passa pelo anúncio de “Fascination” que fica mesmo por debaixo do meu escritório. É essa ideia de estar fascinado, deste anjo vingador flutuando através das ruas da cidade, que representa todas as cidades para mim.. A ideia fundamental é fazer como se tratasse de um percurso entre um filme de terror e o Daily News de Nova Iorque.»
«Há algo no Verão de Nova Iorque que é extraordinário. Rodámos o filme durante um Verão muito quente e há uma atmosfera à noite que é como um vírus que se propaga. Pode-se cheirá-lo no ar e sentir o seu gosto na boca. Isso faz-me lembrar a cena em “The Ten Commandments” ("Os Dez Mandamentos") que retrata a morte do primogénito; quando uma nuvem de fumo verde se espalha ao longo do chão do palácio e toca num pé do primogénito, este cai morto no chão. O Verão em Nova Iorque é quase assim: uma estranha doença desliza pelas ruas da cidade e enquanto rodávamos o filme arrastávamo-nos com ela. Muitas vezes, as pessoas ameaçavam-nos e tínhamos de nos retirar sem demoras. Uma noite, quando estávamos a filmar na zona do comércio de confecções, o meu pai saíu do trabalho e foi até ao local das filmagens. A quantidade de pessoas no passeio era tão compacta que, a partir do momento em que me afastei da câmara para falar com ele, se tornou impossível voltar ao mesmo lugar. Isso era típico.»
«Tal como nos meus outros filmes, em “Taxi Driver” também houve alguma improvisação. A cena entre De Niro e Cybill Shepperd, no café, é um bom exemplo. Eu não queria o diálogo tal como aparecia no roteiro, por isso improvisámos durante cerca de doze minutos, depois escrevêmo-lo e filmámo-lo. No fim, ficou em três minutos.»
«Tal como nos meus outros filmes, em “Taxi Driver” também houve alguma improvisação. A cena entre De Niro e Cybill Shepperd, no café, é um bom exemplo. Eu não queria o diálogo tal como aparecia no roteiro, por isso improvisámos durante cerca de doze minutos, depois escrevêmo-lo e filmámo-lo. No fim, ficou em três minutos.»
«Procurámos em “The Wrong Man” ("O Falso Culpado") de Hitchcock os movimentos de câmara de quando Henry Fonda vai ao escritório da seguradora, e se notam as mudanças de ponto de vista das pessoas atrás do balcão. Era esse tipo de paranóia que eu queria empregar. E o modo como Francesco Rosi usou o preto e branco em “Salvatore Giuliano” ("O Bandido da Sicília"), era o modo que eu queria fazer que “Taxi Driver” parecesse, mas a cores. Também estudámos “A Bigger Splash” de Jack Hazan, para o enquadramento frontal e para a cena na loja, antes de Travis disparar contra o delinquente negro. Cada sequência começa com um plano como esse, portanto antes de cada movimento, o espectador defronta-se com uma imagem como se fosse um quadro.»
«Não creio que haja qualquer diferença entre fantasia e realidade quanto à maneira como ambas devem ser abordadas num filme. Claro que se vivermos desse modo somos clinicamente doentes. Mas num filme posso ignorar essa fronteira. Em “Taxi Driver”, Travis vive isso até ao fim, vai mesmo até ao fundo e depois explode. Quando li o roteiro do Paul (Schrader) compreendi que era precisamente dessa maneira que eu sentia, que todos temos esses sentimentos, portanto isso era uma maneira de os abarcar e admitir, embora referindo que não me deixavam satisfeito. Quando se vive numa cidade, há uma sensação constante de que os edifícios estão a envelhecer, de que as coisas se estão a quebrar, de que as pontes e o metropolitano necessitam de reparação. Ao mesmo tempo, a sociedade está num estado de decadência; as forças policiais não cumprem a sua missão, permitindo a prostituição nas ruas, e quem sabe se não até alimentando-a e fazendo dinheiro com ela. Por isso, esse sentido de frustração movimenta-se como um pêndulo, só que Travis pensa que não vai haver recuo a menos que faça qualquer coisa. Era um modo de exorcizar essas sensações e tenho a impressão que De Niro sentiu isso também.»
