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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

As Instruções da Pitonisa - Erik Axl Sund [Opinião]

Título: As Instruções da Pitonisa
As Faces de Victoria Bergman - Livro III
Autor: Erik Axl Sund
Tradução: Rita Chuva
Edição/reimpressão: 2015
N.º de Páginas: 384
Editor: Bertrand Editora
PVP: 18,80€

Sinopse:
Um carro é devorado pelas chamas em Tantoberget. No interior, estão os corpos carbonizados de duas mulheres, as principais suspeitas dos assassínios em série das antigas alunas do internato de Sigtuna que Victoria Bergman frequentou. Na posse de uma delas, a polícia encontrou várias polaroides dos assassinados rodeados por túlipas amarelas. A detetive Jeanette Kihlberg compreende que, sob a aparência de suicídio a loucura mortífera prossegue o seu caminho. Sofia Zetterlund mantém as sessões de autoterapia para tentar, finalmente, compreender quem realmente é. Victoria Bergman recusa-se a ser dominada e ameaça continuar. Entretanto Madeleine, pensa na sua próxima vítima. É tempo de pagar.

A minha opinião:
O meu sentimento é de pena por ter chegado ao fim uma das melhores trilogias que li nos últimos tempos. A dupla Erik Axl Sund criou uma personagem impressionante, com um passado tremendamente marcante que iria condicionar o seu futuro e as suas acções para sempre. Isso iria influenciar o leitor a criar sentimentos adversos pela psicóloga que se iam mudando à medida que a história ia evoluindo, pelo menos esse foi o meu caso.

Jeannette Kihlberg não descansa até encerrar a investigação levada a cabo pelo seu departamento e encontrar os culpados das mortes macabras ocorridas. Mas não tem sido tarefa fácil.

A sua relação com Sofia Zetterlund tem evoluído, mas a luta desta última pelas fantasmas do passado pelos seus distúrbios de personalidade acabam deixá-la um pouco distante. É também estes distúrbios que nos fazem viajar entre o passado e o presente, conhecendo assim aspectos da vida de Victoria e de outras tantas personagens determinantes para o desfecho da história, que de outra forma era impossível percebermos.





É aqui também que aparece Madeleine Silverberg, uma jovem em busca de vingança, uma personagem completamente perturbada.

Esta trilogia é um murro num estômago. Demasiado gráfica, demasiado pormenorizada, porque demasiado real... A pedofilia, todos os actos e maus tratos perpetrados nas crianças são aterrorizadores, mas infelizmente isso acontece diariamente e deparamo-nos com eles nas notícias. Daí nos chocarmos ainda mais.

No entanto, As Instruções da Pitonisa não é feito de finais felizes.

Os outros livros da trilogia: 
 Opinião aqui
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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Fome de Fogo - Erik Axl Sund [Opinião]

Título: Fome de Fogo
As Faces de Victoria Bergman - Livro II
Autor: Erik Axl Sund
Tradução: Agneta Öhrström B., Rita Chuva
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 416
Editor: Bertrand Editora
PVP: 17,70€

Sinopse:

Os esforços de Jeanette Kihlberg para solucionar os casos dos meninos mortos são cerceados quando um homem de negócios é assassinado em Estocolmo, naquilo que parece ser uma morte ritualística. Alguns pormenores sugerem um ato de vingança. Mas vingança de quê?
Entretanto, Jeanette continua à procura da desaparecida Victoria Bergman e as suas investigações levam-na a um colégio interno de elite, bem como à Dinamarca e a acontecimentos do seu próprio passado. Por seu turno, a psicoterapeuta Sofia Zetterlund tenta encontrar-se a si própria. À semelhança do primeiro livro desta trilogia, somos confrontados com voltas e reviravoltas e um final absolutamente inesperado.

A minha opinião: 
"O passado que nunca morre, não é passado" - William Faulkner

Fome de Fogo é o segundo livro da trilogia As Faces de Victoria Bergman, que começou com o livro A Rapariga-Corvo. Se no primeiro livro acompanhámos a investigação do caso dos meninos mortos, no segundo esta investigação é posta de parte pela detective Jeanette, uma vez que o assassinato de um homem de negócios em Estocolmo vai passar para primeiro plano. No entanto, como o decorrer da investigação Jeanette vai descobrindo que este assassinato pode muito bem estar relacionado com o caso anterior. Pelo menos tem um ponto em comum: Victoria Bergman.

A Rapariga-Corvo foi dos melhores livros que li este ano pelo que estava cheia de expectativas relativamente a este segundo livro. As peças soltas deixadas no primeiro livro fizeram-me que quisesse que chegasse Julho depressa para pegar em Fome de Fogo.

