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terça-feira, 12 de agosto de 2014

Vestido para a Morte - Donna Leon [Opinião]

Título: Vestido para a Morte
Autor: Donna Leon
N.º de Páginas: 296
PVP: 18,85€

A esperança do Commissario Guido Brunetti de escapar do calor sufocante de Veneza em Agosto e de desfrutar de umas férias em família nas montanhas é gorada quando uma descoberta macabra é feita num campo em Marghera.
Um corpo está tão espancado, que o rosto é irreconhecível. A vítima parece ser uma prostituta transsexual. O comissário começa as buscas em Veneza de alguém que possa identificar o cadáver, mas depara-se com um muro de silêncio.
Então recebe um telefonema prometendo informações, a condição é que se encontre com o interlocutor numa ponte na cidade, a meio da noite. Apesar do perigo, Brunetti continua determinado a descobrir a verdade e quando a desvenda depara-se com uma realidade assustadora.
Veneza é uma das mais visitadas cidades do mundo, célebre pelos seus canais, monumentos e beleza secular. Através das páginas de Donna Leon, é possível visitar uma Veneza que nem todos os turistas conhecem…

A minha opinião:
A Planeta decidiu, há muito, apostar nos livros de Donna Leon e, no que me diz respeito, foi uma aposta ganha.

Vestido para a Morte é uma reedição, já que este livro já tinha sido publicado anteriormente por uma outra editora portuguesa, a Presença. No entanto, e como não li a edição anterior, vi agora uma oportunidade para ler mais um livro, cujo protagonista é Guido Brunetti, um comissário da polícia de Veneza, de quem gosto bastante.

Terceiro livro da série onde entra o comissário, Vestido para a Morte retrata a homossexualidade, o travestismo, uma igreja/religião/seita um tanto ou quanto obscura, a prostituição, corrupção na polícia e infidelidade. No meio disto tudo aparece um homem vestido de mulher e com a cara completamente desfeita. O reconhecimento do corpo é, portanto, difícil, e será uma dor de cabeça para Brunetti, que terá de abdicar das suas férias com Paola e os filhos para resolver mais um caso.

Quando um trabalhador de um matadouro encontra um sapato vermelho, tenta de seguida achar o par para fazer algum dinheiro com ele. No entanto, junto com o par de sapatos encontra também um corpo. Um homem de vestido vermelho jaz num local frequentado por prostitutas. Logo se pensa que poderá ser um dos muitos travestis que existem na zona, mas com o desenrolar da investigação vai-se constatando que é muito para além disso.

Mais uma vez Donna Leon aborda como ninguém os usos e costumes italianos, em alguns casos muito parecidos com os nossos, nomeadamente em relação à corrupção e à forma desleixada dos venezianos, comportamento típicos dos povos do sul da Europa. Os cheiros estão sempre presentes, quer o horrível odor dos canais venezianos, quer das pastas italianas, que adoro. Sempre que leio um livro de Leon engordo pelo menos um quilo, virtualmente, tal a vontade de querer comer comida italiana.

Neste terceiro livro, talvez pelo facto de a família de Guido se encontrar de férias, o aspecto pessoal da sua vida não é tão abordado, mas está sempre presente.

Muito bom.
 

Outros livros de Donna Leon lidos no blogue aqui


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O Estranho Caso Ford - Donna Leon [Opinião]

Título: O Estranho Caso Ford
Autor: Donna Leon
Edição/reimpressão: 2009
Páginas: 288
Editor: Editorial Planeta
Edição de bolso
PVP: 8,85€

Sinopse:
Quando uma das alunas da sua mulher Paola o vai visitar, com um estranho interesse sobre a possibilidade de se investigar o perdão concedido ao seu avô por um crime cometido muitos anos antes, o Commissario Brunetti dá pouca importância ao assunto.
No entanto, sente-se intrigado e atraído pela inteligência e seriedade moral da rapariga. Quando ela aparece morta, esfaqueada até se ter esvaído em sangue, Claudia Leonardo deixa de ser apenas uma aluna de Paola e passa a ser um caso de Brunetti...
Enquanto investiga a vida de Claudia, descobre que esta não tem qualquer família. O único elo familiar que possui é com uma idosa senhora austríaca, que foi amante do avô. Brunetti cada vez mais intrigado desloca-se a casa da senhora e fica estupefacto com a imensa colecção de arte existente na casa da antiga amante. Quando esta também aparece morta o caso torna-se um beco sem saída e, quanto mais investiga mais segredos mórbidos descobre: a colaboração com os Nazis e o roubo de jóias italianas durante a guerra.
 
