Ebooks sem limites

Por aqui lê-se cada vez mais em ebook. Em 25 livros lidos desde o início do ano apenas 2 foram lidos em papel e foi porque foram oferecidos nesse formato, e a livro dado não se olha ao formato.

É com alguma pena que sinto que o mercado não tem acompanhado a adesão ao formato digital, principalmente por parte de algumas editoras que continuam a editar só em papel e que até têm tido excelentes lançamentos mas que não tenho comprado por não existir ebook.

Quando recebi o e-reader Cervantes da BQ, descobri o site espanhol Nubico e pensei "só nós não temos coisas destas." e é verdade.


Ora por 8,99€/mês temos (ou melhor, têm os espanhóis) acesso a mais de 16.000 ebooks e ainda a revistas, podendo utilizar 5 dispositivos diferentes (IOS/Android e-reader BQ Cervantes) para a leitura.

Sabemos que isto não é novidade, já a Amazon tinha sido pioneira com o Kindle Unlimited que disponibiliza serviço idêntico pelo valor de 9,99€/mês (valor na amazon.es).

Ora olhando para estes valores, por menos de 10€/mês quem lê um ebook por mês já fica a ganhar porque a média de preços dos ebooks em Portugal ronda os 12€ (sendo que muitos deles têm valores exageradamente altos como é o caso d'O Pintassilgo que custa a módica quantia de 22,99€).

Agora imaginem quem lê por exemplo um ebook por semana, que se comprar os 4 por 12€/cada gasta 48€ num mês para ler 4 livros. Sim eu sei que quem os compra em papel gasta mais (pouco mais sejamos sinceros), mas fica com o livrinho na estante para olhar, agarrar, cheirar e fazer outras coisas (algumas delas muito estranhas pelo que descobri recentemente, mas isto é outro assunto).

Agora eu, que leio em ebook, que preservo as árvores do nosso planeta, tenho que pagar quase tanto por um livro em formato digital como as pessoas que o compram em papel? Why??? 


E se estes sistemas lá fora funcionam, cá não funcionam porquê? Será que a Kobo que vende em tantos países não poderia também ter uma plataforma assim? E a porque é que a Wook inventou um eWook Reader (onde só conseguimos dar cabo da vista) em vez de um serviço realmente útil ao leitor?

É que o nosso mercado é tão bom para os seus leitores que nem nos permite usufruir do Kindle Unlimited pois o mesmo não está disponível para Portugal.


É que mesmo que os conteúdos disponíveis fossem apenas noutras línguas podia ser interessante para alguns de nós na mesma, visto que muitos até lemos em inglês, francês e castelhano (já que os ebooks são mais em conta do que na nossa língua materna e a malta embora seja pobre gosta de ler).

Pronto, fiquem mais uma vez felizes por termos nascido neste país maravilhoso, cheio de sol e praias nas quais podemos ler os magníficos ebooks caríssimos que compramos. Eu fico aqui à espera do dia em que exista algo parecido a estas plataformas no nosso país, isto porque sonhar ainda não paga imposto...

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