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segunda-feira, 7 de novembro de 2022

A Festa das Bruxas - Agatha Christie [Opinião]

 

Título: A Festa das Bruxas
Um Mistério de Hercule Poirot N.º 6
Autor: Agatha Christie
Editor: Edições Asa
N.º de Páginas: 304

Numa festa da Noite das Bruxas, Joyce, uma jovem fã de livros policiais, confessa ter já assistido a um assassinato. Mas ela tem fama de contadora de histórias mirabolantes e ninguém lhe presta atenção. Porém, quando Joyce é encontrada morta nessa mesma noite, todos se perguntam se esta última história não teria um fundo de verdade.

Quem de entre os convidados quereria silenciá-la? Não há ninguém melhor do que Hercule Poirot para responder a esta questão. Mas nem mesmo para o grande detetive será fácil desmascarar o assassino…

Hercule Poirot é o personagem mais famoso de Agatha Christie. Este agente reformado da polícia belga é um detetive brilhante, pomposo e de aparência extravagante.
Os seus métodos de investigação são únicos e infalíveis.
Não há mistério que resista às famosas celulazinhas cinzentas de Poirot.

Em plena festa de Halloween, numa pacata localidade londrina, o inesperado acontece. Joyce morre afogada num balde de água com maçãs, um elemento presente no jogo da festa e ninguém é suspeito de tal morte.

🧙Quem quereria matar uma adolescente de 13 anos?
A escritora de policiais presente em alguns livros de Agatha Christie, Ariadne Oliver, foi uma das convidadas da festa e fica completamente incomodada. Sabendo que a polícia se encontra num beco sem saída, Ariadne decide procurar Hercule Poirot para que a ajude neste crime misterioso.

🧛‍♂️ A única pista e razão para que o crime tenha acontecido é que Joyce na tarde desse dia disse que tinha presenciado, há alguns anos, um assassinato. Mas ninguém pareceu acreditar nela até porque a jovem é conhecida pelas suas constantes mentiras.
Peguei neste livro, gratuito no koboplus, por pensar ser uma leitura adequada a estes dias. Gosto imenso de Agatha Christie e há ainda muitos livros da autora britânica que ainda não li, mas este livro não me encheu as medidas.

🎃 Achei Poirot bastante apagado e envelhecido. Se não soubesse que tinha sido escrito pela mestre do crime pensaria que poderia ser um daqueles autores que pegaram naquela personagem de Poirot para dar continuidade às suas células cinzentas, como Sophie Hannah, por exemplo. Não senti aquela prepotência característica nele, a vangloriar-se da sua inteligência, apesar de ter descoberto quem estava por detrás daquele assassinato e outros.




quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O Comboio das 16H50 - Agatha Christie [Opinião]

Título: O Comboio das 16H50
Autor:
Agatha Christie
Edição/reimpressão: 2006
Páginas: 224
Editor: Edições Asa
Coleção: Obras de Agatha Christie
PVP: 12,50€

Sinopse:
Elspeth McGillicuddy apanha o comboio que a levará até Brackhampton, de onde seguirá para a aldeia de St. Mary Mead. À sua espera tem uma amiga de longa data, Miss Jane Marple. Por um momento, ao deixar a estação, o comboio avança paralelo a outro. O que observa ao olhar pela janela da sua carruagem ficará para sempre gravado na sua memória: impotente, ela vê um homem estrangular uma mulher. Quem, para além de Miss Marple, poderá levá-la a sério? Afinal, não há suspeitos, mais nenhuma testemunha… e, acima de tudo, não há cadáver.

Originalmente publicado na Grã-Bretanha em 1957, O Comboio das 16h50 (4.50 from Paddington) foi publicado nos Estados Unidos no mesmo ano, com o título What Mrs. McGillicuddy Saw! Foi adaptado ao cinema em 1962 com o título Murder She Said e à televisão em 1987, contando com Joan Hickson no papel de Miss Marple.