A minha opinião: 
Pertencente à série Brunetti (n.º 11) O Estranho Caso Ford foi dos livros que mais gostei de ler de Donna Leon.
Quando uma aluna de Paola (mulher do inspector Brunetti) se acerca dela para lhe fazer uma pergunta que quer que seja confidencial, mal imagina que isto vai desencadear em mais uma investigação para o seu marido. A aluna é Claudia Leonardo e deseja saber, através de Paola, se Guido Brunetti tem conhecimento de haver possibilidade de num processo legal, em que uma pessoa morreu, se mesmo assim poderá ser considerado inocente por um crime pelo qual foi condenado e sentenciado.
Achando a pergunta muito estranha Guido entra em contacto com Claudia porque para lhe responder à questão que coloca, terá de saber um pouco mais sobre a condenação. Claudia é evasiva e não pretende que o seu passado surja à tona. Mas depressa Guido chega ao cerne da questão: o que Claudia pretende é que o seu avô seja considerado inocente em relação a pinturas e obras de arte que adquiriu durante a Segunda Guerra Mundial.
Partindo para a investigação, Brunetti descobre que o avô de Claudia era suspeito de comprar obras de arte a baixo custo, numa altura em que os judeus precisavam a todo o custo de dinheiro para fugir para países neutros, vendendo-os posteriormente a um preço bem mais elevado.
Donna Leon aborda um campo bastante comprometedor para muitas famílias de antiquários. É sabido que houve muita gente a aproveitar-se das fraquezas dos judeus para prosperar. A Guerra é relatada também do ponto de vista dos italianos, um tema pouco aprofundado nos livros que tenho lido, que apenas centra a Guerra na Alemanha esquecendo-se um poucos dos países aliados à mesma.
Mais uma vez o sogro de Brunetti é uma peça fundamental na ajuda da resolução do mistério, mostrando ser conhecedor de Veneza, mas também de muitas pessoas ligadas a altas esferas da sociedade. O sogro é uma pessoa que não se mostra muito, bastante enigmático, o que torna os romances de Donna ainda mais interessantes e cheios de mistério.
Gosto de Guido, gosto de Paola e das cenas da vida familiar, que tornam os livros de Leon bem mais reais.
Relativamente ao tema, gostei bastante embora o título seja muito esclarecedor em relação à resolução do caso. Por causa do título depressa descobri que era ali que estava a solução do assassinato, embora não soube os motivos que levaram ao mesmo.

 
 
 
 

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A Rapariga dos Seus Sonhos - Donna Leon [Opinião]

Título: A Rapariga dos Seus Sonhos
Autor:
Donna Leon
N.º de Páginas: 360
PVP: 17,76€

Numa manhã chuvosa o Commissario Brunetti e o Ispettore Vianello respondem a uma chamada de emergência sobre o aparecimento de um cadáver a flutuar perto de uns degraus no Grande Canal.
Ao estender os braços para puxar o corpo, o pulso de Brunetti é enredado pelo cabelo dourado e avista um pequeno pé – juntos, Brunetti e Vianello retiram uma rapariga morta da água. Todavia, por incompreensível que possa parecer, ninguém comunicou o desaparecimento de uma criança, nem o roubo das jóias em ouro que tem na sua posse.
Brunetti é atraído para uma busca não só sobre a causa da sua morte, como também da sua identidade, a família e os segredos que as pessoas estão dispostas a guardar a fim de proteger os filhos – sejam inocentes ou culpados.

