Um filme de NICHOLAS RAY
Com
Joan Crawford, Sterling Hayden, Mercedes MacCambridge, Scott
Brady, Ward Bond, Ben Cooper, Ernest Borgnine, John Carradine, etc.
EUA
/ 110 min / COR /
4X3 (1.66:1)
4X3 (1.66:1)
Estreia
nos EUA: NY, 26/5/1954
Estreia
em PORTUGAL: Lisboa (cinema Condes), 28/1/1955
«O
cinema é Nicholas Ray»
(Jean-Luc Godard)
«"Johnny Guitar" tem mais importância na minha vida
do que na vida do próprio Nicholas Ray»
(François Truffaut)
do que na vida do próprio Nicholas Ray»
(François Truffaut)
Johnny: «Don't
go away»
Johnny: «Tell me
something nice»
Johnny: «Lie to
me. Tell me all these years
you've waited. Tell me»
you've waited. Tell me»
Johnny: «Tell me
you'd a-died if I hadn't come back»
Johnny: «Tell me
you still love me like I love you»
Johnny: «Thanks.
Thanks a lot»
Este
pequeno diálogo, desencantado e amargo (Truffaut chamou-lhe "jogo
cruel"), entre as personagens centrais de “Johnny Guitar”, é o ponto mais alto do filme de Nicholas Ray ou, pelo menos, a sequência que o público recorda de imediato. Nele se resume o centro
nevrálgico da história: o reencontro entre o passado e uma eventual perspectiva
de futuro. Johnny Guitar é o homem
que veio de longe. Foram cinco anos que esteve afastado de Vienna e agora o
amor parece renascer das cinzas. Pretendendo fugir a um passado de violência, Johnny
Logan troca o apelido e o revólver pela guitarra. Mas no antigo Oeste a
guitarra não chega para fazer valer os direitos. E Johnny voltará a ser Logan, o temido e respeitado gunfighter. Extraído de um mau romance de Roy Chanslor, "Johnny Guitar" viu o seu argumento totalmente
reinventado (acho que apenas o título foi aproveitado), com a introdução de brilhantes diálogos, escritos pelo próprio Nicholas Ray e por Philip Yordan, na
altura um dos grandes argumentistas de Hollywood:
«O filme teve muitos aborrecimentos com a censura e depois com a
crítica; mas financeiramente foi um sucesso que salvou os estúdios Republic. As
alusões antimaccarthystas estiveram
na origem dos nossos problemas, bem como o ataque ao puritanismo através da
personagem da velha rapariga recalcada, interpretada por Mercedes MacCambridge.»
Convém recordar que "Johnny Guitar" foi rodado em 1953, ou seja, ainda
sob a ameaça maccarthysta, apesar de
ter sido nesse ano que McCarthy foi politicamente liquidado. A época da
"caça às bruxas" é subtilmente denunciada por Ray e Yordan e qualquer um deles sempre confirmou essa intenção da
"parábola antimaccarthysta".
Voltando a Yordan: «Devo-lhes dizer que
o tema de "Johnny Guitar" me obcecou sempre. Uma pessoa vive
pacatamente num sítio calmo e de repente aparecem uns tipos que dizem:
"Por isto e mais aquilo, não tem o direito de viver aqui, ponha-se a
andar, senão..." O que eu quero saber é porque é que uma pessoa não tem o
direito de viver onde quer. Julgo que o assunto é essencialmente moderno, um
drama devido ao desenvolvimento da moral pequeno-burguesa que favorece essa política
de terror.»