A minha opinião:
Depois de um ano a ler livros muito recentes, a maior parte estreias em Portugal, decidi voltar ao clássico policial, um daqueles que me arrebatava no início da adolescência e me deixava extasiada. Poirot é o meu detective preferido. Não só de Cristhie, mas quase de todos os policiais que leio. Em todos eles desejo descortinar as celulazinhas cinzentas necessárias ao desvendar de um crime. Mas Jane Marple é também encantadora. E o facto deste romance policial envolver um comboio levou-me a desejar que fosse tão bom como Crime no Expresso do Oriente, o meu preferido de Christie. Infelizmente, não o foi. De todo.

Isto porque a investigação de Marple foi escassa. A velhinha astuta e perspicaz, apesar de ter desvendado o crime, não se fez notar na maior parte do romance que foi protagonizado por outra personagem, que pecou por dividir o protagonismo. 


Uma amiga de Jane Marple, Elspeth McGillicuddy, ao apanhar o comboio para St. Mary Mead presencia um homem a estrangular uma mulher num outro comboio que avança na direcção paralela ao seu. No entanto, quando tenta avisar o chefe da estação e o posteriormente o chefe da policia do sucedido ninguém quer acreditar nela. Sem corpo não existe crime. Só Miss Marple é que acredita nela e promete continuar a investigar aquele caso tão estranho enquanto ela parte em viagem. Para tal, pede ajuda a uma outra pessoa que posteriormente vai encontrar o cadáver num celeiro de uma quinta de uma família abastada e é aí que começa a investigação e todo um rol de mistérios. 







quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A Porta do Destino - Agatha Christie [Opinião]

Título: A Porta do Destino
Autor: Agatha Christie
Tradução: John Almeida
Páginas: 288
Editor: Edições Asa
PVP: 12,50€

Sinopse:
Quando Tommy e Tuppence se mudam para uma pacata vila inglesa, vão em busca de uma vida mais calma que a de Londres. Mas rapidamente percebem que a sua nova casa guarda muitos e perigosos segredos. Quem foi Mary Jordan? Porque é que alguém lhes deixou uma mensagem codificada afirmando que ela não morreu de causas naturais? O casal não resiste a fazer uma viagem no tempo em busca da solução deste crime. E acaba a perguntar-se quantos mais mistérios se esconderão por detrás da serena fachada da vida rural …
A Porta do Destino (Postern of Fate) foi originalmente publicado em 1973 na Grã-Bretanha, tendo sido editado no mesmo ano nos Estados Unidos. 

A minha opinião: 
Tommy e Tuppence não são, de todo, os meus investigadores preferidos dos romances policiais de Agatha Christie, mas este A Porta do Destino conseguiu mesmo surpreender-me. Tanto que o li em pouquíssimo tempo.

Contrariamente a Poirot e Miss Marple que nos são dado a conhecer quando já se encontram na terceira idade, Tommy e Tuppence são introduzidos por Agatha Christie como um jovem casal que se interessa por resolver mistérios, sejam em forma de assassinatos ou não. Neste A Porta do Destino, o último livro a ser escrito pela autora inglesa (1973), Agatha Christie retrata o casal já idoso, a querer mudar da agitada Londres para um casa na periferia, mais calma e onde a comunidade partilha os mesmos gostos e a mesma idade que eles.

Quando o casal decide arrumar sótão descobre uma biblioteca fantástica, que tinha sido propriedade dos antigos donos da casa. Tuppence fica encantada com os livros e decide, sem demora, organizá-los, escolhendo os que quer ficar e os que quer doar a uma instituição.

Mas tudo muda de figura quando num dos livros que lhe lembram a sua juventude, A Floresta Negra de Stevenson, Tuppence encontra uma estranha mensagem colocada através de letras sublinhadas: "Mary Jordan não morreu naturalmente. Foi um de nós. Creio que sei qual."