A minha opinião: 
Quem parte para a leitura dos livros de Donna Leon já espera ler um bom policial, mas também a parte humana de todas as personagens e a descrição maravilhosa da Veneza actual, e das suas gentes. Este nono livro publicado pela Planeta, 17.º da série Comissário Brunetti, não é excepção. O que me agrada mesmo nos romances de Leon é o lado humano do inspector, que além de adorar o trabalho que faz, se preocupa intensamente com a família e com os valores que quer incutir aos filhos.

As cenas familiares entre Guido, Paola e os seus dois filhos, Raffi e Chiara, são deliciosas, assim como é bom sentir o "cheiro" dos pratos que vão sendo confeccionados pela própria mulher de Guido. Além disso, quem é que pode ficar indiferente a um inspector que é amante da leitura?


Mais uma vez se fala da Máfia, da corrupção do poder político, dos interesses instituídos numa Itália que muito me faz lembrar Portugal, ideias provavelmente muito similares aos países latinos.

Em A Rapariga dos Seus Sonhos Guido Brunetti tem duas investigações à sua altura. A primeira surge quando Guido vai a enterrar a mãe. A cerimónia, levada a cabo por uma antigo amigo do seu irmão Sergio, Antonin vai fazer com que Guido tenha de pesquisar sobre os meandros de uma seita que opera recentemente em Veneza. Antonin, um antigo missionário pede-lhe ajuda e, sem saber, também é investigado pelo próprio Guido.

Na mesma altura o comissário é levado a investigar o caso de uma criança encontrada a boiar nas margens do rio, e o que mais o intriga é ninguém ter comunicado o seu desaparecimento. A imagem dessa bela criança, de cabelos e olhos claros, vai ensombrar as suas noites e leva-o a não descansar enquanto não descobrir o culpado.

Numa clara crítica ao preconceito racial, às várias seitas que proliferam um pouco por toda a parte tendo como único objectivo extorquir dinheiro e bens aos que neles acreditam, ao poder instituído, quer do poder político, quer do poder monetário que tudo faz para encobrir um crime, tendo na polícia o seu maior aliado, não podia deixar de recomendar a leitura deste livro.

Apesar de pertencer a uma série lê-se bem isoladamente, ganhando com isso vontade de conhecer um pouco mais de Guido e da sua família, que poderá ser descoberto através da leitura de outros livros da autora.

O único senão para mim é que depois da descoberta do corpo da criança de etnia cigana, a autora descurou bastante a primeira investigação de Brunetti, relativamente ao caso da seita religiosa denominada os Filhos de Jesus Cristo.





quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Quem sofre são as crianças - Donna Leon [Opinião]

Título: Quem sofre são as crianças
Autor: Donna Leon
N.º de Páginas: 280
Editora: Planeta
PVP: 18,85€ 


A tranquilidade da noite veneziana é perturbada quando um bando de homens armados força a entrada no apartamento do Dottor Gustavo Pedrolli, fracturando-lhe o crânio e levando o bebé de dezoito meses.
Quando o Comissario Guido Brunetti, arrancado da cama pela notícia, chega ao hospital para investigar, ninguém sabe o porquê de tão violenta agressão ao eminente pediatra. Mas Brunetti em breve começa a descortinar uma história de infertilidade e desespero, e um submundo onde os bebés podem ser comprados com dinheiro, entre um esquema fraudulento com farmácias e médicos da cidade. O conhecimento pode ser tão destrutivo como a ganância, certas informações acerca de um vizinho podem levar a todos os tipos de corrupção e a diversas formas de dor.
Donna Leon funde habilmente o trabalho de detective do Comissário Guido Brunetti com a perspicaz consciência das questões sociais, expondo sem pudores as teias do tráfico de crianças. Veneza é uma das mais visitadas cidades do mundo, célebre pelos seus canais, monumentos e beleza secular.
Através das páginas de Donna Leon, é possível visitar uma Veneza que nem todos os turistas conhecem… 
Pela mão do Comissario Brunetti, descobre-se a cidade dos residentes, as pequenas ruas por trás das catedrais, o interior dos edifícios que falam de História, os lugares frequentados pelos venezianos, os encantos escondidos da autêntica cidade que não está nos guias turísticos. Nas páginas dos livros Donna Leon, a verdadeira Veneza também é personagem…

A minha opinião:

Estava à espera que este livro tivesse mais acção, “ajudada” por pelo menos uma morte, mas não. Foi um livro calminho de se ler, com uma investigação fraquita, a meu ver, encabeçada pelo já conhecido Comissario Guido Brunetti.