É óbvio que “Johnny Guitar” é na sua essência um western, mas é certamente um western atípico, que foi muito amado
pela geração cinéfila antes da minha, ou seja, pessoas cujas idades andam hoje à
volta dos 80 anos. Confesso desde já que não partilho dessa idolatria, se bem
que goste muito do filme e do cinema de Nicholas
Ray (1911-1979) em geral. Mas “They Live By Night / Os Filhos da Noite” (a sua
estreia em 1948), “In A Lonely Place / Matar ou Não Matar” (Gloria Grahame em
todo o seu esplendor, 1950), “Rebel Without A Cause / Fúria de Viver” (o
segundo filme de James Dean, 1955) ou “Bigger Than Life / Atrás do Espelho”
(uma interpretação memorável de James Mason, 1956) são filmes que pertencem muito
mais ao meu campeonato. O que não me
impede de perceber as razões que estão na base do pedestal que sobretudo os
críticos mais antigos sempre colocaram este filme. Destaco desde logo João Bénard da Costa
(1935-2009), porque o nome do antigo director da Cinemateca Portuguesa era quase sinónimo
de Johnny Guitar. Apesar de, muito estranhamente, não ter incluído o que ele considerava como o "filme da sua vida" num inquérito em que participou em 1982, sobre os melhores filmes de sempre. Recordemos uma sua crónica:
«Era
inevitável. Tinha de ser. Se escrevo sobre “os filmes da minha vida”, como
podia ficar de fora “o filme da minha vida”, my Johnny Guitar? Só
mesmo quem não me conheça nem mais gordo nem mais magro, podia supor que um dia
destes - mais cedo ou mais tarde - o Johnny Guitar não enchia
esta página. Faz parte das minhas lendas - como essa de dizer-se que eu sabia
o Larousse de cor aos sete anos - atribuírem-me centenas de
visões do "Johnny Guitar". Num caso como noutro há exagero. Só vi o “Johnny Guitar” 68 vezes, entre
1957 e 1988. Dá para saber de cor? Nunca se sabe o “Johnny Guitar” de cor. Cada vez é uma nova vez. Como género, é
classificado entre os westerns. Estreou-se na América, a 27 de Maio
de 1954, sob o signo de Gêmeos. É um filme de Nicholas Ray, que tinha 42 anos,
9 meses e 20 dias na noite de estreia. Na filmografia do autor, iniciada em
1948, é o opus 9. Depois dela assinou mais 13
longas-metragens, até morrer, lightning over water, num filme de Wim Wenders,
em 1979.
“Johnny Guitar” foi feito
para uma pequena companhia - a Republic - e custou pequeno dinheiro. A crítica
americana tratou-o com os pés (“the silliest film of the year”), mas o público,
sem que ninguém conseguisse explicar por quê, encheu as salas meses a fio.
Herbert J. Yates, produtor da obra, abarrotou os bolsos. Quando o filme chegou
à Europa - em 1955 - as posições críticas extremaram-se. Alguns - poucos -
apanharam o micróbio a que há mais de trinta anos dou casa e pucarinho. A
maioria achou que só gente gravemente perturbada ou gravemente analfabeta podia
gostar. Ou, então, cegos, surdos, mudos, paralíticos e aleijadinhos dos cornos.
Eu e mais alguns passamos vexames, quando a polêmica chegou a Portugal. O nosso
delírio provocava. Quem provoca maiorias ou o senso comum acaba sempre por
levar mais do que dá. Só que, no caso
de “Johnny Guitar”, vivi o
bastante para ver o mundo dar as tais voltas. Quando, em 1981, programei o
filme para a Gulbenkian, num ciclo de cinema americano dos anos 50, a enchente
foi tal que teve de haver bis. Depois, de cada vez que o filme passa na
Cinemateca (e tenho-o programado com razoável frequência), não cabe um
alfinete. Uns milhares de portugueses vão hoje por Nick Ray. Aconteceu o mesmo
por toda a parte. “La Belle et la Bête du western”, como à época escreveu Truffaut, transformou-se na própria
definição de cult movie.
Nick Ray, que
também viveu o suficiente para assistir a esta viragem, adiantou um dia algumas
razões para explicar este fenômeno: 1) foi a primeira vez, num western, que
as mulheres foram simultaneamente as principais protagonistas e as principais
antagonistas; 2) é um filme cheio de luz e calor. Opunha-se ao estilo do
“cinema negro” que predominava nessa época; 3) é um filme em que a cor é valorizada,
devido a uma hábil estrutura arquitectónica; 4) foi o primeiro filme a utilizar
a cor em toda a sua potencialidade; 5) utilizou o décor e a
paisagem para potencializar ao máximo a imagem; 6) continha certas inovações
psicológicas. Os homens eram cobardes e estúpidos, as mulheres apareciam como
personagens dominantes. Não serei eu
quem o desminta, mas muitas dessas coisas foram à época das que mais serviram
para atacar a obra. Odiaram as mulheres (Joan Crawford e Mercedes MacCambridge),
acharam a cor (um processo chamado trucolor) de insuportável mau
gosto, berrante e exageradíssima. Por mim, acho que não vale a pena tentar explicar.
