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domingo, 11 de setembro de 2016

Naquela Ilha - Ana Simão [Opinião]

Título: Naquela Ilha
Autor: Ana Simão
Editor: Marcador
Páginas: 224

Sinopse: 
Uma ilha onde nada acontece.
Um destino implacável.
Uma jovem apaixonada por um homem mais velho.
Um farol cheio de segredos.
Uma história única.

O que separa um amor do resto do mundo?

«Parece que ainda estou a ouvir aquela voz nova. Fecho os olhos e procuro-a dentro de mim. Consigo escutá-la. Gosto dela. É uma voz rouca de mel, serena e macia. Foi a única voz que ouvi quando regressei a mim. Estava tão perto e as outras tão longe. Não sei quanto tempo estive ausente, mas foi aquela voz que me trouxe à vida. Nunca a vou esquecer. Nem quero. Percebi naquele instante que estava viva e em segurança. E isso foi bom. Não sei quem é. Queria tanto agradecer-lhe: salvou-me a vida. Não sei como o vou encontrar. Já perguntei, mas ninguém sabe.»

A minha opinião: 
Estreei-me com a escrita de Ana Simão com A Menina dos Ossos de Cristal, que conta a história de Inês, uma menina que sofre de Ostogénese Imperfeita (OI), também conhecida como doença dos ossos de vidro. 

Naquela Ilha é a estreia da autora no romance. Tendo as Berlengas como pano de fundo, que infelizmente não conheço, este é um livro que fala de amor, um amor pouco provável, entre uma jovem mulher de vinte e poucos anos e o homem, maduro, que a salvou de morrer afogada. Apesar de não ter visto a cara dele, Giovanna nunca o esqueceu, nem à sua voz, e decide procurar por ele desenfreadamente. Essa procura leva-a à Ilha da Berlenga e ao farol. Lá vivem uma história de amor intensa e única, mas nem tudo são rosas.

A diferença de idades, os habitantes da ilha, que ao imiscuirem-se na vida alheia resulta em mal-entendidos, leva a que o casal tenha alguns desaguisados. 

Gostei do romance entre os dois protagonistas, mas gostei ainda mais da história da ilha, dos seus habitantes, na sua grande maioria idosos e que olham pelo bem-estar da ilha e dos seus vizinhos, quase fazendo dela uma espécie de condomínio fechado. 

A autora repete-se um pouco ao longo da história, e a alternância entre a primeira e a terceira pessoa leva a que, por vezes, o livro fique um pouco confuso. À parte disso, Naquela Ilha é um livro de agradável leitura. 

Capítulos curtos, uma história de amor quase perfeita e uma ilha linda, são os ingredientes que resultam numa boa leitura, leve para ler numa tarde de verão. 



sábado, 22 de fevereiro de 2014

A Menina dos Ossos de Cristal - Ana Simão [Opinião]

Título: A Menina dos Ossos de Cristal
Autor: Ana Simão
N.º de Páginas: 192 páginas (+ 8 extratexto)
PVP: 12,99 €
Guerra e Paz|Clube do Livro SIC

Inês é uma menina única, como todas as meninas do mundo.
Mas, ao contrário delas, Inês nasceu num corpo muito frágil e os seus ossos partem-se em mil pedaços, como se fossem de cristal.

Sinopse:
Inês tem uma doença muito rara, Osteogénese Imperfeita (OI) – mais vulgarmente conhecida como doença dos ossos de vidro – e aos 14 anos o seu pequeno corpo já tinha sofrido mais de 100 fracturas.
A menina cuja história de luta e coragem vamos acompanhar não se deixou vencer pelo medo: nem quando quis dar os primeiros passos e não conseguiu, nem quando todas as crianças corriam e brincavam e ela estava numa cama de hospital, embalando nos seus sonhos Mefibosete, o menino imaginado pelo seu pai.
Da perda da inocência nas mãos de um curandeiro, passando pela enorme luta da família para não a perder, até à licenciatura conquistada a pulso, a vida da Menina dos Ossos de Cristal transforma-se, diante dos nossos olhos, no triunfo da mulher que, contra todas as expectativas, consegue vencer. Como todos aqui aprenderemos, há apenas uma frase rara que nós, como Inês, nunca devemos esquecer: amor é poder.

A minha opinião: 
Inês nasceu com Ostogénese Imperfeita (OI), também conhecida como doença dos ossos de vidro. Não foi detectada à nascença e até aos três anos e meio era uma criança perfeitamente normal. Mas por essa altura Inês cai e faz uma fractura que faz com que os médicos desconfiem de maus tratos por parte dos pais. É com o decorrer do tempo que chegam à conclusão que Inês tem um doença congénita rara e que vai ter de viver com ela para o resto da vida.

No início do livro a história é vista sobre a perspectiva da mãe e da filha, o que o torna ainda mais intimista. A angústia de uma mãe por ter uma filha tão frágil e o medo e ao mesmo tempo tristeza de uma criança que não pode ser como as outras, que passa a maior parte do seu tempo no hospital, é retratada na perfeição.

A luta desenfreada por arranjar uma cura para esta doença, fazendo com que percorram incansavelmente médicos e curandeiros e a aceitação da doença finalmente por parte de ambas.

Isto porque Inês é Ana Simão, a autora do livro, que conta em primeira mão a história da sua vida em quanto portadora de uma doença rara. Apesar de tão frágil foi sempre uma mulher lutadora, estudou, trabalhou, dando um exemplo de grande força de vontade.

Gostei da forma como Ana Simão contou a sua doença, de uma forma franca e muito esclarecedora, de tal forma que recomendo a todos os interessados em conhecer melhor a OI, mas também a vida de uma pessoa fantástica.




Excerto:
"Era mais o tempo em que estava metida em casulos de gesso do que o tempo em que ficava fora deles... O gesso já fazia parte de mim e eu dele."


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