Pouco resta acrescentar à sinopse, que exemplifica muito bem o que se vai passar durante o decorrer da leitura. Guido Brunetti é deparado com um caso no mínimo invulgar quando é chamado para investigar o abuso excessivo da força policial sobre o médico pediatra na sua própria casa. No entanto, quando começa as suas investigações Guido depara-se com coisas bem mais importantes que a violência das forças da lei. Uma espécie de rede que “vende” bebés, filhos de imigrantes, a quem não os consegue ter.

Além disso, descobre ainda um negócio fraudulento que lesa o Estado em milhares de euros, relacionado com consultas fantasma.

Mais uma vez Donna Leon brinda-nos com um cenário lindo de Veneza, que me leva a, que sempre que leio uma obra sua, ter de a visitar urgentemente.


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Veneno de Cristal - Donna Leon [Opinião]


Título: Veneno de Cristal
Autor: Donna LeonPVP: 18,85€N.º de Páginas: 280Tradução: António Carlos CarvalhoGénero: Policial

Sinopse:
Está um dia luminoso de Primavera, quando o Commissario Brunetti e o Inspettore Vianello decidem fazer uma pausa na Questura para ajudar um amigo de Vianello, Marco Ribetti, que foi detido enquanto se manifestava contra a poluição química da lagoa de Veneza. Mas não foi Marco quem revelou o segredo vergonhoso das fundições de vidro poluidoras da ilha de Murano, nem é dele o corpo que foi encontrado diante dos fornos que ardem a 1400 graus, de noite e de dia. A vítima deixou pistas num exemplar de Dante e Brunetti tem de descer a um inferno para descobrir quem está a sujar as águas da lagoa…
A minha opinião:
Os problemas ambientais são a causa principal do assassinato de Giorgio Tassini, uma espécie de vigia nocturno das fábricas de vidro existentes na ilha de Murano.
Mais uma vez o protagonista da história é o Commissario Brunetti que numa investigação completamente à revelia do seu chefe, que por questões políticas não quer ver a esquadra envolvida na investigação, decide encetar uma procura de de várias razões para o facto, primeiramente, de Giorgio Tassini, se queixar de que a doença genética da sua filha se deve na sua essência, ao facto de ele ter trabalhado em Murano, sob todos aqueles produtos químicos pelos quais passa o fabrico do vidro, são altamente tóxicos.
Será que todas estas investigações que Tassini fez ao lado dos meses, desde o nascimento da filha, e das duras acusações que foi fazendo, estão interligadas com a sua morte, cuja autópsia revelou ter sido provocada por um ataque cardíaco?
Donna Leon mais uma vez me conseguiu prender a este policial engraçado, leve, que me fez querer mais uma vez querer rumar a Itália e percorrer Veneza, visitar Murano, provar a saborosa gastronomia e abrir mais um novo livro para saborear mais uma aventura do seu Commisario preferido.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Pedras Ensanguentadas - Donna Leon [Opinião]


Título: Pedras Ensanguentadas
Autor: Donna Leon
N.º de Páginas: 288
PVP: 17,95€
Tradução: Carlos Pereira

Numa noite gelada de Inverno, poucos dias antes do Natal, um vendedor ambulante africano é assassinado em pleno Campo Santo Stefano. Porque quererá alguém matar um subsaariano vendedor de carteiras falsificadas? A resposta mais óbvia é aquela que indica um possível ajuste de contas, mas será apenas isso?
Quando Brunetti começa a investigar o caso descobre que há um pacto de silêncio entre os imigrantes ilegais e que as motivações por detrás daquele crime têm implicações bem mais profundas.
Na verdade, há assuntos económicos e políticos, tráfico de armas e atitudes racistas por esclarecer. Analisa-se o comércio internacional e a segurança do Estado. E nunca Donna Leon se revelou tão envolvida na política quando nesta obra; este é um livro incisivo e implacável. Confirmando mais uma vez a sua faceta de exímia contadora de histórias, Pedras Ensanguentadas é um mistério perfeito, um retrato sedutor da Veneza contemporânea e um olhar inquieto sobre a emigração.