De “Johnny Guitar” só
sou capaz de falar delirando. Deus e tantos - amigos e inimigos - sabem como é
quando me largam...
Disse-se, por
exemplo, que era o filme com mais belo diálogo da história do cinema (eu, pelo
menos, disse-o). Alguns convenceram-se por esse lado e recordo programas de
cineclubes, ou artigos de revistas, que publicaram aquele famoso encadeado de
perguntas e respostas entre Guitar (Sterling Hayden) e Vienna (Joan Crawford)
quando começam a evocar o passado, na noite da chegada de Johnny ao saloon de
Vienna. É quando ele lhe pede para ela entrar e dizer “something nice”,
quando ele lhe pede para ela lhe mentir. “Tell me you love me like I love
you.” Mas, reduzida a escrita a seco, o diálogo é constrangedoramente
banal. Se as pessoas ficam com tal memória dele é pelo concerto de vozes que se
ouvem no filme - raspante a de Crawford, átona a de Hayden - e pela associação
delas à fabulosa partitura de Victor Young. É pelo modo como a câmera e os
corpos se movem durante, é pelo contraste dos encarnados, dos
verdes e dos castanhos. É pela prodigiosa presença daquele décor gruta,
alucinantemente barroco, simultaneamente mausoléu, bordel e casa de feitiços.
Muitas vezes
ouvi a banda sonora de “Johnny
Guitar” sem ver as imagens. Tudo bem, por acréscimo, toda a memória
do filme se repovoa. Mas, para que isso suceda, é preciso haver memória, é
preciso ter-se visto o filme. Se é verdade que “Johnny Guitar” é também uma ópera, não o é menos porque
está dependente daquela única e irredutível mise en scène. Rever as
imagens (ou os sons) do “Johnny
Guitar” é rever a recordação delas. Para quem o vê pela primeira
vez é ainda de rever que se trata. Porque todas as personagens - os doze actores
principais, cada um deles essencial - não fazem outra coisa. Quando o filme
começa - na tarde em que mataram o irmão de Emma (Mercedes MacCambridge) -
Johnny Logan, que se irá chamar Johnny Guitar, volta para o pé de Vienna, de
quem se separou há cinco anos. Por que se separaram? Por que o mandou chamar
ela? Por que volta ele? Nunca, no filme, nos são dadas respostas a tais
perguntas. Também nunca sabemos o que se passou com cada um deles nesses cinco
anos em que não se viram, entre uma tarde no Hotel Aurora (desse hotel, sim, se
fala no filme) e a tarde em que Johnny regressa. Mas, nesses cinco
anos, se fabricou o sentimento dominante de cada um dos protagonistas: a
amargura de Vienna, o cansaço de Johnny, o ódio de Emma, ou o amor por Vienna
daquele miúdo loiro que acaba com o pescoço rasgado, no cavalo e na forca, a
pedir que cumpram a promessa que lhe tinham feito de o salvar.
“Johnny Guitar” é um
filme construído em flashback sobre uma imensa elipse? Ou é
uma imensa elipse construída sobre um flashback que não
pode come back? Ou será que é tudo a mesma coisa? Não vou
continuar. Como as coisas muito grandes, “Johnny Guitar” não se explica. Conta-se (vê-se) outra,
outra e outra vez como as histórias que se contam às crianças, até que tudo se
saiba de cor e se aprenda que tudo está certo nelas. É a Imitação de
Cristo dos cinéfilos. Basta abrir-se ao acaso e encontrar-se a frase
certa. Basta ver pela sexagésima oitava vez e encontra-se a resposta certa para
o que se está a viver. Quando o bando de Emma entra pelo saloon de
Vienna, para a prender, os misteriosos croupiers param as
roletas. Enfrentando Emma com o seu terrível olhar, Vienna, sem desviar os
olhos dela, dá uma seca ordem: «Keep the wheel spinning, Ed. I like to hear it
spin.» No fim de cada visão de “Johnny
Guitar”, só me apetece dizer aos projecionistas: «Keep the film
spinning, Ed. I like to see it spin.» Tanto, tanto.