Quem terá sido Mary Jordan? Numa pesquisa superficial e perguntas à população local ninguém para saber quem foi a jovem. E a pessoa que escreveu a mensagem?

Tuppence não descansa até descobrir o mistério e arrasta Tommy consigo para a investigação. Mas ambos vão começar a levantar muitos segredos do passado que não são do agrado de alguns...

Apesar das duras críticas a este livro, talvez por Christie já não estar na sua forma habitual, eu adorei este aso e a forma como foi tão bem escrito.

Recomendo.



terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Unidos pelo Crime - Agatha Christie [Opinião]

Título: Unidos pelo Crime
Autor: Agatha Christie
Tradução: Luís Miguel Valente
Edição/reimpressão: 2014
Páginas: 304
Editor: Edições Asa
PVP: 12.50€

Sinopse:
Tommy e Tuppence estão casados há seis anos, continuam apaixonados um pelo outro e têm uma vida tranquila. Mas tanta perfeição provoca em Tuppence um tédio de morte. E até mesmo o pacato Tommy admite ter saudades das aventuras detetivescas do passado. Por isso, quando um velho amigo lhes faz uma proposta invulgar, eles aceitam de imediato. A missão é aparentemente simples. Contudo, a realidade vai superar os mais loucos devaneios do jovem casal. E quando pensam já ter corrido todos os riscos, a maior das surpresas ainda está para vir …

Unidos pelo crime (Partners in Crime) foi originalmente publicado em 1929 na Grã-Bretanha, tendo sido editado no mesmo ano nos Estados Unidos. Foi adaptado para televisão em 1983.


A minha opinião: 
A vida de Tommy e Tuppence corre às mil maravilhas, mas Tuppence deseja impor-lhe mais acção. Aborrecida de estar sempre em casa, o normal para uma mulher naquele tempo, Tuppence nem hesita quando um velho amigo faz uma proposta ao casal: abrir uma agência de detectives a fim de camuflar uma investigação ainda maior.

É assim que abre a Agência de Geniais Detectives Blunt com a finalidade de ajudar os seus clientes a descobrir todo o género de crimes.


Tommy e Tuppence fazem uma dupla brilhante na descoberta de pequenos e grandes crimes familiares. Muito inventivos, criativos e apaixonados por livros policiais de grande autores, sobretudo britânicos, a dupla desvenda os crimes, muitas vezes imitando as suas personagens preferidas.

O toque feminino de Tuppence faz com que a dupla tenha ainda mais sucesso.

O livro de contos não é do género que goste mais, talvez também por estar rendida ao estilo inconfundível de Poirot ou de Miss Marple, mas para os amantes de Agatha Christie este livro não vai, contudo, desiludir.

Casos como a descoberta de um vigarista de notas falsas, de uma noiva que desaparece estranhamente... para emagrecer, de um baile de máscaras onde uma jovem e linda mulher é assassinada são disso exemplo.


segunda-feira, 18 de março de 2013

A Provação do Inocente - Agatha Christie [Opinião]


Título: A Provação do Inocente
Autor:
Agatha Christie
PVP: 12,50€

Condenado a prisão perpétua, Jacko Argyle sucumbiu a uma pneumonia e acabou por morrer sem conseguir provar a sua inocência. Acusado de assassinar a mãe adotiva, o jovem jurou em tribunal ter um álibi e até uma testemunha. Mas essa pessoa nunca foi encontrada.

Acabado de chegar de uma longa viagem, Arthur Calgary tem informação que permite limpar o nome de Jacko, ainda que postumamente. A inocência de Jacko implica a culpa de outra pessoa… mas só a família estava em casa naquela noite fatal…

A Provação do Inocente (Ordeal by Innocence) foi originalmente publicado em 1958 na Grã-Bretanha, tendo sido editado nos Estados Unidos no ano seguinte. Foi adaptado para o cinema em 1985 e para a televisão em 2007.