«Travis tem, de facto, a melhor das intenções; acredita que faz o que está certo, como S. Paulo. Quer limpar a vida, o espírito, a alma. É muito espiritual, mas, de certo modo, Charles Manson também era espiritual, o que não significa que isso seja bom. É o poder do espírito no caminho errado. A ideia-chave do filme é ser suficientemente corajoso para admitir ter estes sentimentos, e expressá-los depois. No entanto, instintivamente, mostrei que expressá-los não era o caminho certo, e isso criou desvios ainda mais irónicos do que se estava a passar.»
«Era crucial para a personagem Travis ter tido uma experiência da vida e da morte à sua volta em cada segundo que viveu no Vietname. Desse modo, quando ele regressasse, tudo à sua volta teria uma importância maior; a imagem da rua, à noite, reflectida na sarjeta suja, torna-se mais ameaçadora. Penso que é algo que qualquer pessoa que tenha vivido uma guerra, qualquer guerra, sente quando regressa àquilo que é supoto ser a “civilização”. Fica decerto ainda mais paranóica. Nunca me esqueço de uma história que o meu pai me contou acerca de um tio meu, regressado da II Guerra Mundial: estava a andar na rua e o escape de um carro deu um estampido; instintivamente começou a correr, para só parar dois quarteirões à frente! Do mesmo modo, Travis estava afectado pelo Vietname, isso está latente nele e depois explode. E, embora no fim do filme pareça estar controlado de novo, damos a impressão de que a cada momento pode explodir outra vez.»
«Não foi fácil conseguir que Bernard Herrmann fizesse a música para “Taxi Driver”. Era um velhinho maravilhoso, mas excêntrico e com manias. Lembro-me da primeira vez que o chamei para ver o filme – disse que era impossível, que estava muito ocupado e perguntou como se chamava. Eu disse-lhe e ele respondeu: «Ah não, não é o título de filme que pertença ao meu tipo». Então insisti: «Bem, talvez nos possamos encontrar e conversar melhor». Ele responde: «Não, não posso. O filme é sobre quê?». Então descrevi-o e ele continua: «Não, não posso. Quem é que entra?». Disse-lhe quem e ele insiste: «Não, não, não. Bem, suponho que poderemos ter uma conversa rápida». Trabalhar com ele foi um prazer tão grande que, quando morreu, na noite em que tinha terminado a música para o filme, na véspera de Natal, em Los Angeles, eu disse que não havia ninguém que se pudesse comparar com ele. Fica-se a saber do que se gosta quando vemos filmes suficientes para se chegar a essa conclusão, e eu acreditava que a sua música iria criar a atmosfera perfeita para “Taxi Driver”.»
«Fiquei chocado pelo modo como o público apreendeu a violência. Na noite de estreia, toda a gente berrava e gritava durante o tiroteio no fim. Quando fiz o filme não tive a intenção de que as pessoas reagissem desse modo: «Sim, isso mesmo, mata-os a todos!». A intenção era criar uma catarse violenta, de tal maneira que as pessoas dissessem: «Sim, mata!»; mas que logo de seguida caíssem em si: «Meu Deus, não!», como se se tratasse de uma sessão de terapia californiana. Foi esse o sentimento que me norteou, mas é alarmante saber o que veio a acontecer com o público.»
«As pessoas identificaram-se profundamente com o filme, no que se refere à solidão. Nunca me apercebi do que aquela imagem no poster tinha feito pelo filme. De Niro a caminhar sózinho por uma rua abaixo, com a legenda «Em todas as cidades há um homem». E nós tínhamos pensado que o público ia rejeitar o filme por causar um sentimento desagradável, e que por isso ninguém o queria ver!»
«Paul foi também muito influenciado por “Pickpocket”, de Robert Bresson. Admiro muito os seus filmes, mas acho-os difíceis de ver. Nesse existe uma sequência fantástica dos movimentos de mãos dos carteiristas para retirarem as carteiras, e passa-sse o mesmo com Travis, sózinho na sala a praticar com as armas. Achei que ele devia falar consigo mesmo enquanto fazia isso, e foi uma das últimas coisas que filmámos, numa casa desabitada, num dos sítios piores e mais barulhentos de Nova Iorque. Não queria que se parecesse com outras sequências ao espelho que já tínhamos visto e, por isso, Bob passava a vida a perguntar-me: «Estás a falar comigo?». Porque eu estava sempre a dizer-lhe: «Diz isso outra vez!». Encontrava-me no rés-do-chão com auscultadores e mesmo assim ouvia-se muito do barulho da rua, e achei que não íamos conseguir fazer nada, mas afinal a cena acabou por ficar mesmo boa.»
