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terça-feira, 5 de março de 2013

Depois - Rosamund Lupton [Opinião]

Título: Depois
Autor
: Rosamund Lupton
Título original: Afterwards
Tradução: Odete Martins
Páginas: 432 pp.
Coleção: Ficção
PVP: 16,90 €

Sinopse:
É um incêndio e eles estão lá dentro.
Eles estão lá dentro…
Fumo negro mancha o céu azul de verão. Uma escola está a arder. E uma mãe, Grace, vê o fumo e corre. Sabe que Jenny, a sua filha adolescente, está lá dentro. Corre para o edifício em chamas para a salvar.
Depois, Grace tem de descobrir a identidade do autor do incêndio e proteger a sua família da pessoa que continua determinada a destruí-los a todos.
Depois, tem de forçar os limites da sua força física e descobrir que o amor não conhece limites.

A minha opinião:
Depois de ter adorado o livro Irmã da mesma autora, este Depois foi uma completa desilusão. Provavelmente porque tinha expectativas muito altas, nunca consegui adorar este Depois, escrito de uma forma completamente diferente, com as personagens principais a falarem e a descobrirem as coisas através do limbo, entre a vida e a morte.
A parte mais emocionante foi o saltar de culpado para culpado, como se todas as personagens tivessem uma dose de culpa acerca do que aconteceu.
Tudo começa com o incêndio num colégio interno, que logo no início da investigação se prova ter sido posto. Como todas as entradas são controladas, a suspeita recairá sempre sobre os membros da escola, professores, auxiliares, pais e alunos, que se encontravam presentes naquela altura. De suspeita em suspeita, depressa vemos um conjunto de acções, de muitos membros da instituição, que podem estar na origem do incêndio. Mas quem será o culpado? Pior que tudo é que o incêndio faz duas vítimas graves, mãe e filha, que se encontravam no edifício da escola na altura. Será que foi intencional? Será que quem colocou ou incêndio pensava que não se encontrava lá ninguém?
Lupton evidencia os laços familiares, sobretudo entre mãe e filha, mas de uma forma de posse que me irritou deveras. Tudo bem que é um amor incondicional, mas querer estar envolvida em tudo o que a filha faz é demais.
O pior da história, que além de maçadora não desenvolve com esperava, é mesmo o diálogo entre mãe e filha, como se fossem espíritos a rondar o hospital. Para mim essa fórmula não resultou, tornando cada vez mais irreal a história. Confesso que por vários momentos me vi tentada a guardar o livro para ser lido numa outra altura...
O melhor foi a descoberta do(s) culpado(s). 

Excertos:
"Esta manhã eu estava preocupada com os pontos negros no meu nariz. Pontos negros. É ridículo ou não. Mãe?"
"Sinto que me tornei a guardadora de chaves e uma delas revelará, sem sombra de dúvidas, a verdade."   

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Irmã - Rosamund Lupton [Opinião]



Título: Irmã
Autora: Rosamund Lupton
Tradução: Odete Martins
Formato: 155 x 235 mm
Páginas: 369
Encadernação: Capa mole
Coleção: Ficção
PVP: 15,90€


Sinopse:
Quando Beatrice recebe um telefonema frenético a meio do almoço de domingo e lhe dizem que a sua irmã mais nova, Tess, desapareceu, apanha o primeiro avião de regresso a Londres. Mas quando conhece as circunstâncias que rodeiam o desaparecimento da irmã, apercebe-se, com surpresa, do pouco que sabe sobre a vida de Tess – e de que não está preparada para a terrível verdade que terá de enfrentar.
A Polícia, o noivo de Beatrice e até a própria mãe aceitam ter perdido Tess, mas Beatrice recusa-se a desistir e embarca numa perigosa viagem para descobrir a verdade, a qualquer custo.

A minha opinião:
Romance de estreia de Rosamund Lupton, Irmã foi dos melhores livros que li nos últimos tempos. Isto porque reúne os ingredientes principais para um bom romance: bem escrito, com uma boa dose de acção, uma boa descrição e interacção com as diversas personagens e uma boa história.
Apesar de separadas por dois países distantes, Beatrice e Tess continuam a ser grandes confidentes. E quando a primeira recebe uma chamada dizendo que a sua irmã se encontra desaparecida, Beatrice não hesita e apanha o primeiro avião para Londres.
A partir daí, a vida de Beatrice vai mudar radicalmente. Utilizando praticamente toda a sua estadia em Londres para descobrir a irmã e os motivos do seu desaparecimento, Bess, como é chamada carinhosamente pela sua irmã mais nova, vai fazendo ela própria a investigação. Ao longo do livro recorre muitas vezes ao passado para demonstrar como era forte a ligação entre as duas, apesar de terem um estilo de vida completamente diferente. Enquanto uma vive pela segurança de uma vida confortável, a outra é mais aventureira, vivendo o momento e dando pouco valor a questões materiais.
Com o seu desaparecimento vêm a lume temas como a genética, a fibrose quística, a ambição, e polícias pouco interessados em investigar.
O facto de a autora escrever o romance na primeira pessoa e fazê-lo como que em jeito de confissão para com a irmã, ainda me prendeu mais. Gostei particularmente do ar quase que maternal que ela nutria por ela e, mais tarde pela sua amiga polaca, grávida, desempregada e sem ninguém que lhe desse uma mão.
Por último há a destacar um final invulgar mas muito bem conseguido.Estou em pulgas para ler o próximo livro da autora.
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