A minha opinião: 
Agatha Christie não deixa de me surpreender. Apesar de gostar mais dos romances cujo protagonista é Hercule Poirot, a descoberta deste tipo de policiais cujo protagonista pode ser qualquer personagem, sem muito destaque por parte da autora, tem sido muito agradável. 
E colocar com principal instigador de uma suspeita um homem que após uma longa viagem pela Antártida descobre, através dos jornais, que é o álibi de um acusado de assassinato, é por demais brilhante. 
Apesar de demasiado tarde, já que o suposto culpado acabava de sucumbir a uma pneumonia na prisão, Arthur Calgary vai reacender o debate na casa dos Argyle. Se não foi Jacko, que seria então? Uma vez que não entraram estranhos na casa durante o período de tempo em que Mrs Argyle foi morta só poderia ter sido alguém da família, ou então alguém que vivesse por lá. 
Com a investigação a avançar, depressa vamos conhecendo a personalidade de cada um dos filhos adoptivos da matriarca da família. As suas fraquezas e virtudes. Mas também vamos descobrir que Mrs Argyle exercia uma pressão e controlo demasiado grande sobre cada um deles. Como se o facto de terem sido adoptados fossem propriedade dela. Logo, qualquer um podia estar origem do crime, para ter assim, como que uma espécie de libertação. Por outro lado, existe o marido, Leo, que cai de amores pela sua secretária pessoal. Mais uma suspeita fundamentada... 
Desde o início até ao final do livro Agatha Christie dá razões ao leitor que determinada personagem pode ser a mentora do crime, deixando-nos a especular sobre quem será realmente o assassino. Só no final é que descobri... 
Muito bom.

Pode comprar aqui: 


segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A teia de aranha - Agatha Christie [Opinião]

Título: A teia de aranha
Autor: Agatha Christie
Clarissa, mulher de um diplomata, gosta de sonhar acordada. “Imagina que um dia eu encontrava um cadáver na biblioteca, qual seria a minha reação?”, diz num devaneio. O que ela não podia prever é que vai ter oportunidade de descobrir precisamente isso quando tropeça num corpo… na sua própria sala!
Desesperada, convence os seus amigos a ajudá-la a livrar-se do morto, sabendo que, entre eles, está o assassino. E se um inspetor da polícia chegasse de repente…?
Escrito originalmente por Agatha Christie em 1954 como uma peça de teatro, A Teia de Aranha (Sipder’s Web) foi adaptada para romance por Charles Osborne em 2000.

A minha opinião:

Encenada pela primeira vez em 1954, A Teia de Aranha, que teve como principal protagonista Margaret Lockwood no papel de Clarissa, ganhou bastante sucesso nos teatros londrinos. Após a morte de Agatha Christie, Charles Osborne decidiu adaptar esta fantástica peça para romance.

Originalmente escrito para peça de teatro, este pequeno livro preenche, contudo, todos os requisitos que estão presentes nos livros de Christie: suspense, vários suspeitos, um assassinato e o desvendar do crime nas últimas páginas. E, como sempre, nem tudo o que parece é.

Clarissa, uma mulher virada para o o jogo teatral, reúne, na sua casa de campo, alugada recentemente, um grupo de amigos, muito diferentes entre si, mas com excelente reputação no campo profissional. Sempre com uma imaginação fértil, Clarissa sugere que seria emocionante se aparecesse um cadáver na biblioteca. E o sonho passa a realidade quando tropeça num corpo na sala.

Acreditando que tudo não passou de um acidente, Clarissa contacta os amigos que acorrem a encobrir o corpo, mas eis que surge a polícia, chamada através de um telefonema anónimo, e tenta desvendar este estranho assassinato.

Um a um todos ( Sir Rowland, Jeremy Warrender e Hugo Birch) são questionados sobre o que se passou naquela noite. Com um discurso previamente combinado entre todos, os amigos e a própria Clarissa vão “contando” uma história que acaba por não bater certo, e a verdade começa a surgir.

