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quinta-feira, agosto 15, 2024

O meu querido 15 de Agosto...


O feriado do 15 de Agosto, contínua - e continuará - associado a um Portugal que já não existe, onde não existiam supermercados, apenas mercearias e pequenos minimercados, e as feiras que se realizavam nas localidades, adquiriam uma importância primordial, tanto social como económica.

Na cidade da minha meninice a "Feira Anual do 15 de Agosto" realizava-se na Mata da Rainha (das Caldas). Aos meus olhos de criança, era um acontecimento memorável, que ocupava todo o espaço que rodeada o Campo da Mata, que pela sua dimensão e equilíbrio do terreno, era ocupado pelas principais diversões.

Parece que ainda oiço os vendedores de "banha da cobra" (que vendiam tudo menos este produto), à medida que ia andando de mão dada com a mãe ou o pai, para não me perder no meio da multidão...

É por isso que tiro o chapéu (que não uso) à Feira de São Mateus, de Viseu, que vai conseguindo resistir a todas as mudanças que se dão a nível planetário.

(Fotografia de Luís Eme - Viseu)


terça-feira, agosto 13, 2024

Passar pela Feira da Ladra...


A Feira da Ladra continua ser um lugar especial.

Agosto é tempo de férias também para os "vendedores", tornando a feira ligeiramente mais pequena.

Quem quer saber quase tudo sobre a Lisboa mais castiça e popular, são os turistas (como já todos percebemos, estão por todo o lado...), que também se notava, estarem em maioria na Feira da Ladra...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


terça-feira, agosto 15, 2023

Regresso ao meu 15 de Agosto da infância...


A minha primeira memória do 15 de Agosto é a Feira das Caldas, que na minha infância se realizava na Mata da Rainha.

Eu sei que era pequeno, mas tudo aquilo continua enorme dentro da minha memória ...

As ruas várias cheias de barracas onde se vendia um pouco de tudo. Lembro-me do vendedor de roupa, a novidade da época eram os "cobertores eléctricos". Eles faziam leilões, parece que ainda os estou a ouvir, "aí vai uma, vão duas, duas e meio e três (mas numa versão mais lenta). E o cobertor vai para o senhor de chapéu e gravata azul. Parabéns amigo, fez uma óptima compra". E assim que mudava de artigo começava novo leilão... Lembro-me também das farturas. A mãe comprava sempre uma dúzia, que comíamos quando chegávamos a casa com chá ou café.

Mas a parte que gostava mais era o local onde se concentravam as diversões que se instalavam no campo de futebol do Caldas (a equipa tinha de treinar noutro lugar...), o circo, os carros de choque, o carrocel, o poço da morte. Foi ali, com toda a certeza, que vi os primeiros palhaços, os primeiros trapezistas e afins...

Podia ter-me dado para pior, mesmo que a Mata da Rainha continue a ser um lugar cheio de memórias.

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)


quinta-feira, setembro 01, 2022

Uma Outra Feira do Livro (mais festeira e menos literária)...


Voltei à Feira do Livro e estranhei-a, mais do que nunca. 

Sei que o problema deve ser meu, por ser  de outro tempo (e querer ficar por lá...), em que os livros não se vendiam em supermercados nem eram produzidos e vendidos como se fossem apenas mais um acessório para as nossas vidas, como um perfume, um vestido ou um casaco.

Acredito que se batam recordes de tudo, tanto no número de editoras presentes (há várias de que nunca tinha ouvido falar, das tais que podiam muito bem estar ali a vender "batatas" em vez de "livros"...) como nas vendas. Nas praças dos dois grandes grupos editoriais, formavam-se filas para se pagar. O que até se compreende, pois conseguiram meter no bolso as editoras mais interessantes e com melhores livros e autores deste nosso pequeno país...

Mas também sei o quanto devem ser importantes para toda a gente que vive (ou finge viver...) dos livros. Como fui a um dia de semana, não encontrei escritores à espera de leitores e a assinar os seus nomes na folha de rosto dos livros que escreveram, mesmo que pensassem que estariam bem melhor deitados numa praia sossegada que naquela "costa de caparica" dos livros. Mas este é um dos "fados" de quem escreve livros...

Claro que não vou falar da "banalização" que têm feito do livro. Sei que muitas das tais editoras emergentes só existem para satisfazer os caprichos daqueles que não querem deixar este mundo "sem deixar um filho, plantar uma árvore e escrever um livro" (desconfio cada vez mais que esta frase nasceu de algum editor...). E por causa desse capricho há pessoas que até são capazes de "pagar dois livros" pelo preço de um, para gáudio de quem precisa deste conjunto de folhas impressas para comer. Uma boa parte destes autores acabam por  perceber, que afinal só alguns primos e vizinhos é que sentiam alguma curiosidade sobre o que estava dentro das suas histórias ou poemas. 

Mas quando percebem, é quase sempre tarde demais. Afinal não são bem escritores, apenas pagaram a impressão de um livro com as suas palavras...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quinta-feira, agosto 25, 2022

"Olha Quem Está ali, os Quatro Rapazes que Têm uma Estátua em Liverpool!"


Hoje vou continuar na na Feira da Ladra. Não é apenas falta de assunto, há sempre pequenas coisas que me deixam a pensar e despertam a curiosidade...

Foi o que aconteceu com estes dois "posters" dos Beatles. A primeira coisa que pensei foi que alguém se cansara desta "memória permanente" dos seus ídolos e resolvera fazer uma "renovação" das paredes do seu quarto ou da sala...

Mas depois lembrei-me que os Beatles passaram à história no começo dos anos setenta. Embora muito dos seus êxitos continuem vivos e a serem cantados aqui e ali, os quatro elementos da banda passaram a ter carreiras a solo a partir dessa época. Ou seja, aparentemente, só alguém mais velho do que eu, é que era capaz de ter estas duas imagens num lugar de destaque, lá por casa...

E há ainda a possibilidade dos dois quadros terem estado anos a fio no sótão ou na garagem, até aparecer alguém a querer desocupar espaço e ganhar umas moedas...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

quarta-feira, agosto 24, 2022

«Antes na Feira da Ladra que no Lixo...»


Esta nossa sociedade consumista deixa rasto em todo o lado. Nunca como hoje se deitaram fora tantos móveis  sofás, entre muitos outros objectos, que normalmente são depositados rente aos caixotes do lixo doméstico.

Ontem acabei por passar pela Feira da Ladra (tinha um encontro de trabalho na Graça, que é só um bocadinho acima...). Uma das coisas que me despertaram a curiosidade foi uma caixa de medalhas desportivas, que poderão ter sido conquistadas por algum antigo atleta, ou simplesmente coleccionada. Sim, pode-se coleccionar quase tudo...

De regresso a Almada cruzei-me com um antigo atleta amigo, que é muito cioso da sua vitrine de medalhas e troféus. Contei-lhe o que descobrira e ele saiu-se muito bem, na sua resposta: «Olha rapaz, antes na Feira da Ladra que no lixo...»

E como ele está certo...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quinta-feira, junho 09, 2022

"Um Artista da Fome" (e outros circos, aliás, contos...)


A minha filha leu os "Contos" de Franz Kafka, selecionados por Jorge Luis Borges, para a escola. E eu resolvi aproveitar a "boleia" para ler também, antes dela entregar o livro na biblioteca.

Embora ainda esteja no início desta obra não posso deixar de salientar o conto, "Um Artista da Fome", que embora hoje possa parecer inverosímil (um homem fechado dentro de uma jaula, vigiado 24 horas por dia, para manter o seu jejum, até à hora fatal...), fazia parte  das  diversões presentes nas feiras, onde também se mostravam o "homem-elefante" a "mulher-barbuda", o "homem com seis dedos", entre outras excentricidades que quase chegaram aos nossos dias. Ainda vi o homem mais alto do mundo (as pessoas da minha geração devem recordar-se do gigante moçambicano que mais de dois metros e meio...) ou um pequeno anão, que parecia um bebé e que diziam ser o homem mais pequeno do mundo.

Outro aspecto curioso, foi o "Artista da Fome" (depois de deixar de "ser moda" e morrer quase anonimamente, misturado com as jaulas dos animais...) ter sido substituído na jaula por uma pantera jovem, em que agora o "espectáculo" humano era vê-la comer, principescamente. A natureza humana tem destas coisas, que parecem ser bem captadas nestes contos de Kafka, que rondam o fantástico... ou não fosse essa a sua "imagem de marca" enquanto ficcionista.

(Fotografia de Luís Eme - Óbidos)


segunda-feira, agosto 03, 2020

Memórias Festivas de Agosto


Ontem, quando estava a escrever sobre Agosto, vieram-me algumas memórias de infância.

Sei que a maior parte das férias grandes eram passadas em Salir de Matos, na casa dos meus avós maternos. Fazíamos alguma praia (ainda me lembro de apanhar o "comboio-correio", que ia sempre cheio e sairmos em Salir do Porto e depois irmos a pé até à praia com mais rio que mar...), mas era sobretudo campo, muito campo.

No começo de Agosto realizava-se a festa da aldeia, com os bailaricos, que tanto animavam as pessoas... E antes do meio do mês os meus pais deviam vir buscar-nos, porque realizava-se a Feira do 15 de Agosto (que ainda se realiza hoje, mas sem o brilho de outrora e noutro lugar...). 

Na minha infância a feira ocupava as ruas principais da Mata Rainha D. Leonor e recebia milhares de pessoas. Recordo que o circo e os outros divertimentos, eram montados no campo de futebol do Caldas. Muitas vezes tínhamos visitas de tios (irmãos do meu pai, que viviam nos arredores da Capital ou na Beira Baixa...), que também aproveitavam para vir à feira...

Íamos quase sempre ao circo, e era uma animação... Especialmente os palhaços e os animais da selva (hoje está na moda ser contra os animais em cativeiro, mas tanta gente que viu pela primeira vez um leão, um tigre ou um elefante, graças aos circos...). 