"Johnny Guitar" é um western onde as mulheres assumem o papel central: é à volta delas
que tudo gira. A insinuação, de alguns críticos, que Nicholas Ray teria induzido
uma relação lésbica entre Emma e Vienna, é puro exercício de imaginação. O que
realmente existe entre as duas mulheres é ódio, ódio puro (que, segundo rezam
as crónicas, existiu mesmo entre Merceds McCambridge e Joan Crawford). Dois
anos antes Fritz Lang tivera essa mesma ideia ao construir o seu filme,
"Rancho Notorious / O Rancho das Paixões", com o foco principal numa mulher (Marlene
Dietrich). Embora raramente Ray associe os dois filmes, as relações são óbvias
e é impossível que Nick não tenha sido influenciado por ele, dada a proximidade
das duas obras. Quando lhe perguntaram o que o levou a fazer o filme,
respondeu: «Toda a gente dizia, nessa
altura, que o western estava acabado
em Hollywood. Era um género mais ou menos relegado para a televisão. Quem
quisesse fazer um western era doido
varrido. Pois muito bem. Resolvi não só dirigir um, mas produzi-lo. E decidi
quebrar todo o raio de regras que podiam ser quebradas num western. A única razão pela qual fui convidado para fazer
"Rebel" foi porque ninguém percebia como é que o "Johnny
Guitar" estava a fazer tanto dinheiro. Os tipos da Warner estavam varados,
não conseguiam perceber. Disse a Phil Yordan, que escreveu o argumento: esta é
a estrutura do filme. Não quero que Crawford e Hayden tenham uma única cena de
amor completa. Têm que ser sempre interrompidos, ou um pelo outro, ou pelo Kid
e pelo seu gang. E nunca deixe a tensão abrandar, nem por um segundo.»
Os heróis de Ray (neste e em outros filmes seus) são anticonformistas que recusam deixar-se
corromper pelo dinheiro ou pela política, querendo conservar, a todo o preço, a
força e a generosidade da sua juventude, refugiando-se numa revolta gratuita e
impotente em consequência da sua própria solidão; e que se agarram aos objectos
pelo desespero de não poder renunciar à sua integração no tempo que passa. Como escreveu Alberto Vaz da Silva, «O cinema de Nick Ray é o cinema dos homens que se contradizem a si próprios, irremediavelmente solitários e inadaptados, "ternos guerreiros", "novos demais na terra" que são, como o cineasta a si próprio se definiu, "strangers in this world". As suas lutas não admitem esperança, as suas vitórias são sempre amargas. Pisam um "dangerous ground" que impede os "momentos perfeitos" e a comunicação só consentida na morte. Cineasta da fragilidade e do efémero, com "uma sensibilidade de esfolado vivo" (como já se escreveu), os seus filmes são uma permanente variação sobre o tema do amor fiel e do amor traído (onde a traição é, porventura, a suprema fidelidade), sobre os "rebeldes sem causa", sobre os "que se cumprem na imperfeição, no medo, no amor incumprido e pressentido, incompreendido dos homens e das coisas".» "Johnny
Guitar" é um filme absorvente, uma meditação sobre o homem e a sua
condição, onde a violência e o amor se interligam numa dialéctica profunda
entre a realidade e a utopia. Outra das características fundamentais de
"Johnny Guitar" é o uso, propositado, de cores saturadas. Essa faceta
do filme (quase sempre apontada nos rios de tinta que já se escreveram sobre a
obra), é considerada um marco, não sómente na filmografia de Ray (até pelo facto
de ser o seu primeiro filme a cores) mas na própria história do cinema. No seu
livro/documentário "Uma viagem pessoal pelo cinema americano", Martin
Scorsese define "Johnny
Guitar" como uma legítima obra barroca dentro do cinema clássico.