Para os amantes de Christie este é um livro leve e divertido que não podem perder.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

A Suspeita - Agatha Christie [Opinião]


Título: A Suspeita  
Autor: Agatha Christie
Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 272
Editor: Edições Asa
PVP: 10.50€

Sinopse

Três jovens mulheres partilham um apartamento em Londres. A primeira trabalha como secretária, a segunda é uma artista, e a terceira - que pediu ajuda a Poirot - desapareceu, convencida de que era uma assassina. Embora não tenha sido encontrado nenhum corpo ou sequer indícios de crime, a jovem está atormentada.
Entre a curiosidade que este estranho caso lhe provoca e a insistência da sua amiga Ariadne Oliver, Poirot terá de fazer uso de toda a sua perspicácia e celulazinhas cinzentas para perceber se a rapariga desaparecida é inocente, culpada ou simplesmente louca...

A Suspeita (The Third Girl) foi originalmente publicado em 1966 na Grã-Bretanha, tendo sido editado no mesmo ano nos Estados Unidos. Foi adaptado para a televisão em 2008, com David Suchet no papel de Hercule Poirot.

A minha opinião:

Além de policial A Suspeita relata maravilhosamente a época que Inglaterra estava a atravessar. Com a influência dos Beatles e de roupas arrojadas e multicoloridas, os jovens não eram muito bem vistos aos olhos dos mais velhos e conservadores.

E é neste contexto que Poirot conhece Norma, uma rapariga que o procura pensar ter cometido um assassinato. Coisa estranha: não sabe quem poderá ter assassinado, nem quando.

Sem a companhia de Hastings (para pena minha que acho uma personagem importante para todo o boneco do detective belga), mas com a preciosa ajuda de uma famosa escritora de policiais: Mrs Oliver, Poirot, com algum custo, desvenda mais um caso, um pouco para o previsível.

A Suspeita relata a emancipação feminina, o facto de as jovens saírem de casa dos pais para terem uma vida independente, com um trabalho e uma vida próprias; o mundo das drogas, muito frequente naquela altura e não muito condenável, mas também a solidão de uma jovem que espera ser amada pelo pai ausente que de repente volta de África do Sul.

Apesar de não ter aquela emoção que espero sempre que pego num livro de Christie, talvez porque não tenha havido um assassinato logo nas primeiras páginas, gostei de mais este livro.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Destino: Frankfurt - Agatha Christie [Opinião]


Título: Destino: Frankfurt  
Autor: Agatha Christie
PVP: 10,50 €
N.º de Páginas: 272

Um dos raros thrillers de intriga internacional escritos pela rainha do crime, destino: frankfurt, foi publicado no ano em que a autora completou oitenta anos.

Sobre o Livro:
Durante uma escala no aeroporto de Frankfurt, o diplomata Sir Stafford Nye conhece uma misteriosa mulher que lhe confessa correr perigo de vida.
Todavia, este não será o único encontro entre ambos. Já em Londres, os seus caminhos parecem cruzar-se constantemente e, de todas as vezes, a mulher tem uma identidade diferente. Sir Nye percebe então que se envolveu involuntariamente numa rede de espionagem internacional.

Num mundo onde ninguém confia em ninguém e nada é o que parece, Sir Nye tem pela frente um inimigo poderoso… e invisível!

Destino: Frankfurt (Passanger to Frankfurt) foi originalmente publicado em 1970 na Grã-Bretanha, tendo sido editado no mesmo ano nos Estados Unidos. 