A minha opinião:
Além de um livro policial Pedras Ensanguentadas leva-nos ao universo da imigração ilegal e da venda de materiais contrafeitos nomeadamente de malas de imitação de estilistas famosos.
O já conhecido Guido Brunetti é chamado para desvendar o assassínio de um imigrante ilegal negro, ao que tudo indica oriundo do Senegal que foi morto por dois homens quando vendia o seu material. O cadáver ter cinco balas todas elas mortíferas o que o leva pelos meandros dos interesses ou não que envolvem este mundo. Encontra os opositores, gente contra os imigrantes ou que acha que os que ele fazem é concorrência desleal: além de venderem peças contrafeitas, o que estraga o negócio de muitos que vendem as peças originais, e o não pagamento de impostos faz com que os vendedores das lojas não vejam com bons olhos o que os vu cumprà como são designados.
Guido vê também a discriminação dentro da sua própria casa ao saber que a sua filha desvaloriza a morte deste imigrante.
Mas, durante a investigação Guido descobre que a contrafacção não é o motivo pelo qual o vu cumprà foi morto, isto porque encontra ao que julga serem diamantes escondidos juntamente com sal. Depois de uma intensa investigação e escondido dos chefes, Guido descobre que estes são diamantes de sangue alguns deles oriundos do Congo e de Angola.
Por tudo isso constata porque é que os ministérios do Interior e dos Negócios Estrangeiros, apesar de agirem sozinhos, proibiram a investigação do caso.
Mais um livro que recomendo ler desta autora a qual já sou completamente fã.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Morte Num País Estranho - Donna Leon [Opinião]

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Título: Morte num país estranho
Autor: Donna Leon
Edição/reimpressão: 2010
Páginas: 312
Editor: Editora Planeta
PVP: 17,75€

Sinopse:

Um dia de manhã cedo, Guido Brunetti, Commissario da Polícia de Veneza, é confrontado com uma visão horrenda, quando o corpo de um jovem é tirado de um fétido canal veneziano. Todas as pistas
apontam para um assalto violento, mas, para Brunetti, o roubo parece um móbil demasiado conveniente. Em seguida, algo muito incriminatório é descoberto no apartamento do morto – algo que aponta para a existência de uma cabala de alto nível – e Brunetti convence-se de que alguém, algures, se está a esforçar muito
para fornecer uma solução já pronta para o crime…

A minha opinião:
Apesar de gostar de policiais, como aliás tenho vindo a referir em vários posts, não conhecia Donna Leon. Após ter-me estrado com Morte num País estranho, lançado pela Planeta, posso dizer que fiquei fã da escrita e da originalidade da trama. Além do próprio crime em si, a autora alerta ainda para problemas como poluição, o desperdício de água, electricidade, o uso de peles, o que me interessou bastantem além de retratar de uma forma fidedigna Veneza, um local que gostaria de visitar muito brevemente. Este livro despertou ainda mais a minha curiosidade.
O aparecimento de um corpo num dos canais venezianos leva à cena o comissário Guido Brunetti, o protagonista dos romances policiais de Donna Leon. Aparentemente o que parece um simples caso de assalto e posterior homicídio, acaba por se tornar um caso complicado para Brunetti, que se vê metido numa intriga que envolve americanos e um influente empresário italiano.
Donna Leon descreve bem as influências que o mundo empresarial pode ter com os políticos e polícias italianos, que podem muito bem estender-se a outros países. Infelizmente o dinheiro e a influência, quer seja ela boa ou má, têm muito poder de decisão em todos os países, não olhando à população que na maioria das vezes é a grande vítima das atrocidades ambientais que se vão fazendo pelo mundo.


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