Todos nós sabemos que a Arte tem muito que se lhe diga (cada vez mais...).
E agora que caminho para a idade das "dúvidas", sinto que qualquer obra de arte, deve quer ser mais do que aquilo que mostra, deve querer suscitar dúvidas, incertezas, levantar questões a quem a olha.
Não basta colorir o nosso olhar (embora seja muito importante este gostar...), captando a beleza que nos rodeia.
Não vou tão longe como algumas artistas consagrados, que defendem que as obras que oferecem mais resistência à sua interpretação e compreensão, são as melhores.
Há muitas obras que no meu ponto de vista nem sequer merecem qualquer interpretação (tenho visto muitas nos Museus de Arte Contemporânea...). Continuo a pensar que não basta fazer um borrão de tinta e depois defender, que, embora não seja nada, pode ser tudo. Depende sempre da lata do artista e também da imaginação (ou não) de quem a olha...
Agora já me perguntam menos, mas houve uma altura que me perguntavam qual era a máquina fotográfica que usava, dizia que várias, mas todas normais, nada de "ferraris". Dizia-lhes sempre que a ferramenta é sempre secundária, se não existir algum engenho...
Acho óptimo que todas as pessoas escrevam, que todas as pessoas pintem, que todas as pessoas fotografam. Mas acho ainda mais importante que percebam que é a Arte é outra coisa, é quase um "chamamento", ninguém é isto apenas porque quer...
O talento não se fabrica, nasce connosco. Pode sim (e deve), ser desenvolvido, o que nem sempre acontece, principalmente no nosso país, onde ainda se acredita demasiado na sorte.
É também por isso que são poucos os que chegam ao "Olimpo"...
O óleo é de Josep Enrique Balaguer.
Não digas nada disso aos gajos que têm a mania que são pintores e escritores da tua Associação.
ResponderEliminarMandam-te logo dar uma volta.
está bem, Adrianov, não digo nada. :)
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