Lembro-me também do fascínio que exercia sobre mim  e o meu irmão o famoso "Poço da Morte", que nos estava vedado (não era para crianças...). Limitávamos-nos a ouvir o ruído ensurdecedor das "motas voadoras" e a imaginar as acrobacias dos "ases do volante"...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)

quarta-feira, outubro 16, 2019

Modas Estranhas (de outros tempos, penso eu...)


De vez em quando passo pela Feira da Ladra, mais para olhar toda aquela paisagem humana exótica, que para comprar as mil e uma coisas diferentes, que por ali aparecem.

Uma dessas coisas que achei curiosa foi ver dois meninos tristes dentro de quadros, lado a lado, à espera de comprador.

Fixei a imagem e fiquei a pensar por que razão havia o hábito de colocar estas gravuras com meninos tristes (muitas vezes mesmo com a lágrima no olho...) nos quartos de crianças.

Nem eu escapei a esta moda estranha, e também tive "um menino triste" na parede do meu quarto...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

quarta-feira, setembro 04, 2019

Onde os Livros se Perdem...


Há sempre uma primeira vez para tudo.

Nunca me tinha acontecido comprar um livro, com tantas páginas em branco no seu interior (não acredito que a ideia do editor e do autor fosse colocar os leitores a completarem o que falta  da história...). Há pelo menos 18 páginas em branco - não contei algumas páginas pares que também estão sem palavras - das 148 do livro.... 

Eu sei que a obra "Onde a Vida se Perde" foi comprada nos saldos da Feira do Livro, mas não havia qualquer indicação nas caixas que as obras em promoção tinham "defeitos de fabrico"...

Estou a pensar seriamente em devolver a obra à editora, que por acaso até é uma das minhas favoritas...

quinta-feira, agosto 15, 2019

O 15 de Agosto...


O feriado de 15 de Agosto ainda continua associado à Feira Anual  das Caldas da Rainha (que ainda se realiza, apesar de ter perdido o brilho de outros tempos...), pelo menos na minha cabeça.

Feira que fez parte da minha meninice, com o circo, o poço da morte, os carrinhos de choque, os carroceis, 0 algodão doce, as barracas de farturas e até os vendedores de quinquilharias...

(Fotografia de Luís Eme - Manta Rota)

quarta-feira, junho 05, 2019

A Feira com Livros...


A meio da tarde lá me resolvi a ir dar uma volta pela Feira do Livro.

Desta vez até fiz uma lista com nove livros... Lista que não saiu do bolso.

A bem do comércio livreiro fabricaram mais "praças" (continuo a não achar muita piada a esta moda...). 

Mesmo assim acabei por comprar quase uma dúzia de livros, graças a algumas "pechinchas" da "Cotovia" e a dois livros ou três livros da "Quetzal", que também estavam com um bom preço.

O mais curioso, é que com esta invenção das "praças" e de ter de olhar para todo o lado, acabei por nem sequer ver os livros da "Don Quixote" (e havia dois na tal lista)...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

terça-feira, abril 02, 2019

Uma Notícia de Jornal Amarelecida Levou-nos de Viagem pelas Nossas Memórias...


Quem diria, que um artigo de jornal quase antigo, nos iria levar de viagem, dentro da nossa infância...

Falaste da feira popular, do "comboio-fantasma", da "casa dos espelhos", que nos transfigurava. Em relação ao comboio, quando "viajei" nele, já devia ser quase adolescente, pois não senti medo nem me assustei com as "aparições" (ligeiramente manhosas...) de esqueletos e de outros adereços.

Falaste-me de uma mulher cheia de pelos. Eu nunca vi nenhuma "mulher-barbuda" ou um "homem-elefante", nas feiras que percorri de mão dada com os meus pais ou em correrias, com o meu irmão.

As únicas excentricidades humanas que me lembro de ver foram o homem mais alto do mundo, que estava acompanhado por uma trupe de anões (um deles diziam ser o mais pequeno do mundo). Ao contrário dos "pequenotes", demasiado "eléctricos", o gigante mexia-se com dificuldade, como se estivesse preso com arames. Era negro, de Moçambique (não me apeteceu ir à procura do seu nome na "nova enciclopédia"...) tinha uns sapatos que pareciam dois caiaques, achatados, e uns braços caídos, que quase lhe chegavam aos joelhos. Recordo-me que não era nada assustador. Até tinha cara de boa pessoa...

(Fotografia de Luís Eme - Corroios)

sábado, junho 09, 2018

As Minhas Visitas à Feira do Livro...


Este ano fui duas vezes à Feira do Livro, e como de costume, trouxe mais livros do que tinha planeado, inicialmente.

Da primeira vez fui lá quase de propósito à procura do livro de fotografias de Paulo Nozolino o segundo número da colecção Ph (publicado pela Imprensa Nacional).

Na segunda vez fui em busca da poesia de Rosa Alice Branco e da Cláudia R. Sampaio. E lá vieram outras coisas, por acréscimo (aquelas coisas que chamamos "pechinchas" e acreditamos ler um dia destes...).

(Fotografia de Luís Eme)