sábado, abril 19, 2014

Interioridades


Mesmo sendo um país pequeno, somos incapazes de aproveitar ou explorar as potencialidades que existem no interior. 

Mas não é coisa de hoje, sempre o fomos, sempre tivemos o desejo de "vir ver o mar" e depois acabamos por ficar...

Fala-se muito de qualidade de vida, que existe longe dos grandes centros urbanos. Mas e o resto? E já não falo do teatro, do cinema, dos concertos? (e agora até os livros - falamos pouco, mas quase que não existem livrarias, fora dos centros comerciais...). Falo sim dos centro de saúde, das escolas das repartições de finanças e dos tribunais, encerrados, porque o dinheiro manda em quase tudo...

Compreendo muito bem os jovens que partem assim que podem, até porque a "pasmaceira" nunca foi uma coisa muito saudável para quem está na flor da idade...

O óleo é de Keita Morimoto.

6 comentários:

  1. Amigo Luís, para mim, qualidade de vida sempre quis dizer viver no centro de Lisboa... E, por ironia do destino, moro para aqui, quase atrás do sol-posto, já vais para 40 anos...

    (Cada um tem aquilo que merece, não é?)

    Boa Páscoa!

    ResponderEliminar
  2. Temos um país magoado. Estamos num país difícil e que nos magoa.
    Um abraço, Luís.

    ResponderEliminar
  3. qualidade de vida é o que quisermos, Graça.

    mas em Lisboa as horas têm muito menos minutos...

    ResponderEliminar
  4. sim, Graça.

    e nós temos razões para estarmos magoados, embora isso não nos leve a nada de bom...

    ResponderEliminar
  5. tens razão meu amigo, e eu até gostava de discordar porque era sinal que estavas errado e que tudo estava bem.

    mas as tuas palavras até magoam de tão lúcidas e verdadeiras,

    :)

    ResponderEliminar
  6. uma tristeza e uma desilusão, Piedade.

    ResponderEliminar