CURIOSIDADES:
- Foi depois de terem visto o filme “Mean Streets” que os produtores deram luz verde a “Taxi Driver”, com a condição de Robert De Niro (um dos actores desse filme) ser também contratado.
- Para melhor se preparar para o papel de Travis Bickle, Robert De Niro conduziu um táxi em Nova Iorque durante um mês, doze horas por dia. Além disso inscreveu-se num curso sobre doenças mentais. Também Harvey Keitel estabeleceu contactos com proxenetas para o ajudarem no desempenho da sua personagem. A cena em que dança com Jodie Foster foi totalmente improvisada
- Jody Foster, que na altura das filmagens tinha apenas 12 anos, não pôde desempenhar algumas das cenas mais explícitas, tendo sido dobrada pela irmã mais velha, Connie Foster, de 19 anos. Melanie Griffith foi a primeira escolha para o papel de Iris. Tippi Hedren, a sua mãe, não o permitiu, apesar da actriz já ter 18 anos quando o filme foi rodado. Outras actrizes, na altura muito jovens e pouco conhecidas tentaram também ficar com o papel: Linda Blair (16 anos), Ellen Barkin (21), Kim Basinger (21), Geena Davis (19), Michelle Pfeiffer (17), Brooke Shields (10) e Debra Winger (20), entre outras. Quanto a Isabelle Adjani, e Ornella Muti, ambas recusaram participar no filme (tinham as duas 20 anos).
- O restaurante onde os taxistas se reúnem era na altura a Cafetaria Belmore, na esquina da 28th Street com a Park Avenue South. O edifício foi entretanto demolido, tendo o seu substituto ficado com o nome de Belmore
- O album de Kris Kristofferson que Travis compra para oferecer a Betsy é o “The Silver Tongued Devil and I”, de 1971
- Em 2007 o American Film Institute clasificou “Taxi Driver” como o 52º melhor filme de todos os tempos.
- Paul Schrader, que escreveu o argumento de “Taxi Driver”, transpôs muita da sua experiência pessoal para a história. Na altura encontrava-se com uma depressão nervosa por ter sido despedido do American Film Institute e também por causa da sua namorada o ter deixado. Schrader enclausurou-se no apartamento dessa namorada (que se encontrava ausente), em Los Angeles, e foi lá que escreveu a maior parte do argumento. Entretanto frequentava cinemas que exibiam filmes pornográficos, tendo também desenvolvido uma obsessão por aramas de fogo.
- A banda inglesa Clash incluíu no seu tema “Red Angel Dragnet” uma referência a Travis e a duas das suas citações no filme: «one of these days I'm gonna get myself organized» e «all the animals come out at night: queens, fairies, dopers, junkies, sick venal - some day a real rain will come and wash all the scum off the streets»
- Liza Minnelli, Sigourney Weaver e Barbara Hershey recusaram todas o papel de Betsy. Mas houve outras actrizes que pelo contrário o tentaram: Mia Farrow, Mary Steenburgen ou Goldie Hawn são exemplos.
- Para evitar que o filme fosse proibido a menores, Scorsese resolveu atenuar a cor do sangue na sequência final da matança que ficou com um tom acastanhado em vez de vermelho vivo. Infelizmente tal não foi rectificado nas sucessivas edições do filme em DVD, nem tão pouco na recente edição em Blu-Ray.
- Como se sabe, Martin Scorsese receberia a Palma de Ouro para o melhor realizador no Festival de Cannes de 1976. Quanto ao filme, foi nomeado para 4 Oscares da Acdemia: Filme, Actor Principal (Robert De Niro), Actriz Secundária (Jodie Foster) e Música Original (Bernard Herrmann). Não ganhou nenhum. Teve melhor sorte em Inglaterra: um total de 7 nomeações e vencedor em 3 categorias: Música Original, Actriz Secundária e Revelação mais promissora (Jodie Foster foi vencedora nestas duas últimas categorias e também pelo filme “Bugsy Malone”). Mas o filme foi galardoado com muitos outros prémios (ver lista completa aqui).
LOBBY CARDS:
A BANDA SONORA: