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sábado, 4 de abril de 2020

A Última Carta - Cecelia Ahern [Opinião]

Título: A Última Carta
Autor: Cecelia Ahern
Editor: Suma de Letras
N.º de Páginas: 320

Sinopse:
Faz sete anos que o marido de Holly Kennedy morreu — seis, desde que ela leu a sua última carta, na qual ele lhe pedia que encontrasse coragem para forjar uma nova vida. Holly orgulha-se da forma como tem evoluído e crescido. Até que recebe a mensagem: «Precisamos desesperadamente da sua ajuda, Holly. Estamos a ficar sem ideias e...» — ela respira fundo, em busca de energia — «… todos nós estamos a ficar sem tempo.» Os membros do Clube P. S. Eu amo-te, inspirados nas últimas cartas do seu marido, Gerry, querem que Holly os ajude a escrever as suas próprias mensagens de despedida para os que lhes são queridos. Holly vê-se atraída, de novo, para um mundo que se esforçou tanto por deixar para trás. Relutante, começa a relacionar-se com o clube, mesmo quando a amizade deles ameaça destruir a paz que ela acredita ter alcançado. Porque cada uma dessas pessoas espera de Holly a ajuda para deixar algo significativo àqueles que mais ama, ela embarcará numa jornada notável que a desafiará a questionar se abraçar o futuro implica trair o passado e o que significa amar alguém para sempre…

A minha opinião: 
Houve um tempo em que devorava tudo o que saía de Cecelia Ahern. Depois, mesmo continuando a comprar os seus livros acabei por me desencantar. Se me perguntarem porquê, nem sei bem responder... Talvez tenha optado por outro tipo de escrita, ou outro género, ou até me tenha desencantado com os seus livros. Não sei. 

Muito provavelmente se a Suma de Letras não me tivesse enviado o seu último livro para leitura não o teria comprado, nem o teria lido. Certo é que gostei muito de reviver a história de Holly e Gerry que conheci no PS. I Love You. 

Sete anos depois de Gerry ter morrido, Holly Kenedy está agora a começar uma vida nova. Depois de ter lido a 10 cartas que o marido lhe deixou, a décima era uma espécie de despedida, de desprendimento: "Não tenhas medo de te apaixonar outra vez."

E ela assim fez. Refez a vida ao lado de Gabriel, embora cada um tenha ainda a sua casa. E trabalha numa loja de artigos em segunda mão com a sua irmã. 
A vida de Holly é pacata até que a irmã a convence a participar num podcast sobre a sua experiência de vida. O tema das cartas de Gerry foi o assunto mais comentado e acaba por se ver envolvida, sem querer, num grupo de pessoas que estão numa fase terminal de doença. 

"A morte está sempre connosco, a nossa companheira constante, em parceria com a vida, a observar-nos, à margem. Enquanto vivemos, também morremos, cada segundo passado a viver é um segundo mais perto do fim dos nossos dias. A balança pende inevitavelmente. A morte está ao alcance das pontas dos dedos, sempre, e escolhemos não ir ter com ela, ela escolhe não os levar. A morte não nos empurra, a morte apanha-nos quando caímos."

A morte é o assunto principal deste livro. Surge-nos ao virar de cada página e acaba por ser duro avançar com a história, sobretudo para mim que vivi recentemente com ela tão, mas tão perto. 
Esta é uma excelente sequela pelo que só posso recomendar a quem já leu o primeiro livro, ou optou por ver o filme. 

"Viver é luz, definhar é escuridão, morrer é luz outra vez. O ciclo completo."

"A morte separa as pessoas, mas também tem jeito para colar os cacos dos que cá ficam."

















sexta-feira, 5 de julho de 2013

O Livro do Amanhã - Cecelia Ahern [Opinião]

Título: O Livro do Amanhã
Autor: Cecelia Ahern
N.º de Páginas: 280
Editor: Editorial Presença

Tamara Goodwin tem dezasseis anos e vive confortavelmente numa mansão moderna com seis quartos, habituada a ter tudo o que quer quando quer. Mas, quando o pai morre deixando inúmeras dívidas, Tamara e a mãe não têm outra alternativa senão vender tudo e ir viver com parentes para um lugar distante e isolado junto ao castelo de Kilsaney. Para Tamara o choque parece inultrapassável, até que um dia uma biblioteca itinerante chega à vila trazendo consigo um misterioso livro encadernado a couro e fechado com um cadeado dourado…

A minha opinião: 
Quando comprei este livro, em Outubro de 2011, fi-lo por duas razões: a primeira foi porque fui uma das pessoas que escolheu a capa para ele e, como consequência vinha com o próprio livro um marcador de livros com o nome das pessoas que participaram na eleição da capa, e a segunda porque gosto muito da autora. Por isso mesmo, não entendo como é que o livro ficou abandonado na minha estante todo esse tempo. E depois de o ter lido ainda me questiono mais.

O Livro do Amanhã conta a história de uma adolescente que, após a morte do pai, parte com a mãe para um terra inóspita, onde não se passa nada, sobretudo para uma rapariga cheia de vida como Tamara. E, logo desde o primeiro dia, a jovem é controlada ao ínfimo pormenor pela tia/madrinha, que a acolhe. Da mãe pouco sabe, apenas que desde que chegou se mantém fechada no quarto, praticamente sempre a dormir ou a balbuciar coisas sem qualquer nexo.

As coisas mudam quando a aldeia recebe a visita de Marcos, um rapaz que conduz a carrinha de uma biblioteca itinerante. Aí Tamara depara-se com um livro misterioso que se encontra fechado a cadeado. É precisamente esse que a jovem pretende levar para ler. Mas quando o abre não encontra absolutamente nada. É um diário que espera por ser escrito.

E é esse mesmo diário, como se fosse um livro do amanhã, das coisas que já estão feitas, que ela vai descobrir toda a história que se encontra por detrás da sua família, cheia de mistérios, cujo castelo em ruínas é o forte propulsor.

Cheio de mistério, O Livro do Amanhã tornou-se uma agradável leitura, que recomendo, sobretudo, aos amantes da fantasia, mas também aos que gostam de romance, como é o meu caso.

E mostra ainda que, apesar de perdidos numa terra que não nos diz nada, os livros serão sempre uma excelente companhia e que nos ajudam a viajar para onde queremos mesmo estar. É engraçado como me revi em algumas partes do livro. Na minha vida também passou uma biblioteca itinerante quando estava longe do meu meio, com um dia de diferença apenas de fazer anos (Tamara faz anos a 24 de Julho e eu a 23), partilhamos também a data de baptismo (1 de Janeiro). Pena não ter também eu um Livro do Amanhã para poder planear com antecedência algumas coisas da minha vida...

Excerto: 
"Não sei se ele sabe como esse momento foi importante para mim. Como me salvou, de facto, de mim mesma, do desespero absoluto. Talvez o saiba, sim, e foi exatamente isso o que ele fez. Mas ele foi como um anjo que apareceu na minha vida com a sua carrinha de livros no momento certo, e me resgatou de um sítio horrível levando-me dali para uma terra distante."
 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A rapariga e o espelho - Cecelia Ahern [Opinião]

Título: A rapariga e o espelho
Autor: Cecelia Ahern
P.V.P.: 10,72 €
Colecção: Diversos
Nº na Colecção: 54
Data 1ª Edição: 05/07/2011
Nº de Edição:

Nº de Páginas:
112
Sinopse:
Da bem conhecida autora de P.S. - Eu Amo-te, este livro inclui dois contos tão sedutores quanto estranhos e originais. Entre a magia e o esplendor, com certo pendor nostálgico, não deixa de transmitir uma ironia ligeiramente perversa que mexe com as emoções do leitor.

A Rapariga e o Espelho
Lila nem quer acreditar na sorte que tem... Encontrou o homem dos seus sonhos e está prestes a casar com ele. Mas quando um segredo do passado da família é revelado, exatamente no dia do seu casamento, a sua vida muda da forma mais inesperada...

A Máquina das Recordações
Dizem que nunca se esquece o primeiro amor... Mas o que poderá acontecer quando as memórias que mais acarinhamos se começam a desvanecer? Há quem faça todos os possíveis por recuperar o passado, e no caso de um homem com o coração destroçado isso significa descobrir a forma mais real de reviver esses momentos preciosos...


A minha opinião:

Com uma capa absolutamente cativante, lindíssima, tentadora, A Rapariga e o Espelho de Cecelia Ahern é um pequeno livro que contém dois contos fantásticos que não se conseguem parar de ler. Contos cheios de nostalgia que nos transportam, o primeiro para a nossa infância, para o espaço das brincadeiras, onde os locais secretos e proibidos eram os mais apetecidos e onde íamos sem que ninguém soubesse. Onde uma avó tolerante e bondosa acabava por fazer-nos todas as vontades, os doces que gostávamos, vivendo assim no mundo maravilhoso do faz-de-conta. Mas nem tudo são rosas neste pequeno conto e o que se esconde por trás do espelho pode não ser o mundo fantasia que levava Alice para o País das Maravilhas.

Na segunda história, um homem destroçado decide criar a Máquina das Recordações para possibilitar todos os seus clientes a viver como ele vive, única e exclusivamente da recordação do seu grande amor que partiu cedo. Depois encontra uma mulher um tanto ou quanto perdida na rua, sozinha, e arranja-lhe um emprego. Ajudam-se a ultrapassar a vicissitudes da vida.

Nestes dois pequenos contos Cecelia Ahern prende novamente o leitor de uma forma fantástica deixando-o flutuar na magia das suas palavras, e, ao mesmo, pensar no sentido das mesmas.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Obrigada pelas recordações - Cecelia Ahern [Opinião]



Título: Obrigada pelas recordações
Autor: Cecelia Ahern
P.V.P.: 17,50 €
Colecção: Champanhe e Morangos
Nº na Colecção: 42
Data 1ª Edição: 06/10/2010
ISBN: 978-972-23-4456-2
Nº de Páginas: 344

Sinopse: Quando Joyce Conway acorda no hospital depois de uma queda grave, sabe que a sua vida nunca mais será a mesma. Não só perdeu o filho que carregava no ventre, como se apercebe que o seu casamento chegou a um beco sem saída. Mas estas não são as únicas consequências. Joyce simplesmente já não é a mesma pessoa. De repente disserta sobre arte e arquitectura europeias, tem hábitos alimentares completamente diferentes, fala sobre ruas parisienses onde nunca esteve… e cruza-se amiúde com um homem a quem sente que está estranhamente ligada…
A minha opinião:
Este não foi, definitivamente, o livro que mais gostei de ler de Cecelia Ahern. Talvez porque a autora , a determinada altura do livro, divagou um pouco na narrativa, podendo ter acelerado um pouco mais na estória, ou então porque a estória em si não tivesse muito mais para desenvolver, o que é certo é que não me cativou tanto como os outros livros que li e que me levaram a comprar este Obrigada pelas recordações.
Joyce é uma rapariga divertida que, apesar das agruras da vida não esmorece e tenta ultrapassar tudo o que de mau lhe acontece: um aborto, e um casamento falhado. Com Joyce surge uma figura engraçadíssima, para mim a personagem fulcral do romance, apesar de não ser a principal, que é o pai da Joyce. Um homem já nos setenta e muito anos, que pouco conhece da vida a não ser a sua casa, a sua terra, as suas plantas, que nunca viajou de avião, que pouco conhece para além do seu meio e que quando viaja para Londres vai viver umas peripécias bastante engraçadas e que muito me divertiu.
E depois há Justin, um homem culto que transmite a sua sabedoria a Joyce através de uma transfusão de sangue. Confusos? Para ficarem mais esclarecidos têm mesmo de ler este Obrigada pelas recordações de Cecelia Ahern.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Um lugar chamado Aqui - Cecelia Ahern [Opinião]

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Título: Um Lugar Chamado Aqui
Autor:
Cecelia Ahern
Data 1.ª Edição: 03/02/2009
N.º de Edição: 4.ª
N.º de Páginas: 344
Colecção: Champanhe e Morangos
N.º na Colecção: 37
Sinopse: Sandy Short tornou-se obcecada por coisas e pessoas perdidas, desde que, ainda criança, uma colega sua desapareceu sem deixar rasto. Desde então não conseguia descansar enquanto, pelo menos, não descobrisse uma pista que fosse daquilo que desaparecera. Até que um dia ela própria desapareceu... Este é um encantador conto onde a magia, o humor e as vicissitudes da inesperada busca se fundem harmoniosamente para criar um envolvimento que prende o leitor. No fundo, trata-se da história de uma mulher à procura de si mesma, contudo, nesta divertida parábola, a autora explora temas ligados ao sentido profundo da vida, como conservar, deixar ir ou perder, mas também lidar com a identidade face à passagem do tempo, recordar as suas raízes e apreciar o valor do amor. Um romance notável, pela criadora de PS. - Eu Amo-te, que deu origem ao enorme êxito do grande ecrã com o mesmo nome.

A minha opinião:
Depois de ter lido PS – Eu Amo-te, A Prenda e Para sempre, talvez, eis que parti para a leitura de Um lugar chamado Aqui. Para ser sincera esperava mais deste livro de Cecelia Ahern. Penso que, tal como a protagonista, Sandy, nos perdemos um pouco na história que se torna um pouco longa e repetitiva.
No entanto, vale a pena ler as peripécias da vida de Sandy desde a altura em que a sua colega de escola Jenny-May Butler, com dez anos, desapareceu. A partir daí, várias coisas de Sandy desapareciam misteriosamente, desde meias até ao seu peluche de estimação. A sua relação com o doutor Burton, psicólogo por quem se apaixona, é feita de altos e baixos e já em adulta Sandy teima em desaparecer frequentemente sem deixar rasto. Família e amigos já achavam isso natural.
Insatisfeita profissionalmente, Sandy deixa o seu emprego na polícia e decide abrir uma empresa de procura de pessoas desaparecidas, no fundo o que sempre gostou de fazer. É aí que conhece Jack, um homem com um vida complicada desde o desaparecimento do seu irmão Donal, um ano atrás. Num encontro marcado por ambos, Sandy falta ao prometido e não aparece deixando Jack intrigado. E mais intrigado fica quando encontra o seu carro com todos os seus pertences, incluindo o processo policial de Donal no carro abandonado.
Incansável, Jack une todos os esforços para encontrar Sandy até porque acha que o seu desaparecimento pode estar ligado com Donal. Tenta falar com todos os conhecidos de Sandy e sem que nada o faça prever descobre o seu irmão Donal, ou pelo menos o porquê do seu desaparecimento.
Entretanto, Sandy enquanto está supostamente desaparecida, vai dar a um lugar chamado Aqui onde estão todas as pessoas que desapareceram ao longo dos anos. É aí que encontra muita gente que investigou e também Jenny-May Butler. Essa sua viagem faz com que acabe por encontrar a resposta para muitas das suas perguntas.
Mas o lugar de Sandy não é em Aqui e acaba por ser encontrada na floresta por Jack, que a procurava há uma semana.


