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terça-feira, 2 de julho de 2013

A Quinta Mulher - Henning Mankell [Opinião]

Título: A Quinta Mulher
Autor: Henning Mankell
Editora: Editorial Presença
Data de publicação: Novembro de 2011
Colecção: Fio da Navalha
N.º de Páginas: 518

"A Quinta Mulher" é um dos mais aclamados romances de Henning Mankell, autor de "Assassínos Sem Rosto", já publicado nesta colecção. Traduzido em mais de 20 países, já é considerado um bestseller mundial, tendo recebido em 1999 o German Crime Prize e o Book of The Year Award. Este romance aborda a violência e a crueldade de um mundo que muda demasiado depressa, em que o sistema judicial parece já não ser suficientemente eficiente para conter o crime. É uma história que se caracteriza pela sordidez e que leva o leitor a sentir-se totalmente embrenhado na investigação. Ao longo da narrativa, vamo-nos deparando com uma inesperada moralidade capaz de entender as motivações do assassino.

Na noite de 21 de Setembro de 1994, um velhote simpático, poeta amador e observador de pássaros, é apanhado numa terrível armadilha. Kurt Wallander, o inspector de polícia local, encontra-o, mais tarde, morto, perfurado por estacas de bambu. Pouco tempo depois, é encontrado num bosque o corpo de um florista aficionado pelo cultivo de orquídeas. Haverá alguma ligação entre dois homens, aparentemente inocentes e com hobbies tão respeitáveis? Wallander e a sua equipa depressa se apercebem de que têm de enfrentar um assassino escrupulosamente bem preparado e com uma inteligência temível, que deixa transparecer um sanguinário desejo de vingança. E quando a polícia crê estar na pista certa, eis que ocorre um novo assassínio...

Henning Mankell revela, através de uma narrativa tão gélida quanto obscura, porque é considerado um dos mais talentosos autores de romances policiais, um verdadeiro autor de culto.

A minha opinião:
Iniciei-me com Mankell há bem pouco tempo com o primeiro livro da série Wallender: Assassinos sem Rosto. Depois de muitas recomendações, rendi-me de facto à sua escrita tão descritiva e ao facto do autor espelhar na perfeição a realidade do país. Um país frio, mas bastante rígido, cujo aparecimento de assassinatos gera um motim, que afectará a vida pessoal de um polícia.

Tal como no primeiro livro, Mankell não descura a vida pessoal de Kurt Wallender, sendo o seu pai um ponto fulcral na sua vida, assim como a sua filha rebelde. No entanto, esta parte não é tão explorada como no seu anterior livro...

Apesar de algumas surpresas no final, achei a história um pouco previsível, sobretudo por causa da primeira parte do livro, que nos foi levantando um pouco o véu do que se iria passar. Embora num tempo e locais diferentes, com personagens também díspares, logo que vi que um crime perpetrado contra quatro freiras e uma quinta mulher, desconhecida, em Argel, teria uma ligação com os outros assassinatos que ocorreram já na Suécia.

O motivo é que me era desconhecido...


Movido por um forte desejo de vingança o assassino vai matando em série pessoas que, aparentemente, nada têm a ver entre elas, o que faz Wallender e a sua equipa andarem "às aranhas". Mas a astúcia e perspicácia de toda a equipa policial, depressa conseguem descobrir as pistas que os levarão à resolução do crime.

O livro apenas peca pelas descrições enormes, que se tornam um pouco maçadoras no meio da narrativa, quebrando o suspense ao leitor que deseja desenfreadamente o desenrolar do caso. 

 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Assassino Sem Rosto - Henning Mankell [Opinião]

Título: Assassino Sem Rosto
Autor:
Henning Mankell
P.V.P.: 10,57 €
Coleção: O Fio da Navalha
Nº na Coleção: 30
Data 1ª Edição: 07/03/2001
Nº de Edição:
Nº de Páginas: 256

Sinopse: 5 horas da manhã na gelada província de Scania, no sul da Suécia. O Inverno, ventoso e agreste, parece ter imobilizado toda a paisagem com o seu sopro glacial, enquanto algures, numa quinta isolada da região, acaba de ser cometido um dos crimes mais hediondos de que o país terá memória. Um agricultor idoso foi brutalmente assassinado e jaz sem vida junto a sua mulher, Maria, que agoniza lentamente, torturada pelo sádico garrote que quase lhe impossibilita a respiração. "Estrangeiro" é a última palavra sussurrada por Maria pouco antes de morrer e torna-se, praticamente, a única pista de que Kurt Wallander, oficial da polícia de Ystad, dispõe para dar início às investigações daquele duplo homicídio. Entretanto, a vida pessoal deste detective de polícia desmorona-se: a mulher abandona-o, a filha recusa-se a falar com ele, e nem mesmo o seu pai consegue tolerar a sua presença. Quando se torna do domínio público que os criminosos são, muito possivelmente, de nacionalidade estrangeira, uma onda de violência xenófoba ergue-se como o maior entrave ao trabalho policial, deixando atrás de si um rasto de impiedade e morte. «O Assassino Sem Rosto» é o primeiro título de uma obra literária de excepcional qualidade que fez de Henning Mankell um verdadeiro autor de culto.

A minha opinião: 

Após várias opiniões positivas relativas à escrita de Mankell, lá me decidi por começar com O Assassino sem Rosto. Este é o primeiro de uma série onde entra o detective Kurt Wallander e posso dizer que já fiquei fã. Gostei da forma como ele conduziu o caso, e mesmo mostrando as suas fraquezas, para mim acabou por se tornar uma personagem mais real.

Desde a sua relação com uma filha completamente ausente, até ao fim do relacionamento com a sua mulher, terminando com a relação conflituosa com o seu pai, praticamente senil, Wallender foi-me conquistando ao longo do livro.

Mankell apresenta-nos, logo no início, uma história macabra. Um casal de idosos, que tem por companhia apenas uma égua e um outro casal de idosos, seus vizinhos, é brutalmente assassinado. Quando a polícia chega ao local o homem já está morto, e a mulher, moribunda, acaba por morrer no hospital, dizendo apenas uma única palavra “estrangeiro”.

Essa palavra acaba por saltar para a imprensa e uma onda de xenofobismo começa a assolar a pequena localidade, resultando na morte de um somali, o que causa uma investigação paralela.


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