Como
já acima se referiu, "Johnny Guitar" foi um filme idolatrado por toda
uma geração de cinéfilos, sobretudo na Europa, onde a sua importância foi mais
destacada, nomeadamente pelos jovens turcos da Nouvelle Vague francesa. Lembremos
o que François Truffaut escreveu em 1955 sobre este filme mítico: «"Johnny Guitar" não está longe
de ser o melhor filme de Ray. É sabido que é um western que choca pela sua extravagância, ou melhor, um falso western, embora não seja um "western intelectual". É um western
sonhado, feérico, irreal enquanto possibilidade, delirante. Se pudermos
distinguir duas famílias de cineastas, os cerebrais e os instintivos, eu
classificaria de bom grado Nicholas Ray na segunda categoria, a da sinceridade
e da sensibilidade. No entanto, adivinha-se um intelectual especial, que sabe
abtrair-se de tudo o que não vem do coração. Não é um grande tecnicista, mas é
evidente que Ray procura menos o sucesso tradicional e global de um filme do
que dar a cada um dos planos uma certa qualidade emotiva. "Johnny
Guitar" é feito, bastante à pressa, de planos longos, feitos em pedaços,
resultando numa montagem mastigada; mas o interesse está noutro lugar: por
exemplo, no belíssimo emquadramento das pessoas (quando se encontram na casa de
Vienna, os elementos da patrulha dispõem-se e evoluem em forma de V, como as
aves migratórias).
Existem dois filmes em "Johnny
Guitar": o de Ray (as relações entre os dois homens e as duas mulheres, a
violência e a amargura), e todo um bazar extravagante no estilo Josef Von
Sternberg, absolutamente exterior à obra de Ray, mas que aqui não lhe é
estranho. É desta forma que se pode ver uma Joan Crawford de vestido branco, a
tocar piano num saloon cavernoso, entre candelabros e um revólver. "Johnny
Guitar" é "A Bela e o Monstro" do western, um filme do Oeste. Nele, os cowboys desmaiam e morrem com uma graciosidade de bailarinas. A cor
triste e violenta da truecolor contribui
para a sensação de estranheza, as tonalidades são vivas, por vezes muito belas,
e sempre inesperadas. "Johnny Guitar" foi feito à
medida para Joan Crawford, tal como "Rancho Notorius / O Rancho das Paixões",
de Fritz Lang, para Marlene Dietrich. Joan Crawford foi uma das mulheres mais
belas de Hollywood; hoje, ultrapassa os limites da beleza. Tornou-se irreal,
como o fantasma de si mesma. A brancura invadiu-lhe os olhos, a crispação
ocupou-lhe o rosto. Vontade de ferro, rosto de aço. Ela é um fenómeno. Viriliza-se
ao envelhecer. A sua actuação crispada, tensa, levada ao paroxismo por Nicholas
Ray, constitui por si só um espectáculo estranho e fascinante.»
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CURIOSIDADES:
-
A certa altura no filme, Johnny profere as palavras «I’m a stranger here
myself». Era a fase preferida de Nicholas Ray, que a usava como título provisório de todos os seus filmes.
-
Sterling Hayden não gostou nada, mas mesmo nada, de contracenar com Joan
Crawford: «Não existe dinheiro em Hollywood que me faça entrar noutro filme com
ela. E eu gosto bastante de dinheiro.» Pelos vistos, não foi só o actor a ter
problemas com a “estrela” do filme. Mercedes MacCambridge chegou a envolver-se
uma noite com Joan Crawford, tendo as duas actrizes rompido as roupas uma da
outra. No filme existe uma passagem em que as personagens respectivas dizem:
«Emma: I’m going to kill you! / Vienna: I know. If I don’t kill you first»
-
Todos os close-ups de Joan Crawford foram filmados em estúdio por exigência da
actriz, pois dessa forma ela própria podia controlar a iluminação.
- O tema do filme, composto por Peggy Lee e Victor Young, é interpretado parcialmente pela própria cantora, durante os créditos finais.
- No livro "Conversations With Joan Crawford", editado em 1977, a actriz desabafa: «Não há desculpa por "Johnny Guitar" ser um filme tão mau nem pelo facto de eu ter participado nele»
- O tema do filme, composto por Peggy Lee e Victor Young, é interpretado parcialmente pela própria cantora, durante os créditos finais.
- No livro "Conversations With Joan Crawford", editado em 1977, a actriz desabafa: «Não há desculpa por "Johnny Guitar" ser um filme tão mau nem pelo facto de eu ter participado nele»
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