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

A Prenda - Cecelia Ahern [Opinião]

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Título: A Prenda
Autor: Cecelia Ahern
P.V.P.: 15,90 €
Data 1ª Edição: 17/11/2009
Nº de Edição:
Nº de Páginas: 268
Colecção: Champanhe e Morangos
Nº na Colecção: 40

Sinopse:
Todos os dias Lou Suffern, um arquitecto bem-sucedido de Dublin, travava uma batalha inglória com o relógio, na tentativa vã de responder às múltiplas solicitações profissionais, familiares e sociais. Vivia a um ritmo vertiginoso. O seu desejo de sucesso afastou-o do que era realmente importante na sua vida. E assim foram correndo os dias até àquela gelada manhã de terça-feira em que resolveu oferecer um café a Gabe, o sem-abrigo que costumava sentar-se perto da entrada do seu escritório. À medida que o Natal se aproxima e que Lou vai privando mais de perto com Gabe, a sua perspectiva do tempo vai-se alterando... Emocionante e divertida, esta narrativa onde está sempre presente o espírito de Natal, faz-nos reflectir sobre a importância do tempo e rever as prioridades na nossa própria vida.

A minha opinião:
Todas as vezes que leio um livro de Cecelia Ahern o meu gosto pelos seus livros aumenta cada vez mais. Depois de ter lido “P.S. I Love You” e “Para Sempre, Talvez” “A Prenda” deixou-me completamente vidrada na história de Gabe e Lou Suffern. A narrativa é contada pelo sargento Raphael O’Reilly a um jovem que atira um peru de Natal congelado à janela do seu pai e da nova família. O sargento conta a narrativa servindo como uma espécie de lição de vida, fazendo-o pensar nas escolhas que devemos tomar com o tempo que temos disponível. Cecelia Ahern faz-nos pensar verdadeiramente nas coisas que deveriam ser prioritárias no nosso dia-a-dia através da personagem de Lou, um arquitecto bem sucedido que, a favor da subida da carreira, deixa de lado a sua família e os dois filhos pequenos. Até que um dia conhece Gabe, um sem-abrigo que costuma estar perto do edifício onde trabalha e lhe oferece emprego. A partir daí a sua vida muda radicalmente e Gabe permiti-lhe ganhar um pouco mais de tempo para Lou se redimir da sua indiferença no seio familiar.

Excertos:
“Os caminhos tornam-se muito mais claros quando as pessoas deixam de olhar para o que os outros estão a fazer e, em vez disso, se concentram em si próprias.”

“Oh, eu sei que tu tens catorze anos e que pensas que tens todo o tempo do mundo, mas não tens. Nenhum de nós tem. Estamos a gastá-lo com toda a velocidade e indiferença dos compradores dos saldos de Janeiro.”


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Para sempre, talvez – Cecelia Ahern



Sinopse: Cecelia Ahern conta-nos a história envolvente de um amor contrariado por um destino que teima em brincar com os seus dois protagonistas. Alex e Rosie atravessaram a infância e a adolescência juntos, sempre presentes na vida um do outro como melhores amigos. No entanto, quando chega o momento de começarem a descobrir as alegrias das noites na cidade e das primeiras aventuras amorosas, o destino resolve pregar-lhes uma partida ao colocar entre os dois a vastidão do oceano Atlântico. Mas poderão o tempo, a distância e o próprio destino ser mais fortes que um grande amor?