A minha opinião:
Em plena Guerra Fria, Agatha Christie não podia deixar de escrever um romance policial relativamente à temática. O livro começa logo num ambiente de mistério. No aeroporto de Frankfurt, enquanto Sir Stafford Nye espera pela chamada do voo que o levará de regresso a Londres é abordado por uma estranha, mas com uma figura bastante parecida consigo, aborda-o com o intuito de que este a ajude. Mas o que esta jovem pede é um pouco surreal e Stafford Nye fica relutante em auxiliá-la. No entanto, as fortes parecenças com a sua irmã já falecida, e a curiosidade por tão misteriosa figura levam-no a aceitar o desafio. O que não imagina é que se vai enredar numa história que será bastante importante para o futuro da humanidade. 
Apesar de gostar da temática e ainda mais da autora de quem sou verdadeiramente fã, não me consegui envolver demasiado na história. O facto de ter muitas personagens poderá ser razão para que me perdesse algures, aliado ao facto de lá para o meio o livro se ter tornado um pouco maçador. O interesse surgiu apenas a poucas páginas do fim, tendo sido uma desilusão constatar que quando se começava a tornar interessante, ter terminado. A teoria de conspiração criada por Christie até que tinha tudo para dar certo, mas a teia que a envolveu nem por isso.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Perigo na Casa do Fundo - Agatha Christie [Opinião]


Título: Perigo Na Casa Do Fundo Autor: Agatha Christie
Editora: Edições Asa 
Data de Lançamento: Setembro 2004 
Colecção: Obras de Agatha Christie 
ISBN: 9789724140452 
N.º Páginas: 128 
N.º Colecção: 27

Nick não é um nome vulgar numa mulher. Mas Nick Buckley não é uma jovem vulgar. Mais invulgar ainda é a quantidade de "acidentes" de que tem sido vítima: numa traiçoeira encosta da Cornualha, os travões do seu carro falham; mais tarde, num caminho costeiro, serão apenas alguns os centímetros que a separarão de uma derrocada; por fim, escapa por pouco quando um pesadíssimo quadro cai e quase a esmaga durante o sono. Serão estes "acidentes" meras coincidências? Após ter descoberto um buraco de bala no chapéu de Nick, Hercule Poirot decide que a jovem precisa da sua protecção. E começa a deslindar o mistério de um assassinato que não foi cometido. Ainda...

A minha opinião:

Por mais policiais que leia, a mestre do crime Agatha Christie ainda consegue surpreender. A forma como coloca o leitor a pensar no crime e na tentativa vã de o resolver (confesso que nunca consegui descobrir o assassino) é sempre de tal maneira bem feita que não consigo cansar-me de ler os seus livros, sobretudo quando o protagonista é Hercule Poirot. 
Em Perigo na Casa do Fundo deparamo-nos com o detective já na reforma, tendo escolhido a Cornualha como um local de repouso, juntamente com o inseparável Hastings. Mas como é sempre habitual, onde se encontra Poirot o crime aparece. 
Neste local calmo, o detective conhece Nick, uma jovem com casa naquele local, mas cuja vida principal se passa em Londres. Nick vê A Casa do Fundo como um refúgio e casa da sua família, mas nos últimos dias têm acontecido coisas estranhas que atentam na sua integridade física. Ao que parece Nick tem sido vítima de alguns acidentes que o podem não ser, o último dos quais na presença de Poirot e Hastings: o chapéu de Nick aparece com um buraco de bala. 
Como é habitual Poirot dedica-se a investigar o crime, que se torna um tanto ao quanto difícil de resolver, até porque, ao que tudo indica, ninguém beneficiaria muito com a morte da jovem. Mas nem tudo o que parece é e A Casa do Fundo resulta em mais um romance policial fantástico.  

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Café negro - Agatha Christie [Opinião]


