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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Rainhas Malditas - Cristina Morató [Opinião]

Título: Rainhas Malditas
Autor:
Cristina Morató
N.º de Páginas: 528
PVP: 24,40 €


Seis histórias de seis rainhas que se transformaram em lendas.
Excêntricas, voluntariosas, rebeldes, corajosas, ambiciosas... seis mulheres reais que não puderam escolher o seu destino.

A fascinante vida de seis mulheres que deixaram uma marca profunda na história.
Descubra como viviam as seis rainhas lendárias que inspiraram Hollywood: Sissi, Alexandra Romanov, Cristina da Suécia, Eugénia de Montijo, a rainha Vitória, e Maria Antonieta.
Por detrás das paredes dos palácios nem sempre existem contos de fadas. Para muitos dos membros da realeza essas paredes não passaram de gaiolas douradas
A vida destas rainhas está longe de ser um romântico conto de fadas.

A minha opinião:
Rainhas Malditas foi um livro que me demorou muito tempo a ler. Não porque não estivesse a gostar, não por falta de tempo, mas porque um livro tão bom e tão bem escrito e sobre um tema que aprecio muito leva o seu tempo e a ser degustado.
Através de cartas, diários. Cristina Morató consegue seis biografias, de seis rainhas surpreendentes, que fizeram casamentos de interesse , que apesar de estar na sombra do império, tiveram papéis determinantes em certos momentos da História.
A autora conta, sobretudo, a história infeliz das mulheres dos mais poderosos do mundo, que tiveram que deixar os seus países de origem e partir ao desconhecido, sem conhecer o povo, nem língua, nem costumes do país de acolhimentos, tendo de enfrentar, na maior parte das vezes, uma sogra que não gosta delas e um povo que é contra aquela aliança.
Além da solidão que têm de enfrentar, ainda têm sobre si o fardo de ter de dar à luz um filho barão para suceder ao trono, o que nem sempre foi fácil... 


«A casar com Francisco José, caem sobre ela o peso e a glória de todo o império. A jovem imperatriz da Áustria perdeu o que mais aprecia: a sua liberdade.» - Sissi, imperatriz da Áustria

Sissi, vinha de uma ambiente liberal e boémio e passa a enfrentar a corte mais pomposa e antiquada de toda a Europa. Sentia-se prisioneira. Dava-se mal com a sogra, sua tia direita, que cria ter sempre ao seu cuidado a educação dos seus netos e Sissi assim o fez, a partir do momento em que a sua filha primogénita morreu. Refugia-se nas viagens, na ilha da Madeira, em Corfu, na Grécia e em Budapesta, num castelo de que era proprietária. 

  «A calúnia, é isso que me vai matar.»
«Nada posso dizer sobre o estado da minha alma; existimos, é tudo.» - Maria Antonieta


Afilhada dos reis de Portugal, Maria Antonieta acreditou que a sua vida estava marcada pela fatalidade. A começar pelo dia do seu nascimento: o dia de finados.
Foi a melhor representante da moda rococó, tendo gasto muito dinheiro na moda. Mas era uma pessoa muito vulnerável e infeliz. Vive em completa solidão, com intrigas na corte e lutas entre as suas favoritas, além das imensas dívidas de jogo. 

Cristina da Suécia foi uma rainha com várias sequelas devido à morte prematura do pai, de quem gostava muito e à instabilidade emocional da mãe.
Era muito curiosa em relação ao estudos e tinha uma memória prodigiosa.
Com uma figura completamente masculina, nunca se interessou por nenhum homem. Acabaria por abdicar do trono e aliar-se ao catolicismo.






«Dorme-se com uma menina Montijo, não se casa com ela.» - Eugénia de Montijo

Eugénia de Montijo, 2.ª filha dos condes de Teba, haveria de casar com o imperador de França, Luís Napoleão III. Apesar de ter sido bastante contestada por parte da família do imperador e mesmo por parte dos franceses criaria orfanatos e asilos, impulsionaria a educação gratuita para raparigas órfãs e para pais sem recursos. Instaurou o ensino público superior feminino e lutou, à sua maneira, pelos direitos das mulheres, defendendo o sufrágio feminino. 