Quando li pela primeira vez Cecelia Ahern pensei, à partida, que não iria gostar do livro. A primeira impressão foi que deveria ser daquelas histórias lamechas em que tudo acaba bem e viveram felizes para sempre.
Mas enganei-me redondamente.
Quando me ofereceram PS I Love You comecei-o a ler por simpatia, mas o certo é que depois da primeira página nunca mais parei. A forma como a autora conta histórias é incrível.
Assim, quando a presença resolveu fazer a reedição dos outros livros da autora (e tenho que dizer que as capas actuais estão muito mais atractivas do que as anteriores), achei que deveriam ser histórias a não perder.
Atrevo-me a dizer que ainda gostei mais do Para Sempre, Talvez, do que propriamente do PS I Love You. A forma como autora decidiu escrever a história de Alex e Rosie é simplesmente surpreendente e muito original. Tendo por base apenas bilhetes (cartas, emails, salas de conversação) a história vai-se desenrolando desde a infância dos protagonistas até à idade adulta. Através da troca de correspondência vai-se sabendo dos amores, desamores, preocupações, alegrias da família de ambos. O livro mostra ainda que a amizade é o mais importante na vida de uma pessoa: «As ex-namoradas são esquecidas facilmente. Os melhores amigos ficam connosco para sempre».
Após uma infância feliz, Alex e Rosie vão passar por várias vicissitudes que vão testar a sua capacidade de resposta. Rosie fica grávida ainda na adolescência e Alex tem de mudar para os EUA com os pais. Mas nunca deixam de conversar um com o outro, sendo sempre confidentes. Mostram ainda que não devemos ter medo de enfrentar os nossos maiores medos e que devemos avançar para aquilo que realmente queremos: «O Josh corre riscos; ele é mais forte do que eu. Ele dá sempre um mais um passo, apesar de saber que não devia. Mas mesmo assim, dá esse passo e aprende. Acho que nós, os adultos, temos muito para aprender com essa atitude. Talvez não devêssemos ter tanto medo e ser tão hipersensíveis quando pretendemos alcançar os nossos objectivos».
O meu agradecimento à editorial Presença por me ter proporcionado tão interessante leitura.


Sobre a autora: Cecelia Ahern formou-se em Jornalismo e Comunicação. Aos 21 anos já tinha escrito PS. – Eu Amo-te, vendido entretanto para quarenta países. Foi um romance de estreia premiado que se tornou um bestseller através da Europa e também Nos EUA. Um Lugar Chamado Aqui, de 2006, é o seu quarto romance e colocou-se directamente no 1º lugar dos mais vendidos na Irlanda e no Reino Unido; os ABC Studios e Warren LittleField reservaram a opção para uma série televisiva. Encontra-se publicado nos EUA.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

PS - Eu Amo-te - Cecelia Ahern [Opinião]

Título: P.S. - Eu Amo-te
Autor: Cecelia Ahern
Colecção: Champanhe e Morangos Nº na Colecção: 1
P.V.P.: 14, 96€

Sinopse:
Quase todas as noites Holly e Gerry tinham a mesma discussão – qual dos dois se ia levantar da cama e voltar tacteando pateticamente o caminho de regresso ao apetecível leito? Comprar um candeeiro de mesa-de-cabeceira parecia não fazer parte dos planos, e assim o episódio da luz repetia-se a cada noite, num rito conjugal de pendor cómico a que nenhum desejava pôr termo. Agora, ao recordar esses momentos de pura felicidade, Holly sentia-se perdida sem Gerry. Simplesmente não sabia viver sem ele. Mas ele sabia-o, conhecia-a demasiado bem para a deixar no mundo sozinha e sem rumo. Por isso, imaginou uma forma de perpetuar ainda por algum tempo a sua presença junto da mulher, incentivando-a a viver de novo. Mas como se sobrevive à perda de um grande amor? Holly ter-nos-ia respondido: não se sobrevive! Mas Holly sobreviveu!

A minha opinião:
Ainda não terminei de ler este livro e curiosamente, eu que até nem sou grande fã destes romances lamechas, estou a gostar bastante. É um livro ternurento que me está a prender deveras a sua leitura.

Mostra-nos que o amor pode ser duradouro até quando perdemos essa pessoa para sempre, ou por doença, ou por um trágico acidente. Neste caso, este livro conta a vida de Gerry que teve bastante sangue frio para, numa fase terminal, escrever bilhetes à sua jovem esposa, por forma a orientar os primeiros meses de vida em que ela se vêm confrontada com a perda dele. Os bilhetes do seu marido vão ajudá-la a superar a sua morte, e fazê-la sentir que, apesar dele não estar presente fisicamente, estará sempre com ela a apoiá-la em todas as opções que ela fizer ao longo da sua vida. REsta-me dizer que este livro foi um presente do meu amado marido que mo ofereceu quando celebrámos dois anitos de casamento :). Uma ternura, não acham?
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