Título: Café negro
Autor: Agatha Christie (Adaptado Para Romance Por Charles Osborne) Editora: ASA
N.º Páginas: 176
Preço: 10.00€
ISBN: 978-989-23-1564-5
1ª Edição: Agosto de 2011
Sinopse:
O inventor Sir Claud Amory fica desesperado quando a sua fórmula para um novo e poderoso explosivo é roubada. O autor do roubo só pode ser alguém que esteja em sua casa. Terá sido um familiar ou um “amigo”? Com medo da resposta, Sir Claud decide dar uma oportunidade ao infractor. As portas são trancadas e as luzes desligadas mas, em vez de devolver a fórmula, o ladrão acrescenta algo ao café do anfitrião… Poirot já não consegue impedir esta morte, mas pode ainda evitar uma catástrofe. Tem “apenas” de encontrar a fórmula e o assassino. E tudo isto sem se deixar envenenar…
Escrito originalmente por Agatha Christie em 1930 como uma peça de teatro, Café Negro (Black Coffee) foi adaptado para romance por Charles Osborne em 1997. Foi também transposto para o cinema em 1931 e 1932.
A minha opinião:
Sou completamente fã de Agatha Christie tendo sido a escritora britânica a fazer-me adorar ler policiais. E quando pensava que já tinha lido todas as histórias do meu detective favorito, Poirot, há sempre uma surpresa agradável: Café negro, um livro que Christie tinha inicialmente escrito para uma peça de teatro e que foi adaptado posteriormente por Charles Osborne, no meu entender de uma forma bastante satisfatória.
Nesta nova aventura detectivesca, Poirot é levado a investigar um suposto interesse em roubar a fórmula de um novo e mortífero explosivo. Para tal, o inventor, Claud Amory convida para sua casa Poirot e o seu inseparável Hastings para procederem à investigação, mas não consegue impedir o assassinato do seu anfitrião, que acaba por morrer envenenado.
Apesar de não ter conseguido chegar a tempo Poirot decide ficar para investigar a morte de Sir Claud Amory e, mais uma vez, nem tudo que parece é e quase todas as personagens guardam preciosos segredos com elas que poderão ligá-las de uma certa maneira ao crime. No entanto, de uma forma sublime, Poirot descobre o assassino utilizando muito bem as “celulazinhas cinzentas”.
Muito bom.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Intriga em Bagdade - Agatha Christie [Opinião]


Título: Intriga em Bagdade
Autor: Agatha Christie
Ano da Edição: 2005
Editora: Edições ASA
N.º Páginas: 225


Sinopse:
Bagdade é a cidade escolhida para levar a cabo uma secretíssima cimeira entre super-potências mundiais, preocupadas - mas não totalmente convencidas - com a invenção de uma arma secreta ainda não totalmente identificada. Apenas um homem tem provas capazes de confirmar a existência e natureza desta fantástica arma: um agente britânico chamado Carmichael. Infelizmente, a organização criminosa responsável pelo desenvolvimento da arma não se deterá perante nada para impedir a sua entrada em Bagdade. Face a estas circunstâncias, conseguirá Carmichael entrar na cidade? É nesta conjuntura explosiva que aparece Victoria Jones, uma rapariga cuja sede de aventura vai ser largamente ultrapassada pelos acontecimentos quando Carmichael morre nos seus braços. Se ela pelo menos conseguisse perceber o sentido das suas últimas palavras: «...Lucifer ...Basrah ...Lefarge...»

A minha opinião:
Habituada a personagens como Hercule Poirot e Miss Marple, sobretudo, parti para a leitura deste livro de Agatha Christie com algumas reservas porque não colocou como protagonista qualquer detective ou personagem mais conhecida.
Christie coloca como personagem principal uma jovem, a meu ver, pouco inteligente, que parte para Bagdade apenas para ir ao encontro de um homem que viu uma única vez num jardim, no dia em que é despedida por estar a imitar o patrão.
É em Bagdade que a aventura começa. Victoria Jones vê-se envolvida numa investigação quando um dos investigadores morre no seu quarto. Sem qualquer rendimento e, consequentemente, sem dinheiro no bolso, Victoria aceita investigar o patrão do homem por quem está apaixonada por suspeitar que ele está envolvido num esquema um pouco dúbio.
Apesar de diferente dos muitos livros que li da autora, de quem sou fã, Intriga em Bagdade não foi uma má leitura, muito pelo contrário. Gostei bastante de ler a autora num registo um pouco diferente do que estou habituada, embora o eterno Hercule Poirot continue a ser uma das minhas personagens preferidas.
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