Victoria Bergman continua a estar como protagonista da história. Apesar de sádica e macabra consegui gostar um pouco da personagem, talvez porque se compreende completamente o porquê dela ser assim. Confesso que houve partes da sua vida que me foram chocando ao longo do livro a ponto de eu própria querer que ela faça justiça, mesmo que para isso o faça com dor e sofrimentos atrozes para com as suas vítimas.

À semelhança do livro antecessor, a dupla erik axl sund dá continuidade à violência, aos capítulos curtos e reveladores da personagem principal, levantando um pouco o véu do que se irá passar no terceiro livro, no final deste Fome de Fogo. Mais uma vez coloca os leitores com desejos de ler o próximo o mais rapidamente possível. Infelizmente As Instruções de Pitonisa só chegará para Outubro.

Relativamente a Victoria, se nós, leitores, pensávamos que estava tudo esclarecido em relação a ela... enganamo-nos profundamente...

 Excelente!



Excerto: 
"Não se perdoa uma traição. Aprende-se a viver com ela." - pag. 115
"O objecto do amor é apenas uma imagem idealizada que não coincide com a realidade. Quem está apaixonado só ama a sensação de estar apaixonado." - pag. 362

A minha opinião de:

 A Rapariga-Corvo

quarta-feira, 19 de março de 2014

A Rapariga-Corvo - Erik Axl Sund [Opinião]

Título: A Rapariga-Corvo , As Faces de Victoria Bergman Vol 1
Autor: Erik Axl Sund
N.º de Páginas: 368
PVP: 17.70€

Sinopse: 
A psicoterapeuta Sofia Zetterlund está a tratar dois pacientes fascinantes: Samuel Bai, um menino-soldado da Serra Leoa, e Victoria Bergman, uma mulher que tenta lidar com uma mágoa profunda da infância. Ambos sofrem de transtorno dissociativo de personalidade.
A agente Jeanette Kihlberg, por seu lado, investiga uma série de macabros homicídios de meninos em Estocolmo. O caso está a abalar a investigadora, mas não tem tido grande destaque devido à dificuldade em identificar os meninos, aparentemente de origem estrangeira.
Tanto Jeanette como Sofia são confrontadas com a mesma pergunta: quanto sofrimento pode um ser humano suportar antes de se tornar ele próprio um monstro?
À medida que as duas mulheres se vão aproximando cada vez mais uma da outra, intensificam-se os segredos, as ameaças e os horrores à sua volta.

A minha opinião: 
Uma série de macabros homicídios de jovens em Estocolmo vai juntar Jeanette Kihlberg, a agente encarregue de investigar o caso, e Sofia Zetterlund, uma psicoterapeuta, que tem como principais pacientes um menino-soldado da Serra Leoa, e uma mulher misteriosa de seu nome Victoria Bergman.

A Rapariga-Corvo é o primeiro livro de uma trilogia (As Faces de Victoria Bergman) criada pela dupla Erik Axl Sund, prima por capítulos curtos, compostos por uma narrativa forte e, por vezes, enigmática, que se torna difícil para o leitor largar o livro. Dei-me por mim, diversas vezes, a precisar de ir fazer outras coisas, mas sempre a adiar para saber o que viria no capítulo seguinte.

O estado dos cadáveres, a violência perpetrada às vítimas e de tal forma forte e bem descrito, sem quaisquer rodeios, que faz deste trhiller um dos melhores que li nos últimos tempos.

No decorrer das investigações Jeanette depara-se com a violência dos ataques que os miúdos sofreram, antes de terem sido mortos. Os seus corpos apresentam vestígios de anestésicos, muito comuns a serem administrados por dentistas, o que a leva a seguir uma pista que a levará a um pedófilo referenciado anteriormente. Lutas de seres humanos, como de cães se tratasse, também são colocadas como hipótese. Mas a investigação parece não levar a lado nenhum, até que pede a ajuda de Sofia Zetterlund, uma terapeuta habituada a lidar com pessoas mais fragilizadas, vítimas de adultos, como o caso de um menino feito soldado na guerra da Serra Leoa, ou então Victoria, agora uma mulher, mas que em criança sofreu abusos por parte do pai.

Este caso vai juntá-las na busca do assassino, mas noutras coisas mais. O casamento de Jeanette com um artista fracassado está na corda bamba, o relacionamento de Sofia com Mikael também já viu melhores dias, o que as leva a tornarem-se mais próximas...

A Rapariga-Corvo é um thriller psicológico que nos leva a desconfiar de tudo e todos, a analisar cada personagem ao pormenor, a conviver com as múltiplas personalidades de ambos os pacientes de Sofia, e no fim ficarmos espantados com o desvendar do mistério, e a desejar que chegue Julho (data da publicação do segundo volume) para acompanharmos uma história que ficou completamente em aberto.



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