Usaria a coroa durante mais de seis décadas e com pulso de ferro. Vitória de Inglaterra era uma mulher de armas e só foi abaixo com a morte precoce do seu marido, tendo pensado em desistir. No entanto, acabou por não fazer e acabou por levar o reinado em frente. Teve muitos filhos, mas não gostava muito deles.


Neta de Vitória de Inglaterra, Alexandra Romanov acabaria por ter um fim trágico, tal como Maria Antonieta, uma rainha que tanto admirava. Não era dada a luxos, muito tímida e acabaria por se casar com o homem por quem estava apaixonada. No entanto, a sociedade russa não gostava dela chamando-a de puritana, provinciana, desinteressante a altaneira.
Apesar de tímida e um pouco fechada, dentro de portas influenciava muito o czar na tomada de decisões. Viviam alheios às necessidades do povo russo e acabariam por pagar caro. A Rússia estava muito atrasada em relação ao resto da Europa e não lhes restou mais nada do que fazer uma revolução: em 1918 a polícia secreta mataria tos czares e seus descendentes tendo apenas os seus corpos sido encontrados nos anos de 1980. 


Este pequeno "resumo" que fiz destas seis rainhas que muito me alegraram descobrir um pouco mais, espero que aumentem a curiosidade de leitura deste fantástico livro.
Recomendo sem reservas para os amantes de biografias e de história.

 


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Divas Rebeldes - Cristina Morató [Opinião]

Título: Divas Rebeldes
Autor:
Cristina Morató
N.º de Páginas: 448
PVP: 23,30 €

Um retrato do lado humano de sete divas, autênticos ícones do glamour e de uma época que não se compreenderia sem elas.


«Uma diva, além de cantar e interpretar, tem de ser uma deusa na vida quotidiana.» Maria Callas

Os nomes de Maria Callas, Coco Chanel, Wallis Simpson, Eva Perón, Barbara Hutton, Audrey Hepburn e Jackie Kennedy ocuparam durante décadas as páginas das revistas. Graças ao seu talento, beleza e personalidade converteram-se em autênticos mitos do século XX.
Famosas, ricas e bonitas, pareciam perfeitas aos olhos do mundo. Ícones da moda e do glamour, criaram um estilo próprio e foram admiradas por milhões de mulheres que sonhavam parecer-se com elas. Mas na realidade estas rutilantes divas foram pessoas solitárias, complexadas com o seu aspecto e zelosas da sua intimidade, pois detestavam ser tratadas como estrelas.
Estas sete mulheres de lenda partilham dolorosas feridas que nunca chegaram a cicatrizar: a falta de carinho ou o abandono dos pais, as sequelas da guerra, a dor da perda dos filhos ou os traumáticos divórcios.

A minha opinião:


Para quem gosta de biografias não pode perder o livro de Cristina Morató, Divas Rebeldes. De uma forma simples, mas completa, a autora traz ao leitor a vida, nem sempre feliz, de sete mulheres que, de um forma ou de outra, marcaram gerações. Algumas delas continuam a marcar e servir de referência para muita gente.

Por detrás de uma vida de sonho, pelo menos aparentemente, surgem mulheres totalmente sós, desprezadas pela família, e que não foram felizes na maioria dos relacionamentos amorosos. Mas sem que nada fizesse prever foram batalhadoras, e seguiram os seus objectivos apesar de contrariedades frequentes.

De todas as que mais me impressionaram foi Coco Chanel e Andrey Hepburn, e apesar de saber já algumas coisas das suas vidas fiquei impressionada com a pobreza a que foram votadas na infância e juventude. Depois houve outras que detestei como foi o caso de Barbara Hutton (uma mulher fútil que, apesar de ser das mais ricas do mundo, destruiu a fortuna amealhada pelo seu avô em homens e uma vida frívola. Wallis Simpson também não me impressionou...

O engraçado é que a vida de algumas destas divas, num ou outro momento, se encontraram o que torna a leitura do livro ainda mais interessante, porque vemos a realidade vista por mais do que um lado. 


Excerto:
"Foi-me permitido o luxo de dar a aristocratas e multimilionárias um aspecto de pobres." - Coco Chanel 
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